Capítulo 6

-Vou te dizer uma coisa, eu não estou fazendo amor com você a menos que você implore - Max disse quando terminou de tirar os brinquedos de dentro de si.

-Nunca - Jael não estava admitindo o quanto havia gostado.

-Muito bem, você pode ir para casa e eu não farei com que essa gravação chegue à sua adorável esposa - Max mostrou um dispositivo de memória. Claro que a partir do momento em que você sair daqui, você terá apenas 4 horas para ir e voltar ao seu posto.

-Eu não posso fazer isso, até de avião são 2 horas de viagem apenas para ir.

-Esse não é o meu problema.

-O tempo começa a correr quando eu sair daqui?

-Sim, mas se você vier a um encontro comigo, eu te darei mais 3 horas.

-Feito, se você quer brincar comigo, concordo, mas me avise quando se cansar.

-Vá se arrumar para mim - Max observou ele sair, a esposa de Jael precisava sair de cena rapidamente, mas se ele a matasse agora seria muito suspeito.

-O chefe te fodeu, viadinho? - um colega debochou, apesar de ter tentado esconder o que ele estava fazendo, sua aparência deixava claro os fatos.

-Sim, e ele faz muito bem. Com ciúmes? - Jael não se deixaria intimidar.

-Que nojo de caras que...

-Sim, sim, olha, eu não me importo com o que você pensa, ok? De verdade, não me interessa sua opinião - Jael foi embora deixando o cara de boca aberta e muito irritado, ele tinha coisas mais importantes para fazer. Como fazer uma ligação e tomar um banho muito necessário.

-Como você está bonito - Max entrou no quarto que Jael compartilhava com outros 2 guardas.

-Obrigado, terei esse "encontro" com você, mas não neste momento.

-Esse não era o acordo.

-Sim, sim era, você não especificou quando teria que ser e estou me aproveitando disso porque tenho que sair daqui para visitar alguém. Na verdade, acho que 4 horas serão suficientes, então não há necessidade desse encontro - Jael olhou para as mãos e se olhou novamente no espelho, parecia muito bem, mas Max não o deixaria brincar com ele, então ele o colocou contra a parede e o beijou.

-Não gosto de ser enganado - a voz sensual do cara soou perigosamente baixa. Se você acha que pode fugir com alguém mais está muito enganado - Max ameaçou segurando-o pela garganta.

-Se você vai fazer alguma coisa, faça rápido porque tenho um encontro - faltavam 45 minutos para o amor de sua vida descer do avião e ele estava a 20 minutos do aeroporto, então tinha apenas 25 minutos livres para se preparar e comprar um presente.

-Você não vai a lugar nenhum - Max apertou um pouco mais, a audácia desse cara o deixou excitado, já que ele havia se esforçado muito para preparar algo que ele gostasse e ser rejeitado dessa maneira não apenas o deixava com ciúmes, mas também humilhado.

-Tenho que ir - Jael o colocou contra a parede e o algemou, pegou sua bolsa e saiu, isso não ficaria assim. Max se soltou alguns minutos depois, pegou seu carro com seus homens e foi embora, quem quer que fosse o encontro de seu Jael iria se arrepender. Ele não passou os últimos 5 anos procurando por ele para deixá-lo escapar tão facilmente, depois de dirigir um tempo e fazer com que seguissem em tempo real o GPS do telefone de Jael, Max parou em frente ao aeroporto e entrou apressado, depois de procurá-lo por alguns minutos, ele o viu. Em pé com uma caixa de presente na área de desembarque, estava Jael, sua postura mudou rapidamente e mesmo do segundo andar onde Max estava, ele podia ver sua felicidade. Ele não deixaria isso passar, então ele pegou o controle e ligou o pequeno, mas poderoso brinquedo que havia deixado dentro de Jael de propósito, o homem se contorceu e assustado olhou ao redor, o medo em seus olhos e em todo o seu rosto quando seus olhares se encontraram era extremo. Jael parou de olhar para ele e um grande sorriso se formou em seus lábios quando uma mulher com uma criança se aproximou, Jael olhou para Max ainda mais temeroso, principalmente porque ele estava descendo as escadas em sua direção.

-Jael, você me apresenta a sua família? - Max perguntou.

-Não - a criança estava escondida atrás dele.

-Eu não sou um monstro, não vou fazer nada - Max não conseguia entender a negação e aparentemente sua esposa também não.

-Jelina, leva o menino para casa, por favor - A voz de Jael tremeu, e agora Max realmente estava preocupado.

-Mas por quê? Você disse que tinha 4 horas para ver o Maxim.

-Apenas leve-o para casa, por favor, foi um erro te pedir para trazê-lo - A mulher virou-se para Max e o sorriso desapareceu de seu rosto.

-É...

-Sim, então leve o Max para casa.

-Claro - Jelina entendia perfeitamente o que estava acontecendo, afinal, ela figurava como a mãe de Maxim e tinha feito aquilo apenas para ajudar seu amigo.

-Seu nome é Maxim? - Max, que se agachara, perguntou ao menino.

-Sim - O bebê de 4 anos saiu de trás das pernas de seu pai e a tensão era quase tóxica.

-Eu também me chamo Max, bom, na verdade me chamo Maximiliano.

-Sério? - O pequeno se aproximou de Max.

-Sim... que olhos bonitos você tem - Max olhou para Jelina, tinha certeza de que não havia se deitado com aquela mulher, então Maxim não poderia ser seu filho, mas aqueles olhos dourados o faziam duvidar.

-Vem, querido, se despeça do papai, vou te levar para casa - Jelina pegou Maxim e o entregou a Jael.

-Vá para casa com a tia Jelina, certo, querido? - Jael abraçou seu filho com muito carinho e nostalgia. - Prometo que assim que puder, irei te ver e faremos o que você quiser.

-Sim - O menino estava prestes a chorar.

-Pegue, querido, comprei um presente para você, abra-o em casa - Jael entregou a caixa e olhou para Jelina, que pegou Maxim e foi embora.

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