Capitulo III

Luna acorda e se vê em uma praia, e a seu lado encontra a caixa de aço que tinha seu nome gravado:

—  Mike! Seu Cretino. — grita, se levantando e pegando a caixa — aparece não estou de brincadeira, onde estamos?

Ela vê alguém andando pela praia:

—  Ei você, onde estamos? — grita Luna.

A pessoa se vira e vêm correndo em sua direção, ao perceber que a pessoa era toda deformada parecia um morto vivo, e não lhe respondia, sai correndo, mas ao subir uma escadaria acaba tropeçando em um dos degraus e cai, e aquele ser acaba alcançando-a e pula sobre sua panturrilha a mordendo de imediato, ela grita de dor e pede para aquele ser parar, mas quando vê que ele não para, e que se não, fizesse algo ia ser comida viva, procura algo para se defender, e consegue por sorte encontrar uma arma próxima, do que sobrou do corpo de um policial, ela pega e dá dois tiros naquele ser que não sabia dizer exatamente o que era, o monstro cai morto:

—  O que era isso? — se pergunta — é melhor eu sair daqui e procurar um lugar seguro, antes que apareça outro monstro desses, e procurar algo para dar um jeito nesse ferimento. — diz olhando para o ferimento que tinha na perna.

Ela pega sua caixa de aço, se levanta e sai mancando atrás de um lugar seguro para se abrigar, até conseguir entender o que estava ocorrendo, não acreditava que havia viajado no tempo, e não recordava nada do que havia acontecido, a última lembrança é algo sobre seu amigo gritando para deixar uma marca no passado, mais nada. Então anda em torno de umas três horas, sem rumo tentando reconhecer o local onde estava, a paisagem era apocalíptica com carros abandonados, batidos, virados por todos os lados, e plantas muitas plantas por todo o canto, e prédios que parecia que tinham anos que não viam uma limpeza, fora uma vitrine quebrada aqui e ali, sem sinal de uma alma viva na rua, já estava ficando cansada, quando de repente vê outro grupo daqueles seres que nem sabia o que eram, ao longe, pareciam cadáveres ambulantes, e vê um homem voando com uma mochila voadora, pelo menos é o que parecia, no segundo que passa por ela na direção daqueles seres estranhos, parece que a havia olhado nos olhos, como se a conhecesse, aquele homem vai em direção ao grupo das criaturas e as mata com um único golpe certeiro nas cabeças, enquanto os corpos das criaturas caiam inertes no chão. Ela escuta alguém gritando:

—  Cuidado, garota, atrás de você…

Tarde demais, não teve nem tempo de se virar e sente algo, pulando em suas costas e a derrubando no chão, e uma mordida bem em seu ombro esquerdo, mas logo em seguida sente algo quente escorrendo de suas costas, então percebe que a criatura havia sido morta, ao se virar para tirar o corpo da criatura de cima dela, vê um jovem com uma espada, nas mãos apontando em sua direção, e ele lhe diz:

—  Desculpe senhorita, mas terei de matá-la, você foi mordida. — então o jovem levanta a espada, para decapitá-la.

Quando Luna fecha os olhos e pensa estar tudo perdido, que morreria sem saber onde foi parar, alguém segura o braço do jovem e diz em uma voz grave:

—  Espere, soldado.

—   Mas Capitão Levi… — responde o jovem.

Era o homem que passara por ela e a olhara nos olhos:

—  Veja esta garota, tem outra mordida no tornozelo e o sangue já está seco.

—  O que você quer dizer com isso capitão?

—  Que talvez tenhamos encontrado uma pessoa imune aos zumbis.

—  Ele tem razão, pela coagulação já faz em torno de duas a três horas que ela foi mordida— diz uma garota ruiva, com um olhar curioso, usando um par de óculos, esta garota tira uma lanterna do bolso e se aproxima de Luna para ver a pupila dos olhos— pelo que tudo indica ela não irá se transformar, pois pelo tempo da mordida, já era para apresentar algum sinal de transformação.

