capítulo 12

Minha mãe se mostrou apreensiva, não sabia exatamente o que me falar.

Se realmente for o Téo, o meu Téo, o que vai acontecer daqui pra frente? Devia ter suspeitado que algo iria acontecer.

Fui pro meu quarto pra pensar, quando ligo tem inúmeras mensagens dele. Será que ele já tinha descoberto e agora iria agir diferente comigo? Abro a conversa apreensiva...

✉️ Téo: Oi gatinha, tá podendo falar?

✉️ Téo: bom, parece que não mas precisava falar com você urgente

minutos depois...

✉️ Téo: Tudo bem, não é urgente mas eu realmente quero falar baboseiras com você

✉️ Téo: Acho que isso é saudade

✉️ Téo: Dane-se é saudade sim, pode me responder por favor???

Hoje de manhã...

✉️ Téo: Tá bom agora tô ficando preocupado.

✉️ Téo: Com 24 horas já posso acionar a polícia.

Dou risada e suspiro com o jeito fofo dele demonstrar que gosta de mim.

✉️ Júlia: por favor, não envolva a polícia nisso kkkkkkk estou aqui, agora que terminei de arrumar as coisas

-quase que de imediato ele me responde...

✉️ Téo: ATE QUE ENFIM...

o que eu faria sem você???

✉️ Júlia: provavelmente procuraria outra pra me substituir

✉️ Téo: jamais!

✉️ Téo: precisamos acertar sobre quando você vai começar a trabalhar comigo

Em partes eu já trabalhava... só respondi

✉️ Júlia: ok, pode ser amanhã depois da faculdade?

✉️ Téo: eu esperava que você me pedisse pra ir te buscar agora mas vou aceitar, melhor que nada...

✉️Júlia: até amanhã Téo

✉️ Téo: até amanhã Julinha

Me sinto chateada, meio triste pra falar a verdade, não sei o que iria ser dali pra frente. Poderia até perder o emprego que ele arrumou pra mim.

Quando desligo o celular minha mãe estava na porta do meu quarto.

Ana: contou pra ele?

Júlia: não, provavelmente amanhã ele vai ver

Ana: se ele for um cara bom, isso só vai aproximar vocês. Não há do que ter medo

Júlia: ok. Boa noite mãe.

Viro pra me deitar, amanhã é um novo dia, não sei como vai ser mas não foi proposital, eu não tenho culpa do que aconteceu.

De manhã dona Lúcia pediu para que minha mãe fizesse o café e limpasse algumas coisas, como eu tava na faculdade só fiquei sabendo por que minha mãe me contou e também ela fugiu do Téo em um momento para que ele não a visse, ele podia reconhecer...

Ela me disse que seria melhor que eu o chamasse e contasse tudo.

Liguei pra ele e no mesmo instante ele me atendeu.

📞 Téo: Olha só quem não resistiu aos meus encantos e resolveu me ligar...

📞 Júlia: não fala assim kkkk queria te pedir uma coisa.

📞 Téo: diga, e eu o farei. (fala engrossando a voz o que me faz rir)

📞 Júlia: vamos no cinema comigo??

📞 Téo: mas nem precisa insistir.

📞 Júlia: mesmo sendo filme de adolescente romântico??

📞 Téo: o filme não importa, a companhia sim.

Eu desligo e vou depressa para o shopping onde ficava o cinema na cidade, não queria topar com ele dentro da mansão dos Timberg.

Minutos depois ele me manda uma mensagem pedindo meu novo endereço para me buscar, eu digo que estou no cinema e ele só fala que vai vim o mais rápido possível.

Os minutos que antecederam o filme e a chegada de Téo foram aterrorizantes, eu não sabia nem o que ia dizer a ele, ele vai achar que me aproveitei da bondade de sua família.

Mando uma mensagem para Cams e Victor enquanto o espero, explicando tudo que tá acontecendo e os dois prontamente disseram que vai dar tudo certo, que ele não era desses homens de se importar com esse tipo de coisa e que estava rodando um boato na cidade de que ele era gay. Fico rindo do Victor até que o vejo chegar, na portaria do cinema, comprando duas pipocas e refri.

Fico o observando e percebendo que quando estou com ele o mundo parece mudar completamente. Ele vem até mim, me dá um beijo na testa enquanto me abraça e me dá uma das pipocas.

Téo: vamos?

Júlia: sim, saudades

Téo: eu também, muita, mas agora vamos, quero sentar bem atrás

Júlia: nãooo no meio

Téo: bom, eu já vou assistir um filme chato, não pode nem deixar escolher nossos lugares?

Júlia: você é um chantagista aproveitador!

Téo: você bem queria que eu fosse aproveitador...

Aquela risada de canto me levava ao céu em segundos, o que seria de mim se a perdesse? não é justo.

Ele me venceu e quando sentamos nas últimas cadeiras de dentro do cinema, ele abriu um sorriso malicioso.

Téo: Que dia bom de vir no cinema, praticamente vazio.

Júlia: nem vem haha a gente vai só assistir,

Téo: bom, você vai.

Começam os trailers de outros filmes e começamos a comer pipoca, Téo sempre sorrindo e eu tava cada vez mais afim dele, cada vez mais entregue.

Quando as luzes se apagam e o filme finalmente começa Téo diz...

Téo: agora é a minha vez.

- ele desce e fica de joelhos olhando no fundos dos meus olhos, meu Deus que perdição, eu sabia nem quais eram as intenções dele, eu não era esse tipo de mulher, não antes dele pelo menos.

Téo: posso? (diz segurando meu short dos dois lados em sinal de que iria tirá-lo).

Acento com a cabeça que sim, que se foda a ética, só tinha umas poucas pessoas no comecinho da sala, que era enorme, eu poderia nunca mais estar com ele intimamente de novo, por isso me entreguei a ele.

Em um movimento rápido eu já estava sem o short e Téo começa o que tanto queria fazer, enquanto eu me segurava ao máximo pra não fazer barulho.

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