Capítulo 9 - Esperança

Eu estava encolhida no sofá, abraçando minhas próprias pernas, o rosto enterrado entre os joelhos. O peso da incerteza se abatia sobre mim, tornando o ar ao meu redor denso, sufocante. Não sabia o que fazer. Minha única opção era permanecer ali, esperando—como se, por um milagre, tudo pudesse simplesmente se ajustar por conta própria.

    — Aqui... tome isso, vai se sentir melhor.

    A voz de Dante me tirou do torpor. Ergui os olhos lentamente e o vi ali, parado à minha frente, estendendo-me uma xícara de chá. O vapor subia em espirais preguiçosas, carregando um aroma adocicado que preencheu meus pulmões. Inspirei fundo, permitindo que aquele perfume suave trouxesse um mínimo de conforto à inquietação dentro de mim. Com cuidado, aceitei a xícara de suas mãos e a envolvi entre os dedos, sentindo o calor contra a pele fria.

    Dante se sentou na poltrona à minha frente, os olhos fixos em mim, carregados de algo que não consegui decifrar de imediato.

    — Sinto muito pelo seu pai... — disse ele, a voz carregada de sinceridade.

    Apertei os lábios, uma dor surda pressionando meu peito.

    — Não era para ser assim... Meu pai sempre foi tão forte... É estranho pensar que ele tenha adoecido desse jeito.

    — Talvez tenha sido por causa de Orinthar... — Dante ponderou. — Ele pode ter tido contato com o veneno... De repente...

    Meus dedos se contraíram ao redor da xícara.

    — Eu deveria estar lá — sussurrei. — Presente na despedida do meu pai... e na coroação do meu irmão.

    Dante apenas me observou, sua expressão tomada por uma preocupação silenciosa.

    — Me preocupo com Malrik... — confessei após um momento. — Acho que ele é o rei mais jovem que Aurelith já teve. Sei que ele é capaz... mas também sei o quão cruéis os Elunaris podem ser quando se trata de certos assuntos.

    Dante inclinou ligeiramente a cabeça.

    — Então está preocupada com seu irmão? Achei que estivesse triste por não poder voltar para casa.

    Baixei os olhos, mexendo o chá devagar.

    — Também estou... Mas amo meu irmão. Amo meu povo. Quero que eles fiquem bem.

    Dante se inclinou para a frente, estudando-me com atenção.

    — Mesmo que isso custe sua felicidade?

    Hesitei, sentindo meu coração apertar. Então, ergui o olhar e respondi, com firmeza:

    — Sim.

    Dante desviou os olhos. Sua expressão mudou, como se algo dentro dele tivesse desmoronado, mas ele permaneceu em silêncio. Apenas abaixou a cabeça, inquieto, como se quisesse dizer algo... e escolhesse não fazê-lo.

    — O que foi? — perguntei, estreitando os olhos.

    Ele abriu a boca para responder, mas hesitou. Seus olhos percorreram meu rosto como se buscassem algo que nem ele mesmo sabia definir. Por fim, soltou um suspiro, recostando-se na poltrona.

    — Nada... Só acho injusto — murmurou.

    — O quê?

    — Que você tenha que carregar tanto peso sozinha.

    Fiquei em silêncio, apertando a xícara entre os dedos. Não era a primeira vez que alguém dizia algo assim, mas, vindo de Dante, aquelas palavras carregavam um peso diferente. Algo dentro de mim se contraiu, uma sensação difícil de nomear.

    — Eu sou a filha de um rei — disse, por fim, mantendo a voz controlada. — Sempre soube que meu dever viria antes dos meus desejos.

    — Mas até quando? — Ele inclinou-se para frente, os cotovelos apoiados nos joelhos. — Até quando você vai abrir mão de si mesma pelo bem dos outros?

    Olhei para ele sem saber o que responder. Sempre vi a lealdade ao meu povo e à minha família como algo inquestionável. Mas agora, diante do olhar intenso de Dante, percebi que nunca havia realmente parado para pensar nisso.

    O silêncio se prolongou entre nós, preenchido apenas pelo crepitar da lareira ao fundo. Então, Dante soltou um riso curto, sem humor.

    — Você sempre foi forte... Mas até os fortes precisam de alguém para apoiá-los.

