Capítulo 9

Alicia aperta o espartilho ao máximo e estou quase sem fôlego.

– Isso que dá ficar fazendo vossas vontades agora irá tomar cuidado e não comeres demais. Passará mal se o fizeres Srta. Melissa.

– Deixe um pouco mais solto Alicia, quase não consigo respirar. – digo.

– A senhora me pediu para deixá-la com silhueta perfeita. Bem, vou soltar somente um pouco.

Sinto o ar circular por meus pulmões.

Ela me faz sentar em frente ao espelho e arruma meu cabelo. Me passa um pouco de pó no meu rosto e aplica batom levemente rosado, uma espécie de máscara para cílios que não conheço e sombra, nas maçãs do rosto um pó rosado e quando me olho no espelho estou com os traços levemente marcados.

Nada extravagante ou vulgar. Ela me ajuda a colocar o vestido rosa claro de mangas na altura do cotovelo, com decote quadrado e babados delicados de renda por todo ele.

A saia de baixo é num tom claro de rosa, quase branco, por cima uma rendada no mesmo tom da parte do busto que se fecha nas costas e cai numa calda. Meu reflexo no espelho me mostra o quanto estou bonita, mas apenas para uma pessoa.

Pego a pequena bolsa que Alicia me entrega e desço para a sala de estar onde tio Joseph está aguardando. Assim que entro o vejo engasgar com sua bebida.

– Estás linda, Melissa. Tenho preocupações de quantos pretendentes irão solicitar a primeira dança. – ele fala.

– A primeira dança será minha, meu pai. – ouço sua voz as minhas costas e quando me viro encontro admiração em seu olhar – Pode reservá-la desde já.

Seu olhar me engole e me sinto feliz. Ele está belíssimo com calças pretas, sapato engraxado com esmero, camisa branca com gravata borboleta, colete e casaco preto, cartola sobre seus cabelos penteados com cuidado.

Ele está lindo e seu sorriso de canto de boca me deixa mole. Tia Yone aparece neste momento num vestido vinho elegante, se aproxima e olha para todos e dá um pequeno grito.

– Joseph! Estava esquecendo-me das jóias. Vá buscá-las no cofre. – ela faz um gesto com sua luva rendada.

Recordo das minhas e olho para minha tia:

– Tia, preciso ir ao meu quarto, me esqueci das luvas. – falo e sou cortada pelo Benjamim.

– Vou buscá-las para ti. – ele fala e já se retira.

Ouço vozes no corredor e Alicia aparecer com minhas luvas e um rapaz entrega um bastão para Benjamim, logo atrás tio Joseph vem com alguns estojos e os coloca sobre uma mesa e tia Yone corre para abrir o primeiro e sorri com a escolha.

– Me ajude Joseph querido, e você Benjamim escolha um conjunto para Melissa.

Ele caminha até a mesa e depois de abri dois estojos opta por um que abriga dentro um colar com pingente de borboleta em diamantes, brincos com pequenas borboletas.

Ele estende o estojo e fala baixinho.

– Faço uma troca apenas hoje, fico com seu colar e você coloca esses apenas para realçar sua beleza.

Dou um sorriso e tiro a longa corrente que uso e tem um pequeno diamante como pingente, um coração minúsculo que fica sempre guardado entre meus seios, próximo ao meu coração. Ele a coloca em seu pescoço.

Me ajuda a colocar o colar. Pego os brincos de sua mão e coloco-os nas orelhas. Ele pega um espelho de mão e vejo meu reflexo nele. Ficou realmente lindo.

– Bem agora estamos prontos para irmos, senão chegaremos atrasados. Vamos Joseph. – fala tia Yone.

Benjamim oferece seu braço e apoio minha mão levemente sobre ele.

Caminhamos para a entrada da casa e vamos para uma das carruagens já nos acomodando.

Benjamim bate com seu bastão no teto e seguimos pelas ruas. Ficamos o tempo todo nos olhando.

