capítulo 09

Depois de passar algum tempo ali, eu tinha que ir pra casa, não queria chatear meu pai de novo e também queria descansar pra ajudar o máximo que pudesse com a mudança.

Chego em casa meus pais estão jantando, me junto a eles, como um pouco e logo vou tomar banho pra me deitar.

Quando me deito pego meu celular pra contar mais uma vez a Sandy e ao Victor, que tem ficado cada vez mais meu amigo, o que aconteceu.

mando uma mensagem no grupo

✉️: oii cobrinhasssssssssss. Preparadas para mais um capítulo?

Eles aparecem instantaneamente, como se estivem mesmo esperando alguma fofoca, mas conheço bem eles dois, nada passa batido haha

Outra mensagem chega...

✉️ Téo: por favor me diz que vamos sair mais vezes

✉️ Júlia: e tem algum motivo para deixar de sairmos juntos?

✉️ Téo: diz logo o que se passa nessa sua cabecinha, é a segunda vez hoje.

(bom, tenho que ser mesmo direta)

✉️ Júlia: tem mais alguém?

✉️ Téo: que jeito mais estranho de perguntar

✉️ Júlia: sim ou não?

✉️ Téo: desde o dia da sua formatura, ninguém além de você.

aí que alívio!

✉️ Júlia: então tá

✉️ Téo: e com você?

✉️ Júlia: igual você.

✉️ Téo: Ótimo Julinha, o que vamos fazer agora? namorar? casar? ter filhos?

✉️ Júlia: haha não ainda, vamos nos conhecer melhor.

Despeço de Téo explicando a ele que realmente preciso descansar e ele também, afinal cuida de negócios importantes nas empresas de seus pais.

Acordo cedo, faço minha higiene pessoal e logo estou pronta pra ir a faculdade, hoje não teria a última aula então eu sairia mais cedo, o que era ótimo pra ajudar com o restante das coisas aqui em casa.

Camila: Bom dia Ju, e aí como foi ontem?

Júlia: Bom dia, ainda maravilhoso...

Igor: Ela é linda mesmo Cams você tinha razão.

Júlia: e você? quem é? (digo curiosa)

Camila: Ops ... falta de educação a minha. esses são Felipe e Igor (diz apontando pra eles)

Igor e Felipe: prazer conhecê-la.

Júlia: o prazer é meu...

Camila me olha de um jeito que eu conheço bem, um meu e um dela. Eu sabia que tinha dado indícios de que queria algo sério com o Téo ontem mas não seria isso que me impediria de pelo menos ter boas conversas com os garotos...

Entramos em nossas sala e os meninos fora pra outro corredor, quando saímos mais cedo estavam nos esperando no portão principal da faculdade, como se tivessem já combinado antes.

Olho pra Camila e digo...

Júlia: você não tem jeito mesmo né (coloco uma das minhas mãos na cintura)

Camila: Só uma conversa jogada fora, não vai tirar pedaço... (diz rindo)

Então seguimos até uma lanchonete que ficava bem em frente a faculdade, me sento e quando terminamos de pedir os lanches meu telefone toca.

📞 Téo: Oi sumidinha, nunca vai me ligar não é??

📞 Júlia: mas sempre vou te atender...

- Téo da um suspiro do outro lado da linha e eu pude jurar que ele soltou mais um de seus lindos sorrisos, continuo...

📞 Júlia: desculpe, tenho medo de atrapalhar seu trabalho, então prefiro ficar na minha e te esperar

- Me levanto da mesa indo até a parte de fora da lanchonete.

📞 Téo: Você não atrapalharia nunca. Me diz, o que tá fazendo agora?

📞 Júlia: Acabei de sair da facul, tô esperando um lanche antes de pegar o ônibus pra ir embora.

📞 Téo: Aí de frente? posso te buscar?

📞 Júlia: Passou a perguntar agora???

📞 Téo: da primeira vez fui na sorte, até com medo eu diria, mas não posso arriscar assim todas as vezes (ri)

📞 Júlia: Até pode, mas tenho que ir praticamente que direto pra casa.

📞 Téo: melhor ver alguns minutos do que não ver... me espera aí, estou indo.

📞 Júlia: Okay.

Eu estava cada vez mais encantada com o Téo, nós vimos tão poucas vezes, as vezes parece que eu o conheço a mais tempo, ele me escuta e me dá bons conselhos, se oferece pra me ajudar mas eu tenho tido medo disso ultimamente.