    Ele se levantou, caminhando até a janela. A luz fraca da lua desenhava seu perfil, e havia algo melancólico em sua postura.

    — Dante... — comecei, mas ele ergueu uma mão, interrompendo-me.

    — Está tarde. Você deveria descansar.

    Quis protestar, mas, no fundo, sabia que ele estava tentando encerrar aquela conversa antes que dissesse algo que não poderia retirar depois. Então, apenas assenti, pousando a xícara sobre a mesa ao lado do sofá. Dante permaneceu ali, de costas para mim, observando a noite lá fora. Havia tantas palavras não ditas entre nós que o silêncio parecia quase ensurdecedor.

    — Boa noite, Dante.

    Ele voltou o olhar para mim. Sua expressão parecia carregada de algo indefinível, um sentimento que ele não ousava expressar em palavras. Quando finalmente respondeu, sua voz soou tão baixa que quase se perdeu no silêncio da noite.

    — Boa noite, Céu.

    Havia uma doçura contida naquela despedida, mas também uma melancolia sutil, como se ele quisesse dizer mais, mas escolhesse se calar.

    Desviei o olhar antes que aquele momento se tornasse ainda mais denso. Subi as escadas, sentindo o peso do dia sobre meus ombros. Assim que alcancei meu quarto, fechei a porta atrás de mim.

    Desamarrei o corpete com calma. Em seguida, deslizei o vestido para baixo, deixando-o cair suavemente até que estivesse livre dele. Fiquei apenas com minha roupa de dormir—um vestido curto, de tecido leve e macio, com alças finas que repousavam delicadamente sobre meus ombros. O tecido era simples, um tanto translúcido sob a luz, mas confortável para dormir. Agora que tinha meu próprio quarto, não via problema algum em usá-lo.

    Meus pés me guiaram automaticamente até a cama, e assim que meu corpo encontrou o colchão, me entreguei ao cansaço. Fiquei ali, deitada de costas, os olhos fixos no teto. A mente, no entanto, estava longe dali. Os eventos daquele dia se misturavam em minha cabeça como fragmentos desconexos — a dor pela perda de meu pai, a preocupação com Malrik, o peso da responsabilidade... e Dante.

    Suspirei, sentindo o peso da exaustão tomar conta de mim. Amanhã, talvez, as coisas ficassem mais claras. Ou talvez, apenas mais complicadas.

•       •      •

Acordei com a luz do dia filtrando-se pelas frestas da cortina, banhando meu rosto com um brilho suave. Resmunguei baixinho e me virei para o outro lado, tentando ignorar a claridade e me perder no sono por mais alguns instantes. No entanto, meu corpo já não cedia ao cansaço; eu havia dormido mais do que o suficiente.

    Alguns dias se passaram desde a última vez que falei com meu irmão. Apesar de a dor ainda pesar sobre mim, como uma sombra constante, eu me esforçava para seguir em frente. A tristeza não desaparecia, apenas se acomodava em algum canto do meu peito, silenciosa, mas sempre presente.

    Com um suspiro resignado, me sentei na cama e me espreguicei, sentindo os músculos despertarem lentamente. O ar do quarto ainda estava frio, uma lembrança silenciosa do inverno rigoroso lá fora.  Meus olhos vagaram até a janela, e ao afastar um pouco a cortina, deparei-me com o céu coberto por nuvens pesadas, tingidas de tons acinzentados. Durante a madrugada, havia nevado ainda mais—o quintal agora ostentava uma camada espessa e intocada de neve, como um manto branco e imaculado.

    Notei o silêncio absoluto que pairava pela casa. O único som audível era o do vento frio lá fora, uivando suavemente contra as janelas. Dante provavelmente ainda estava dormindo.

    Sai do quarto a passos lentos, ainda lutando contra o sono, os olhos pesados. O frio do piso de madeira fazia com que eu me arrepiava levemente enquanto passava os dedos pelos cabelos de forma preguiçosa, tentando organizar o caos de fios que caíam desordenadamente sobre minha testa. Eu estava tentando acordar de vez, então a ideia de lavar o rosto no banheiro parecia ser a única coisa razoável a fazer.

    Quando cheguei à porta do banheiro, a empurrei com força, sem pensar muito no que estava fazendo, mas para minha surpresa, ela se abriu com facilidade. O impulso me fez  perder o equilíbrio e antes que pudesse reagir, me vi caindo sobre Dante.

