Júlia narrando...
Os últimos dias da minha vida tem sido tão diferentes, de repente tudo mudou pra mim e pra minha família.
Fiquei mais próxima do Téo, sou completamente apaixonada por ele, ele é o homem mais doce, gentil que já conheci.
Me arrumou esse serviço ótimo, me busca na faculdade, tudo que ele pode fazer por mim, ele faz sem pensar duas vezes.
Sinto saudades de ver a Sandy e o Victor todos os dias, sei que não faz tanto tempo que vi eles mas a saudade tá falando alto. Quando pegar o jeito com as coisas aqui, vou correndo ver eles.
Uma batida na porta e então ela se abre, me fazendo voltar dos meus pensamentos...
Téo: Então? Vamos?
Júlia: Mas já? Que horas são???
Téo: São 17:15, hora de ir pra nossa casa.
Júlia: pare de falar assim, alguém vai ouvir.
Téo: eu quero que se dane se alguém ouvir e mais, eu quero é gritar que estou com você, só não fiz por que você não deixou, lembra?
Júlia: lembro, lembro disso, mas olha, eu não conheço seu pai e nem ele a mim, talvez me conhecendo na sua casa antes de saber que eu estou trabalhando lá, não me julgue pela aparência né?
Téo: Olha, eu não ligo se meu pai quer a gente junto ou não, eu quero que isso dê certo e a menos que você não queira mais, vamos continuar assim...
Júlia: você fica fofo falando assim.
Téo: para com isso, vamos logo.
Saio da sala junto com o Téo e passo pra me despedir de Lívia na entrada, assim que estamos chegando no fim do corredor ouvimos barulhos do que parecia ser uma discussão.
Bianca: olha aqui sua empregadinha, eu vou falar com ele sim, liga na sala dele agora!
Lívia: eu tenho ordens para não interromper o senhor Timberg hoje. Como você não tem horário com ele, sugiro que volte depois.
Téo: Oi Lívia, pode deixar que eu resolvo isso.
Téo falou num tom mais alto, mais sério, Lívia só fez que sim com a cabeça e se sentou em sua cadeira.
Bianca: Oi Téo (vai até ele e o abraça)
Téo: o que quer? (nesse exato momento Bianca me vê e nem preciso conhecer pra saber que ela queria me matar)
Bianca: você ficou de me ligar pra jantarmos depois do dia da formatura e não tive mais notícias suas, fiquei preocupada (fala fazendo bico, meu Deus que ódio dessa garota)
Téo: pois é, ando muito ocupado, licença, preciso mesmo ir. Vem Júlia, estamos atrasados, esse restaurante não costuma segurar reservas.
Júlia: que restau...
Téo: Você esqueceu amor? a gente tinha combinado hoje. Mas não tem problema, sei o quanto você está trabalhando aqui, eu te dou uma folguinha amanhã.
Entendi rápido o que ele tava fazendo e entrei na onda dele.
Júlia: Ah amor, eu... e-eu não esqueci tá? Vamos passar na sua casa antes, minha carteira ficou lá essa noite.
Téo: passamos sim, tchau Bianca.
Júlia: Oi Bia, então era você aqui na recepção? já marcaram o encontro com o pessoal só colégio????..
Bianca: não sei te falar, mas ...
Júlia: tá bom, obrigada por vim aqui, agora realmente temos que ir
Pego na mão de Téo e saímos já nos segurando pra não rir.
Téo narrando...
Julia é minha alma gêmea, entendeu rapidinho que eu estava provocando a Bianca, que garota chata e insistente, meu Deus!
Téo: Você sabe que agora ela vai correndo contar ao pai dela e que consequentemente o meu vai ficar sabendo também não é??
Júlia: não era você que queria espalhar isso?
Téo: Achei que você não queria.
Júlia: Quero, quero muito gritar aí mundo que você é meu, mas não quero causar problemas pra você. Ainda mais com a sua família.
Téo: sou seu é?!
