Capitulo XX

Quando Levi, vê que estava seguro, liga o helicóptero, e sobe imediatamente, sabiam onde era o portal e tinham a capsula do tempo, era só ele conseguir enviar Luna de volta a seu tempo, e torcer para, que ele do passado obedecesse às ordens que havia escrito em código na plaquinha que colocou no pescoço de Luna, e logo depois destruísse a plaquinha:

— Luna, pegue um colete salva-vidas, pois quando chegarmos ao portal, você terá de pular do helicóptero sem vacilar, pois, se nos alcançarem e conseguirem te matar aqui no futuro, não sabemos o que pode acontecer, e o portal ficará aberto, pois a sua capsula não chegando no tempo dela, manterá o portal dos dois lados aberto, e as consequências serão irreversíveis.

Ela pega um, salva-vidas que havia, ao lado da cadeira do copiloto, e põe imediatamente.

Neste momento aparece o general:

— Vocês pensaram mesmo que poderiam fugir de mim, irei junto senhorita. — diz o general com uma pistola na mão, pois sempre carregava um reserva em seu coturno.

Levi liga o piloto automático e se levanta rapidamente:

— Luna assim que estivermos no ponto exato, você pula do helicóptero sem importar o que me aconteça.

— Mas Levi…

— Está será minha última ordem, e você obedecerá sem vacilar.

— Você pensa mesmo, que pode me impedir de pular? — diz o general sarcasticamente.

— Te impedirei nem que isso, custe minha vida.

Neste momento Levi, tenta disparar com a pistola, mas estava sem balas, havia gasto a última com o piloto e não se dera conta, então ele vai para cima do general, com uma faca, e o general lhe dá dois tiros, Luna grita:

— Nãooooo, Levi, você não pode morrer, meu amor.

Levi cai sem conseguir se levantar. O general fica surpreso:

— Interessante quer dizer que você é a cura para esse vírus, mesmo? Achei que estava blefando quanto a isto, ia levá-la para seu tempo, me divertir um pouco e matá-la em seguida. — diz o general. — Levi, deixe-me dizer uma coisa, antes de matá-lo, você sabe que sua noiva ficou viva, por muito tempo sendo drenada? Era engraçado vê-lo sofrer, por causa dela, sem saber que estava conosco, ela chamava seu nome o tempo todo, sabia que foi ela também que se ofereceu, pois queria salvar a humanidade, acreditou que seu sangue poderia salvar a todos, pobre coitada, agora estará em minhas mãos novamente, não é irônico.

— Horas seu… — diz Levi furioso cuspindo sangue.

— Você se afaste, para que eu possa acabar com o sofrimento dele rapidamente.

Luna pega a pistola que havia escondido em seu coturno, e ao se levantar atira rapidamente, na testa do general, que atira nos comandos do helicóptero, fazendo com que o piloto automático falhasse, e o helicóptero perdesse imediatamente o controle e começa a cair:

— Luna vá, pule, você não pode morrer nesse tempo, se não for agora… — diz Levi começando a tossir e cuspir mais sangue, pois um dos tiros havia pego em seu pulmão direito

— Mas e você?

— Ficarei bem, vá, antes que não dê mais tempo.

Luna dá um último beijo nele e pula com lágrima nos olhos.

Quando acorda está em um hospital, e não lembra nada do que lhe aconteceu, só lembra de um sonho muito doido que teve, com zumbis:

— Luna, você está bem? Graças a Deus você acordou. — pergunta Mike preocupado.

— Estou, mas o que aconteceu,

— Você não lembra?

— Não.

— Você ficou em coma quase dois meses, estávamos em uma escuna que alugamos e acabamos pegando uma tempestade em automar, você caiu da escuna onde estávamos, bateu a cabeça e desmaiou, seu corpo não submergiu, achamos que não a encontraríamos com vida, ficamos três dias te procurando, e nada, até que um Sargento da marinha, lhe trouxe para cá, disseram que lhe encontraram flutuando com o colete salva-vidas. Graças a Deus, nem você, nem sua capsula do tempo se perderam, encontram-na com ela abraçada

— O que eu estava fazendo com a capsula? — diz Luna, não lembrando de nada.

— Você não se lembra do que aconteceu?

— Não?! — diz Luna confusa, passando a mão na cabeça.