    Ele estava ali, ainda visivelmente molhado. Claramente, acabara de sair do banho. Meu rosto ficou a centímetros do dele, e por um momento, o tempo pareceu congelar. Ele estava somente com uma toalha amarrada na cintura. Minhas mãos, de forma instintiva, foram parar sobre o seu peito nu,  e o calor de seu corpo misturava-se com o meu embaraço crescente.

    — Bom dia, Sylwen. — Ele disse com um sorriso de canto.

     Desesperada, tentei me levantar, meus músculos tensos de vergonha, mas, ao tentar apoiar as mãos no chão, escorreguei novamente, caindo ainda mais sobre ele. Meus olhos se arregalaram, e um calor intenso subiu pela minha face. Eu estava tão embaraçada que não sabia onde colocar minhas mãos ou como me desvencilhar da situação. Eu queria desaparecer. O corpo dele estava mais perto do que qualquer outra coisa, e a sensação era desconfortavelmente... íntima.

    — Desculpa! — falei rapidamente, me afastando, ainda sentada no chão.

    Ele riu e passou a mão no rosto, como se tentasse esconder o constrangimento, mas não conseguiu segurar o sorriso. Ele se levantou com facilidade e estendeu a mão para me ajudar. Ainda sentindo meu rosto queimar de vergonha, aceitei seu gesto sem hesitar. Quando finalmente fiquei de pé, percebi que ele desviou o olhar rapidamente, levando uma das mãos ao rosto em um gesto quase instintivo. Com a outra, apontou sutilmente em minha direção, sem dizer nada.

    Meu corpo enrijeceu no mesmo instante. Olhei para onde ele apontava então percebi o motivo de sua reação. A parte da frente da minha roupa estava completamente molhada, e o tecido fino, agora úmido, tornara-se praticamente transparente. Um arrepio subiu por minha espinha ao perceber minha imprudência. Num reflexo imediato, cruzei os braços sobre o peito, tentando cobrir o máximo possível.

    O silêncio entre nós ficou insuportavelmente pesado. Meu coração batia forte, e eu sentia meu rosto arder ainda mais a cada segundo que passava. Dante, por sua vez, manteve o olhar desviado, passando a mão pela nuca, claramente tão desconfortável quanto eu.

    — E-eu... acho melhor eu... — Minha voz falhou, então, me virei e praticamente corri de volta para o meu quarto, fechando a porta atrás de mim com um estrondo.

    Encostei-me contra a madeira, respirando fundo, tentando acalmar a avalanche de vergonha que tomava conta de mim. Meus Deuses, que situação! Como pude ser tão descuidada? Pressionei as mãos contra o rosto, sentindo-me completamente idiota. Dante com certeza tinha visto.

    Fechei os olhos e respirei fundo antes de ir até o guarda-roupa, pegando a primeira roupa que encontrei. Troquei-me às pressas, ainda sentindo a vergonha corroer cada fibra do meu ser. Depois de alguns minutos, já mais vestida e um pouco menos em pânico, a realidade bateu: mais cedo ou mais tarde, eu teria que sair do quarto e encarar Dante novamente.

    Depois de um tempo indefinido — talvez minutos, talvez uma eternidade —, criei coragem e abri a porta do quarto com cautela, espiando o corredor para ter certeza de que o caminho estava livre. O aroma acolhedor de ovos mexidos e chá quente preencheu o ar, guiando meus sentidos até a cozinha.

    Desci as escadas devagar, passando a mão pelos cabelos em um gesto nervoso, tentando me recompor. Dante estava lá, ocupado com alguma coisa no fogão, seu semblante tranquilo, como se nada tivesse acontecido. Assim que alcancei a sala, me afundei no sofá, mantendo o olhar firmemente desviado dele. Meu coração ainda dava pequenas marteladas no peito, resquícios do embaraço daquela manhã.

    Pouco depois, Dante se aproximou, trazendo uma bandeja cuidadosamente montada com ovos mexidos, torradas com geleia e uma xícara de chá fumegante. Ele a colocou à minha frente com um gesto casual.

    — Obrigada. — Murmurei, tentando soar natural, mas sentindo o nervosismo transparecer na minha voz.

