Capítulo 19-O desenrolar da história

Minha mãe é uma mulher de fibra,mas ainda é apenas uma dona de casa,imagino que nunca esteve em uma delegacia,e com certeza ela não sabia de nada que tinha acontecido por aqui.

-Obrigado policial por nós avisar.

O policial sai,enquanto eu começo a pensar no que fazer.

-Eron por favor precisamos de um advogado para minha mãe,ela não fez nada.

-Eu sei disso,acalme se Maria.

Como ficar calma? Porque tudo em minha vida é uma completa confusão e mal entendidos?Isso claramente é um mal entendido,minha mãe viajou para algum lugar,talvez para esfriar a cabeça,porque tinha que ser logo agora antes de eu ser envenenada?Eu devia ter dito a ela sobre meu plano?Ou ela diria para meu pai que estávamos sabendo de tudo?Não!Minha mãe não faria isso,ela mesma disso que não concordava com as atitudes que meu pai tomou.

Me levanto do sofá.

-Eron eu vou a delegacia...

Ele segura meu braço.

Quando olho para ele,ele está com um olhar claramente de descrente.

-Nem pense nisso,nem que eu te amarre aqui,não a deixarei entrar em uma delegacia Maria.

-Mas Eron não posso não ir...eu..

-Eu sei, você está muito preocupada e com razão,mas acredite delegacia não é lugar para mulher estar.

Eu balanço a cabeça negando.

-Eu preciso ir.

Estou a ponto de gritar,porque ao invés de estarmos discutindo devíamos estar indo para a delegacia.

Ele segura firme meus ombros.

-Você acredita em mim?

-Sim,mas por que...

-Então confie em mim,porque farei o que for possível para que sua mãe saia ainda hoje da prisão.

Eu olho para ele,fico em pequeno debate íntimo entre discutir com ele e insistir para ir de qualquer jeito,mas a cada minuto que passa minha mãe estará sozinha naquela delegacia.

-Eu confio.Por favor vá rápido,não deixe que nada de ruim aconteça com ela.

-Muito bem,então fique em casa,assim que eu tiver alguma notícia eu ligarei.

-Mas não demore a ligar assim que tiver notícias está bem?

Ele me dá um beijo na testa.

-Claro,não fique preocupada.

Eu balanço a cabeça.

Mas minha resolução sobre isso muda imediatamente quando ele sai.Eu deveria ter ido,afinal é minha mãe.A tranquilidade que deveria ter não aparece em momento algum.

Não saio da sala,fico andando de um lado para o outro,quando isso me traz fadiga eu me sento no sofá ao lado do telefone,e quando a agitação volta,eu volta a andar de um lado a outro pela sala.

-Senhora posso lhe trazer um chá?

-Não Laya obrigada,nada agora pode me acalmar,muito menos um chá.

Se minha mãe falar algo que possa prejudicar ou piorar a situação dela e ela acabar sendo presa em uma sela,ou algo pior,Eron vai mesmo me ligar?Se nem mesmo ele me deixou ir a delegacia?

Isso me traz ainda mais agitação,minha vontade e de pegar minha bolsa e ir na delegacia,mas e se eu acabar me desencontrando de Eron e da minha mãe?

O que tenho que pensar e que ela vai sair rápido e daqui a alguns minutos vai entrar pela porta feliz e alegre.O olhar no relógio também não me traz paz alguma,as horas passam e isso vai fazendo eu ficar cada vez mais estressada,preocupada,nervosa.

As horas parecem não passar,por mais que esteja ao lado do telefone,esperando a ligação, ninguém liga.Começo a roer todas as unhas,mas nada acontece.Será que aconteceu alguma coisa? Não há como eu saber a menos que eu vá até a delegacia.Eron muito provavelmente vai brigar comigo por isso.Por mais que eu tenha prometido não ir,não há como eu ficar aqui mais um minuto que seja.

-Laya?

-Senhora?

-Por favor peça um carro de aluguel para mim.

-A senhora vai sair?

-Sim,vou a delegacia.

Por mais que eu esteja nervosa,por muitos motivos,não posso deixar apenas Eron resolver as coisas,e da minha mãe que estamos falando.

Me sinto completamente desconfortável por estar nessa situação,mas não há outra maneira,eu iria morrer de preocupação se continuasse lá.

Quando chego a delegacia,não sei muito bem o que fazer,mas entro com toda a coragem que tenho.

Há bastante pessoas na delegacia (homens)para ser mais exata,não vejo uma única mulher por aqui,talvez Eron estava certo,esse não é lugar para uma mulher está,então imagino como esteja minha mãe aprisionada aqui.

Vou até o policial que está na recepção.

-Como licença,estou procurando por alguém que foi preso.

Seu olhar me incomoda muito.

-Deve ser alguém muito importante,para uma mulher vir a delegacia sozinha.As únicas mulheres que entram por aqui são prostitutas.