Entro na lanchonete e aviso que já vou ir embora, Camila entende o recado e fica entusiasmada com a notícia de que Téo estava vindo me buscar e repetiu várias vezes que eu era uma garota de sorte. E de fato eu era sim.

Claro que ela estava falando do fato de ele ser rico e tudo mais, só que eu pensava diferente, poucas meninas teriam a oportunidade de conhecer um cara como o Téo, que é super educado e gentil praticamente 100% do tempo.

Ele encosta perto da calçada da lanchonete e eu abro a porta e entro.

Téo: Ei, calma, eu ia abrir pra você.

Júlia: Aqui é movimentado, se fizer isso o barulho das buzinqas que iria receber faria um escândalo aqui.

- Pego em sua mão, passo a outra em sua nuca e o beijo, como se fosse assim que a gente se comprimentasse, como se fosse normal.

Téo: olha só, gostei disso, posso te buscar mais vezes??

Júlia: haha bobo, como você está?

Téo: estava morrendo de saudade de te ver. Eu tive que vir.

Júlia: Pra ser sincera eu também estava com saudades suas, gostei que veio.

Téo: Bom, agora vou te levar pra casa, vamos?

Júlia: vamos...

Téo começa a dirigir e o caminho todo eu fico te admirando, minha vontade era parar e agarra-lo pra sempre, morar no seu beijo.

Téo: no que está pensando?

Júlia: Em nada demais, só pensando alto...

Téo: bom, queria te perguntar uma coisa... só não quero que se assuste, me diga um sim ou um não e eu vou entender, ok?

Júlia: pode falar.

Téo: quer ir conhecer meus pais?

- começo a tossir desenfreadamente, eu queria mas, como ele pode cogitar isso agora? mal nos conhecíamos.

Téo: aí Júlia... suas reações são melhores do que qualquer resposta que você possa me dar. Mas assim, tava pensando um jeito de te ajudar, tem uma vaga para auxiliar administrativo na sede da empresa do meu pai, somente meio período, perfeito pra você, não é fixo, contrato, mas pode ser uma boa pra ter experiência enquanto faz a faculdade.

Júlia: ah sim, desculpa, eu... eu vou pensar e fa-falo pra você tá bom??

-Julia o que é isso??? que vergonha foi essa??

Téo: vou esperar sua resposta.

Seguimos o resto do caminho e quando chegou em casa fui me despedir dele.

Nós beijamos bem calorosamente e quando me dei conta, Téo havia descido um pouco a mão, sua mão estava na minha coxa, fazendo me voltar ao mundo real por um segundo enquanto o beijo se esquentava cada vez mais.

Júlia: ei, não faz isso, não aqui

Téo: não aqui? ham... é... okay... entendi, desculpe.

De repente vejo minha mãe já de fora do portão, sorrindo pra mim, chega na janela do carro e diz...

Ana: olá meninos!

Téo: Olá, tudo bem com a senhora?

Júlia: Oi mãe (vejo sua cara rindo, adorando a situação)

Ana: por favor, me chame de Ana.

Téo: certo dona Ana.

minha mãe termina de nós comprimentar e diz...

Ana: por que você não convida seu amigo pra almoçar?

- meu Deus, ela vai me matar

Téo: eu adoraria (sorri de canto pra mim, vendo que claramente eu estava morrendo de vergonha)

Júlia: como você é modesto haha vem, vamos

Descemos e quando chegamos na cozinha a comida já estava pronta, meu pai não se encontrava, provavelmente estava trabalhando.

Eu e Téo sentamos e conversamos com a minha mãe assustos mais variados, ele tem esse dom, te envolve em uma conversa gostosa fácil fácil.

Depois de um tempo minha mãe se despede de nós, voltando ao trabalho. Eu rapidamente digo a ele que vou arrumar algumas coisas em casa, devido a mudança já ser amanhã, que o faz prontamente se oferecer pra me ajudar.

Eu mesmo receosa aceito, era bom ter algum tipo de ajuda, mas era melhor ainda tê-lo ao meu lado.

Começo a arrumar algumas caixas a mais e ele foi tirar algumas decorações da parede, quando retorno a sala de estar, lá estava ele, todo suado, sem camisa.

Pela primeira vez reparei em seu corpo, em como era forte, suas costas largas e seu quadril menor, seus músculos na barriga, entrei em transe só de olhar.

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