Luna estava cada vez mais confusa e se perguntava:

“ Quem eram aquelas pessoas? Onde estava? E que história era aquela? Zumbis só havia visto em livros, filmes, séries… Nunca imaginou existirem de verdade.”

Quando é tirada de seus pensamentos:

— Venha, levante-se. — diz Capitão Levi sério, estendendo-lhe a mão.

Ela olha confusa para aquele homem, mas pega a mão de Levi, e este a ajuda a levantar-se, enquanto lhe pergunta:

—  Qual seu nome?

—  Luna. — diz ela confusa.

—  Bom meu nome é Levi, sou o capitão deste esquadrão, e este dois são meus companheiros de esquadrão Judy e Ale, é um prazer conhecê-la. — Diz Capitão Levi friamente.

—  Capitão, o que faremos com ela? — pergunta Judy.

—  Nenhum dos dois dirá nada do que vimos aqui, nem colocaremos nos relatórios, isto é uma ordem. — diz Capitão Levi friamente, mas em tom firme.

—  Sim, capitão — respondem os dois em coro.

—  Judy, ao chegarmos no arranha-céu, você esperará umas duas horas e virá até meu apartamento e colherá algumas amostras de sangue dela para que, possa analisar, e tente descobrir, o porquê de ter sido mordida e não ter se transformado, e se realmente é imune, como podemos usar disso para criar uma vacina, para nos imunizarmos, e se é possível criar uma cura. Ale você se encarregará da segurança dela no arranha-céu.

—  Sim, senhor, mas senhor, por que não podemos passar isto a nossos superiores? — diz Ale.

—  Porque se descobrirem que é imune, tem pessoas que podem querer drená-la até a morte, e não quero que matem a única esperança que talvez a humanidade tenha. — diz Capitão Levi, friamente.

—  Mas senhor o que faço caso se transforme em zumbi? — diz Ale preocupado.

—  Você a mata de forma que não sinta dor, mas não se preocupe, cuidará dela somente quando chegarmos, pois me encarregarei dela pessoalmente, agora chamem o resto do esquadrão e me encontrem no local de sempre em 10 minutos.

—  Sim, senhor. — dizem os dois e depois saem voando com seus aero itens.

—  Senhorita Luna, venha comigo. — diz ele olhando-a friamente a pegando pelo pulso, dá as costas e sai andando.

Luna o segue, eles caminham até chegar em uma farmácia, eles vão para o beco que existia na lateral da farmácia:

—  Fique aqui, não se mova e nem faça barulho, pois os zumbis são sensíveis ao mínimo barulho, e aqui é uma área infestada deles e não queremos ficar cercados, se não fizer barulho estará segura. — sussurra ele.

Luna fica imóvel, ainda estava confusa com tudo aquilo, mas pensou:

“ Enquanto não sei, o que está ocorrendo, é melhor obedecer.”

Capitão Levi volta alguns minutos depois, coberto de sangue, Luna faz menção de gritar, mas ele cobre a boca dela imediatamente com uma das mãos, e lhe sussurra, friamente:

—  Shhhhh... o que disse? Silêncio, este sangue não é meu, vamos a um lugar seguro, se segure em mim.

Ela se segura ao corpo forte de Levi firmemente, Capitão Levi a segura pela cintura e eles voam com seu aero item, para o telhado da farmácia. Ao estarem em segurança:

—  Aqui trouxe algumas coisas, para lhe fazer curativos, mas antes teremos de descaracteriza essas mordidas, para não percebam no arranha-céu— diz Levi, tirando uma faca de seu cinto.

—  Me dê esta faca, eu mesmo farei os cortes. — diz Luna, corajosamente.

—  Você não conseguirá, não que, não seja capaz, a admiro, por sua coragem de querer se cortar, mas neste caso será difícil, pois uma da mordida, é próximo a um local que se não tomar cuidado pode lhe causar a morte. Os cortes têm de ser feitos de forma, precisa.

—  Você já fez isso antes?

—  Acredite ou não já, mas isso não vem ao caso.

—  Está bem, confiarei em você.

Ele pega um caixote que encontrou:

—  Sente-se aqui, para que eu possa descaracterizar as mordidas. — diz Levi friamente.