— Estávamos indo para um, portal do tempo em Savannah Beach.

— E no que deu?

— Em nada de novo.

Mike dá graças a Deus dela não lembrar, pois ele a havia empurrado:

— Mas e o soldado, como se chama?

— Acho que escutei algo como Sargento Levi.

— Levi, um nome bonito, terei de ir agradecê-lo assim que sair do hospital.

No dia que Levi a encontrou flutuando, ele vê que aquela garota estava com uma plaquinha de soldado, e usava um uniforme militar, provavelmente era um soldado como ele, mas não podia parar para pensar naquilo agora, pois o mar estava bravio, e ele havia pulado sem pensar, pois quando viu um corpo flutuando, passou no rádio o sinal de homem ao mar, pegou o salva-vidas e pulou, antes que o mar a levasse para longe agora com aquela garota nos braços, só sabia que precisava salvá-la de qualquer forma, depois verificaria a plaquinha, para saber quem era, ele a segura firmemente e os dois são puxados até a embarcação e Levi a sobe ao convés e a leva para seu quarto, e cuida pessoalmente dela logo estariam no porto e a levaria pessoalmente ao hospital.

Agora ele repara na plaquinha e vê que era sua própria placa de identificação, e fica surpreso, mas o que será que aconteceu, para ela estar com uma placa de identificação sua, pelo que ele saiba, cada soldado só tinha uma placa daquela, e ele não havia perdido nenhuma, mas ao levar a mão ao próprio peito repara que sua plaquinha de identificação não estava lá, havia sumido, provavelmente a havia perdido quando pulou ao mar, para resgatá-la, mas como sua própria plaquinha de identificação havia parado no pescoço daquela garota? — ele se pergunta.

Neste momento reparando naquela garota desacordada, era bonita realmente, não poderia perguntar a ela, como aquilo havia acontecido, pois estava desacordada, ele retira delicadamente a plaquinha do pescoço dela, quando repara que havia uma mensagem gravada em código, militar e dizia:

“Está é a mulher mais perfeita que conhecerá, bloqueie a caverna da cuca, de para ninguém conseguir entrar nunca, senão você a perderá para sempre…  se aproxime dela, antes do fim deste ano, e nunca a deixe sair de perto, não mostre esta placa a ninguém, e a destrua imediatamente, assim que ler esta mensagem, é uma ordem”

Quando chega, no porto, pede autorização e a leva pessoalmente ao hospital, e deixa avisado que assim que aquela garota acordasse era para o comunicarem, ele deixa também a capsula que havia encontrado com ela e que tinha o nome dela gravado, sabia que era Luna.

Todas as noites quando lhe era possível ia até o hospital e dava uma olhada nela da porta, realmente, era muito bonita, mas ficava de coração partido ao vê-la ali desacordada, quando não tinha ninguém entrava no quarto, pegava na mão dela e lhe sussurrava:

— Boa noite! Senhorita Luna, espero que possa me ouvir, não sei como você conseguiu que minha plaquinha fosse parar em seu pescoço com uma mensagem, mas pelo que parece vêm do futuro, nunca acreditei em viagem no tempo, mas ando estudando, sobre e descobri que são possíveis, não sei pelo que você passou, e de que tempo você retornou, só sei que lhe protegerei com a minha vida, e não permitirei que nada de mal lhe aconteça, e quando acordar terá de me contar suas aventuras

Ai lhe dava um beijo na mão, ou na testa e saia, com o coração apertado, de deixá-la, ali sozinha.

Quando esta acordou o hospital ligou para informá-lo, imediatamente Levi pede para ser dispensado aquele dia, sai uniformizado às pressas e passa em uma floricultura no caminho para o hospital, compra algumas rosas, ao chegar ele bate na porta:

— Luna está esperando alguém? — diz Mike.

— Não que eu saiba. — diz ela confusa.

— Entre. — diz Mike.

— Boa Tarde!  — diz Levi entrando timidamente.

— Amigo, acho que você se confundiu de quarto. Aqui não tem nenhum soldado. — diz Mike.

— Não me confundi, não. Vim visitar a sua amiga, fui eu que a salvei, fiquei sabendo hoje de manhã que acordou do coma, me desculpe não ter, chego antes, mas a viagem da onde estava é grande — diz Levi sério olhando para Luna, entregando-lhe o buquê de rosas.

