capítulo 14

Júlia podia até ser inocente, mas não o tempo todo, pelo menos não comigo. Eu sei bem o que significava aquela janela aberta, eu queria e ela também.

Joguei uma pedrinha acima da janela e logo entre as cortinas ela apareceu. Sorrindo e balançando a cabeça negativamente, até parece que não tinha outras intenções como eu, que só eu estivesse com sede dela.

Me aproximei e a beijei no rosto...

Téo: Seu querido príncipe encantado chegou.

Júlia: Estava mesmo precisando de alguém pra me salvar

Téo: te salvar? o que está te incomodando minha princesa?

Júlia: o fogo.

Téo: Fogo é? Vem cá.

Adentro em seu quarto pulando a janela e no mesmo segundo ela estava em meus braços, eu nunca senti algo assim. Ja namorei outras garotas, senti tesão, paixão, mas com ela era tudo mil vezes mais intenso.

Levo ela pra cama onde a deito e a mesma me encara, toda safada, naquele momento ali, nenhum de nós tínhamos pudor nenhum, nenhuma vergonha, nenhum limite.

Depois das preliminares fomos para o principal, fizemos amor como loucos, como se a gente nunca tivesse tido o corpo um do outro pra si. Como se o mundo estivesse prestes a desmoronar, um sexo de saudade, de paixão pura, caloroso.

Perdi a noção do tempo, não sei que horas são e nem pretendo saber, só queria curtir aquele momento em que ela era minha. Toda minha, de alma e corpo.

Júlia narrando...

Téo não tinha nenhum defeito, era perfeito em tudo, embora juntos fizéssemos muitas coisas erradas, mas nada do que eu vá me arrepender depois.

Passamos a noite toda juntos, nos amando o tempo todo, a única preocupação era não fazer tanto barulho, o quarto de meus pais era afastado mas não íamos desafiar ainda mais a sorte.

No fim deitamos juntos, abraçados, completamente cansados. Meu Deus, como vou estudar hoje? e o trabalho que ele arranjou na empresa pra mim????

Olho para seu rosto e ele sorria, leve, um sorriso no canto da boca, um sorriso que me desmanchava inteira.

Olha na janela e a luz do sol já está passando entre o tecido fino da cortina.

Júlia: a gente precisa levantar...

Téo: saiba que se me fizer levantar,vai estar fazendo contra a minha vontade.

Júlia: Logo meu pai vem me chamar...

Téo: de repente me bateu uma enorme vontade de ir

- rimos juntos

Ele levanta e se veste, a todo momento eu não tiro meus olhos dele, até queria, mas era impossível.

Téo: meu Deus você nem disfarça

Júlia: depois de passar uma noite toda transando comigo você quer que eu disfarce?

Téo: as vezes você me deixa sem palavras Julinha. Vou indo, quando se arrumar me espera, vou te levar hoje.

Júlia: okay (dou um beijo nele e saio rumo ao meu banheiro)

Quando sai do banho ele já não estava mais lá, quase que no mesmo instante meu pai bate na porta pra checar que acordei.

Respondo que já estou me arrumando e assim termino...

Saio do quarto, dou bom dia pra eles e meu pai sai, começando o serviço na casa dos Timberg. No fundo eu ainda achava isso bem estranho.

Minha mãe vem de encontro a mim e diz

Ana: O que você aprontou???

Júlia: que? eu? e-eu não fiz nada.

Ana: Sou sua mãe não mente pra mim, tô vendo no seu rostinho que fez alguma coisa ontem e algo me diz que está relacionado ao Téo.

Júlia: fica despreocupada mãe, usamos preservativo haha

Ana: Menina, se seu pai pega ele aqui dentro de casa, é capaz de fazer maior escândalo, tome mais cuidado.

Júlia: espera, como você sabe que ele esteve aqui?

Ana: Júlia, Júlia, você dá sorte de seu pai tomar remédios muito fortes antes de dormir...

Nesses instante gelei, tenho certeza que estava com o rosto todo vermelho, aí meu Deus...

Saio de fininho e vou ao meu quarto pegar minhas coisas e antes de sair mando no grupo onde estava eu, Sandy e Victor...

✉️ Júlia: dormi uma noite com o Téo, na minha casaaaaa

não exatamente dormimos, acho que estou apaixonada.

Desligo o celular pois sei que quase instantaneamente os dois curiosos apareceriam pra querer saber mais detalhes e eu tinha que sair.

Pego minha mochila, uma roupa pra ir trabalhar depois da faculdade e saio de dentro da casa, Téo parecia me seguir, já estava de frente a casa quase entrando, tenho certeza que só não fez isso por medo do meu pai.

Téo: não imaginei que fosse demorar tanto, vamos...

Entro no carro dele, sempre olhando pra ver se alguém não tinha nos visto. Não queria que pensassem que estávamos escondidos mas também não era a hora certa de contar aos quatro cantos do mundo que eu e Téo Timberg estávamos juntos.

Assim que entro ele acelera o carro como nunca tinha feito antes, eu coloco o cinto e ele ri. Estava mesmo atrasada, nunca o vi correr assim pra nada.

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