Capítulo XIV

Alguém bate na porta de Levi, enquanto ele estava conversando sobre o assassinato de Robert, era o sentinela, da sala de interrogatório, ele havia escutado tudo, e sabia que uma hora o general iria tentar matá-lo também e depois provavelmente iria atrás de sua família, por isto decidiu ir até Levi atrás de proteção:

— Capitão preciso entrar para falar com vocês.

— Entre soldado.

O soldado entra imediatamente, olhando antes para os dois lados para saber se não havia sido seguido:

— Senhor, preciso que me prometa que protegerá a mim e minha família, assim posso me sentir seguro para dizer tudo que sei.

— Se a informação valer a pena, o protegerei com certeza.

— Senhor preciso lhe dizer que a morte de Robert, foi criminosa.

— Diga algo que não sabemos. Soldado — diz Levi friamente, bocejando.

— Vocês já sabiam?

— Sim, nós suspeitávamos, pois eu havia revisado o aero item dele, dois dias antes. — diz Ivan.

— Mas vocês sabem, que Davi estava envolvido, e que este era sobrinho do general, que Robert foi morto por estar chantageando-o por achar uma capsula…

— Minha capsula? — diz Luna espontaneamente

— Você é a dona da capsula?

— Soldado, isto não vem ao caso, Luna vá para o quarto.

Luna se levanta e obedece, e Levi continua:

— Me diga o que aconteceu ao soldado Ale.

— O soldado Ale foi morto pelo general, e o corpo foi incinerado, como sei que provavelmente serei o próximo, vim em busca de ajuda.

— O soldado Ale foi morto?! — diz Levi se levantando furioso.

— Sim Capitão, eu mesmo ajudei a incinerá-lo, mas Robert um dia antes do acidente, me  entregou uma chave e disse para entregar ao senhor caso algo acontecesse com ele, que você  saberia do que se trata, mas não a entreguei antes, pois depois da morte dele, o general está de olho em todos que se aproximam de você, pois ele está atrás do viajante dono da capsula, ele acha que você e seu esquadrão estão com este escondido em algum lugar, e agora vejo ser verdade a desconfiança dele, mas não se preocupe, não pretendo entregá-los, pois sei que ele não é de confiança.

— Certo soldado, me entregue a chave.

O soldado lhe entrega, uma chave aparentemente normal, que continha um número gravado quase apagado pelo tempo.

Levi, ao conferir a chave, sabia do que se tratava, era a chave de seu antigo armário do colegial, ele a pega e a prende em sua plaquinha, não acreditava, seu antigo colégio era em Atlanta, mas como faria para entrar, e sair de lá sem ser visto, pois fazer isso no arranha-céu era fácil, mas os soldados de Atlanta tiveram um treinamento igual ao dele e eram bem melhores que os soldados do arranha-céu, se ele fosse pego, arriscava ser morto, e não podia deixar Luna desprotegida no arranha-céu, mas se a levasse e fosse pego arriscava perderem tudo, e como Robert conseguiu chegar até lá e esconder a capsula era um mistério, se ao menos soubesse como fez isso, sabia que Robert havia trabalhado na parte de esgoto da cidade, mas sabia também que usar a rede de esgoto para chegar até Atlanta era arriscado, devido aos ratos zumbis existentes lá, exceto se Robert, encontrou algo que espantasse os ratos zumbis:

— Capitão, você sabe do que se trata esta chave?

— Sei do que se trata, mas não sei ainda como faremos, para ir até o local da chave, pois é muito arriscado, terei de planejar com clareza, e obrigado soldado. _ diz Levi ainda pensativo.

— Então o senhor garantirá a segurança minha e de minha família aqui dentro?

— Farei o possível soldado, pois nem eu, estou seguro aqui.

— Mas senhor você prometeu?

— Sim, mas como você viu. Ale foi morto, e não consegui garantir a segurança dele aqui. Ivan, leve ele com você, e garanta que o general, não saiba de nada.

— Sim, senhor, você quer que o mate?

— Não, você sabe que não sou um monstro como o general, matando qualquer um que entre em seu caminho, pegue ele e a família, e os leve para a zona J, onde o nosso amigo Beta foi encontrado, não sei porque, mas lá não têm zumbis, os deixe em uma casa segura onde possam se esconder, garanta que tenham mantimentos para um mês, é o que podemos fazer por enquanto, pois o arranha-céu não é mais seguro para eles, teremos que derrubar o general, pois este não está a favor da humanidade.

— Obrigado senhor. — diz o soldado emocionado.

— Que desculpa daremos ao general, para o sumiço deles?

— Podemos dizer que fugiram, e que não temos conhecimento.

— Sabe que o general mandará caçá-los.

— Sim, quando ele fizer isso, obedeceremos às ordens dele, mas diremos, que os achamos todos mortos.

— Certo senhor, soldado você ouviu o capitão venha comigo.

Ivan pega o soldado com a família, e sai do arranha-céu por uma passagem que a equipe Levi havia desenvolvido, para o caso de terem de evacuar o arranha-céu, se os zumbis ou a elite entrasse para exterminar as pessoas ali dentro, e só era usado em extrema emergência, pois não podiam arriscar serem descobertos, tinha um problema, não poderiam usar o aero item assim que saíssem, pois isso poderia alertar os sentinelas, teriam de ir pelo solo, até estarem a uma distância segura.

Ao saírem, por já era quase noite, Ivan com o soldado sai primeiro para verificar se era seguro, e se deparam com dois zumbis, que estavam brigando por um corpo:

— Pobre alma. — sussurra o soldado.