— Obrigado… — Luna não sabia o que dizer, pois pensava, em dar um presente, para agradecer o marinheiro que a salvara e não receber um ainda mais tendo acabado de sair do coma.

— Eu queria saber se… — Levi não consegue terminar a frase, ao vê-la acordada, estava tão feliz, havia imaginado aquele momento durante dois meses, mas agora não conseguia terminar a frase, as palavras lhe escapavam, não sabia porque, mas algo nela lhe atraia, nunca sentira o que estava sentindo por aquela garota.

— Queria saber o quê, senhor… — diz Luna curiosa, mas ainda um pouco confusa

— Por favor, não me chame de senhor, sou um soldado, mas temos quase a mesma idade — diz Levi, corado, mas tentando não transparecer que estava nervoso, pois nunca pensou que seria tão difícil para falar, pois havia falado várias vezes com ela em coma.

— Seu nome é Levi, certo? — pergunta Luna, docemente.

— Sim, eu… — diz Levi, havia passado por tantas coisas como soldado, e nos treinamentos como piloto, e nunca havia vacilado, não acreditava que estava vacilando para falar com aquela garota.

— Senhor Levi, me deixe fazer-lhe um almoço quando for dada de alta, para lhe agradecer, minha mãe vai adorar conhecê-lo. — diz Luna, sorrindo inocentemente.

Ele respira, fundo e consegue se recompor para dizer:

— Me chame apenas de Levi, gostaria de lhe convidar para sair comigo, quando for dada de alta. Mas não quero que se sinta obrigada, somente porque a salvei. — diz Levi, tentando não parecer ansioso, e nem transparecer seu nervosismo na voz.

— Levi, não me sinto obrigada, me sinto grata, e quero muito que vá almoçar em minha casa. — diz Luna feliz, ainda sem saber o por

que daquele sentimento.

— Então você não se sente obrigada?  — diz ele um pouco mais aliviado, mas não menos nervoso.

— Claro, que não, eu gostaria muitos que me contasse suas aventuras em automar, sempre quis conhecer o mar, mas também sempre quis ser uma geneticista como meu pai, vai me dar o prazer de almoçar comigo, quando eu sair do hospital?

— Claro.

— Posso ir almoçar esse dia na sua casa também? Assim posso explicar sobre minhas teorias do buraco de minhoca, e como ele é um militar… — Diz Mike.

— Ah Mikeeee, estou cansada de escutar sobre as minhocas da sua cabeça — diz Luna, e depois se dirige a Levi. — Ele só sabe falar sobre viagem do tempo, essa última vez, ele disse que surgiria um portal, no meio do mar próximo a Savannah Beach.

— Mas Luna, gostaria de falar para ele sobre a viagem, no tempo, quem sabe se ele encontrar alguma coisa, no mar, ele me dizer.

— Sinto muito, mas se encontrar algo desse gênero no mar, será informação confidencial, e viajem no tempo não existe senhor.

— Outro descrente — diz Mike injuriado, saindo do quarto de Luna, chateado.

Luna ri gostosamente e diz a Levi:

— Desculpe, meu amigo, ele tem minhoca na cabeça.

Levi se levanta, pega as rosas do braço de Luna:

— Deixe-me por estas rosas, em um vaso.

Depois volta até Luna, e lhe entrega a plaquinha, de identificação que encontrou nela:

— O que é isto, Levi? — pergunta ela curiosa.

— Isto é minha placa de identificação.

— Por que você está me entregando ela?

— Porque vim aqui para lhe perguntar, como minha placa de identificação foi parar em seu pescoço no meio do mar, enquanto estava lhe salvando? E como uma mensagem em código militar foi escrita nela, nesse tempo?

— Não entendo… o que quer dizer com isto?

— Que você viajou no tempo e retornou, e que você está com uma prova na mão, não sei o que você viu e ouviu lá, a única coisa que sei, é que uma das ordens que está nesta placa escrita em código, é para que a destrua, mas esperei você acordar, para ver se me esclareceria, porém, pelo que vejo não lembra de nada, do que vivenciou, achei que lhe entregando a placa você recordaria, mas deixo em suas mãos.

