Capítulo 14

- Não! Isso não importou para você\, eu sei que faço sozinho\, apenas me dê uma chance.

- Você importava para mim\, Mallory\, importava porque eu te considerava uma amiga\, claramente me enganei.

- Não\, Max...

- Vou perguntar e é melhor você responder - ele ameaçou -. Você teve algo a ver com a morte da Helena ou da Sara? - Mallory olhou para outro lado -. Então sim.

- Você gostava muito da Sara e sempre havia a possibilidade de que a Helena te convencesse e você se casasse com ela\, ambas eram tão insossas que não te mereciam\, pois você só merece a perfeição.

- Você não é perfeita\, Mallory\, e eu não sou um deus para merecer a perfeição\, nem mesmo mereço a Jael\, mas ele é o único que me importa\, então responda à última pergunta. Você está envolvida no desaparecimento dele?

- Não! Eu juro que não.

- Não acredito em você... não acredito nem um pouco\, então fale logo sobre onde ele está ou eu irei te matar.

- Eu realmente não sei\, não tenho nada a ver... - ela sussurrou com medo -. Eu juro\, você me conhece.

- Não\, não te conheço - Max a olhou com desprezo e saiu com a arma na mão em busca da pessoa encarregada de levar Jael para casa\, naquele momento ele não se importava com Mallory. Para onde ela iria\, afinal\, se estavam muito longe da costa?

- Precisa de algo\, senhor? - Fran\, seu segundo em comando nos negócios pouco legais\, perguntou.

- Sim\, traga os homens reserva - na organização de Max\, havia dois grupos de pessoas sempre à disposição\, o primeiro era aquele que sabia de absolutamente tudo o que ocorria em ambos os lados do seu negócio. Porque esse assunto tinha dois lados\, um que era perfeitamente legal em tudo o que era necessário e comprovava que Max era um empresário legal\, pelo menos nos 70% que eram legais. Os outros 30%? Hmm\, não tanto\, mas era um grande negócio que lhe trazia grandes lucros e do qual ele não estava disposto a abrir mão. A coisa é que aqueles que estavam desse lado do seu negócio geralmente não se misturavam com o lado legal das coisas\, com exceção de alguns que eram muito necessários\, e depois havia os homens reserva\, que geralmente tinham uma leve ideia do que Max era\, mas não tinham certeza\, já que eram contratados como simples guarda-costas e não eram envolvidos em mais nada\, geralmente esses caras não importavam nem um pouco para Max.

- Sim\, senhor - os seis homens foram postos à frente de Max\, sem dizer uma palavra ele apontou a arma para um deles e atirou em sua perna\, fazendo-o gritar\, dois deles se urinaram\, um se jogou no chão e mais dois apenas ficaram parados. Eles claramente tinham medo\, mas sabiam fazer muito bem o seu trabalho\, o que era admirável.

- Você não vai sobreviver\, mas depende de você quanto tempo sua morte vai durar - Max o olhou seriamente.

- N-não... não sei do que o senhor está falando - o homem balbuciou.

- Não sabe? - Max o olhou com crueldade e zombaria antes de enfiar os dedos no buraco de bala na perna do pobre diabo\, o som úmido provocado pelo sangue se perdeu entre os gritos agonizantes. - Vou continuar até você falar - Max continuou por mais alguns minutos.

- O que está aco... - Jelina apareceu na proa de onde os gritos destemperados vinham. - Oh meu Deus - a mulher virou o rosto de Max enquanto seu olhar se encontrava com o dele\, ele estava acendendo um cigarro com os dedos ainda manchados de sangue.

- Jelina... - Não foi necessário que Max continuasse\, pois Jelina imediatamente voltou para dentro. Segundos depois\, os pequenos passos de Maxi soaram pelo local\, o menino estava com manchas de sangue nas roupas enquanto corria assustado em direção a Max. - O que aconteceu? - Max pegou sua arma com a mão ensanguentada e a escondeu enquanto se abaixava para ficar na altura do menino.

- Não aconteceu nada - Mallory segurava uma grande faca de cozinha no pescoço de Jelina\, ela não parecia ter sido uma vítima fácil\, pois o rosto da outra mulher estava muito machucado e seu sangue escorria da cabeça.

- Eu deveria ter te matado\, mas você é insignificante e não levei isso em consideração - Max falou. - Você poderia me dizer o que pretende agora?

- Aquele menino é seu filho!! - não era uma pergunta\, era uma afirmação.

-Claro que é, não sou tão estúpido! - Max levantou-se com o bebê nos braços.

-Por que você não está bravo?! - Mallory cuspiu com raiva. Essa mulher engravidou de você e você não está bravo com ela? Você disse que não queria filhos, mas essa vadia aparece com uma criança e você não duvida dela?

-Pare de gritar, você não sabe que os ouvidos de uma criança são delicados?

-Não me importa! Vou matar essa vadia e te terei de volta.

-Você não sabe? - Max entregou o bebê para Fran, seu homem de confiança, que havia amordaçado o ferido. Os outros ficaram em frente a ele para que Maxi não visse, até mesmo um saco cobria o sangue no chão. - Jelina não é a mãe - Max se aproximou dela, tentando distraí-la.

-Ela não é? - Mallory perguntou, o que foi aproveitado por Jelina, que a empurrou contra a grade ao mesmo tempo em que Max disparava, fazendo com que a pobre mulher caísse no oceano enquanto Fran distraía Maxi.

-Ela não é...

-Não negue, Jelina. Enquanto ela esteve em casa, fizeram uma amostra e coincide com a minha - Max a olhou, e o medo percorreu o corpo de Jelina, que engoliu em seco, o que era surpreendente, já que não era uma mulher fácil de assustar -. Mas não se preocupe, vou encontrar Jael e pedirei explicações a ele. Agora, por favor, cuide de Maxi um pouco mais. Eu faria isso, mas preciso saber o que aconteceu com o nosso homem - Max apontou com a cabeça para o homem amarrado, amordaçado e baleado que estava interrogando.

-O que vai acontecer com Mallory?

-Nós vamos nos encarregar de relatar o "acidente" dela.

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