Quebrar para se tornar inquebrável part.2

-Você deveria estar descansando para combater amanhã Carol.

-Desculpe senhor eu estava organizando uns equipamentos e ainda está cedo. - Ela disse sem nenhuma emoção na voz.

-Tem razão ainda está cedo, o céu está bonito hoje não acha?

-Sim senhor ele está lindo. - Ela estava incomodada com algo.

-Não precisa me tratar formalmente sabe disso né?

-Desculpe senhor mas estamos em serviço, devo tratar meus superiores com respeito. - Ela estava ficando inquieta e isso me deixou preocupado.

-Está tudo bem Carol? - Foi só então que escutei um ronco bem alto no estômago dela e vi que ela estava meio amarela e tonta, comecei a rir e ela me olhar de soslaio irritada.

-Está tudo bem Lucas, posso ir a cozinha comer agora? - Ela disse irritada e com raiva na voz enquanto se afastava, peguei ela nos ombros enquanto ela gritava e me batia nas costas com o punho e doeu bastante.

-Você deveria lembrar de se alimentar, como quer comandar uma tropa se não consegue cuidar do seu corpo, a quanto está sem se alimentar?. - Ela estava visivelmente emburrada como uma criança e era a mulher mais linda do mundo.

-Eu estaria fazendo isso agora se você não tivesse aparecido. - Ela fazendo birra enquanto eu sentava ela em uma das cadeiras da mesa que ficava na cozinha do alojamento.

-Ficar sentada aí eu vou te preparar algo pra comer.

-Se não for gostoso eu não como. - Ela disse fazendo careta e querendo me irritar óbvio, mas só achei graça dessa atitude infantil dela.

-Pra quem circula na boca dos soldados como fria e impiedosa você tá parecendo uma criança mimada. -Ela ficou vermelha e segurou um sorriso notório.

-Eu vou te respeitar aqui porque é meu superior, mas cala boca seu idoso. - Eu ri de tudo o que ela dizia não conseguia ficar bravo com ela.

-Que triste querida, mas se quiser me desrespeitar sempre eu não ligo, adoro ver você irritada e fazendo birra igual está fazendo agora. 

-Eu não sou sua querida seu… - Ela ia me xingar mas apenas fez uma careta e revirou os olhos e eu dei risada enquanto eu cozinhava pra ela e pra mim, demorei meia hora pra preparar tudo.

-Come ou vou te alimentar como um passarinho. - Eu ri enquanto ela revirava os olhos, ela comeu tudo aparentemente ela estava com bastante fome.

-Cortou o cabelo Carol?

-Eu sempre corto quando estou em missão. - então ela soltou o cabelo na altura do queixo e me mostrou, continuava linda.

-Porque você não acha que isso é denegrir sua femilidade? Algumas mulheres pensam assim.

-Problema delas eu prefiro que meu cabelo esteja curto, é prático para tudo, lavar, secar, cuidar, lutar, quando estamos em luta precisamos de praticidade.

-Concordo, esta linda do mesmo jeito. - Ela ficou surpresa com o comentário.

-Tem quantos anos?

-Não sei se deveria contar isso pra alguém que me chamou de idoso a pouco tempo. - Ela sorriso fraco.

-Ah, qual é não pode ser tão ruim assim. - O sorriso dela estava mais amplo então resolvi fazê-la rir mais.

-Vinte e oito princesa. - Eu disse piscando pra ela, ela revirou os olhos.

-Seu porco,  por que todos os homens tem que ser tão nojentos? - Ela gargalhou  lindamente, ela estava linda, os cabelos curtos deixou a vista o belo pescoço fino dela e me deu vontade de beijá-lo.

-Eu não digo isso a qualquer mulher.

-Eu acredito levando em consideração seu histórico.- Ela estava sorrindo lindamente.

-Por que? o que levou ao exército? a quanto tempo você está aqui e sua família sabe? - Eu vi ela ficar meio tensa.

-Dezoito anos, foi quando eu entrei, meu pai não sabia no começo mas depois de uns meses não consegui esconder dele, ele era um general nessa divisão mas ninguém sabia que eu era filha dele, eu era sempre sofria por ser mulher todos os dias eles me criticaram por isso, eles diziam que eu só ia atrapalhar todo mundo o que não era verdade já que eu sempre lutei desde a infância e sempre tinha boa resistência nos treinamentos, na minha tropa só tinha cinco mulheres, um dia um dos soldados tentou agarrá-la e eu bati nele até ficar uma cicatriz enorme no rosto dele, fui mandada para o general para designar uma punição e adivinha meu pai descobriu meu segredo, ele passava mais tempo aqui do que na empresa, ele adorava ficar aqui, as empresas eram pra ser administradas pela minha mãe, mas ela abandonou a gente muito cedo, eu ele brigamos muito pois ele queria que eu cuidasse das empresas da família, então só concordei em fazer se eu pudesse continuar no exército e fizemos esse acordo, foi crescendo e me deram um batalhão de mulheres para coordenar, quando eu tinha dezenove anos meu pai faleceu então eu fiquei muito mal, comecei a ficar muito tempo no batalhão, às vezes na universidade eu dormia por horas e dizia que estava trabalhando em pub’s mas na verdade eu estava aqui com as meninas, isso é o que sobrou do que meu pai me deu, tenho me dedicado a elas desde sempre. - Ela tinha ficado com um semblante triste ao contar isso.

-Mas e os dois anos que esteve fora? 

-Eu andei por muitos lugares e deixei minha primeira-tenente no comando, mas sempre eu visitava elas  duas vezes por mês.

-Você veio aqui várias vezes depois então? - Meus homens são incompetentes tenho que arrumar melhores.

-Sim, eu precisava eu estava quebrada no sentido sentido emocional.

-Então você veio para base militar que aparentemente tem aversão contra mulheres para se quebrar mais?

-As vezes temos que nos quebrar por inteiro para se tornar inquebravel, são onze horas boa noite tenho que tomar um banho e descansar, obrigada pelo jantar pode deixar que eu lavo amanhã bem cedo.

-Boa noite Carolina. - observei ela sair, limpei a cozinha e fui dormir.

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Comments

Ana

Ana

Autora muito bom estou amando

2022-04-10

1

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