— Não, eu quero que a destrua, e não diga nada disso a meu amigo, pois, ele enlouqueceria, este objeto cria um paradigma.

— Por quê? Pelo jeito ele substitui o objeto que existia neste tempo.

— Mas quero que destrua e não diga nada disso para meu amigo, ou ele vai me enlouquecer.

— Sábia decisão, senhorita, vejo que nos daremos muito bem. — diz Levi sorrindo.

Durante os três dias que ela fica internada, Levi vai visitá-la diariamente, sempre lhe levando flores, ela ficava sem jeito, pois ela e Levi não tinham nada, ela acabara de conhecê-lo e Mike, toda vez que Levi ia embora, insistia dizendo:

— Luna esse cara, não parece bom sujeito, é muito bonzinho, no mínimo, é um daqueles que quer se aproveitar, porque te salvou, quer brincar com, depois vai jogá-la fora, toma cuidado…

— Mike para com isso, não é certo você falar isso de alguém que você nem conhece.

— Luna toma cuidado, não confio nele, escuta o que estou lhe falando.

No dia que Luna é dada de alta, Levi vai buscá-la com um buquê de rosas, em seu quarto:

— Bom dia! Senhorita Luna, preparada para ir embora?

— É já me deram alta, e eu já estou cansada deste hospital, quero voltar logo para casa e retomar minhas pesquisas.

— Então você me permite levá-la?

— O Mike vai ficar chateado comigo, pois ele ficou de vir me buscar.

— Pode ligar para ele de meu celular, enquanto saímos do hospital. — diz Levi retirando seu celular do bolso e o entregando a Luna.

— É, eu quero sair o mais rápido daqui, vou ligar e avisar que não precisa vir.

Enquanto, ela disca no telefone de Levi, o enfermeiro vem com uma cadeira de rodas:

— Ele é seu acompanhante senhorita?

Ela olha para Levi:

— Sou sim. — diz Levi sério.

O enfermeiro lhe dá uma prancheta para que ele assine, para que pudesse sair com ele, Luna passa para a cadeira de rodas enquanto tenta ligar para Mike, e o celular dava fora de área:

— Podemos tentar ligar de fora do hospital, talvez os equipamentos aqui estejam dando interferência

— É melhor. — diz ela devolvendo o celular a Levi, que o põe imediatamente no bolso.

Eles pegam o elevador, com três enfermeiras, estas ao verem, os dois juntos, sussurram:

— Nossa, que casal lindo, este rapaz, veio ver ela praticamente todas as noites, enquanto está mocinha estava em coma, esta garota não sabe a sorte que têm.

A outra sussurrou:

— Teve uma vez que o vi sentado segurando em sua mão e se declarando, achei muito romântico, mas fiquei com pena dele, comecei a rezar todos os dias que esta garota acordasse logo.

— Ai, tomara que agora que está saindo do hospital, este rapazinho tenha coragem de se declarar.  — disse a enfermeira mais velha.

Elas descem pouco tempo depois em um andar no caminho, quando o elevador para no térreo e a porta se abre, Levi com Luna dão de cara com Mike esperando o elevador:

— Qual é amigo, ela é como minha irmã, você a conhece somente a três dias e se acha no direito de vir buscá-la, não pense que só porque a salvou poderá abusar dela. — diz Mike enciumado.

— Não quero abusar dela. — diz Levi pegando a cadeira de rodas e saindo do elevador. — Tenho as melhores intenções com ela.

Levi fica de frente para Luna e diz se ajoelhando, com uma caixinha na mão:

— Luna, sei que não nos conhecemos o suficiente, estava pensando em te chamar para sair e me declarar, mas não conseguirei esperar até ter coragem novamente, então… quer ser minha namorada?

Mike ficar de boca aberta:

— Levi, você não acha que está indo rápido demais? Tem certeza? — diz Luna apreensiva.

Levi se levanta e diz:

— Desculpe, mas nunca tive tanta certeza de algo na minha vida como tenho agora, me apaixonei por você à primeira vista, e não podia esperar mais, para pedi-la, em namoro.

— A qual é irmão, não vêm com essa, você viu que ela está agradecida e quer se aproveitar, para tirar uma casquinha, vocês marinheiros são todos iguais, não vou deixá-la namorar, com você.