    Ele não respondeu de imediato, apenas se sentou em sua poltrona habitual, observando-me com aquele olhar atento e indecifrável. Fingi estar completamente focada no prato à minha frente, como se minha vida dependesse daquelas torradas. O silêncio se arrastou por alguns instantes, até que Dante quebrou a barreira invisível entre nós.

    — Tudo bem com você, Céu? — Sua voz era tranquila.

    Minhas mãos se apertaram ao redor da xícara de chá, e olhei para ele rapidamente antes de desviar o olhar de novo.

    — Estou... Por que não estaria? — Minha resposta saiu mais alta e ríspida do que eu pretendia, denunciando meu estado de espírito.

     Dante manteve o olhar fixo em mim por alguns segundos, claramente contendo a vontade de rir da minha reação exagerada.

    — Certo... — Ele disse, arrastando a palavra, como se não acreditasse nem um pouco na minha resposta, mas decidisse não insistir.

    Peguei a xícara e bebi um gole do chá quente, tentando fingir que minha explosão repentina não tinha acontecido.

    — Pelo menos não se machucou quando caiu hoje de manhã, né? — Dante comentou com um tom casual, mas havia uma evidente pitada de diversão em sua voz.

    No exato momento em que ele falou, eu estava tomando um gole do chá, e a surpresa me fez engasgar. O líquido quente desceu errado pela minha garganta, me fazendo tossir violentamente. Coloquei a xícara de volta na bandeja com um movimento apressado, tentando me recompor enquanto arfava em busca de ar.

    Dante arqueou uma sobrancelha, segurando um sorriso, claramente se contendo para não rir abertamente da minha desgraça. Quando finalmente recuperei o fôlego. Lancei-lhe um olhar fulminante, minha testa franzida em pura indignação.

    — Você, por favor, pode esquecer isso? — Minha voz saiu um pouco rouca pelo engasgo, mas carregava toda a exasperação que eu sentia.

    Ele deu um sorriso malicioso e levantou uma sobrancelha, como se estivesse se divertindo com a minha agitação.

    — Acho bem difícil. — A resposta saiu descontraída, com aquele tom que ele sempre usava quando queria provocar.

    — DANTE! — A raiva se acumulava em mim, e a palavra saiu mais alta do que eu pretendia. Eu queria sumir de vergonha.

    Ele não conseguiu segurar o riso, que explodiu em uma gargalhada baixa e divertida. A forma como ele parecia se divertir com a minha reação só fazia a situação mais embaraçosa. Ele levantou as mãos em um gesto de rendição, mas o sorriso não abandonou seus lábios.

    — Ok, ok... vou tentar, mas não prometo nada. — Ele disse, ainda rindo, claramente sem arrependimentos.

   Dante ficou em silêncio por alguns segundos. Seu olhar, antes distraído, agora se fixava em mim com uma expressão curiosa e ligeiramente confusa.

    — Tem quatro — disse ele, franzindo o cenho.

    — Quatro o quê? — perguntei, sem entender.

    — Tranças. Alguns dias atrás eram só três. — Respondeu, apontando discretamente para a minha cabeça.

    — Ah… isso… — soltei um suspiro breve, quase imperceptível. — É um costume do meu povo. Quando perdemos alguém importante, trançamos uma mecha do cabelo. E ela permanece ali… para sempre. A quarta mecha… é pelo meu pai.

    Dante assentiu devagar, como se estivesse absorvendo o peso das minhas palavras.

    — Entendi… então perdeu quatro pessoas.

    — Sim. Cada trança representa um laço. Um vínculo profundo com alguém que marcou minha vida…

    Vi em seus olhos que ele queria perguntar mais, talvez saber quem eram essas pessoas, que histórias guardavam minhas tranças. Mas ele se conteve. Apenas abaixou o olhar por um instante, respeitosamente, como se temesse tocar em feridas ainda abertas.

    O silêncio se estendeu entre nós enquanto o café terminava. Logo depois recolhi os pratos com um suspiro, tentando manter a compostura. Enquanto começava a lavá-los, Dante se apoiou na bancada e disse:

    — Sabe, Céu, eu estava pensando...

    Sem olhar para ele, me limitei a responder, mantendo as mãos ocupadas com a água e os pratos.

    — No quê?