-Está me entendo errado, não sou nada disso,minha mãe foi presa,e vim vê-la.

Ele ri,o que me deixa irritada porque eu não disse absolutamente nada engraçado.

-Sua mãe é prostituta?

-Como ouça falar dessa forma com uma dama senhor?

Agora ele ri como se eu tivesse lhe contado uma piada.

-Damas da sociedade não vem a delegacia, você até está bem vestida,mas por debaixo dessas roupas imagino que tipo de mulher você seja.

-Seu policial grosseiro escute aqui...

-Escute aqui você,dê meia volta e saia daqui antes que seja presa.

-Como?Isso é um absurdo,eu quero ver o delegado,minha mãe....

Ele sai de trás do balcão e pega no meu cotovelo,a ponto de me arrastar.

-Se não sai por bem...vai sair por mal ou vai parar nas selas sua vida fácil.

-Me solta,está me machucando...

-É para machucar mesmo,imagino que seus clientes...

-Soldado o que está fazendo com minha esposa?

Giro para trás e vejo Eron olhando com uma cara que beira da raiva até a confusão.

O policial parece confuso também.

-Senhor Yaning...essa..

-Sim,poderia tirar as mãos dela,por favor.

Ele me solta,e o mais rápido que posso corro para o lado de Eron,e agarro seu braço.

-Você está bem? Está machucada?

Balanço a cabeça negando.

Ele se volta para o guarda.

-Senhor Yaning me perdoe,ela não se apresentou e houve um mal entendido...

-Mal entendido ou não,ninguém pode tratar mulher alguma assim,muito menos a minha,o comandante ficará sabendo do ocorrido.

Ele pega minha mão e me puxa com ele.

Começo antes que ele possa falar.

-Eron me desculpa,mas...

-Você ficou louca?Em vir aqui e ainda sozinha?Sabe o que ia acontecer se eu não chegasse agora ?

Eu sei que ele está certo,ele me disse,me avisou como a delegacia era,mesmo assim não imaginava que seria tão ruim.

Sinto meus olhos marejarem,estou a beira das lágrimas,então abaixo a cabeça e respiro fundo tentando impedir o choro.

- Eu sei que está muito preocupada,mas não tome decisões precipitadas a esse ponto.-ele respira fundo-Enfim a situação não está boa para sua mãe,ela se recusa a dizer onde esteve e o delegado tirou isso como uma forma dela não ter álibi.Com a prisão do seu pai,o poder da família Hien está em declínio,se isso fosse antes imagino que não estaria acontecendo,o advogado está tentando convence la de todas as formas possíveis,mas ela parece irredutível,ela é cabeça dura,acho que você puxou um pouco dela.

No final sua voz fica mais anema,como se a raiva houvesse passado,mas isso não me traz mais paz,a situação da minha mãe está ruim,e penso se eu não fizer nada vai ficar pior....

O que ela tem passado aqui dentro?Eu fiquei 5 minutos e fui tão destratada.O choro que estava segurando cai em meu rosto.

-Maria o que foi?

Eu balanço a cabeça,negando.

Ele coloca a mão em meu rosto,e levando o para vê-lo.

Ele se surpreende ao me ver chorando,e me puxa pra me dar um abraço forte.

-Maria,ei não chore,eu sei que está acontecendo muita coisa difícil,vamos dar um jeito, resolver tudo juntos.

As lágrimas são mais de frustração,de querer fazer algo e não ter poder para isso.

-Você não pode fazer nada?Por mais que o nome da minha família esteja em declínio,sua família tem um nome forte em toda cidade.

-Até mesmo o poder de nossa família tem um limite.

-Então o que podemos fazer?

-O mais rápido seria se sua mãe contasse onde esteve,mas ela não está dando ouvido ao advogado e nem a mim,o que ela pode está querendo esconder?

Eu desfaço o agraço.

-Nem imagino o que possa ser,minha mãe sempre foi uma mulher tão pacata,sossegada,não sei onde ela possa ter ido...mas então,deixa eu tentar convence-la.

-Não basta vir a delegacia sozinha,agora você quer entrar nas selas também?

-E a minha mãe?Ela também é uma mulher,o que ela pode estar passando estando em uma cela?

Eu não vou poder dormir, descansar,comer,enquanto minha mãe não estiver livre daqui,por favor Eron,se você verdadeiramente gosta de mim ...

Ele respira fundo,como se estivesse prestes a perder a paciência,me pegar e me tirar dali.

-Muito bem,vou falar com o delegado,mas falarei para ele para que vocês conversem em alguma das salas,não quero que você vá a um lugar tão impróprio quanto as selas.

-Obrigada,obrigada...

-Tudo bem Maria.

