Capítulo 10-Conversa de gente grande

Eron me segura firme por mais que tente lutar com ele(diga se de passagem algo inútil)ou mesmo gritar,me balançar,pedir ou mesmo chorar.

-Pare de lutar Maria eu não vou te deixar sair agora.

Como ele pode me dizer isso,logo depois do que ele próprio me contou?

-Escute me sim,não te contei o que descobrir pra você sair daqui desesperada louca para jogar tudo na cara do seu pai.

-Então para quê me contou?Esperava que me sentasse pedisse um chá e lê se um livro ao invés de ir lá e jogar tudo na cara de pau do meu pai?Ele mentiu para todos, até para minha mãe,como...como você acha que estou agora Eron?O que acha que estou sentindo?

-Não posso mesmo adivinhar o que está passando,mas pense comigo Maria,se for agora desvairada como está,o que acha que vai conseguir tirar dele?Acha que depois dele esconder isso por tanto tempo vai lhe dizer a verdade assim por nada?O que acha que vai conseguir indo lá acusa lo assim sem provas,além de ser mais humilhada do que já foi?

Eu paro de lutar com ele,ele está certo e isso me doi.

-Não estou dizendo que não vá confrontar seu pai,mas pelo menos não vá sem ter algo mais concreto em mãos

-Então me diga Eron, há como de alguma forma parte ou toda essa história ser comprovada?

-Toda eu acho muito improvável,mas parte sim com certeza.

Eu balanço e faço menção para ele me soltar,quando ele tira os braços dos meus ombros,eu vou me sentar na cadeira de novo.

-Você... não vai mesmo atrás do seu pai?Mesmo quando eu virar as costas?

-Quem pensa que sou Eron? Por mais que seja difícil de reconhecer, você está certo,talvez esse,na verdade hoje não seja o momento certo de confrontar meu pai.

Quando eu tiver prova em mãos,aí poderei escolher o dia mais propisiu, até lá me resta esperar.

-O que está pensando em fazer Maria?

-É melhor eu não te dizer se quiz me impedir de eu ir a casa do meu pai agora, não vai gostar nada dos meu planos .

-Prometi lhe ajudar sem reservas Maria,mas essa ajuda não é sem algo de sua parte em troca,a única coisa que quero e que me diga os seus planos,isso vai ajudar muito eu a ajuda la quando e onde for necessário.

Eu balanço a cabeça,tudo tem o seu preço,e esse e o que eu tenho que pagar.

-Muito bem,mas quero lhe pedir que não atrapalhe ou queira me impedir de fazer o que eu planejo.

Ele me olha muito seriamente.

-Diga primeiro o que está pensando em fazer.

-Pois bem,ele não sair livre de tudo isso,pelo menos não pelo que depender de mim.

-Você quer se vingar?

-Não quero as coisas da forma correta,Eron você é um homem inteligente,sabe que diante da lei não existe crime no que meu pai fez,algo a aconteceria com ele se eu o denunciasse a polícia?Ou expo se a situação ao governador?Ou aos ministros?

Você sabe que não,o que me resta além de eu mesma trazer a luz a essa situação de escuridão.

-Está pensando em fazer com que todos saibam de tudo isso?

Balanço a cabeça negando.

-Isso seria ruim,para mim,para a família Hien,para sua família também já que eu faço parte dela agora,seria um escândalo muito grande e respingaria em muitas pessoas que nada tem haver com isso.

-Então...

-Ele que decidirá,quando eu tiver as provas na mão,escândalo,ou voltar atrás no documento que registrou no cartório,além de contar a verdade para a senhora Hien,ela merece saber a verdade.

-Isso não é chantagem?

-Se quiser chamar assim,de uma forma ou de outra eu teria direito a usar o nome Hien...e eu sou uma Hien... você pode ser contra,mas é o que eu vou fazer.

-Só tome cuidado com suas ações,não cometa crime para mostrar os crimes de outros.

Eu entendo a preocupação dele e ele está certa em temer,agora eu levo o sobrenome de e de sua família,qualquer passo errado pode implicar nele,mas eu sei o que eu estou fazendo.

-Não se preocupe não vou passar dos limites,e não é crime uma filha querer ser reconhecida pelo pai.

-É depois que conseguir seu sobrenome de novo o que vai fazer?

-Não muito,mas preciso saber como aconteceu toda essa história para saber o que fazer,eu não sei porque Eron mais sinto que há algo estranho em toda essa história e muita mais coisa suja pode surgir,meu pai sempre me pareceu tão certo,e nesses casos e como um velo de lã quanto mais se puxa mais se acha.

-Quanto a isso não posso discordar se você queviveu com ele por tanto tempo nem desconfiou desse embrolio,quer disser que ele sabe esconder as coisas muito bem.

-Sim.-

-Você ainda mantém os seus planos de continuar aqui,e ser minha esposa?