— Mike, para com isso… — diz Luna olhando séria para o amigo, depois olha suavemente para Levi — também acho que é cedo para um pedido destes…

Quando ela diz isto, Mike sorri vitorioso, e Levi responde triste, mas tentando não transparecer:

— Entendo, se você quiser ir com calma, podemos sair, para…

— Calma, não me deixou terminar de falar, não sei porque, mas quando Mike me disse seu nome, fiquei curiosa, e não sei porque, mas lhe imaginei exatamente como estou lhe vendo, e sei que você não me deixou um dia se quer sozinha após ter me salvo, mesmo quando não podia vir, parecia que sentia você pensando em mim, e parece que também estou sentindo algo por você, não entendo ainda, pois é algo que a ciência não conseguiria explicar, mas acho que estou apaixonada também e bom porque não tentar, aceito, já que você tem certeza do que está dizendo.

Luna se levanta da cadeira de rodas, Levi se levanta preocupado quando a vê em pé, a olha nos olhos, acaricia seu rosto e os dois se beijam, como se, já se conhecessem há anos, enquanto todos que estavam em volta aplaudem, e Mike fica segurando, vela, com cara de tacho:

— Gente, vamos, logo, preciso ir para casa, vocês podem arrumar outro lugar para namorar, pois quero voltar para terminar o livro que estou lendo de um pesquisador, que um dia foi famoso, até que ele disse haver viajado no tempo, mas acredito que ele viajou, sim, ele mostra muitas provas disso, inclusive têm um portal que irá se abrir em um local que conhecemos Luna e quero ver se o que ele diz sobre a caverna da cuca é verdade.

Levi lembra do que estava escrito, na plaquinha, “... bloqueie a Caverna da Cuca...”:

— Caverna da Cuca? — diz ele interessado.

— Não, liga não, é apenas uma caverna que é um labirinto e que queríamos entrar quando crianças, e para nos assustarem, falavam que era a caverna da cuca, pois assim não entravamos nela, por medo da bruxa Cuca. — Responde Luna, sorrindo.

— Uma vez os funcionários de tia Preciosa ficaram doidos achando que tínhamos entrado lá, mas, na verdade, estávamos no sítio vizinho, brincado no barro, quando chegamos, minha tia nos deu um sermão daqueles, pelo susto que havíamos pregado e nos mandou tomar banho. — diz Mike.

— É lembro bem. — diz Luna sorrindo.

— Bom vamos, vou levá-los para casa, e depois tenho de retornar a base.

— Mas achei que ia ficar comigo hoje, já que acabamos de começar, a namorar. — diz Luna fazendo biquinho, magoada.

— Vou passar o dia com você, só preciso entregar um relatório, e não quero que minha futura sogra pense que estou indo só comer, preciso comprar algo para levar, juro que volto para sua casa assim que terminar o que preciso fazer. Afinal de contas quero conhecer minha futura sogra, mas vocês duas precisam de um tempo a sós, pois você ficou dois meses em coma, não são dois dias.

Os três entram no carro, Levi leva os dois para casa, assim que os deixa, sai com o carro e liga imediatamente para Ivan, um amigo dele que tinha pai policial:

— Ivan, bom dia, preciso que investigue algo para mim.

— Diga Levi é muito sério.

— É, sim, um código vermelho.

— Tão grave assim!?

— Sabe a garota que salvei?

— Sei, você disse que a pediria em namoro, e aí não teve coragem? Ou ela lhe deu um fora? É esse seu código vermelho?

— Somos namorados agora, não amarelei, mas Ivan isso não vem ao caso, se concentra.

— Tá, pode dizer, irei investigar. — diz Ivan rindo, imaginando a cara de seu amigo, que provavelmente estava sem graça do outro lado da linha.

— Preciso que investigue o amigo Mike de minha namorada, e onde fica o sítio da Tia Preciosa dele.

— O nome dela é Preciosa?

— Sim.

— Certo, mas para que você quer saber?

— São assuntos pessoais.

— Certo, assim que encontrar, lhe passo as coordenadas.

Levi passa em uma confeitaria e compra o bolo floresta negra, roda um pouco com o carro, depois volta a casa de Luna e toca a campainha, quem o atente é Tereza, a mãe de Luna, ela já veio com um borrifador de álcool gel:

— Bom dia, Levi, por favor espirre isso em suas mãos, e roupas e deixe seu sapato, aqui na entrada, e vista uma pantufa.