Rimos juntos, gosto da preocupação dela comigo e mais ainda quando ela diz que gosta de mim, eu a amo, quero acabar com essa aflição, vou contar logo ao meu pai, afinal ele não é meu dono.
Pego em sua mão e tenho uma idéia, vamos para o caminho de casa e dessa vez eu não vou deixar ela entrar por nenhum portão do fundo, ela vai entrar comigo.
Quando chegamos, ainda dentro do carro, pego sua mão e olho em seus olhos...
Téo: vamos conversar com seus pais e os meus agora.
Júlia: o-o que?
Téo: vamos sim, Júlia, eu queria fazer isso com um pouco mais de romance, com carinho, com o Bruno Mars de trilha sonora mas não tenho tempo pra isso, eu sei que se sente bem comigo e eu me sinto muito bem com você, eu tenho sede de você, hoje eu passei a tarde toda tendo que contar até dez ou sei lá quanto pra me concentrar e tentar trabalhar por que a todo instante eu só pensava em você. Eu não vou ficar agindo feito adolescente, eu quero você, eu amo você, eu sei que pareço louco agora por que a gente se conhece a tão pouco tempo mais a única certeza que eu tenho nessa minha vida é de que eu te amo. Você quer namorar comigo?
Júlia: Téo, eu... Eu nem sei o que dizer pra você agora...
Júlia me olha e é como se ela simplesmente tivesse travado ali, nada saía de sua boca.
Téo: Fala alguma coisa eu vou desmaiar aqui dentro.
Júlia: podia ter colocado pra tocar no seu celular haha
Acabamos rindo juntos e ela vem de encontro a mim me beijando.
Júlia: Eu também te amo e é claro que eu aceito, saiba que eu sinto o mesmo por você, não acho que seja a hora de contar aos seus pais mas se você quer isso, vamos fazer então.
Nos beijamos novamente, então saímos do carro, pego sua mão e ela vai indo na direção da minha casa, a puxo pra casa dela, se vamos fazer isso tem que ser tudo certo, fico rindo enquanto ela me olha sem entender com cara de assustada.
Júlia: o que tá fazendo?
Téo: Vou pedir a permissão dos seus pais.
Júlia: e se ele disser não?
Téo: seu pai não gosta de mim né? Você falou só dele. Temos problemas.
Júlia: hahaha eu não quis dizer isso, só perguntei pra ver se não vai se arrepender depois.
Téo: jamais.
Júlia narrando...
Meu Deus, o que estamos fazendo? Parecendo duas crianças agindo por impulso. Meu pai vai surtar, minha mãe também mas de alegria.
Corremos pelo jardim e vamos direto pra minha casa, abro a porta e dou de cara com os dois na sala, sentados no sofá.
Júlia: Oi mãe, oi pai. Como estão?
Antes que respondessem, Téo começa a falar...
Téo: Olha senhor Jorge, não pense que sou um cara doido, ou algo do tipo, mas quero namorar com a Júlia e quero sua permissão pra isso.
Eu começo a suar, minha mãe fica de queixo caído e o meu pai não demonstra nenhuma reação sequer.
Júlia: o que tá fazendo? (Digo cochichando olhando pra ele)
Volto a olhar para o meu pai e ele diz...
Jorge: Júlia, o que tá acontecendo? Pode me explicar?
Ana: meu Deus que coisa boa! Eu sabia que vocês teriam algo assim que vi vocês juntos.
Meu pai olha sério pra minha mãe que tinha corrido pra me abraçar, eu ainda sem reação olhando meu pai por cima de seus ombros só consigo soltar um "obrigada mãe"
Jorge: Júlia? O que tá acontecendo?
Téo: Senhor, a gente se conheceu na formatura da Júlia e desde então estamos saindo, eu sei que isso é bem estranho e repentino mas eu vou explicar...
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Atualizado até capítulo 109
Comments
Maria Jose
todo pai so que o melhor pra os filhos .sera que vai dá
2022-05-22
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