Capítulo 7-Má notícia sobre má notícia

Ao sair do portão,não vejo muita coisa as lágrimas tornam isso impossível, somente quando entramos no carro Eron pega um lenço e me ajuda a enxugar as lágrimas .

-Por favor Maria,não chore,eu sei o quanto isso pode estar sendo difícil para você.

Eu tento me acalmar,mas isso parece impossível.Chega o momento em que ele desiste de tentar secar minhas lágrimas e me abraça bem apertado,isso só me faz chorar mais.

-Senhor para onde vamos?

-Nao é bom ficarmos na cidade por agora,não precisamos de mais falatório.Vamos voltar para casa do centro.

Ele faz um carinho nas minhas costas,tentando me acalmar.

-Nunca poderia imaginar,que pais poderia fazer isso com uma filha.Foi uma péssima ideia tentar esclarecer as coisas,ainda mais quando as pessoas não querem ver a verdade.

-A culpa não é sua,na verdade em toda essa situação você foi o único que acreditou em mim,sou grata pela esforço que fez para me ajudar.

Não que isso mude meu estado agora.

O que será de mim?Sem família?Sem ninguém por mim.

-Se eu pudesse faria mais,ainda mais para reparar o erro que foi lhe causado.

Talvez esse que é o único que me ajudou,que eu mal conheço pode ser aquele que por uma brincadeira do destino me ajudará a sair da minha situação atual?

Aqueles que conhecia a dezenove anos me decepcionaram,aqueles que deveriam me amar por toda a minha vida,no meio do caminho me abandonaram,agora eu não tenho absolutamente nada,além desse estranho,do casamento com ele e de seu sobrenome.

Ao passar da viagem eu consigo ir me acalmando,me tranquilizando.

Quando chego em casa estou mais tranquila,o suficiente para fazer o que agora é a minha única opção.

-Vamos Maria.

Eu seguro na mão dele ao sair do carro.

-Podemos conversar um pouco Eron?

-Sim,claro,vamos para um lugar mais tranquilo.

Ele pega minha mão e leva para o andar de cima,só quando chegamos em frente a porta que vejo que ele está me levando para o quarto "de núpcias.

Ele não resita,e me leva para dentro do quarto.

-Me diga do que precisa Maria?

-Suas últimas palavras que disse em minha casa hoje foram reais?

-Tudo o que disse lá foi real,mas do que está falando especificamente?

-Sobre eu ser sua legítima mulher...e que vai cuidar de mim?

-Foi verdade.Maria não se sinta obrigada a ser minha esposa só porque aparentemente você não tem escolha,eu vou te ajudar mesmo que decida seguir um caminho diferente.

Eu não tinha percebido antes,ele é tão firme quanto transparente em seus atos.

-Você quer dizer que não preciso me tornar sua mulher só porque estou desesperada?

-Não pense assim Maria,não precisa ficar desesperada...

-Não há como pensar de outra forma Eron,eu não tenho mais nada,não tenho mais família,não tenho um centavo sequer,muito menos um sobrenome, até isso meu pai fez questão de me tirar.

-O que está dizendo, você sabe que o documento que seu pai assinou não significa muito,ele não pode simplesmente tirar de você seu sobrenome,ou deixar de ser o seu pai.

-Então ele fez isso apenas para me mostrar,que diante de seus olhos eu não sou mais digna nem de levar o sobrenome dele?Eu sou filha deles,sangue do sangue deles,como eles puderam fazer isso comigo.

-Não seja tão negativa, você terá a minha ajuda,e você agora é uma Yaning,aconteça o que acontecer não a deixaria ficar sem um sobrenome.

-O que mais dói,e que eu não fiz nada para isso,sou inocente,porque eles precisaram fazer um documento para isso,para ficar ainda mais evidente e irevogavel?

-Eles precisavam fazer isso,no seu caso.

Eu olho para ele sem entender.

-Você está do lado deles também,mesmo sabendo que eu sou inocente?

-Não foi o que eu quiz dizer...

Ele respira fundo,como se estivesse cansado ou fadigado por algum motivo sobre esse assunto.

-O-o que foi Eron?

Ele respira fundo novamente,ele me olha com um olhar estranho.

-O que foi,porque está me olhando assim?

-Eu sei de algo sobre você e acho que merece saber,mas será algo que com certeza te afetará tanto quanto esse documento que seus pais assinaram.

