Capítulo 9

-Olá bebê -Max cumprimentou Maxi, que estava sentado no sofá em frente à televisão.

-\Não sou um bebê -Maxi colocou de lado a caixa de suco que estava bebendo e desceu do sofá.

-\Não é? -sentou-se ao lado dele no chão.

-\Não -a criança olhou para ele com raiva-. Tenho 4 anos e meu papai diz que sou um menino grande e, por isso, não choro quando meu papai vai trabalhar e não volta para casa rápido.

-\Sinto muito -agora ele se sentia um idiota por ter segurado Jael, mas em sua defesa...bem, ele não tinha justificativa para suas ações.

-\Minha tia Jelina diz que eu posso chorar se sentir saudades do papai e que está tudo bem, mas eu não choro porque sou um menino grande.

-\Ela está certa, está tudo bem chorar.

-\Você chora?

-\Não...

-\E o que você faz quando está bravo com alguém?

-\Eu...-bateu até se acalmar, não ia dizer isso para uma criança.

-\Minha tia diz para eu não contar para ninguém que sou especial como meu papai.

-\Você é especial?

-\Não sei, mas minha tia diz que sou especial e eu acredito nela -a criança sorriu.

-\Por que você a chama de tia?

-\Porque ela é minha tia -subiu no sofá e pulou em Max, que o segurou antes que ele caísse no chão.

-\Maxi -Jael o pegou-. Não incomode o Max, desculpe tê-lo deixado com você -desculpou-se com Max.

-\Não sou um monstro, Jael, não quero filhos, mas não significa que odeio crianças.

-\Desculpe -Jelina pegou a criança-. Vou mantê-lo no quarto para não incomodar.

-\Ele é uma criança, ele pode brincar à vontade aqui sem problemas.

-\Vou para casa assim que puder -informou.

-\Por que seu filho chama a mãe dele de tia? -Max olhou para ele.

-\Jelina não é a mãe dele.

-\Não?

-\Não, a mãe dele está morta.

-\Por que você se casou com ela, então?

-\Porque eu a amo.

-\Por favor, não insulte minha inteligência, se você amasse essa mulher, não teria caído tão facilmente em minhas investidas.

-\Facilmente? Você me chantageou.

-\E...ela deveria estar enlouquecendo porque encontrou o marido sendo beijado pelo chefe dela -Max se deitou em Jael e olhou em seus olhos.

-\Max...eu...eu tenho que...

-\¡Max! -uma linda mulher de cabelos negros e longos gritou.

-\Mallory? Fran disse que você estava presa.

-\Como se isso fosse me impedir de cumprir meu trabalho -ela sentou entre os dois-. Além disso, Fran me contou que você estava com visita e eu morria de vontade de ver quem era -ela sorriu docemente para Max, cujo telefone começou a tocar-. Olá, entregador -ela se dirigiu a Jael.

-\Mallory.

-\Pensei que tinha sido clara da última vez sobre esse assunto.

-\Fui, não fui eu quem o procurou.

-\Eu sei, deveria ter verificado sua identidade pessoalmente, mas é Fran quem cuida disso -ela olhou para ele com ódio.

-\Também não quero estar aqui, então convença-o a me deixar ir.

-\Você é um brinquedo, ele vai se cansar de você assim como dos outros, então deixe-o brincar o quanto quiser com você e depois você desaparecerá ou você e seu bastardinho desaparecerão para sempre.

-\Mallory, da última vez que me ameaçou, quase morreu atropelada, vou ser bonzinho desta vez e avisar que se ameaçar meu filho novamente, não vou falhar de novo.

-\Não me ameace, você não me conhece.

-\Conheço você, víbora, você é uma cobra, mas mesmo assim tenho mais medo do Max do que de você -Jael levantou-se e foi para o quarto com Jelina para garantir que ela não deixasse Maxi sair, Mallory era uma pessoa terrível. Da primeira vez que ele a conheceu, ele tinha 8 meses de gravidez e ela tentou empurrá-lo escada abaixo, não porque soubesse que ele estava grávido, mas porque queria matá-lo. Depois disso, ele passou um mês no hospital até que seu filho nasceu, na segunda vez que o ameaçou, quando seu filho tinha 1 ano, ela ameaçou destruir o que restasse dele, então Jelina quase a atropelou por ter dito isso. No começo, Jael não sabia por que essa mulher odiava tanto ele, mas quando começou a procurar Max, descobriu que ela era sua assistente.

-\Helena teve um acidente -Max voltou de conversar ao telefone.

-\Oh meu Deus, Max, sinto muito, é a segunda namorada sua que morre -Mallory o abraçou.

-\Onde está Jael? -ele a ignorou.

-Disse que estava com sono, lamento o ocorrido com Helena.

-Não importa, ela não me importava muito de qualquer forma -Max a deixou sozinha e foi atrás de Jael. Ele o encontrou no quarto de Jelina, a porta estava entreaberta e eles estavam sentados na cama com Maxi brincando aos seus pés, eles pareciam... pareciam uma família feliz e normal, talvez devesse deixá-los em paz. Não, Jael era seu e de uma maneira ou outra ele o teria só para si.

Nota: assim chega ao seu final este pequeno maratona, obrigado por ler.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***