— Mãe para com isso, vai espantar meu namorado.

Levi sorri ao escutá-la chamando de namorado:

— Luna não têm problema, ela está fazendo o certo, é melhor se prevenir contra o vírus zeta.

— Viu, querida, até ele é consciente, ele sendo um soldado têm de se preocupar com o bem-estar de todos, você e Mike ficam andando por aí sem máscara, só usam quando são obrigados, a entrar em algum lugar, você andando na rua pode pegar o vírus. — diz Tereza, feliz por aquele rapaz ser sensato.

— Mãe, já lhe disse que o vírus não sobrevive fora, do corpo, que para pegar o vírus precisaria tocar em algo ou alguém que acabasse de ter tido contato com o vírus, ou se alguém espirrasse ou falasse na minha cara.

— Filha, teu pai fazia o mesmo que você está fazendo, e você viu que perdemos ele para o vírus.

— Luna deixa de discutir, como disse, sua mãe está certa. — diz Levi espirrando álcool, nas mãos, na sua roupa, depois ele tira o sapato, borrifa álcool neles também, e coloca a pantufa que a mãe de Luna havia pedido.

Ao entrar, Luna lhe sussurra, enquanto sua mãe vai, preparar a mesa para o almoço:

— Obrigada pela compreensão com a minha mãe, mas ela está paranoica e me deixando louca.

— Não se preocupe, nada me afastaria de você, sempre a protegerei, nem que custe minha vida. — diz Levi a abraçando e dando-lhe um beijo na cabeça.

— Levi, não exagere.

— Rapaz é bom essa, menina estar namorando, quem sabe assim, sai daquele laboratório, ela acredita que pode desenvolver uma vacina para curar o vírus zeta, eu não acredito, pois existem vários pesquisadores que, procuram desde que o vírus surgiu e não acham nada, não é uma estudante que vai achar no porão de casa — diz a mãe de Luna pondo a mesa.

— Mãe. — diz Luna.

Levi a segura pelo ombro abraçando-a

— Não duvido dela, acredito que conseguirá tudo que quiser e estarei ao lado dela para apoiá-la.

— A não, mais um sonhador?! Filho, acredite, um dia alguém das empresas farmacêuticas irá achar a cura, mas não será minha filha, ela ainda é muito inexperiente.

— Senhora, acredito em sua filha e a senhora, também deveria acreditar, ela é incrível.

Ao escutar aquilo daquele rapaz, que parecia tão estudado e inteligente, a mãe de Luna se cala, pois estava feliz de sua filha ter encontrado alguém, tão gentil, e que gostava dela mesmo com o jeito sonhador.

— Luna o dia que confiar em mim, pode me apresentar seu laboratório?

— Claro, se você quiser te levo hoje, acho que estou próxima de achar a cura.

— Você acha? Eu, tenho certeza. — lhe diz Levi sorrindo.

— Sim.

Depois do almoço os dois vão ao porão de Luna onde ela desbloqueia por digital, código e retina:

— Para quê de tudo isso, Luna. _ pergunta Levi.

— Aqui era o laboratório de meu pai, ele tinha toda essa segurança, para evitar invadirem e roubarem suas pesquisas.

— Interessante. — ele vê a capsula do tempo dela em cima do balcão, e pergunta. — O que é isto?

Fiquei curioso, quando a encontrei, você estava abraçada a isto.

— Ah! Isto é uma capsula do tempo, eu tenho uma e meu amigo outra.

— E você já a abriu, desde que voltou?

— Não, por quê?

— Lembre-se que pelo que tudo indica, você fez uma viagem no tempo, quem sabe você, mandou alguma mensagem, não tem curiosidade de saber?

— É você dizendo agora, fiquei curiosa.

— Ela pega sua chave na primeira gaveta de seu gabinete.