Sinto meu coração explodindo no peito e quando penso que não posso agüentar muito mais sem pedir para beijar seus lábios, vejo a mansão se aproximando.

Uma pequena fila se forma para que os convidados desçam. Um rapaz pede nossos nomes e anuncia em voz alta:

– Senhor Benjamim Marshall e Srta. Melissa Contré.

Subo as escadas e cumprimento os anfitriões e sua filha que estão na entrada. Seguimos para o grande salão de festas que está iluminado por lustres enormes, flores que perfumam todo o ambiente e música que harmoniza o ambiente.

Pego uma caderneta da bandeja que um empregado me estende e Benjamim entrega seu bastão e cartola. Assim que estou com ela nas mãos Benjamim escreve seu nome na primeira linha e me devolve, sinto um perfume adocicado chegar ao meu nariz e sem acreditar agarro seu braço por instinto.

– O que aconteceu Melissa? O que foi? – ouço, mas não consigo responder.

Não acredito no que vejo e fico estática. Natasha? Não pode ser! Será que ela passou pelo espelho como eu?

O espelho está no meu quarto e ela não tem acesso a minha casa.

Sinto como se estivesse sufocando. Terror gela minhas veias e sem perceber busco por uma saída.

Preciso sair imediatamente antes que ela me veja e venha me humilhar na frente do Benjamim. Benjamim! Ela vai fazer piada por eu estar com ele aqui nesse tempo.

– Melissa está tudo bem? Você está pálida. Por favor, me diga o que está acontecendo.

– Não foi nada apenas pensei ter visto alguém que conheço, mas é impossível ela estar aqui. Ela não pode...

– Benjamim! – sua voz chega até meus ouvidos e sinto o medo subir por minha coluna – Querido guarde sua primeira dança para mim, está ouvindo?

Ela se aproxima, não repara na minha presença ou faz de conta que não estou aqui.

– Desculpe Shirley, mas minha primeira dança já está reservada para minha prima Melissa. – ele fala me olhando com carinhoso.

Ele pega minha mão e acaricia meus dedos que estão fechados em punho e rígidos de medo. Sinto meu corpo relaxar lentamente.

– Quem é Melissa? – ela pergunta.

– Melissa Contré esta é Shirley Kelly. Shirley está é Melissa, minha prima.

Ela me olha atentamente e me dá um sorriso morno, tenho certeza que não gostou de mim.

– Prazer em conhecê-la. Bem, Benjamim aqui está meu cartão assinale a dança que poderá me acompanhar. Seria de mau tom recusar a fazê-lo.

Sua voz está ácida e sinto vontade de protegê-lo desta víbora, mas ele sorri e pega seu cartão, coloca seu nome aleatoriamente em alguma hora entre o meio e final da festa.

– Venha Melissa vou apresentá-la a alguns amigos. – ele fala entregando a uma Shirley boquiaberta seu cartão e dando-lhe as costas, caminhando para o lado oposto do salão.

Vejo Tia Yone e Tio Joseph do outro lado do salão com os mais velhos. Conversando e bebendo.

– Benjamim será que podemos beber algo? Estou com sede.

– Vou apresentá-la e depois podemos nos servir de algo na mesa de bebidas. – ele apóia sua mão nas minhas costas e apesar das camadas de tecido sobre minha pele sinto o calor de sua palma.

Chegamos a uma roda de pessoas e me apresenta a todos. Fico perdida com os nomes, mas faço minha parte e me inclino ligeiramente.

– Marcus se for possível, seja gentil e faça companhia para minha prima enquanto busco uma bebida? – Benjamim fala

Seu amigo Marcus prontamente deixa a discussão sobre cavalos e fica ao meu lado.

Vejo Benjamim se afastar e cumprimentar várias pessoas pelo caminho. Volto minha atenção para Marcus que está perguntando de onde sou e porque nunca havia me visto antes.

