A lua alta iluminava a clareira, lançando um brilho prateado sobre as árvores antigas.
O som dos grilos ecoava pela floresta, enquanto Bakugou caminhava com Izuku em seus braços.
O peso do outro garoto não era o problema… era a sensação de sua respiração quente contra seu pescoço, o que fazia seu coração bater mais rápido do que deveria.
Ele sentia a pele de Izuku fria, mas pelo menos o espírito não o controlava mais.
Bakugou apertou o aperto ao redor dele, sua mente ainda confusa com tudo o que havia acontecido.
Por que diabos ele tinha feito aquilo?
O beijo…
Foi impulso.
Mas ao mesmo tempo, foi a única coisa que parecia certa naquele momento.
Bakugou mordeu o lábio, irritado consigo mesmo.
Katsuki Bakugou
— Tsk… droga, Deku… *murmurou.*
Acordando nos Braços de Bakugou
Izuku começou a despertar lentamente. Seus olhos se abriram devagar, ajustando-se à luz fraca da lua.
Ele sentiu o calor do corpo de Bakugou ao redor dele e piscou algumas vezes, confuso.
Izuku Midoriya
— Kacchan…?
A voz foi fraca, mas Bakugou a ouviu claramente.
Katsuki Bakugou
— Finalmente, seu nerd
Ele resmungou, parando de andar.
Katsuki Bakugou
— Você quase me fez explodir você de vez.
Izuku piscou mais algumas vezes antes de entender onde estava. O rosto de Bakugou estava perto, muito perto.
O calor dele o envolvia, e ele percebeu que estava nos braços dele.
Seu rosto ficou vermelho instantaneamente.
Izuku Midoriya
— E-Eu… o que aconteceu?
Bakugou bufou.
Katsuki Bakugou
— Você ficou possuído, tentou me matar, eu dei um jeito em você e…
Ele hesitou por um segundo, desviando o olhar.
Katsuki Bakugou
— Consegui trazer você de volta.
Izuku sentiu um arrepio percorrer sua espinha.
Ele se lembrava de partes da luta… flashes de Bakugou gritando, a sensação da energia negra dominando sua mente… e então…
O beijo.
Seu rosto esquentou ainda mais.
Izuku Midoriya
— Kacchan… você…
Katsuki Bakugou
— Não quero falar disso, tá?!
Bakugou cortou rapidamente, apertando os braços ao redor dele, como se quisesse escondê-lo de algo.
Katsuki Bakugou
— Foi só… um jeito de te trazer de volta.
Izuku mordeu o lábio. Seu coração batia forte.
Talvez Bakugou quisesse evitar o assunto, mas para Izuku, aquele momento tinha sido mais do que um simples ato impulsivo.
Ele levantou a mão devagar e tocou o rosto de Bakugou.
Izuku Midoriya
— Kacchan…
Chamou suavemente.
O loiro congelou.
Os olhos vermelhos dele se arregalaram um pouco quando ele sentiu o toque quente contra sua pele.
Izuku olhava para ele de um jeito diferente… como se visse algo além do guerreiro teimoso e explosivo.
Izuku Midoriya
— Obrigado por me salvar.
Bakugou engoliu em seco. Ele queria se afastar, queria xingar Izuku por estar tão perto… mas, ao mesmo tempo, não queria soltar ele.
Katsuki Bakugou
— Tsc… não me agradece, seu nerd *murmurou.*
Katsuki Bakugou
— Eu só fiz o que era certo.
Mas Izuku sorriu de leve.
Izuku Midoriya
— Você estava preocupado comigo.
Katsuki Bakugou
— Óbvio que sim, porra!
Bakugou explodiu, o rosto ficando vermelho.
Katsuki Bakugou
— Você quase morreu!
Izuku riu baixinho, e Bakugou sentiu seu estômago revirar ao ver aquele sorriso.
Então, Izuku se aproximou um pouco mais, seus olhos suaves, brilhando sob a luz da lua.
Izuku Midoriya
— Kacchan…
Bakugou sentiu o coração martelar no peito.
E antes que pudesse se controlar, ele segurou o rosto de Izuku, seus polegares acariciando de leve sua pele.
Katsuki Bakugou
— Você não faz ideia do inferno que foi te ver daquele jeito *murmurou.*
Izuku prendeu a respiração.
Izuku Midoriya
— Kacchan…
E então, sem mais hesitar, Bakugou o puxou para mais perto.
Dessa vez, o beijo foi mais lento, mais profundo.
Não era mais um gesto de desespero, mas sim de algo que Bakugou não conseguia mais negar.
Izuku retribuiu imediatamente, seus dedos se enroscando nos cabelos loiros.
O calor deles se misturava, e pela primeira vez em muito tempo, Izuku sentiu-se completamente seguro.
Bakugou não iria a lugar nenhum.
E nem ele.
A floresta ao redor parecia desaparecer, deixando apenas os dois naquele momento.
Quando o beijo terminou, Bakugou encostou a testa na de Izuku, ainda segurando o rosto dele.
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