capítulo 17

Júlia narrando...

Saio mais cedo da faculdade e vou pra lanchonete de frente esperar o Téo. Chamo os meninos pra irem comigo, estava com fome então os chamei pra comer algo.

Comemos e conversamos assuntos da aula, logo vão embora e eu fico esperando o Téo, a essa altura eu já estava estranhando a demora, ele não fazia isso, pelo contrário, era até bastante pontual.

Já um pouco preocupada pego meu celular pra tentar entrar em contato com ele

✉️ Júlia: Oi Téo, tudo bem?

✉️ Téo: Olá senhorita, já estou a caminho, desculpa por isso.

✉️ Júlia: aconteceu alguma coisa?

✉️ Téo: nada grave, já estou chegando.

✉️ Júlia: okay.

Alguns instantes depois ele chega e para de frente a lanchonete, o vejo descer do carro e vir em minha direção, como era lindo, alto, cabelos castanhos, sua aparência chamava atenção onde ele passava, não tinha jeito de não notar. O ver de terno mexia comigo, ficava com pose de um homem, de alguém importante, que de fato era.

Téo: Como foi?

Júlia: tá sendo muito bom, difícil mas eu já sabia que seria assim. E o que aconteceu com você?

Téo: Fui almoçar com meus pais e acabei me atrasando, falando nisso, o que vai querer comer?

Júlia: no momento nada, comi um sanduíche natural aqui, não quero comer tão cedo.

Téo: então isso é almoço pra você???

Júlia: olha, você tá me enrolando, diz logo o que aconteceu.

Eu sabia que alguma coisa estava incomodando ele, que algo não tava certo, não sei explicar mas parece que o conheço a tempos.

Téo narrando...

Júlia era tão incrível, me conhece tão bem, sempre tão preocupada, atenciosa, pra não estragar isso eu preciso falar a verdade.

Téo: Achei que conseguiria disfarçar mas, é uma coisinha com meu pai e é em relação a você.

Júlia: Eu? O que foi?

Téo: Olha, meu pai fala sobre um casamento meu com a Bianca a anos, o pai dela tem muito dinheiro e isso deixaria nossa empresa lá no topo. Fora que para o pai dela, ter negócios com meu pai o favorecia por termos empresas que trabalham com construção e tecnologia. Mas eu nunca quis isso, eu não consigo nem passar uma tarde perto daquela garota, jamais me casaria com ela.

Júlia: Entendo

Nessa hora vejo que Júlia está triste, com um olhar cabisbaixo. Então pego em sua mão e continuo...

Téo: Eu marquei um almoço pra dizer que estou gostando de você e que vai trabalhar comigo na empresa, pra que ele não pense que fazendo alguma coisa vai conseguir esse casamento.

Júlia: Olha Téo, não quero causar problemas na sua família...

A interrompi no mesmo instante.

Téo: você não é um problema pra mim, realmente gosto de você e eu não vou deixar um imbecil como o meu pai estragar isso por causa de dinheiro. Só quero te pedir pra falar comigo antes, me ouvir antes se algo acontecer ok?

Júlia: Olha, não precisa disso, sério mesmo...

Téo: Promete pra mim, por favor?

Júlia: tá, eu prometo, mas se eu ver que isso tá atrapalhando você, eu vou sair.

Téo: Esse é um dos últimos problemas com meu pai, ele é um idiota.

Júlia: por que diz isso???

Téo: Deixa pra lá, vamos?

Júlia: Vamos.

A pego pela mão e vamos em direção ao meu carro, abro a porta pra ela e entro em seguida.

No caminho, estava um clima meio constrangedor, não deveria ter xingado meu pai perto dela, sempre que ela fala de seus pais diz sempre com amor, com afeto. Mas eu não tive a sorte de ter um pai como o dela, eu realmente sei do que meu pai é capaz.

Júlia narrando...

Téo parece meio distante e ao mesmo tempo bravo, não era assim que eu o imaginava, não parece colocar a família em primeiro plano, ou talvez o pai dele tenha feito algo com ele e como ele não quis falar eu achei melhor deixar quieto.

Não era assim que eu imaginava que entraria na empresa dos pais dele.

Júlia: você contou a eles sobre quem eu sou?

Téo: no meio da discussão eu nem lembrei disso, nem sei por que você tá pensando nisso, não importa pra mim.

Júlia: não conte.

Téo: posso saber o por quê?

Júlia: se o seu pai ficou irritado ao saber que você tava gostando de outra pessoa que não era a Bianca, se ele souber disso capaz de surtar.

Téo: já te falei. Isso não importa pra mim, mas se não quiser que eu falo, eu não vou falar.

Júlia: obrigada.

Seguimos o caminho em silêncio depois disso, assim que chegamos na empresa Téo segura minha mão, olha pra mim e diz...

Téo: me desculpa se eu fui grosso com você, sei que deixei tudo vago sobre o meu pai, mas iremos conversar sobre isso.

Júlia: tudo bem...

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***