    Dante parecia hesitar um pouco antes de falar.

    — Na sua situação...

    Suspirei, sequei as mãos no pano de prato e me virei para ele, encarando-o com um olhar curioso, esperando que ele continuasse.

    — Acho que sei um jeito de você poder voltar para casa!

    Meu coração deu um salto, e sem pensar, eu me adiantei.

    — É mesmo? E como? — Perguntei, um pouco cética, sem saber o que esperar.

    Dante deu um sorriso leve e, com um tom mais sério, falou.

    — Você encontrar a cura para Orinthar!

    Franzi a testa, não acreditando no que ele acabara de sugerir.

    — Eu? Ir atrás da cura? — Disse, incrédula.

    — Sim, pensa comigo. Se você achar uma cura e levar para Aurelith, os Elunaris não terão outra opção a não ser escutá-la.

    Minha mente começou a processar a ideia enquanto ele falava, e por um breve momento, a esperança começou a se infiltrar em meus pensamentos. Seria como dar um golpe duplo — ajudar Orinthar e, ao mesmo tempo, provar minha inocência. Mas logo a dúvida tomou o lugar da esperança.

    — Parece uma boa ideia, Dante, mas eu nem sei por onde começar. Quando fui atacada pela horda de Goblins, acabei perdendo a amostra da seiva vermelha, então não tem como eu buscar a cura.

    Dante deu um sorriso confiante e deu um leve movimento de ombros.

    — Na verdade, tem sim um jeito. — Ele disse, os olhos brilhando com a lembrança. — Meu pai era médico, e dos bons. Aprendi muita coisa com ele... sei que as árvores são diferentes, mas uma coisa eu sei: existem vários jeitos de descobrir a origem de uma doença.

    Eu o olhei, ainda um pouco insegura.

    — Acha mesmo que pode dar certo?

    Ele sorriu, um sorriso confiante, mas não arrogante.

    — Não tem por que não tentarmos. Aliás, isso vai ajudar seu irmão também!

    Pensei por um momento, e a dúvida foi lentamente substituída por uma leve animação. Uma pequena chama de esperança que eu pensava ter perdido acendeu de novo. Eu sorri, sentindo algo dentro de mim se aliviar.

    — Isso... pode dar certo!

    A agora eu tinha algo concreto para fazer. Algo além de apenas esperar passivamente. A possibilidade de agir me fez sentir mais forte, como se eu tivesse recobrado um pouco do controle da minha vida.

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Comments

Gaby G.B.R.

Gaby G.B.R.

A camisola menina, você está de camisola

2025-03-26

1

Gaby G.B.R.

Gaby G.B.R.

cala a boca Dante 🙄

2025-03-26

1

Gaby G.B.R.

Gaby G.B.R.

ha viu, viu tudo kkkk

2025-03-26

1

Ver todos
Capítulos
1 Capítulo 1 - Decadência
2 Capítulo 2 - Azul, a Cor da Confusão
3 Capítulo 3 - Raças
4 Capítulo 4 - O Estranho Gentil
5 Capítulo 5 - Medo e Esperança
6 Capítulo 6 - Sentimentos
7 Capítulo 7 - Um refúgio Inesperado
8 Capítulo 8 - Um turbilhão de Incertezas
9 Capítulo 9 - Esperança
10 Capítulo 10 - Os Jogos.
11 Capítulo 11 - Planos
12 Capítulo 12 - O Atalho
13 Capítulo 13 - Atitudes
14 Capítulo 14 - Mudanças
15 Capitulo 15 - O Confidente.
16 Capítulo 16 - O Coração de Orinthar.
17 Capítulo 17 - O Reino de Elarian
18 Capítulo 18 - Uma Nova Ajuda.
19 Capítulo 19 - Confusão e Sentimentos.
20 Capítulo 20 - Asas
21 Capítulo 21 - A Biblioteca.
22 Capítulo 22 - Irmãos
23 Capítulo 23 - Flor de Fada
24 Capítulo 24 - Problemas
25 Capítulo 25 - A Visita.
26 Capítulo 26 - Dúvidas.
27 Capítulo 27 - Inimigos
28 Capítulo 28 - Entre Asas e Muralhas.
29 Capítulo 29 - O Convite.
30 Capítulo 30 - O Baile.
31 Capítulo 31 - Expectativas
32 Capítulo 32 - O Peso da Coroa.
33 Capítulo 33 - A Ausência
34 Capítulo 34 - Uma pequena pausa
35 Capítulo 35 - Confiança
36 Capítulo 36 - Por Aurelith
37 Capítulo 37 - Suspeitas
38 Capítulo 38 - Fúria e Dor.
39 Capítulo 39 - Luto
40 Capítulo 40 - A Culpa.
41 Capítulo 41 - A Prisioneira.
42 Capítulo 42 - Consequências
43 Capítulo 43 - A Última Proposta
44 Capítulo 44 - O Preço da Arrogância
45 Capítulo 45 - Emoção e Cuidado.
46 Capítulo 46 - Recuperação e Lembranças
47 Capítulo 47 - As Primeiras Rachaduras
48 Capítulo 48- Entre algodão-doce e o Fim do Mundo
49 Capítulo 49 - Quando o Silêncio Grita
50 Capítulo 50 - Promessa na Escuridão
51 Capítulo 51 - Porque Você Ficou
52 Capítulo 52 - Entre Panquecas e Pesquisas
53 Capítulo 53 - A Arma Rúnica.
54 Capítulo 54 - Coração no Controle.
55 Capítulo 55 - Conexão
56 Capítulo 56 - Certezas.
57 Capítulo 57- Detalhes e Revelações.
58 Capítulo 58 - Momento a Dois
Capítulos

