Flertando com o inimigo

Carolina…

Já havia uma semana que eu estava de volta a minha cidade e estava envolvida até o topo com os negócios, Thomy e Sam tinha se dividido entre Reino Unido e América por uns dias então havia apenas eu e Lucky aqui, estava quase revertendo todos os danos nas ações do grupo Cooper que eu mesma tinha criado e isso me fazia rir, por um lado foi uma burrice mas necessária estava perdida nos meus pensamentos quando Lucky me avisou que meu celular estava tocando.

-Alô quem deseja?

-Olá Carolina, sou eu Lucas tem tempo livre hoje a noite? Quero tratar de uns negocios.

-Tenho as sete da noite me busca na empresa. 

-Ok. - O que esse homem quer dessa vez?  enfim ele consumiu grande parte do meu pensamento já que fiquei muito curiosa sobre o que ele queria tratar comigo, mas não poderia ficar tão ruim quanto parece, decidir ligar para meus melhores amigos e avisar que eu estava de volta antes que eu esquecesse ou ficasse muito tempo e minha cabeça fosse colocada em algum monumento histórico da cidade como prova da raiva de Mônica, Então liguei para todos de uma vez pela chamada compartilhada do Wechat.

-Olá seus bundões, como tem passado?

-Olha nossa chefe lembrou da nossa existência, diz ai qual confusão se meteu agora? - Math era irritante como sempre e eu sentia falta disso.

-Cala boca Matheus ela pelo menos liga de vez em quando, muito as vezes mas liga! - Patricia estava radiante com um sorriso incrível e animada. 

-Chefe você tem noção do quanto eu estive preocupada, quando volta pra ver a gente? estamos com saudade.

-É exatamente isso que eu quero contar pra vocês, eu estou de volta e quero chamá-los para almoçar comigo hoje que tal?

-Eu quero em um lugar bem caro, o sétimo andar do Royal Price. - Os outros dois concordaram afinal eu deveria comemorar que eles não fechasse uma rua e fizessem uma festa de três dias em comemoração a minha volta isso sim era esperado deles.

-Combinado eu pago e faço as reservas.

-Chefe você é a melhor.

-Ok Math, mas não se acostuma. - Todos riram e desligamos, pedi para minha secretária alugar uma cabine no sétimo andar, trabalhei o resto da manhã e fui encontrar com meus amigos na hora do almoço e levei Lucky de brinde para conhecer eles, mesmo sabendo que ele poderia se manter eternamente fechado na frente de todos.

-Você não precisa fingir ser um cubo de gelo hoje querido Lucky das trevas. - Eu disse rindo com deboche enquanto ele me encarava com a sobrancelha arqueada.

-Querida Carolina a única mulher que eu suporto perto de mim é você e às vezes ainda tenho vontade de bater na bunda igual uma criança pirracenta apanha dos pais. - Meu amigo disse debochando da minha cara, então devolvi uma careta revirando os olhos e entramos no prédio, e logo avistamos os três ansiosos, Math deixou o queixo cair quando me viu e minha amigas se entreolharam com cara de surpresa, acho que se olharam decidindo quem seria o corajoso a dizer algo em primeiro lugar.

-Quem é você e o que você fez com minha amiga? - Mônica disse assustada.

-Amiga olha para você, parece que acabou de sair de uma vitrine da Prada. - Patricia disse entusiasmada.

-Chefe você está extremamente cem vezes mais linda do que nunca. - Math disse ainda boquiaberto.

-Calem a boca seus porcos eu to com fome vamos comer. - Eu disse rindo como se ignorasse os comentários sobre meu novo estilo.

-Parece que a única coisa que mudou foi o visual, porque a língua continua suja como um chiqueiro.