Abre a capsula e encontra uma receita, um vidro de aço, e um bilhete, que dizia:

“ Savannah 2056

Realmente, se você, ou melhor, se estou lendo este bilhete ele foi escrito mesmo neste ano, não datei o dia exato, pois com o vírus zumbi que assolou o planeta, não temos calendário, mas escrevo para me dizer, que está nesta amostra de sangue a cura para o vírus zeta e o vírus zumbi, a outra ampola a de vidro se não arrebentou na viagem de volta é a vacina contra o vírus zeta, e foi ela que me tornou imune ao vírus zumbi, se você abrir a capsula tarde demais e este surgir, nesta capsula, está a receita para a vacina contra o vírus zeta e o zumbi, você aplicando se tornará imune a ambos os vírus estou lhe adiantando um ano de pesquisa, e evitando, de ser fabricado o vírus zumbi, pois está calamidade surgiu, devido à variante 131, criada por mim, mas caso você abra no dia da viagem a caverna da cuca, mate o ratinho Rudolf, e o incinere, para que o vírus zumbi, não apareça, não confie em Mike, por mais que tenha sido nosso amigo no passado agora a única coisa que importa para ele é sua pesquisa de viagem no tempo, ele está psicologicamente doente, para conseguir provar suas teorias, a ponto de me ver ser levada por um turbilhão de água e não fazer nada, apenas pedir para deixar uma pista no passado, para provar suas teorias.

Você viajando ou não conhecerá a Levi, não sei qual mensagem e como ele irá mandar uma mensagem a si mesmo, mas ele é a melhor pessoa que conheci, é uma pessoa doce, talvez queira te afastar, dizendo ser para seu bem, mas é impossível ficar longe dele, se já o conheceu, saiba que faremos muitos planos juntos, e que você pode confiar completa e totalmente nele, e vê se conseguem se casar nesta linha de tempo…

Bom peço que após ler esta carta, a destrua, não a mostre de forma alguma a Mike, pois ao lhe mandar uma mensagem do futuro, sem saber se queimaria a carta, coloco todos em risco de novo, inclusive eu, se você abriu a capsula antes copie a receita em seu diário e queime a receita, quanto ao sangue, se passar para um tubo de ensaio, e destruir o tubo de aço que está, estará encerrando o paradigma, pois este sangue é seu, quanto a vacina, bom não sei, você deve decidir o que fazer.

Ass. Doutora Luna”

Ela olha para Levi, abismada com a carta:

— Eu me mandei uma mensagem?

— Pelo jeito, sim, não disse que encontraria a vacina, só não sabia que seria desse jeito, mas pelo menos lhe adiantou um ano de sua pesquisa, o que está esperando?

Luna pega uma folha imediatamente, e copia a receita da vacina, enquanto Levi a ajuda, passando a amostra de sangue e a vacina, para tubos de ensaio, e coloca os tubos em um suporte, para que depois pudesse identificar, os dois recolocam tudo na capsula do tempo:

— E agora o que você quer fazer Luna?

— Vou destruir, isto assim encerramos por completo, este paradigma, e essa história de viagem no tempo.

Ela pega uma bacia de vidro, coloca a capsula, depois entrega a Levi um óculos com máscara de proteção apropriada, e põe a sua máscara com óculos de proteção, pega uma garrafa de ácido e derrama o suficiente no vidro para destruir a capsula e tudo que tinha dentro dela, neste momento Levi pega a plaquinha que havia vindo do futuro e coloca junto:

— Faremos um futuro, sem vírus zumbi.

— Sim, meu amor.

No dia seguinte, Levi recebeu uma ligação de Ivan, passando a localização da caverna da cuca, depois de vários meses de insistência com os superiores das forças armadas conseguiu que selassem completamente a caverna, dizendo ser perigosa, que poderia alguém entrar lá dentro e morrer, por ser um labirinto, que poderia desmoronar, e depois de muita insistência conseguiu. Mas não disse nada a Luna, só sentia que precisava evitar que entrasse lá a todo custo, já que havia se pedido, para bloquear, ele o fez.

No dia seguinte ao selamento da Caverna, estava na casa dela, assistindo teve na cozinha enquanto cozinhavam algo juntos, pois ele a convencera a largar um pouco seus estudos, pois já tinha a vacina que tanto queria, e a ajudaria a convencer os órgãos responsáveis a estudar e liberar para a população mundial, quando:

— Estamos aqui na Caverna que fica no Sítio, Storm Hill, ele está sendo selado pelas autoridades militares, e está completamente proibido se aproximar desta caverna. — dizia o repórter na tv.