– Moro no campo com meus pais e vim para a temporada em Londres. – dou um sorriso para dar veracidade as minhas palavras.

– Sabias que tens o sorriso mais encantador que já vi? – Marcus fala – Me daria a honra de reservar uma dança?

– Certamente.

Pego meu cartão e anoto seu nome e quando vou guardá-lo outros rapazes se aproximam e solicitam danças.

Anoto todos e estou no último quando Benjamim aparece com um copo de ponche que bebo delicadamente.

– Obrigado Benjamim, estava realmente com sede. – seus olhos observam meus lábios tocarem a borda do copo, não me contenho e passo a língua por meus lábios. Ele suspira baixo.

– Já está com seu cartão preenchido? – ele pergunta com voz ligeiramente rouca.

– Não, somente alguns dos seus amigos foram simpáticos e solicitaram uma dança. – respondo.

– Posso ver? – ele fala e quando estendo o cartão há desagrado em suas feições – Bem, as duas primeiras danças são minhas, vou marcar outras, pois pelo que estou vendo logo estará com seu cartão lotado.

Parece que ele profetiza algo e quando me dou conta tenho que recusar há alguns rapazes. Meu cartão está lotado.

O Marques de Bute anuncia o início do baile. O salão perde um pouco da sua luminosidade e os grupos se afastam para os cantos, deixando espaço para que os primeiros casais possam dançar.

Estou distraída quando a mão do Benjamim tira delicadamente meu copo de minhas mãos e me leva até uma das rodas.

– Bem, a primeira dança é minha e não quero perder nem um minuto. – sua mão toma a minha e ele me puxa para o centro do salão.

Vejo o local todo enfeitado com luzes nos lugares certos, mulheres em seus vestidos maravilhosos. Me sinto feliz por estar aqui.

Alguns olhares nos acompanham e sinto a frieza que transmitem. Percebo pela primeira vez o que é ser alvo da inveja das pessoas. Me sinto linda em seus braços e quando meus olhos se prendem nos seus nada mais importa só a paixão que vejo ali.

Seus pais devem estar desaprovando, mas como resistir? Já o amo no futuro e não consigo evitar amá-lo aqui no passado.

Tudo se torna mágico e lindo, quando a música termina, ele me solta calmamente e faz um reverencia.

– A segunda ainda me pertence. – ele fala e seus olhos estão quentes e desejosos – Venha vamos até o terraço.

Ele me leva pela multidão que se aperta em volta da grande pista e logo estamos do lado de fora sendo recebidos por uma brisa gélida que chega das árvores que vejo ao redor.

Os jardins estão iluminados e ele me leva por uma escada até o gramado, caminhamos por alguns minutos.

– Melissa... – ouvir meu nome em seus lábios me leva a fechar meus olhos e sorrir – preciso te falar uma coisa de suma importância. Olhe para mim?

Abro meus olhos e encontro os seus que me observam.

– Melissa, Abigail está aqui hoje. – sinto um aperto no peito e tento me afastar, mas ele segura meus braços e leva minhas mãos ao seu peito – Espere. Não faça isso, por favor. Já falei que estou apaixonado por você, mas minhas obrigações vêem em primeiro lugar.

Solto um longo suspiro.

– Reservei uma dança com ela e vou ficar longe de você por algum tempo. Não vou abandoná-la. Vamos dançar novamente logo, você verá. – ele me olha profundamente – Apenas me prometa que não deixará ninguém cortejá-la. Estou me segurando para não beijá-la neste exato momento.

– Não precisa. Beije-me. Desejo seu beijo há muito tempo. – digo e vejo seu olhar escurecer – Por favor, Benjamim, me marque como sua.

Ele leva sua mão até minha nuca e a acaricia. Solto um pequeno suspiro e vejo sua boca se dirigir a minha. Estamos a milímetros de nos beijar quando escuto uma voz chamar seu nome. Abigail.