Ainda não me sinto aliviada, principalmente e se não conseguir ver minha mãe? Será que ela está sofrendo alguma coisa nas celas da prisão?Meu coracão não está sossegado ainda.

Só quando Eron volta e me diz que conseguiu que eu pudesse ver ela,que consigo ficar um pouco mais iluminada,e só quando entro na sala e vejo minha mãe,meu coração se aquieta um pouco,eu corro para abraça la.Sim houveram muitos acontecimentos que fizeram nos afastar,nos machucar multuamente,mas depois que ela veio e se desculpou foi como o conserto de algo rasgado.

-Mãe.

-Filha.

Ela me recebe nos seus braços,seu abraço e caloroso como antes.

-Mãe,você está bem?Eles te fizeram alguma coisa?

Olho para vê-la,mas parece que ela está ótima.

-Estou bem,minha querida,porque está aqui,isso não é lugar para você.

-Não é lugar para você também.Eu vou fazer o possível para tirá-la daqui.

-Eu tomei um susto quando fui presa na estação de trem,nunca imaginaria o que ocorria aqui,seu pai quis mesmo te matar?

-Sim,mas isso não é importante agora,precisamos te tirar daqui.

-Isso não vai acontecer,pelo menos não tão rápido.

-Como?Mas porque não,Eron disse...

-Eu sei,eles querem saber onde eu estive,e eu não posso contar.

-Mãe,qual o problema porque não quer contar onde você esteve?Que segredo todo é esse?Seja lá o que for esse segredo vale sua liberdade?

-O segredo não é meu,mas farei de tudo para protege lo.

-Não me importa de quem seja,você precisa sair daqui,aqui só há homens,eles podem fazer alguma coisa com você,por favor mãe conte a verdade a eles e você vai poder sair daqui,ir para casa,por favor por mim,enquanto você não estiver livre não vou comer,nem dormir,nem ter sossego.

Ela coloca uma das suas mãos em meu rosto.

-Minha querida filha,faço isso exclusivamente por você,existem coisas que não podemos revelar.

-Como?O que isso tem haver comigo?E porque não pode contar?

Ela respira fundo.

-Eu fui visitar seus avós maternos.

Meus avós?Eles moram no interior,bem interior mesmo,o que ela foi fazer lá,e o que isso tem haver com um segredo sobre mim.Isso não faz sentido.

-O que os meus avós tem haver com toda essa história? Mãe eu não estou entendendo,mas de qualquer forma tudo o que quero e que fique livre desse lugar,não importa o que seja,conte.

-Você me entendeu errado Maria,fui atrás dos seus verdadeiros avós maternos.

E então eu entendo,ela não foi visitar meus avós,seus pais,e sim meus avós pais da minha mãe verdadeira.Agora eu entendo o porquê do segredo e o porquê de ela não ter contado onde esteve e qual segredo ela quiz defender.

-Eles vão querer saber o que fui fazer lá,não posso mentir se não a situação vai ficar ainda pior,e se contar eles saberão da verdade,quem sabe se eles não vão espalhar isso.Já imaginou o que vai acontecer se todos souberem os segredos obscuros por trás da nossa família?

Agora eu entendo a renuncia dela de não contar onde esteve,o nome da família Hien cairia em desgraça,com tantos acontecimentos e fatos ruins,não há como ainda termos nome em qualquer lugar que seja.A verdade e que foi escondido por dezenove anos,pode ser revelada,e o quão ruim não pode ser isso.A vontade de chorar volta,porque eu tenho que fazer uma escolha,e apesar de ela ser óbvia,ainda me doe ter que fazer uma escolha tão cruel.

Respiro fundo antes de começar.

-Agora consigo compreender melhor toda a situação,e por mais que eu não queira ser apontada na rua,ou ser o alvo dos mixiricos do povo,a culpa de toda essa história não é sua mãe,então se for para te livre daqui,por favor conte a verdade.

Agora eu começo mesmo a chorar.

-Minha querida,não precisa se fazer de forte,eu estou querendo te poupar,porque sei que os últimos acontecimentos tem sido cruéis com você,eu não farei isso com você meu amor.

-Você tem que fazer para a poder sair daqui,não me obrigue a contar eu mesma.

-Se dizer eu nego,não vou deixar que passe por isso por minha causa e principalmente por causa do seu pai.

Eron tem razão ela é muito teimosa e difícil.

-Então se fizer você terá companhia na sela porque serei presa com você por falso testemunho,é isso que quer?Que eu seja injustiçada novamente?

-Você sabe que não...

-Então por favor conte a verdade,caso contrário você sabe que não terei escolha mãe.

Ela parece pesar minhas palavras

-Chame o advogado vou contar tudo.

Eu balanço a cabeça afirmando.

-Obrigada filha,eu sei o quanto isso está custando a você...

-Não mais do que custou para nossa família,vou chamar o advogado.