— Olha, amor, a Caverna que lhe falei outro dia, há é uma pena estar sendo selada, sem nem ao menos eu e Mike conseguirmos desvendar os segredos dela, meu amigo me disse que a próxima passagem para viajar no tempo se abriria nela.

— Você acha uma boa isso de viagem no tempo? Lembra que você viajou, mas não lembra de nada? De que lhe adiantaria?

— É isso é verdade.

Mike chega na casa de Luna, e entra nervoso, como eram como irmãos, ele tinha a chave:

— Você viu o que está acontecendo, estão fechando a caverna, provavelmente descobriram que viajem no tempo é possível e estão querendo evitar que a humanidade saiba, Levi, você não é um militar, não pode evitar que isso aconteça? — diz Mike extremamente chateado.

— Sou Segundo Sargento, mas se a ordem veio de alguém do alto escalão, não posso fazer nada. — mente Levi, pois era sim Segundo Sargento, mas seu pai havia sido um herói, por isso conhecia as pessoas certas, para que o que estava acontecendo na caverna sucedesse.

— Droga, agora terei de começar meus estudos do zero e descobrir onde e quando abrirá o próximo portal.

— Amigo, acho melhor você concentrar sua energia em outros tipos de coisa, isso de viagem no tempo é muito perigoso, pois já pensou, se você sem querer é morto no passado, ou se você causa a morte de algum dos seus ancestrais, evitando assim de você existir, e criando assim um paradigma imenso? Ou se acontece de você, causar a morte de algum herói da humanidade, levando esta a extinção, viagem no tempo é algo muito complexo para a humanidade.

— Sim, mas são paradigmas impossíveis, e como sabe tudo isso, se não mostrou interesse algum, quando quis falar a primeira vez sobre isso?

— Se são impossíveis, então viagem no tempo também é, pois, para um corpo conseguir passar por um buraco de minhoca teria de ser muito denso, e ter os polos todos, negativos, mas este corpo não existe, pois até nós seres humanos somos formados por dois polos, esta teoria do buraco de minhoca foi criada por Einstein, para provar um dos seus cálculos, ele hipoteticamente criou esta teoria, como a teoria das cordas, para explicar sobre a relatividade, onde nada é absoluto, e tudo é mutável, até o tempo, as horas e os dias a cada dia que passa, ficam mais curtos, não são mais tão longos como eram antigamente, você acha que vale a pena gastar sua vida em algo que provavelmente não existe, e que provavelmente é só uma teoria maluca, ou que talvez nunca você consiga provar.

— É pensando por esse lado, nunca ninguém me falou isso, obrigado, mas acho que, não conseguirei desistir dessa teoria, pois passei minha vida inteira querendo prová-la, e me não conseguirei me centrar em outra coisa...  — diz Mike triste, mas, ao mesmo tempo, pensativo, depois decide perguntar a Luna. — como vão a suas vacinas? Me diga que um de nós já conseguiu realizar seus sonhos?

— Consegui, sim, falta um último teste.

— Ah, é? E o que você precisa para finalizar?

— Preciso que seja liberado, para aplicar em cobaias humanas, para provar que funciona.

— Luna, eu tive uma ideia louca. — diz Levi.

— Qual é?

— Porque você não aplica o vírus em mim, fazemos os exames necessários, para termos provas que estou infectado, e depois de um tempo me aplica a vacina.

— Você é louco?! Como pode confiar sua vida assim a ela.  — diz Mike, inconformado.

— Porque, minha vida é dela. E confio que ela conseguiu — diz Levi sem pestanejar.

— Levi, não posso fazer isto, sabe que não faria nada que pudesse te prejudicar, e ainda não estou cem por cento segura.

— Podemos usar o laboratório da base, com uma cientista já formada, assim se sentirá mais segura, e dará mais seriedade, o que acha?

— Vocês dois são malucos, vou embora, não quero participar disso. — diz Mike, saindo.

— Mas e se não der certo? — pergunta Luna preocupada.

— Confio em você dará certo.

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Comments

Graça Lemos

Graça Lemos

adorei a história, parabéns!! nos prende do começo ao fim . 👏🏻👏🏻

2022-02-12

3

mariaaa

mariaaa

Melhor história de todas

2022-02-10

1

Ver todos

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