Meus olhos imploram para que não me deixe, mas ele o faz mesmo assim. Vejo dor em seu semblante, mas logo a substitui por um sorriso.

Ele me vira as costas e vai de encontro à voz que o chama e me abandona ali. Apoio minha mão no tronco e fico por algum tempo tentando acalmar meu coração.

Sigo a passos lentos pelo jardim até retornar ao salão e vejo Marcus me procurando. Disfarço minha tristeza e quando ele me alcança, vamos para a pista.

Marcus me faz rir com seu jeito de menino e estou rindo de seus pequenos comentários sobre diversas damas que estão pelo salão.

– Srta. Shirley esquece que higiene bucal é necessária, sempre traga um leque. Ele é muito útil.

Suas brincadeiras me fazem esquecer o que aconteceu e passo a dançar com todos os rapazes que estão com seus nomes no meu cartão.

Estou um pouco cansada e peço um ponche. Estou apreciando seu sabor quando seu perfume me rodeia. Olho para trás e encontro-o me observando.

– A próxima música é minha Melissa. Estou certo? – ele fala.

Não preciso olhar para saber que é verdade. Seus braços se posicionam e vejo que ele aproxima um pouco demais seu corpo do meu.

Assim que acaba a dança faço um reverência e o abandono no meio da pista, vou até meu próximo par e danço sem olhar em sua direção uma única vez. Estou rindo de algo que meu par está falando quando me deparo com seu olhar furioso.

Continuo sorrindo e desvio o olhar, assim que acaba a música caminho para o terraço e me apoio na balaustrada, observo os casais que caminham pelo jardim.

– Porque estás fazendo isso comigo? – sua voz chega sussurrada no meu ouvido – Eu não posso fugir dessa obrigação. Pensei que entenderias.

– Eu entendo, mas não aceito. – falo e me viro para encará-lo – Apenas não suporto a idéia de te ver flertando com ela. Só isso.

– Eu queria que fosse você nos meus braços. Quero seus lábios nos meus, sua pele na minha, mas não posso. Prometi a meu pai que faria o certo. Só não contava com o fato de me apaixonar por você.

Ao ouvir suas palavras sinto o peso da responsabilidade que ele tem. Percebo que aqui tudo é diferente. Sua expressão de tristeza mostra a toma a fatalidade que esses arranjos trazem, sem pensar sua mão e o puxo em direção as escadas.

Sigo por um caminho de cascalhos que acabam dando numa estufa, suas portas estão abertas como que convidando a quem passa a entrar.

Sigo até o fundo e o local está vazio. Ficamos de frente e neste momento tomo uma decisão que poder ser fatal.

Afasto a sensação de perigo e me deixo olhar em seu rosto.

– Preciso te falar uma coisa muito importante, mas não me pergunte nada. Não nesse momento. – ele me observa – Eu te amo Benjamim.  A mais tempo do que imagina. Amo tudo em você. Te amo completa e perdidamente.

Engulo em seco e coloco min há mãe na lapela de seu casaco e as subo tocando seu cabelo que é um pouco grande, mas sexy.

– Não me afaste de você dizendo não. – me aproximo ainda mais e suas mãos agarram minha cintura.

– Não quero fugir de você Melissa. Quero você bem aqui onde estás.

– Então me beije. Esqueça de tudo por agora. – falo.

Ele me puxa e cola nossos corpos, suas mãos sobem por minhas costas. Enterro meus dedos em seus cabelos e meus lábios são engolidos pelos seus. Sinto meu corpo formigar em lugares que nunca imaginei que fosse possível.

Meu coração bate freneticamente no peito e vejo pontos de luz através dos meus olhos fechados. Quando ele se afasta para recuperar o fôlego, acaricia meu rosto e seus lábios espalham pequenos beijos por meu rosto e pescoço.