Quando saio da sala eu saio às lágrimas,porque as coisas tem que ser tão complicadas?E como se para ganhar algo eu tivesse que perder muitas,é doloroso.

Quando Eron me vê ele vem ao meu encontro.

-Como foram as coisas?

-Ela concordou falar com o advogado.

-A conversa não foi nada fácil não é?

Ele percebe meu estado.Ele me envolve com seus braços,e me leva até os bancos onde eu estava sentada antes.

-O que ela te disse que te deixou tão abalada?

-Nada demais, só onde ela foi.

-Onde ela foi?

-Ver meus avós maternos...quero dizer meus verdadeiros avós maternos.Mesmo que o advogado ficasse um mês falando com ela,ela não ia contar.

-E porque ela fez isso tão derrepente?Ir visitar eles assim?

-Ela não disse,e eu não perguntei, porque com isso será verdadeiramente o fim de nossa família,quando todos souberem a verdade por detrás de toda imundícia dessa história.

-Ei não pense assim,eu lhe ajudarei no for preciso está bem?

-O que me mata e que a culpa não é de nenhuma de nós duas ou de nenhum dos Hien além do meu pai,mas todos nós vamos sofrer.

Eron me envolve com os seus braços.

-Não pense nisso agora sim,vamos esperar e ver como as coisas se desenrolam.

A vida ultimamente não está sendo nada tranquila para mim.

Então coloco a minha cabeça em seu ombro.

Eu fecho meus olhos,me sinto cansada.

-Está cansada?Podemos ir para casa.

Balanço a cabeça negando.

-Então você ficou em casa sentada e do nada decidiu vir?

Ele pergunta debochado,com certeza ele acha que eu não fiz isso.

-Como poderia descansar sem saber o que estava acontecendo aqui? Você não ligou,estava quase enlouquecendo sem notícias.

-A situação não estava fácil,eu e o advogado tentamos fazer de tudo para que ela dissesse a verdade,acho que se não vinhesse a situação dela ia ficar cada vez pior.Foi uma boa coisa você ter vindo.

No fundo acho que Eron está querendo me distrair,me demover da tristeza que me abala,mas acho difícil,ainda mais o que está por vir com tudo isso,com a queda no nome da família Hien,passarei por momentos muitos difíceis ainda mais se a verdade vier a tona, novamente se puder quero tirar Eron e a família Yaning dessa confusão,eles não tem nada haver com isso,e esse escândalo acabar afetando eles?Eu não quero isso,todos eles sem excessão me aceitaram e me receberam tão bem em sua família,eu não poderia ter me casado com uma família melhor,porém agora penso uma vez que sou a esposa de verdade de Eron,posso muito bem dar lhe a opção de anular o casamento para que ele nem sua família recebam o peso que é para mim receber.

Basicamente passamos a tarde toda esperando a liberação de minha mãe,mas quando ela sai já está a noite.

-Enfim mãe-digo dando um abraço forte nela.

-Sim,enfim minha querida,estou livre.

-Agora vamos para casa?Quero dizer porque não fica conosco,pelo menos essa noite para não ficar sozinha.

Derrepente me ocorre que não disse nada para Eron.

-Sim minha sogra, você será bem vinda.

Antes ele e minha mãe tiveram desentendimentos,mas como eu,acho que Eron deixou isso no passado.

-Obrigada pela gentileza e preocupação, mas quero ir para minha casa minha querida,vocês são refém casados,e eu não quero atrapalhar e eu quero um netinho logo.

Por essa eu não esperava.

-Mãe...-digo sem graça.

Ela ri.

-É sério, você é minha única filha,se não quer me ver ficar sozinha me dê uns netos.

-Mãe vamos sair daqui, você precisa descansar.

Eu digo para mudar de assunto,e quando olho para Eron ele está rindo.

Depois que deixamos minha mãe em casa,e estamos a caminho de casa estou pensando com meus botões nem percebo que Eron me chamava.

-Você está bem? Está estranha,tive que chamar 5 vezes para você me atender.

-Eu estou bem,não precisa se preocupar.

Ele não diz mais nada,mas me observa com cuidado .

As vezes as coisas vão te importando para situações inesperadas e não desejadas,antes eu fui importada para os bravos Eron,com o casamento às pressas,e as mentiras que foram inventadas sobre a minha honra,e agora está acontecendo o contrário,mesmo que eu não queira acho que preciso me separar de Eron,não será o melhor,mas quando gostamos de alguém,devemos buscar o melhor para ela,e é o que eu pretendo fazer.

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Comments

Luciana Santos

Luciana Santos

há não Maria deicha de palhaçada

2023-05-07

0

Rejane Azambuja

Rejane Azambuja

Um livro muito estranho

2023-02-23

2

Evaneide Lima

Evaneide Lima

Tá sem graça essa palhaçada dela

2023-01-04

2

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