-O que é?Se não fosse para me contar você não teria me dito que sabe.Me diga,não acho que seja possível sentir mais dor do que já estou sentindo.

-Eu não quero te ver triste,mas também não quero que viva enganada,foi o motivo de eu ter te levado hoje aos seus pais também,queria ver se eles eram capazes de serem sinceros com você.

-Eron do que está falando?Algo ao meu respeito que meus pais sabem e eu não?

-Quando meus advogados foram atrás dessa documentação que falou no cartório eles acharam o documento, você chegou a ler ou ver esse documento?

-Não,meu pai apenas me disse que ele existia,por acaso ele estava mentindo e esse documento não existe?

Eu não estou entendo aonde ele quer chegar.

-Não,esse documento existe e com ele existia outro documento ao lê-lo meus advogados me contaram a respeito.

-Eron eu verdadeiramente não estou entendo ,aonde você quer chegar com isso.

-O documento que estava anexado ao documento que te deserda,e o formulário de adoção assinado pelos seus pais a certa que dezessete anos atrás.

-Um formulário de adoção?Meus pais adotaram uma criança....

Eu paro no meio da fala,porque ao falar percebo o que ele quer dizer.

-Você...está querendo dizer que eu fui adotada?

Não, não pode ser,mas que história sem pé nem cabeça agora,eles são meus pais, não são?Eu até me parece com meu pai e o que as pessoas dissem,não é possível,isso,isso é impossível.

-É a verdade Maria,eu sinto muito,imaginei que seus pais fossem ser mais abertos hoje e lhe contariam a verdade,mas eu estava enganado.

As lágrimas não voltam porque eu simplesmente não cai em mim ainda.Adotada?

-Você está querendo fazer uma brincadeira comigo?

-Não sou homem de brincar com coisas sérias.

-Se é a verdade porque meus pais não me contaram algo assim?Eu merecia saber.

Se alguém tivesse me contado isso a três meses a traz eu apostaria tudo o que tinha que era uma mentira,mas agora vejo que não conheço meus pais como pensei que conhecia.

-É uma história complicada.

-Uma história complicada que você sabe.Vamos me conte, já que começou a contar então termine.

Ele novamente hesita.

-Eron!!?

-Pedi a um detetive que trabalha para mim investigar a história,que pelo que ele me disse,está bem guardada,ninguém parece saber muito,mas ele está investigando e em breve saberemos mais.

Eu estou ainda mais nostálgica,como minha vida virou de cabeça para baixo assim.

-Você sabe de mais alguma coisa?

-Sua mãe biologica morreu ao te dar a luz.

Eu balanço a cabeça,com a sorte que eu estou agora,tudo de ruim pode acontecer.

-Sabe sobre meu pai biológico?

Provavelmente morreu também.

-Ele ainda está investigando,daqui a algum tempo teremos mais informações.

-No final das contas eu continuo sem família,sendo adotada ou não,ainda continuo não tendo nada nessa vida,ou melhor tive e perdi,por causa de uma mentira.

-Maria,não quero que fique deprimida,eu sei que tudo o que aconteceu hoje,assim também como as coisas que acabei de te contar,abateria qualquer pessoa,mas eu vejo que você além de uma boa moça,é inteligente e lutadora,se não fosse não teria inquirido seus pais hoje como o fez,não teria vindo conversar comigo,estaria trancada no quarto chorando.

-É no que isso muda o meu estado?

-Me diga o que quer,e do que precisa,seja o que for,eu lhe ajudarei,e lhe apoiarei.

-Você ainda quer me ajudar,mesmo sabendo que nem mesmo filha biológica eu sou da familia Hien? Não tenho nada para te dar em troca.

Ele derrepente segura meus ombros.

-Olhe para os meus olhos Maria .

Eu olho para ele,o que deu nele agora?

-Nunca disse que queria algo em troca,e acredite não quero mesmo,eu quero te ajudar se você quiser a minha ajuda.

-Você está falando mesmo sério?

-Lhe dou minha palavra como homem.

Isso me deixa um pouco mais tranquila.

-Agora,creio que tivemos um dia muito longo hoje porque não descansa?Pode descansar aqui,tenho algo para resolver,e assim não haverá falatórios sobre estamos em quartos separados.