– Você é tão linda. Porque não aparecestes antes em minha vida? Por quê? – ele fala e segura meu rosto entre suas mãos – Melissa você é a mulher que sempre quis.

Ele volta a me beijar e perco a noção do tempo em seus braços. Só voltamos à realidade quando a voz de Abigail conversando com alguém que não consigo identificar chega ao nosso esconderijo.

Ele solta um suspiro de frustração e ficamos em silêncio aguardando.

– Eu tenho quase certeza que ele veio para estes lados, Nany. – Abigail fala.

– A senhorita tem que parar de correr atrás deste rapaz, tem tantos outros no salão desejando vossa companhia.

– Nany, eu quero Benjamim e terei Benjamim. Se ele não me fizer uma mulher feliz faço como mamãe e arrumo um amante. – vejo seu olhar se tornar nebuloso.

Pego seu rosto em minhas mãos e faço não com um aceno. Ele me puxa para mais fundo na estufa e as vozes se distanciam.

– Você não deve ser deste mundo Melissa. – ele fala e dou um sorriso – Você tem o poder de acalmar meu coração e minha alma.

Voltamos ao salão tomando cuidado para que não percebam nossa ausência. Quando as danças se encerram no meu cartão sinto meus pés doloridos e vou até onde meus tios estão e aviso que voltarei para a casa. Eles me pedem para avisar Benjamim.

Caminho pelo salão procurando por ele e vou encontrá-lo na companhia de Abigail. Essa pendurada em seu braço se desdobrando em atenção. Sinto meu sangue ferver e percebo que estou com ciúmes.

Olho para o lado e vejo Marcus e pego em seu braço o arrastando comigo até onde eles estão. Ao se deparar conosco se desvencilha de Abigail e fica me olhando com cara de poucos amigos.

– Benjamim, pedi aos seus pais para me retirar. Estou apenas te avisando. – olho na direção de Marcus – Poderia me acompanhar até meu transporte?

Dou as costas aos dois e sigo em direção as escadas. Marcus me ajuda a subir na carruagem, mas antes que a carruagem comece o retorno sinto alguém puxar a porta e me vejo cara a cara com Benjamim.

A viagem é feita no mais absoluto silêncio e encontramos a casa silenciosa. Assim que passo pela porta ele me pega pelo braço e me leva para a biblioteca. Entro e me solto do seu aperto colocando distância entre nós.

– Me explique o que foi aquela cena com o Marcus, Melissa! – ele fala com a mandíbula travada.

– Não preciso lhe dar satisfação Benjamim. – respondo cruzando meus braços a frente do meu corpo – Ele apenas foi gentil e retribui sua gentileza.

– Ele me falou que pediu ao meu pai para visitá-la e ele concordou. Sabe o que isso significa não? – fala dando um passo na minha direção – Você terá que recebê-lo e aceitar seus mimos e presentes. Se meu pai aprovar você se casará com ele. Não irei suportar a idéia de perdê-la assim.

– E eu? Não terei que suportar o fato de que está a ponto de se comprometer com Abigail? – falo e seus olhos me olham com profundo desespero.

Caminho pela sala e meus olhos recaem sobre o espelho, este está tremulando levemente. Olho em sua direção e vejo seu ar de derrota, não consigo evitar e vou até ele.

– Benjamim o que será de nós? Eu não posso me indispor com seu pai e você já aceitou um acordo para conhecer a Abigail. O que faremos? Como vou suportar a dor e o ciúme? Não quero que ela te toque.

– E eu? Não suporto imaginar Marcus beijando-a. Vou matá-lo se tocar num fio do seu cabelo. – ele fala.

Uma batida na porta nos faz perceber que alguém pode ter nos ouvido.

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Comments

Lena Macêdo E Silva

Lena Macêdo E Silva

o amor não é egoísta nem fere a quem se ama nem aprisiona em grilhões mas sim o deixa ir , pois se alegra com a felicidade e liberdade do ser amado...

2023-08-20

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