Luna se senta, e Levi pega a faca, para começar, este se ajoelha de frente de Luna, pega a perna dela para fazer, os cortes, Luna repara que a mão de Levi estava gelada, e sente o primeiro corte:

—  Ssssssss. — geme Luna.

—  Sei que dói, mas preciso que você não grite, sei que pode, se não fosse necessário esconder isto de meus superiores, juro que nem pensaria em lhe machucar. — diz Levi em um tom cálido, tentando consolar a Luna.

—  Continua, então, eu prometo que aguentarei…

Levi continua fazendo precisamente os cortes, para descaracterizar a mordida, de um jeito que não necessitasse machucar muito aquela garota, ao terminar a perna ele lava com soro fisiológico e enfaixa, depois vai até as costas dela e verifica o ombro:

—  Aqui doerá um pouco, pois envolve dois ossos, a clavícula e a omoplata, mas prometo que serei cuidadoso.

—  Tem certeza que você consegue, pois vi que está com a mão fria, e tremendo. — pergunta Luna receosa.

—  Consigo, não precisa se preocupar. — diz Friamente Levi.

Levi faz os cortes precisamente novamente, e descaracteriza as mordidas com sucesso, novamente lava os ferimentos com soro, e faz um curativo agora com gaze e esparadrapo, ambos os cortes davam a impressão dela ter sido tirada de alguma ferragem, ou desmoronamento, Levi guarda sua faca calmamente:

—  Pronto, você foi muito corajosa. — diz Levi, ainda frio.

—  Agora para onde vamos? — diz Luna se levantando.

—  Espere. — diz Levi calmamente.

Ele tira calmamente seu aero item, colocando-o no chão, depois seu sobretudo:

—  Pegue, coloque isto, não quero meu esquadrão distraído com a suas vestimentas. — diz Capitão Levi friamente, com sua voz grave, mas corando, após olhá-la, ele desvia o olhar.

Luna havia se esquecido com toda aquela confusão que estava apenas usando um maio:

—  Ah! Obrigado Capitão. — diz Luna, sem graça, e veste o sobretudo que ele havia lhe entregue, enquanto este recolocava de volta, seu aero item.

Ele a pega no colo, e eles vão voando até o local de encontro do esquadrão, ao chegarem, ele a desce de seu colo:

—  Esquadrão Levi estão todos aqui?

—  Sim, senhor

—  Esquadrão Lambert estão todos aqui.

—  Sim, senhor

—  Formação Alfa, para retornarmos

—  Senhor, permissão para falar — diz Ivan levantando a mão.

—  Permissão concedida, fale Ivan. — diz friamente Capitão Levi.

— Senhor, a formação Alfa, seria usada se o senhor fosse ferido, mas como não é o caso, não seria bom usarmos, pois se o senhor for ao meio, estaremos em desvantagem, pois o senhor é o mais ágil entre nós.

—  Tudo bem, Ivan, o que sugere? Pois preciso levar esta sobrevivente sã e salvo para o arranha-céu, e ela está ferida.

—  Bom senhor, poderíamos usar a formação Alfa, mas deveríamos colocar outra pessoa em seu lugar carregando-a, pois é melhor que fique na linha de frente, pois o senhor pode atacar, e defender simultaneamente, e evitar que qualquer inimigo chegue ao meio onde está a nossa amiga sobrevivente.

—  Você tem razão, Ivan, você vai ao meio carregando a senhorita, e eu irei, na linha de frente, proteja-a com sua vida. — diz Capitão Levi sério, mas sem demonstrar emoção alguma.

—  Sim, senhor. — diz Ivan.

—  Vamos partir, esquadrão Levi. — diz o Capitão

Levi parte com a primeira parte de seu esquadrão, que sempre ia, na linha de frente para fazer o ataque, e logo depois Ivan:

—  Com licença senhorita. — diz Ivan pegando Luna no colo.