-Isso não muda nada meus planos,pelo contrário só os fortalece,eu prometi te contar se mudasse de idéia.

-Estava só verificando...

-Eron?

Ele parece meio bravo,não sei porque,talvez eu esteja mesmo causando muitos problemas a ele.

Eu envolvo sua cintura com meus braços.

-Eron?Obrigada,você está fazendo muito por mim.

Ele olha para mim e dá um sorriso de leve.

-Ja disse que quero ve la bem.

-Sim disse.

Ele ainda parece um pouco de cara fechada.

Eu dou um beijo em sua bochecha.

-Obrigada mesmo assim.

Dessa vez seu sorriso e mais largo e ele me envolve com seus braços também.

Nesse momento ouvimos a porta abrir,e a empregada

-Me desculpe a senhor...

-Não precisa se desculpar Sisi,pode entrar.

Ele tira os braços a minha volta,e eu faço o mesmo.

-Senhora o jantar que pediu está pronta.

Já se passou tanto tempo assim?

-Obrigada ,já iremos jantar,pode servir a mesa sim?

-Claro senhora com licença.

-Fiz um jantar especial para você,e já tinha me esquecido.

-É mesmo,então não farei dispensa disso,vamos.

-Vamos.

Ele pega minha mão e vamos de mãos dadas.

Depois de um dia com tantas notícias que nos abalaram o jantar e como refresco para nós dois momentos de paz e tranquilidade,o silêncio parece agradar a nós dois,Eron gosta da comida dele disse que gosta de carne vermelha,vou tentar guardar isso.

Tudo no jantar é muito agradável,mas só quando estou no quarto sozinha que percebo e tomo ciência de cada coisa que passei nesses dias,se esse for um prenúncio do que está por vim,então um furacão está prestes a passar em minha vida.

Mas alguns dias se passam,Eron liga para os pais para explicar, já havia tido mixiricos sobre termos ido a casa dos meus pais,Eron inventou uma desculpa.

Eu permaneço meus dias em casa,Eron de vez em quanto sai,apesar de ainda não ter voltado ao trabalho ,porque devíamos estar em viagem de lua de mel.Eron me trouxe alguns livros então tem passado esses dias lendo,e é o que estou fazendo quando ele se senta ao meu lado no sofá da sala.

-Maria?

-Sim Eron,aconteceu alguma coisa?

-Pode me acompanhar até o quarto um momento?

-Posso mas o que houve?-digo desconfiada,desde que mudei de quarto não voltei mais ao quarto de núpcias.

Deixo o livro de lado e o sigo com meu coração apertado,o que será dessa vez?

Quando entro vejo que nada mudou por aqui,só não há pétalas de rosas como na noite de núpcias.

-Então Eron me diga o que houve?

-Sente se primeiro,por favor.

Eu me sento na cama,olhando melhor vejo ué ele parece cansado,e ao olhar ao redor vejo na mesa de cabeceira uma bandeja com chá e remédios.

-Eron você está doente?-Pergunto apontando para a bandeja.

-Não estou,mas logo vai entender o porquê disso.

Isso me deixa ainda mais confusa.

-Não quero que se desespere com o que vou te disser,nem mesmo é para sair correndo daqui.

Meu coração dá duas batidas fortes.

-O que quer dizer com isso?

-Escute me não saia daqui correndo atrás de ninguém,mantenha a calma está bem?

-Eron está me assustando o que está acontecendo,?

-Essas últimas noites mal tenho conseguido dormir,estava tentando achar uma forma tranquila de te contar isso,mas percebi que não há forma de contar algo assim.

-Contar o que Eron?

-Os detetives descobriram na investigação que estão fazendo...sua mãe não morreu no parto como havia falado antes,ela conheceu seu rosto,te amamentou por dois dias,e só então morreu.

Eu fico confusa,ele não dormiu direito porque tinha que me contar algo assim?Isso não é ruim,pelo menos minha mãe biológica me conheceu,sentiu o calor do meu corpo e eu o dela.

-E você teve medo de me contar isso?

-Não,a parte ruim vem agora Maria,meus homens conversaram com as madres do convento em que sua mãe ficou...

-E...?

-Sua mãe morreu minutos depois da visita de um homem, depois da visita ela começou a passar mal.

-O que está dizendo Eron?

-Esse homem era o seu pai Maria.

Eu balanço a cabeça como se a mexendo eu conseguisse tirar essas palavras da minha cabeça...

-O que está dizendo Eron?

-As próprias madres desconfiaram,a saúde da sua mãe estava ótima,sem nenhum problema após o parto,e logo assim que ele foi visita la ela deve um ataque.

Sinto que meu sangue congelou,nem mesmo lágrimas caem de tão estarrecida que estou.

-Como?Ele...ele...não faria isso faria?

