Alguém bate na porta de Levi, enquanto ele estava conversando sobre o assassinato de Robert, era o sentinela, da sala de interrogatório, ele havia escutado tudo, e sabia que uma hora o general iria tentar matá-lo também e depois provavelmente iria atrás de sua família, por isto decidiu ir até Levi atrás de proteção:
— Capitão preciso entrar para falar com vocês.
— Entre soldado.
O soldado entra imediatamente, olhando antes para os dois lados para saber se não havia sido seguido:
— Senhor, preciso que me prometa que protegerá a mim e minha família, assim posso me sentir seguro para dizer tudo que sei.
— Se a informação valer a pena, o protegerei com certeza.
— Senhor preciso lhe dizer que a morte de Robert, foi criminosa.
— Diga algo que não sabemos. Soldado — diz Levi friamente, bocejando.
— Vocês já sabiam?
— Sim, nós suspeitávamos, pois eu havia revisado o aero item dele, dois dias antes. — diz Ivan.
— Mas vocês sabem, que Davi estava envolvido, e que este era sobrinho do general, que Robert foi morto por estar chantageando-o por achar uma capsula…
— Minha capsula? — diz Luna espontaneamente
— Você é a dona da capsula?
— Soldado, isto não vem ao caso, Luna vá para o quarto.
Luna se levanta e obedece, e Levi continua:
— Me diga o que aconteceu ao soldado Ale.
— O soldado Ale foi morto pelo general, e o corpo foi incinerado, como sei que provavelmente serei o próximo, vim em busca de ajuda.
— O soldado Ale foi morto?! — diz Levi se levantando furioso.
— Sim Capitão, eu mesmo ajudei a incinerá-lo, mas Robert um dia antes do acidente, me entregou uma chave e disse para entregar ao senhor caso algo acontecesse com ele, que você saberia do que se trata, mas não a entreguei antes, pois depois da morte dele, o general está de olho em todos que se aproximam de você, pois ele está atrás do viajante dono da capsula, ele acha que você e seu esquadrão estão com este escondido em algum lugar, e agora vejo ser verdade a desconfiança dele, mas não se preocupe, não pretendo entregá-los, pois sei que ele não é de confiança.
— Certo soldado, me entregue a chave.
O soldado lhe entrega, uma chave aparentemente normal, que continha um número gravado quase apagado pelo tempo.
Levi, ao conferir a chave, sabia do que se tratava, era a chave de seu antigo armário do colegial, ele a pega e a prende em sua plaquinha, não acreditava, seu antigo colégio era em Atlanta, mas como faria para entrar, e sair de lá sem ser visto, pois fazer isso no arranha-céu era fácil, mas os soldados de Atlanta tiveram um treinamento igual ao dele e eram bem melhores que os soldados do arranha-céu, se ele fosse pego, arriscava ser morto, e não podia deixar Luna desprotegida no arranha-céu, mas se a levasse e fosse pego arriscava perderem tudo, e como Robert conseguiu chegar até lá e esconder a capsula era um mistério, se ao menos soubesse como fez isso, sabia que Robert havia trabalhado na parte de esgoto da cidade, mas sabia também que usar a rede de esgoto para chegar até Atlanta era arriscado, devido aos ratos zumbis existentes lá, exceto se Robert, encontrou algo que espantasse os ratos zumbis:
— Capitão, você sabe do que se trata esta chave?
— Sei do que se trata, mas não sei ainda como faremos, para ir até o local da chave, pois é muito arriscado, terei de planejar com clareza, e obrigado soldado. _ diz Levi ainda pensativo.
— Então o senhor garantirá a segurança minha e de minha família aqui dentro?
— Farei o possível soldado, pois nem eu, estou seguro aqui.
— Mas senhor você prometeu?
— Sim, mas como você viu. Ale foi morto, e não consegui garantir a segurança dele aqui. Ivan, leve ele com você, e garanta que o general, não saiba de nada.
— Sim, senhor, você quer que o mate?
— Não, você sabe que não sou um monstro como o general, matando qualquer um que entre em seu caminho, pegue ele e a família, e os leve para a zona J, onde o nosso amigo Beta foi encontrado, não sei porque, mas lá não têm zumbis, os deixe em uma casa segura onde possam se esconder, garanta que tenham mantimentos para um mês, é o que podemos fazer por enquanto, pois o arranha-céu não é mais seguro para eles, teremos que derrubar o general, pois este não está a favor da humanidade.
— Obrigado senhor. — diz o soldado emocionado.
— Que desculpa daremos ao general, para o sumiço deles?
— Podemos dizer que fugiram, e que não temos conhecimento.
— Sabe que o general mandará caçá-los.
— Sim, quando ele fizer isso, obedeceremos às ordens dele, mas diremos, que os achamos todos mortos.
— Certo senhor, soldado você ouviu o capitão venha comigo.
Ivan pega o soldado com a família, e sai do arranha-céu por uma passagem que a equipe Levi havia desenvolvido, para o caso de terem de evacuar o arranha-céu, se os zumbis ou a elite entrasse para exterminar as pessoas ali dentro, e só era usado em extrema emergência, pois não podiam arriscar serem descobertos, tinha um problema, não poderiam usar o aero item assim que saíssem, pois isso poderia alertar os sentinelas, teriam de ir pelo solo, até estarem a uma distância segura.
Ao saírem, por já era quase noite, Ivan com o soldado sai primeiro para verificar se era seguro, e se deparam com dois zumbis, que estavam brigando por um corpo:
— Pobre alma. — sussurra o soldado.