— Certo teremos de contornar, esta área, vá pegar, sua esposa e seus dois meninos.

Ao retornar com sua família, a esposa dele esbarra em uma lixeira que cai e faz barulho, os zumbis vão na direção deles, o soldado se mete na frente da esposa para evitar que esta fosse mordida, só que ele acaba sendo mordido, então ele fica para enfrentar os zumbis, dizendo:

— Ivan os leve para longe, e não olhem para trás, ficarei aqui para protegê-los, querida, vá com ele.

Ivan pega os dois meninos no colo, e a esposa, dele segue a Ivan relutante chorando pela morte de seu esposo, eles saem dali rapidamente, quando, estão a uma distância segura, Ivan esconde os três em uma casa, e diz:

— Vou levar a senhora, e o pequeno primeiro, você rapazinho, já é grande, fique escondido aqui e não saia, por nada, virei te buscar, logo em seguida.

— Sim senhor.

— Querido, fique bonzinho. — diz a mãe ao menino, beijando sua cabeça.

Ivan pega a mãe com o filho mais novo, no colo e voa rapidamente para a zona J, a leva para sua antiga casa, ao chegar lá:

— Senhora, aqui é o lugar mais seguro que conheço, e têm um bunker abastecido, a senhora não deve abrir este bunker a ninguém, eu e os de minha confiança quando lhe viermos trazer algo, para comer sabemos o código, e entraremos, ninguém do arranha-céu conseguirá entrar aqui. Aqui é nosso esconderijo, caso precisarmos.

— Como vocês encontraram este local?

— Aqui era a minha casa, meu avô quando eu era pequeno, achava que seriamos atacados por uma bomba atômica, e construiu este bunker para resistir a qualquer coisa, a única pessoa da família viva sou eu, por isso de conhecer este local. — diz Ivan tristemente. — Mas vamos deixar de conversa, buscarei seu outro filho.

Ivan volta a área e encontra o menino ainda escondido onde o havia deixado:

— Amiguinho está tudo bem?

O menino tira da cinta de Ivan a pistola, e atira na cabeça de um zumbi que estava prestes a pular neles, pois Ivan concentrado em ir ver o garoto, não reparou que havia um zumbi

próximo, e na hora que falou o zumbi o escutou e foi para cima deles, se não fosse pelo tiro certeiro do menino, teria sido atacado:

— Caramba, menino, você tem uma ótima mira. — diz Ivan estupefato, passando a mão na cabeça do garoto.

O menino faz menção de lhe devolver a arma, e Ivan lhe diz:

— Não, amiguinho, agora você é o homem da casa, fique com isto para proteger sua mãe e seu irmão, e pegue isto.

Ivan retira sua cinta de equipamentos, e põe, em volta do corpo do menino, dizendo:

— Aqui você tem granada de fumaça, granada de mão, e munição para sua arma. A espada não poderei lhe dar, pois precisarei dela para voltar.

O menino, que não havia dito nada até aquele momento, responde:

— Obrigado, senhor.

— De nada amiguinho, agora vamos.

Ele pega o menino no colo, e o leva para o encontro de sua família, ao chegar digita o código

do bunker, e entra, baixando o menino de seu colo:

— Bom chegamos são e salvos, a senhora está de parabéns por ter um filho valente, graças a ele não fui atacado por um zumbi, pois baixei minha guarda por um momento.

— Obrigado, senhor, o pai dele o andou treinando, pois dizia que um dia ele poderia precisar — diz a mãe, assustada de pensar que poderia perder seu menino.

E depois ela afaga a cabeça de seu menino que a abraçava:

— Bom, tenho de voltar antes que deem por minha falta, virei aqui uma vez por semana para ver se precisam de algo.

Então sai, e fecha o bunquer, voltando assim de onde, veio para o arranha-céu, ele consegue voltar sem ser notado e se dirige ao dormitório do capitão, ao chegar lá bate na porta e o capitão o atende, Luna já estava dormindo:

— Senhor a missão foi quase um sucesso.

— Entre soldado.

Ivan entra, e Levi fecha a porta:

— Agora me relate o que aconteceu.

— Ao sairmos, demos de cara com dois zumbis, a senhora esbarrou em uns latões de lixo, que caíram e atraíram os zumbis, o soldado para proteger sua esposa se meteu na frente dos zumbis e foi mordido, então ele lutou o que, pode, para dar tempo de fugirmos.

— Ótimo soldado, é uma pena a morte dele, mas temos de seguir, em frente.

— Estou pensando como farei para ir para Atlanta. — diz Ivan.

— Teremos de esperar que o general nos libere, para fazer missão, pois precisarei que você esconda a Luna quando saírmos, neste bunker, onde você levou esta família hoje não é uma má ideia, só preciso que você garanta que a protegerá e a mandará de volta ao tempo dela, caso algo me aconteça.

— Sim, senhor, eu a protegerei com a minha vida.

— Bom, agora vá descansar soldado, veremos o que o amanhã no traz.

Levi entra em seu quarto, e deita-se na cama ao lado de Luna, ela mesmo adormecida ao senti-lo na cama se abraça acomodando-se em seu peito, ele a pega em seus braços, acaricia seu cabelo delicadamente, tirando uma mecha suavemente do rosto de Luna, e sorri. Como queria que o tempo parasse ali, para tê-la para sempre em seus braços, mas sabia que, logo, teria de deixá-la ir.

Mais populares

Comments

Eugênia Ferreira

Eugênia Ferreira

tô chorando aqui

2022-11-05

0

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!