Atualizado até capítulo 58

1
Capítulo 1 - Decadência
2
Capítulo 2 - Azul, a Cor da Confusão
3
Capítulo 3 - Raças
4
Capítulo 4 - O Estranho Gentil
5
Capítulo 5 - Medo e Esperança
6
Capítulo 6 - Sentimentos
7
Capítulo 7 - Um refúgio Inesperado
8
Capítulo 8 - Um turbilhão de Incertezas
9
Capítulo 9 - Esperança
10
Capítulo 10 - Os Jogos.
11
Capítulo 11 - Planos
12
Capítulo 12 - O Atalho
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Capítulo 13 - Atitudes
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Capítulo 14 - Mudanças
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Capítulo 16 - O Coração de Orinthar.
17
Capítulo 17 - O Reino de Elarian
18
Capítulo 18 - Uma Nova Ajuda.
19
Capítulo 19 - Confusão e Sentimentos.
20
Capítulo 20 - Asas
21
Capítulo 21 - A Biblioteca.
22
Capítulo 22 - Irmãos
23
Capítulo 23 - Flor de Fada
24
Capítulo 24 - Problemas
25
Capítulo 25 - A Visita.
26
Capítulo 26 - Dúvidas.
27
Capítulo 27 - Inimigos
28
Capítulo 28 - Entre Asas e Muralhas.
29
Capítulo 29 - O Convite.
30
Capítulo 30 - O Baile.
31
Capítulo 31 - Expectativas
32
Capítulo 32 - O Peso da Coroa.
33
Capítulo 33 - A Ausência
34
Capítulo 34 - Uma pequena pausa
35
Capítulo 35 - Confiança
36
Capítulo 36 - Por Aurelith
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Capítulo 37 - Suspeitas
38
Capítulo 38 - Fúria e Dor.
39
Capítulo 39 - Luto
40
Capítulo 40 - A Culpa.
41
Capítulo 41 - A Prisioneira.
42
Capítulo 42 - Consequências
43
Capítulo 43 - A Última Proposta
44
Capítulo 44 - O Preço da Arrogância
45
Capítulo 45 - Emoção e Cuidado.
46
Capítulo 46 - Recuperação e Lembranças
47
Capítulo 47 - As Primeiras Rachaduras
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Capítulo 48- Entre algodão-doce e o Fim do Mundo
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Capítulo 49 - Quando o Silêncio Grita
50
Capítulo 50 - Promessa na Escuridão
51
Capítulo 51 - Porque Você Ficou
52
Capítulo 52 - Entre Panquecas e Pesquisas
53
Capítulo 53 - A Arma Rúnica.
54
Capítulo 54 - Coração no Controle.
55
Capítulo 55 - Conexão
56
Capítulo 56 - Certezas.
57
Capítulo 57- Detalhes e Revelações.
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Capítulo 58 - Momento a Dois

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