Capítulo 16

- Ele...ele não está aqui - a garota reagiu.

- Não? - Max ia tocar em seu ombro\, mas a expressão de pânico da garota disse a ele que não era uma boa ideia. - Tudo bem.

- Não\, eu quero dizer\, precisa de alguma coisa\, querido? - A voz da jovem tremia enquanto fazia a pergunta e olhava para a esquerda\, onde uma linda mulher\, porém com uma expressão muito cruel\, olhava em sua direção.

- Sim\, uma dança\, pega - Max colocou uma nota de R$ 100 no decote dela enquanto se aproximava e beijava sua orelha\, na verdade estava dizendo algo para ela\, o que fez a garota sorrir e se preparar para dançar.

- Está tudo bem? - A mulher de antes se aproximou.

- Sim\, mas vim para o leilão.

- Já sabia que um cara como você não estava aqui por uma transa ruim.

- É isso mesmo.

- Tudo bem\, venha por aqui - a mulher se mexeu de forma muito sensual na frente de Max.

- Isso não é o que me interessa - Max disse diante do claro leilão de arte roubada.

- Não? - A mulher fingiu inocência.

- Não finja\, mulher.

- Não estou só ganhando tempo - ela sorriu. - Meu chefe sabe o que você quer e quer fazer um acordo. Vá amanhã à tarde para este endereço - ela entregou um cartão.

- Claro - Max e Fran deixaram o local sem fazer nada\, pois havia atiradores em todos os lugares e se fizessem algo poderiam machucar Jael. Max podia sentir que seu garoto estava naquele lugar\, e a impotência de não poder fazer algo estava o levando ao limite.

- Olá... - a dançarina de antes saudou com medo. Quando ele a tinha beijado no ouvido\, também tinha dito a ela que\, se quisesse escapar\, entrasse no carro e trancasse com a chave\, e aparentemente a garota queria escapar\, porque aqui ela estava. - Eu...

- Preciso de ajuda\, Cristal\, vou te ajudar a escapar\, se esconder\, voltar para casa ou o que for\, mas preciso de ajuda - Max se virou e a garota engoliu em seco\, parecendo muito assustada enquanto tentava evitar que seus seios grandes saíssem do top curto e super decotado. - Pega - Max deu seu casaco para ela.

- Obrigada.

- Não se preocupe\, sou gay - Max admitiu em voz alta.

- Você é? - Fran olhou para ele divertido.

- Sim\, e vou comer sua bunda se você não se apressar.

- Vamos encontrá-lo - Fran estacionou e ajudou a garota a entrar. Ao subir no iate e ver Maxi chorando\, ele se sentiu ainda mais miserável.

- Olá\, bebê...

- Não posso falar com pessoas que não conheço.

- Mas você me conhece.

- Eu quero meu papai.

- Também sou seu pai.

- Você é meu outro papai? - o menino o olhou com olhos grandes e curiosos\, Max não soube o que responder.

- Maxi! - Jelina voltou com um prato de frutas para o garoto.

- Tia Jelina?

- Sim\, meu amor?

- Max é meu outro papai?

- Querido... lembra que não deve falar sobre isso a menos que seu papai Jael esteja presente?

- Desculpe - Maxi virou-se para Max. - Não diga a ninguém\, mas você não pode ser meu papai - o menino pegou a comida e caminhou não muito longe de Jelina e Max.

- Eu...

- Não vai dizer nada\, não é? - Max olhou para Jelina e ela confirmou que não falaria. - Eu sei que algo muito sério está acontecendo aqui\, Jelina\, e só espero que nem meu filho nem Jael tenham problemas por causa do seu silêncio.

- Apenas encontre Jael e traga de volta com seu filho.

- Vou fazer isso\, por favor\, cuide de Maxi enquanto estou fora - havia determinação em suas palavras.

- Para onde você vai?

- Neste momento\, vou passar algumas horas com Maxi e depois... depois tenho que conversar com alguém para obter informações para minha reunião de amanhã de manhã.

- Vai ver quem tem Jael?

- Sim\, e você não imagina o que pensar no que Jael deve estar passando faz com que minha mente ferva - a violência que emanava de Max enquanto dizia isso era intoxicante.

- Depois de ter Jael em segurança\, mate-o. Gostaria de vê-lo morrer amarrado ao iate - Jelina era um pouco sádica.

- Não\, o corpo dele desapareceria facilmente e não é seguro que ele morra.

- Não? Como aquelas pessoas morrem com tênis de cimento?

- Não sei\, nunca fiz\, na verdade não é muito prático\, sabe? Quero dizer\, você teria que esperar horas para que o cimento seque\, e seria uma chatice\, sem mencionar o quão perigoso isso poderia ser se a polícia aparecesse. Não... se precisamos fazer alguém desaparecer\, simplesmente enterramos o cadáver sob outro corpo e nunca o encontram.

- Sim\, suponho que não seria prático\, mas traga-o para que eu possa matá-lo.

-Não posso prometer porque não sei se aguento mais a vontade de matá-lo, mas prometo tentar... E a Jelina?

-Sim?

-Obrigada por cuidar do Jael e do Maxi enquanto eu estava ausente, a partir de agora eu vou cuidar dos três.

-Ah! Meu herói -Jelina disse quando Maxi voltou nos braços de Fran, talvez aquele idiota do mafioso não fosse um pai tão ruim, pensou enquanto Maxi colocava os dedos em um sorvete de morango e "pintava" a camisa de Max com suas pequenas mãos.

-E eu quase perdi um dedo por causa de um risco de caneta -Fran disse entre dentes.

-O que você está dizendo? -Jelina olhou para ele com dúvida.

-Você acredita que eu quase perdi um dedo porque uma vez, acidentalmente, risquei um terno dele? O risco que minha caneta fez tinha uns 5 centímetros e isso quase me custou um dedo.

-É porque você não era o Maxi -Max disse com o cabelo cheio de restos de sorvete.

Nota: Fiquei desempregado novamente, então não esqueçam que doações são bem-vindas 😏🥰😍😘

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Comments

Ethan Kim

Ethan Kim

Eles estão conversando sobre matar alguém.... assim na paz?

2024-03-13

0

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