-Eu sinto muito Maria.Depois da morte da sua mãe você foi levada a um orfanato, já que no convento não poderia ficar,e seus avós maternos não quiseram se responsabilizar,até onde sabemos seu pai e sua mãe mentiram a respeito da identidade dele para as madres que deixaram em alerta a respeito do nome do provável suspeito de fazer esse mal a sua mãe,no caso o pai da criança,porém como era um nome falso,seu pai,seu verdadeiro pai conseguiu sua adoção com o nome real dele.

-Ele....ele é um desgraçado,como pode possar de bom homem depois de fazer algo assim?Como...como...ele teve coragem de matar minha mãe!-eu grito como se estivesse falando com ele.Eu me levanto,Eron faz o mesmo,mas não vou sair não a lugar nenhum agora.

-Aqueles infeliz como teve coragem de destruir vidas desse jeito,como se fosse o senhor do destino,como se pudesse decidir o destino das outras pessoas,mas que tipo de sujeira ele tem dentro do próprio coração para fazer algo assim,matar?Eu todo esse tempo nunca tinha olhado assim,mas ele é um mostro.

As lagrimas antes não vinheram,agora elas vem e caem com uma torneira meia aberta.

Eron me dá um abraço,não que o abraço dele possa fazer algo para diminuir a dor que sinto agora.

-Não queria te ver assim,por isso perdi o sono só de pensar em te contar algo assim,mas acho que é melhor saber a verdade que viver na mentira.

Eu balanço a cabeça afirmando.

-Ele é muito frio para fazer isso,viver como se nada tivesse acontecido...

-Coração dos outros e terra onde ninguém pisa Maria.

Balanço a cabeça.

-Seus detetives conseguiram alguma prova de tudo isso?

-Sim,tudo que estão conseguindo eles trarão para mim dentro de alguns dias.

Seco as lágrimas.

-Pois bem,quando chegarem não deixe de me contar,pois será o dia em que meu pai receberá minha visita.

-Chegará em poucos dias.

Nem se fosse um ano eu esperaria.

-Eles conseguiram achar uma foto de minha mãe?

-Sim,as madres tinha uma dela grávida de você.

Eu balanço a cabeça,então meu pai terá um encontro com o passado.Uma vez ouvi que não há nada que esteja em oculto que não seja revelado,meu pai vai provar disso,mais cedo ou mais tarde.

-Imaginei que você ficaria muito mal com essa notícia,mas até que reagiu melhor do que eu poderia imaginar...

-Estou muito triste dentro de mim,a dor que sinto é maior ainda, a decepção,mas vou focar em fazer justiça.

-Não sei dizer se isso é algo bom ou ruim,mas não esqueça não cometa um crime para mostrar os de outro.

Balanço a cabeça ele já havia me dito isso antes.

-Você não me disse se não está doente ara que o chá e os remédios?

-Hm,eu imaginei que ficaria muito balada,e se precisasse se acalmar antes que tivesse um colapso.

Eu faço uma careta para ele.

-Não sou tão sensível assim,ou melhor talvez um dia até fui,mas depois do que tem me acontecido,preciso criar minha própria defesa contra as maldades que me fizerem.

-Bom saber que é uma mulher forte.Bom a única coisa que me consola e isso que você é forte e eu posso voltar a dormir melhor.

-Da próxima vez me conte logo antes de ficar sofrendo sozinho,esse fardo não é seu e mesmo assim insiste em carregar sozinho.

-Pensarei nisso se houver próxima.

-Então agora que seu temor maior passou,se está com sono porque não toma um chá e dorme um pouco?

-Você não está querendo me fazer dormir para correr atrás do seu pai não é?

Eu rio dele.

-Não,já lhe disse que não sou uma criança,então o que acha de tirarmos um cochilo juntos?

-Dessa ideia eu gostei.

Nós dois tomamos o chá e deitados abraçados na cama.

-Você está mesmo bem Maria?

-Como estaria completamente bem depois do que me contou?Mas estou consideravelmente bem se comparado a outra vez que me contou algo assim.

-Posso ver que sim.Mas me promete uma coisa?

-O que?

-Que não vai atrás de seu pai sem antes ter as provas,será inútil,além de ele ficar avisado de que está atrás dos podres do passado.

-Te prometo não irei atrás dele antes disso.

-Senhora Maria.

-Já lhe disse que pode me chamar apenas de Maria ou como sempre me chamou sem toda essa formalidade.

-Claro,mas eu ainda lhe devo respeito.

-Você sempre foi respeitosa,além de gentil comigo.

-Como no ser com uma menina de ouro como você.

Eu sorrio.

-O que a trouxe aqui menina?

-Bom vim ver meu pai Zalia,ele está?

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Comments

Cintia Alves

Cintia Alves

ela vai sozinha e ainda sem avisar a ele??

2023-02-04

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