Sob o Olhar da Floresta Capítulo 20 —A Verdade que Sempre Esteve Ali—

Capítulo 20 —A Verdade que Sempre Esteve Ali—

O silêncio dentro da cabana parecia se estender por uma eternidade.

Bakugou permanecia sentado, encarando o chão, os punhos cerrados sobre os joelhos.

A anciã esperava pacientemente, sem dizer nada. Ela sabia que ele precisava desse tempo.

E, pela primeira vez em muito tempo, Bakugou não estava pronto para agir de imediato.

Porque, no fundo, ele sabia.

Sempre soube.

Ele só não queria admitir.

O laço que o unia a Izuku… não era apenas amizade.

Não era apenas um desejo de protegê-lo.

Era mais. Muito mais.

E isso o assustava.

Porque, se ele aceitasse esse sentimento, significava que Izuku era a coisa mais importante para ele.

Mais do que qualquer luta. Mais do que qualquer vitória.

E se ele falhasse… se o perdesse…

A simples ideia fazia algo dentro dele se despedaçar.

Seu peito doía. Como se um nó tivesse se formado em sua garganta, apertando, sufocando.

Ele cerrou os olhos, deixando que as memórias fluíssem.

A primeira vez que viu Izuku naquele estado deplorável na floresta…

O jeito que os olhos verdes dele brilharam quando Bakugou o salvou…

O calor das mãos dele segurando as suas, naquela noite fria…

Os olhares trocados entre eles quando ninguém estava por perto…

Droga.

Ele deixou escapar uma risada sem humor, passando a mão pelos olhos.

Katsuki Bakugou

— Tsc… Eu sou um idiota.

A anciã sorriu levemente.

Anciã

— Finalmente aceitou?

Bakugou bufou.

Katsuki Bakugou

— Eu já sabia. Só não queria admitir.

Seus olhos brilharam em um vermelho intenso quando ele olhou para a velha.

Katsuki Bakugou

— Mas agora não importa mais. Eu vou trazê-lo de volta.

Katsuki Bakugou

Nem que eu tenha que arrancá-lo dessa escuridão com as minhas próprias mãos.

A anciã assentiu.

Anciã

— Então você está pronto.

Bakugou respirou fundo.

Ele estava.

★O Ritual Começa★

A anciã pegou uma tigela de pedra e colocou dentro dela uma erva azulada, que começou a soltar uma fumaça fina e brilhante.

Anciã

— Feche os olhos. Respire fundo.

Bakugou obedeceu.

Anciã

— Agora… concentre-se nele.

Anciã

No Izuku que você conhece.

Anciã

Aquele que precisa de você.

Bakugou pensou em Izuku.

No sorriso dele. Na voz dele. No jeito que ele sempre o olhava com esperança.

O aroma da fumaça o envolveu.

Seu corpo ficou leve.

E então… o mundo desapareceu.

Quando Bakugou abriu os olhos, ele não estava mais na cabana.

Estava em um lugar escuro, profundo… frio.

O coração dele disparou.

Porque ali, no meio da escuridão, havia uma silhueta conhecida.

Izuku.

Mas algo estava errado.

O olhar do esverdeado não tinha vida.

E quando ele levantou a cabeça… um sorriso cruel surgiu em seus lábios.

Izuku Possuído

— Você demorou, Katsuki.

CONTINUA

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