-Ah cala boca Mônica parece que nem sentiu minha falta me insultando assim. - Coloquei a mão no peito fazendo beicinho enfatizando meu drama. Nós almoçamos e conversamos sobre todos os tipos de novidade, descobri que minha prima está grávida do segundo filho do meu ex noivo, que ela sofre agressão do marido, que ele pediu divorcio depois que meu tio faliu no começo da semana, que o escritório do Fernando tinha sofrido um atentado e pegado fogo algumas semanas depois e que ele tinha ficado um ano na cadeia por ilegalidades, e eu agradeci as divindades que me livraram desse pesadelo, contei a eles que eu estava na liderança do grupo Cooper, que eu tinha me tornado uma multibilionária internacional e todas as fofocas possíveis já que eram muitas, me despedi pois tinha que voltar para o escritório e lá passei o resto da tarde lendo e relendo documentos extremamente irritantes. Como combinado as nove Lucas me avisou que tinha chegado na frente do prédio, quando desci ele estava me esperando em pé na porta da limusine e pelo jeito que todos olharam imaginei que diriam que estamos namorando, isso não é tão ruim vou me aproveitar da situação, não acredito que alguém mexeria com a namorada desse homem, não que eu precise disso mas seria legal fingir ser namorada de um homem bonito desses.

-Senhor Lucas não tem medo de aparecer nos tabloides comigo amanhã? - Eu disse sarcasticamente enquanto dava um meio sorriso.

-Eu não me incomodaria se fosse com você Carolina, porque você quer aparecer em um tabloide comigo? - Ele disse com um tom malicioso que me causou a sensação de borboletas voando no meu estômago o que era estranho porque borboletas não voa no estômago das pessoas.

-Seria interessante, uma fofoca às vezes são boas para os negócios. 

-Gostaria de tentar provocar essa fofoca Carolina? - Ele disse com uma cara safada que me fez arrepiar, então apenas dei de ombro com um sorriso malicioso e me calei observando ele digitar no celular enquanto seguíamos para o restaurante surpresa. Quando chegamos vi que era um restaurante de comida italiana a minha favorita por coincidência,  logo nos atenderam e estávamos a mesa, a vista era linda perto de um lago cheio de luzes flutuantes em cima, com árvores cheias de pisca-piscas em torno delas, o lago refletia as estrelas e a lanternas pareciam constelações, era realmente lindo.

-Espero que tenha apreciado a vista querida. - Ele continuava com aquele tom malicioso parecia que estava flertando de verdade, talvez eu entre no jogo ou talvez eu simplesmente jogue um gelo em cima do jantar, ainda tenho tempo pra decidir.

-É realmente lindo, conheço poucos lugares com essa vista de privilégio.

-Sim, eu também gosto da vista, vamos fazer os pedidos?

-Sim. - Fizemos os pedidos e jantamos o lugar era maravilhoso, e a comida impecável mas minha curiosidade era enorme e assim que terminei de devorar minha comida fui direto ao que estava me incomodando.

-Lucas estou curiosa pra saber que tipos negócio gostaria de tratar comigo?

-Bom agora tenho que inventar um para encobrir minha mentira por apenas querer te convidar pra jantar. - Ele disse meio envergonhado por ter sido pego na sua própria mentira.

-Eu não costumo flertar com meus inimigos.

-Eu não me considero seu inimigo Carol.

-Eu não diria isso de alguém que já tentou me matar. - E parece que atingi um ponto dolorido já que ele ficou sem graça pelo que eu disse.

-Eu sinto muito por aquilo, não irá se repetir.

-Senhor Lucas me desculpe a grosseria, mas eu não estou atrás de homens eu não preciso de nenhum no momento, se não quiser tratar de negócio peço licença tenho que ir embora.

-Eu não estou implorando sua atenção Carolina, só quis te convidar para um jantar pois não te via a tempos, quanto a não estar atrás de homens você mudará de ideia rapidamente. - Ele estava ficando irritado e alterado se eu não fosse embora meu temperamento ia fazer nos matar aqui e eu não tinha o Lucky aqui pra me defender.

-Eu não disse que estava, só estou deixando bem claro que não me interesso por você e que se quiser tratar de negócios faremos isso na minha empresa ou na sua da próxima vez sem necessidades de jantares como esses.

-Você continua a mesma mulher desbocada e encrenqueira de sempre não é mesmo? mal educada e pirracenta, você logo será uma dama de prestígio ou eu não me chamo Lucas.

-Então mude seu nome para senhor eu sou babaca combina muito com você seu imbecil. - Eu estava ficando irritada com esse homem maldito.

-Você deveria me respeitar mais eu posso ser marido no futuro. - Isso foi a gota d'água, peguei minha taça de vinho joguei na cara dele e fui embora. 

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