— Certo teremos de contornar, esta área, vá pegar, sua esposa e seus dois meninos.
Ao retornar com sua família, a esposa dele esbarra em uma lixeira que cai e faz barulho, os zumbis vão na direção deles, o soldado se mete na frente da esposa para evitar que esta fosse mordida, só que ele acaba sendo mordido, então ele fica para enfrentar os zumbis, dizendo:
— Ivan os leve para longe, e não olhem para trás, ficarei aqui para protegê-los, querida, vá com ele.
Ivan pega os dois meninos no colo, e a esposa, dele segue a Ivan relutante chorando pela morte de seu esposo, eles saem dali rapidamente, quando, estão a uma distância segura, Ivan esconde os três em uma casa, e diz:
— Vou levar a senhora, e o pequeno primeiro, você rapazinho, já é grande, fique escondido aqui e não saia, por nada, virei te buscar, logo em seguida.
— Sim senhor.
— Querido, fique bonzinho. — diz a mãe ao menino, beijando sua cabeça.
Ivan pega a mãe com o filho mais novo, no colo e voa rapidamente para a zona J, a leva para sua antiga casa, ao chegar lá:
— Senhora, aqui é o lugar mais seguro que conheço, e têm um bunker abastecido, a senhora não deve abrir este bunker a ninguém, eu e os de minha confiança quando lhe viermos trazer algo, para comer sabemos o código, e entraremos, ninguém do arranha-céu conseguirá entrar aqui. Aqui é nosso esconderijo, caso precisarmos.
— Como vocês encontraram este local?
— Aqui era a minha casa, meu avô quando eu era pequeno, achava que seriamos atacados por uma bomba atômica, e construiu este bunker para resistir a qualquer coisa, a única pessoa da família viva sou eu, por isso de conhecer este local. — diz Ivan tristemente. — Mas vamos deixar de conversa, buscarei seu outro filho.
Ivan volta a área e encontra o menino ainda escondido onde o havia deixado:
— Amiguinho está tudo bem?
O menino tira da cinta de Ivan a pistola, e atira na cabeça de um zumbi que estava prestes a pular neles, pois Ivan concentrado em ir ver o garoto, não reparou que havia um zumbi
próximo, e na hora que falou o zumbi o escutou e foi para cima deles, se não fosse pelo tiro certeiro do menino, teria sido atacado:
— Caramba, menino, você tem uma ótima mira. — diz Ivan estupefato, passando a mão na cabeça do garoto.
O menino faz menção de lhe devolver a arma, e Ivan lhe diz:
— Não, amiguinho, agora você é o homem da casa, fique com isto para proteger sua mãe e seu irmão, e pegue isto.
Ivan retira sua cinta de equipamentos, e põe, em volta do corpo do menino, dizendo:
— Aqui você tem granada de fumaça, granada de mão, e munição para sua arma. A espada não poderei lhe dar, pois precisarei dela para voltar.
O menino, que não havia dito nada até aquele momento, responde:
— Obrigado, senhor.
— De nada amiguinho, agora vamos.
Ele pega o menino no colo, e o leva para o encontro de sua família, ao chegar digita o código
do bunker, e entra, baixando o menino de seu colo:
— Bom chegamos são e salvos, a senhora está de parabéns por ter um filho valente, graças a ele não fui atacado por um zumbi, pois baixei minha guarda por um momento.
— Obrigado, senhor, o pai dele o andou treinando, pois dizia que um dia ele poderia precisar — diz a mãe, assustada de pensar que poderia perder seu menino.
E depois ela afaga a cabeça de seu menino que a abraçava:
— Bom, tenho de voltar antes que deem por minha falta, virei aqui uma vez por semana para ver se precisam de algo.
Então sai, e fecha o bunquer, voltando assim de onde, veio para o arranha-céu, ele consegue voltar sem ser notado e se dirige ao dormitório do capitão, ao chegar lá bate na porta e o capitão o atende, Luna já estava dormindo:
— Senhor a missão foi quase um sucesso.
— Entre soldado.
Ivan entra, e Levi fecha a porta:
— Agora me relate o que aconteceu.
— Ao sairmos, demos de cara com dois zumbis, a senhora esbarrou em uns latões de lixo, que caíram e atraíram os zumbis, o soldado para proteger sua esposa se meteu na frente dos zumbis e foi mordido, então ele lutou o que, pode, para dar tempo de fugirmos.
— Ótimo soldado, é uma pena a morte dele, mas temos de seguir, em frente.
— Estou pensando como farei para ir para Atlanta. — diz Ivan.
— Teremos de esperar que o general nos libere, para fazer missão, pois precisarei que você esconda a Luna quando saírmos, neste bunker, onde você levou esta família hoje não é uma má ideia, só preciso que você garanta que a protegerá e a mandará de volta ao tempo dela, caso algo me aconteça.
— Sim, senhor, eu a protegerei com a minha vida.
— Bom, agora vá descansar soldado, veremos o que o amanhã no traz.
Levi entra em seu quarto, e deita-se na cama ao lado de Luna, ela mesmo adormecida ao senti-lo na cama se abraça acomodando-se em seu peito, ele a pega em seus braços, acaricia seu cabelo delicadamente, tirando uma mecha suavemente do rosto de Luna, e sorri. Como queria que o tempo parasse ali, para tê-la para sempre em seus braços, mas sabia que, logo, teria de deixá-la ir.
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Atualizado até capítulo 25
Comments
Eugênia Ferreira
tô chorando aqui
2022-11-05
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