Sob o Olhar da Floresta Capítulo 4 —Segredos e Perigos—

Capítulo 4 —Segredos e Perigos—

O sol se erguia lentamente sobre a floresta, pintando o céu com tons dourados e alaranjados. Izuku saiu da tenda sentindo os olhares sobre si. A tribo ainda o via como um forasteiro, mas ninguém ousava se aproximar – o bracelete em seu pulso deixava claro que ele estava sob proteção de Bakugou.

O guerreiro o esperava perto de uma mesa de pedra, onde vários pergaminhos de pele de animal estavam espalhados. Izuku aproximou-se e percebeu que eram mapas rudimentares. Alguns pareciam registros de caça, outros mostravam trilhas pela floresta, mas nenhum era detalhado.

Katsuki Bakugou

— Isso é tudo o que temos —

Bakugou disse, cruzando os braços.

Katsuki Bakugou

— Se quiser provar seu valor, faça algo melhor.

Izuku respirou fundo e começou a trabalhar. Ele usou carvão e pigmentos naturais para desenhar, lembrando-se de cada detalhe que percebeu desde que entrou na floresta. Enquanto trabalhava, Bakugou o observava de perto, às vezes corrigindo um caminho ou indicando áreas perigosas.

Com o tempo, a tensão entre eles começou a diminuir. À medida que o mapa tomava forma, Izuku percebeu que Bakugou não era apenas um guerreiro rude – ele conhecia cada pedaço daquela terra, seus perigos e segredos.

E foi assim que Izuku fez sua primeira descoberta importante.

O Segredo da Tribo

Enquanto desenhava, Izuku percebeu que havia uma área que Bakugou evitava mencionar. Quando ele perguntou sobre ela, o guerreiro ficou sério.

Katsuki Bakugou

— Esse lugar não é para forasteiros —

Respondeu friamente.

Mas Izuku era curioso demais para ignorar aquilo.

Naquela noite, ele decidiu investigar por conta própria. Ele seguiu os rastros que encontrou no mapa, movendo-se silenciosamente pela floresta. E então, ele viu.

Uma caverna escondida entre as árvores, marcada por símbolos estranhos. Quando se aproximou, sentiu um arrepio percorrer seu corpo. Algo ali dentro pulsava com uma energia antiga.

Antes que pudesse entrar, uma mão forte o segurou pelo braço.

Katsuki Bakugou

— Eu te avisei, Deku —

Bakugou murmurou, seus olhos brilhando à luz da lua.

Izuku engoliu em seco.

Izuku Midoriya

— O que tem lá dentro?

Bakugou hesitou por um instante antes de suspirar.

Katsuki Bakugou

— Segredos que podem mudar tudo.

A Conexão Proibida

Os dias se passaram e, pouco a pouco, Izuku e Bakugou começaram a se entender. O guerreiro ainda era rude, mas Izuku notava as pequenas mudanças

– a forma como Bakugou esperava por ele antes de começar o treinamento, como trazia comida sem dizer nada, como sempre mantinha um olho nele.

Uma noite, enquanto revisavam o mapa perto da fogueira, um silêncio confortável se instalou entre os dois. Izuku olhou para Bakugou e, por um momento, esqueceu que ele era um guerreiro implacável.

Izuku Midoriya

— Você sempre viveu aqui? —

Izuku perguntou, quebrando o silêncio.

Bakugou não respondeu de imediato. Seus olhos vermelhos brilharam sob a luz do fogo antes de desviar o olhar.

Katsuki Bakugou

— Desde que nasci — *murmurou*

Izuku sorriu.

Izuku Midoriya

— Você parece… forte. Sempre foi assim?

Bakugou bufou, mas não de raiva – parecia quase divertido.

Katsuki Bakugou

— Claro, nerd. Sempre fui o melhor.

Izuku riu baixinho.

Izuku Midoriya

— Isso soa familiar…

O silêncio voltou, mas desta vez era diferente. Izuku sentiu seu coração acelerar quando Bakugou se inclinou um pouco mais para perto.

Katsuki Bakugou

— Você não tem medo de mim, tem?

— Bakugou perguntou, sua voz mais baixa do que o normal.

Izuku sentiu um arrepio subir por sua espinha. Ele deveria ter medo? Talvez. Mas não tinha.

Izuku Midoriya

— Não *sussurrou.*

Por um momento, Bakugou não disse nada. Apenas o observou, seus olhos fixos nos de Izuku. Então, sem aviso, ele ergueu a mão e tocou o rosto do garoto, os dedos ásperos roçando sua pele.

Katsuki Bakugou

— Idiota —

Bakugou murmurou, mas havia algo suave em sua voz.

Izuku sentiu o rosto queimar, mas, pela primeira vez, não queria fugir daquela proximidade.

O que quer que estivesse acontecendo entre eles… era algo que nem mesmo a floresta poderia apagar.

CONTINUA

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