CAPÍTULO 3 – ESPÍRTO DE PORCO

Álvaro ficara plantado no mesmo lugar desde que aquela mulher maluca o tinha mandado a merda! Quem era ela? Por duas vezes a tinha encontrado na mesma casa, será que era parente de Amanda? E por que ela era tão grosseira com ele? Quanto mais ele pensava nela, mais vontade de conhece-la. Desde a noite no jardim em que roubara sua vaga, ela não saía de seus pensamentos. Torcia para encontra-la novamente e sabia que seria só uma questão de tempo.

Ainda se lembrava do fora que havia recebido dela, numa atitude impulsiva o que era raro ele ser, havia dito que a queria, e ela simplesmente o ignorou, o deixando plantado pela primeira vez no jardim. Ele reconhecia que havia começado de maneira errada com ela, agora só precisava achar uma forma de se aproximar.

Sabia algumas coisas sobre ela: Era linda, espontânea, dançava bem, tinha bom gosto musical, era pavio curto, tinha um belo carro, amava seu porquinho Bacon e claro, o mais importante, era maluca.

Álvaro era um homem sério, de poucos amigos, 39 anos, alto, olhos pretos e marcantes, o nariz era fino e perfeito, expressão praticamente indecifrável. 

Havia seis meses que reencontrara Fernando, eles haviam estudado juntos na faculdade, depois que terminaram os estudos, cada um tomou um caminho diferente, Álvaro foi embora do país, porém, agora estava de volta, e a vida tratara logo de colocar uma maluca em seu caminho. Ela era tão cheia de vida, parecia que tinha ânsia de viver, não se importava em ser ela mesma, não fazia jogos e falava o que lhe vinha à mente.

Ela era muito diferente dele pois, ele era um empresário acostumado a encontros cheios de formalidade, acostumado ao mundo dos negócios onde tudo era por interesse, e com mulheres não era diferente, elas se ofereciam aos montes a ele, porém seu coração estava fechado completamente. De alguma forma aquela maluca havia mexido com ele. Só restava saber o porquê.

Álvaro pensava em alguma forma de chegar nela, mas como? Ela era diferente de todas as mulheres que ele conhecera, e aparentemente o detestava. Como chegar nela? Elogiando Bacon, talvez? Mas ele não entendia nada de porcos. Como se chamava? Afinal ninguém havia os apresentado ainda.

Ele volta e senta ao lado de Fernando, ainda sem parar de observar Helena. Ela por sua vez agia como se ele não existisse.

A conversa foi interrompida por gritos e correria, Francis chega correndo com Cookie seu bode, e chorando muito.

Amanda: O que foi Francis, por que está chorando?

Francis: O Augusto disse que o Cookie é feio, e ele pegou meu balão e não quer devolver.

Todos se levantam e vão ver o que estava acontecendo, Helena logo reconhece o pestinha que criara a confusão. Era o mesmo garoto que havia lambuzado sua roupa de chocolate. 

Amanda se aproxima e tenta conversar com ele educadamente.

Amanda: Meu amor, não pode falar essas coisas, você não gostou do Cookie? E o balão, porque você tomou da Francis?

Pestinha: Esse bicho é horroroso e fedorento, e eu peguei o balão porque eu quero e agora é meu.

Helena mais uma vez foi tomada por um espírito de porco (com todo respeito ao Bacon), toma a frente e vai em defesa de sua sobrinha.

Helena: Escuta aqui seu pirralho, você está é com inveja dela ter um bichinho e você não! Seu invejoso, e quanto ao balão... – Helena agarra com uma das duas mãos e o estoura fazendo o maior barulho – Pronto! Agora ninguém briga mais.

A partir daí foi briga generalizada, as mães presentes defendendo seus filhos e possessas com a atitude de Helena, as crianças brigando entre elas, os adultos discutindo, e mais uma vez Helena metida na encrenca. Não restava mais nada a ser feito, ela sairia de fininho sem que ninguém percebesse.

Helena: Eu e minha boca grande! Preciso parar de implicar com crianças.

Consegue ouvir de longe seu irmão a encarando e gritando.

Fernando: Sua maluca, você me paga!

Ela sai de fininho com Bacon no colo e vai em direção ao seu carro, quando dá partida não pega, ela olha o painel de combustível e percebe que está zerado.

Helena: Droga! Justo agora? Só pode ser castigo!

Álvaro: Você quer uma carona? – fala com a cabeça no vidro e aparecendo do nada.

Helena: Olha, devido as circunstâncias, eu acho que aceito, afinal essas mães podem voar em meu pescoço.

Álvaro: Ótimo, vamos antes que elas vejam você fugindo! – falava rindo com gosto.

Álvaro não podia ter tido sorte maior, pois assim teria chance de conhecer aquela bela e maluca mulher.

Eles se acomodam no carro dele e resolve se apresentar., enquanto ia dirigindo e saindo do caos.

Álvaro: Me chamo Álvaro, e você?

Helena: Helena, Helena Roy, e esse é Bacon Roy.

Álvaro: Espera, seu sobrenome... Você é a irmã do Fernando?

Helena: Isso mesmo, digamos que meu irmão e eu somos um pouquinho diferentes, tanto em comportamento quanto em aparência.

Álvaro: Vocês não se parecem em nada mesmo, ele é sério e você tão espontânea. Não me lembro dele ter mencionado você nem na época da faculdade. Eu estava fora do país, voltei tem seis meses, ainda é tudo novo para mim, a primeira pessoa que reencontrei foi seu irmão.

Helena: Eu e meu irmão temos formas muito diferentes de ver a vida. Isso não quer dizer que não o ame, mas ele constantemente pega no meu pé. 

Álvaro: Preciso te parabenizar pelo presente original que você deu a sua sobrinha! Um bode! Poxa, eu jamais pensaria nisso! – falava e ria ao mesmo tempo.

Nessa hora o muro entre eles começou a ser derrubado pois, Helena também começou a rir muito. Bacon parecia que entendia pois começou a fazer barulhos como se estivesse rindo junto, isso só fazia eles rirem mais ainda.

Álvaro: E então? Onde te deixo? Precisa me mostrar o caminho para sua casa.

Helena nada responde, apenas deixa o silêncio entre eles, como se estivesse pensando o que deveria fazer.

Helena: Quer comer alguma coisa comigo?

Álvaro: Agora? Claro, eu estou mesmo com fome, saímos antes da melhor parte da festa! Conheço um lugar onde podemos ir, e não se preocupe que Bacon será bem recebido.

Ela apenas sorriu para ele de forma doce, um sorriso que aqueceu seu coração pois até aquele momento só conhecia a Helena maluca. Quantas mais existiam?

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Comments

Polly

Polly

Tava na hora né Helena de ser gentil, parece uma mula dando coice kkkkk. tenho dó dele o coitado vai sofrer para te conquistar

2024-02-25

1

Polly

Polly

Espírito de porco kkkkkkk

2024-02-25

0

Eliza Castro / Beth

Eliza Castro / Beth

eita agora está ficando interessante kkkkkkkkk

2024-02-04

1

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