Eu havia me esquecido desse detalhe.

-Eron...

-Depois falamos o que for necessário,por agora descanse.

Ele se levanta e me deixa sozinha no quarto.

Eu me deito encolhida,quendo esquecer,mas sabendo que é impossível.O sono de verdade demora a vir,mas quando pego no sono,ele é pesado e sem sonhos,mas no fundo da minha inconsciência,ainda sinto a dor desses dias ruins.

Abro meus olhos,e acho que poderia ser um outro dia,mas quando abro os olhos o quarto está escuro,iluminado apenas por luminárias,pelo jeito do lado de fora está escuro,e eu estou sozinha no quarto,onde está Eron?Dormindo em outro quarto?

Me levanto e decido verificar,nesse momento meu estômago ronca,estou simplesmente morrendo de fome.

Quando desço a casa não está muito ilunimada,.

-Senhora?

Eu dou um salto para trás assustada.

-Me desculpe senhora.

Laya acende a luz da sala.

-Você me assustou-coloco a mão no peito.

-Desculpe me,não quiz assusta lá,o senhor Eron me pediu para ficar alerta caso a senhora precisa se de algo.

-Ah claro,e ele está aonde?

- Ele saiu.

Eu não vou perguntar se ela por acaso sabe onde ele foi, porque ela provávelmente não sabe.

-Eu estou com um pouco de fome-morrendo-o jantar ou há algo para comer?

-Sim senhora posso servir o jantar,ele está pronto desde as 7 horas.

-São mais de sete horas?

-São nove horas senhora.

Nossa como eu dormi,do final da tarde até agora.

Talvez não terei sono até de madrugada.

Quando ela me serve,eu tento manter a compostura mas estou morrendo de fome,não comi nada durante o dia todo,com minha ida até a casa dos meus pais,a conversa com Eron,tudo isso me fez quase zerá minhas energias.

Eu agradeço quando termino o jantar,e Eron ainda não havia chegado.Apesar de ele não ser meu marido de verdade,pelo menos não na prática,apenas no papel ,fico preocupada,mas talvez ele tenha saído para fugir de toda essa loucura,ele não tinha como se casar com uma mulher mais complicada que eu.O engraçado de tudo e que tanto eu quanto ele,fomos enganados de certa forma pelos meus pais.

Subo novamente,mas dessa vez vou para o quarto onde eu dormi na primeira noite,mas quando entro,o quarto está arrumado ,e quando vou procurar minhas coisas,minha mala,minhas roupas, não encontro nada.

Eu pretendia tomar um banho.

Onde pode estar minhas coisas?

Provavelmente está no quarto de núpcias,eu pelo menos preciso ter uma mente de mulher casada,e porque e como todos me vêem,por isso me chamam de senhora.

Volto para o quarto de núpcias,e quando abro o armário,de um lado só acho as roupas de Eron,então abro a outra parte,acho minhas coisas.

Bom acho que não tem problema eu tomar banho aqui,já que Eron não está.

Tomo banho o que me faz de alguma forma me sentir melhor,depois de mais um dia ruim.

Volto para o quarto,e fico em uma balança entre ir para o outro quarto e ficar por aqui até Eron voltar.

Eu volto a me deitar,ainda estou cansada,apesar de não estar com muito sono.

Não há muito o que fazer aqui,talvez fosse bom ler algo,Eron deve ter uma biblioteca,mas não tenho muito vontade de sair do quarto,e para piorar esse dia começa a me dar dor de cabeça,o que não é de se admirar,a cada minuto ficando mais e mais forte,e nada de Eron chegar,quando acho que é demais me levanto e vou até o banheiro,por sorte Eron tem remédio para dor de cabeça.

Eu tomo dois e volto para cama,o remédio acaba me ajudando,e começo a sentir sono,acho que pego no sono,e Eron ainda não tinha chegado.

Antes de eu abrir os olhos eu ouço o barulho dos pássaros,quando abro os eu literalmente dou um salto e grito,Eron que estava dormindo também dá um salto.

Eu dormi com Eron.

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Comments

Cintia Alves

Cintia Alves

acho q o pai biológico dela e o próprio pai dela

2023-02-04

4

Vivian

Vivian

coitada kkkkkk, mais vai se apaixonar por ele 😍 espero kkk

2022-12-05

0

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