E parte com a segunda parte do esquadrão com seis soldados de cada lado, e logo em seguida o esquadrão Lamberd que faria a parte de defensiva e que protegeria a retaguarda, pois os zumbis podiam vir de qualquer lado, podiam pular de alguma, janela, ou de outro lugar que não esperavam, Levi ia à frente exterminando todos os zumbis que apareciam. Ao chegarem no arranha-céu:

—  Passe seu relatório Capitão Levi. — diz o General, um senhor por volta de seus 78 anos.

—  Não tivemos perdas, trouxemos medicamentos e mantimentos, e mais alguns itens que Ivan irá conferir e entregará a lista, em seguida, levando-os para o estoque. E encontramos uma sobrevivente, no meio de umas ferragens na zona K.

—  Ela tem alguma marca de mordida?

—  Não, senhor, conferi pessoalmente.

—  Traga a sobrevivente aqui.

Ivan a desce de seu colo e Luna se apresenta:

—  Olá, meu nome é...

—  Calada, você só pode se dirigir a mim, quando falar com você.

—  Perdoe-a senhor, não conhece as regras daqui ainda. — diz Capitão Levi, friamente.

—  Acho bom ensiná-la, e afinal de contas o que ela está fazendo com seu sobretudo, Capitão.

—  Ela não estava com roupas apropriadas, fiquei receoso de o esquadrão se distrair em vôo.

—  Certo, e quem se encarregará dela? Já encarregou alguém disso

—  Eu, cuidarei dela pessoalmente, senhor.

—  Você?!

—  Sim, senhor.

—  Capitão Levi, por um acaso está interessado nesta sobrevivente?

—  Lógico que não, senhor, é apenas uma sobrevivente, nada mais. — diz Levi friamente.

—  Você nunca se ofereceu para cuidar de nenhum sobrevivente, você só cuida se é ordenado, e geralmente com muita relutância, pois você diz que só acha os sobreviventes, mas não se envolve…

—  Só um momento, senhor — diz Levi cortando a conversa, e se vira para seus homens. — Soldados dispensados. Ale você leva a senhorita, até a enfermaria e fique lá, me espere antes de deixá-la.

—  Sim, senhor.

Então os soldados, e Ale juntamente, com Luna entram para o arranha-céu:

—  O que é isso, Capitão Levi? Você está realmente interessado nesta sobrevivente? Logo você que é tão frio e calculista, sempre dizendo que jamais se envolveria com ninguém para não se distrair.

—  Não, senhor, só que ela me faz lembrar alguém importante para mim.

—  Quem seria essa pessoa?

—  Senhor, prefiro não falar sobre isto, só lhe peço permissão para cuidar dela, pois que vejo que todos sempre se ocupam de cuidar dos sobreviventes e treiná-los, decidi que tenho de começar a fazer o mesmo, quando vi esta garota, afinal de contas tenho de ser um exemplo.

—  Entendo, autorização concedida, mas lembre-se, ela agora é sua responsabilidade, terá de treiná-la para ser um soldado, ou achar algo útil para que essa garota faça aqui, não quero pessoas inúteis, e se for mordida, e se transformar em zumbi, será sua responsabilidade matá-la, terá sangue-frio para fazer isto?

—  Sim, senhor, e obrigado senhor.

—  Ela te faz lembrar a moça daquela foto, que você perdeu em batalha, não é?

—  Sim.

—  Você nunca me disse nada sobre a senhorita daquela foto, e nem de como essa moça morreu.

—  Nem eu, sei ao certo como morreu, só sei que quando voltei de uma missão recebi a notícia da morte dela, infelizmente não estava por perto para evitar.

—  Está bem soldado, dispensado, mas não se esqueça que esta não é a moça da foto.

—  Sei, senhor. — diz Levi dando as costas e entrando para o arranha-céu.

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Comments

Mari_king67

Mari_king67

não dá para ler esse "capitão Levi" sem pensar do anime ataque dos titans haha

2024-01-09

1

mel souza

mel souza

não sei se é pq eu sou apressada mais já tô sem paciência, com esse senhor, senhor, senhor cruzes

2023-10-05

1

Joao Victor

Joao Victor

até agora a história tá muito boa e envolvente espero que ninguém importante morra 🙂

2022-12-17

1

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