O abraço de Bakugou era quente, real. Izuku queria se perder ali, esquecer do peso em sua mente e apenas aproveitar aquele momento. Mas a escuridão dentro dele pulsava.
Ainda era fraca, uma sombra adormecida no fundo de sua alma, mas estava lá. Esperando.
Quando Bakugou finalmente se afastou, seus olhos vermelhos estavam cheios de algo que Izuku não conseguia nomear.
Katsuki Bakugou
— Não vamos deixar essa maldição te consumir, Deku
Bakugou disse, a voz mais firme do que nunca.
Izuku apenas assentiu, tentando ignorar o arrepio que percorreu sua espinha.
A Chama Que Consome
Naquela noite, acamparam próximos a um rio, longe dos templos antigos. Izuku estava sentado na beira da água, observando seu próprio reflexo.
Ele parecia o mesmo. Mas sabia que algo dentro dele estava diferente.
Katsuki Bakugou
— Tá pensando besteira de novo?
A voz de Bakugou o fez virar. O loiro se aproximava com os braços cruzados, o brilho do fogo da fogueira refletindo em sua pele.
Izuku suspirou.
Izuku Midoriya
— Eu só… sinto como se estivesse me perdendo aos poucos.
Bakugou bufou.
Katsuki Bakugou
— Não seja dramático, nerd. Você ainda tá aqui.
Izuku Midoriya
— Mas e se um dia eu não estiver mais?
O silêncio caiu entre eles.
E então, de repente, Bakugou se abaixou diante de Izuku, segurando seu queixo com firmeza.
Katsuki Bakugou
— Então eu te trago de volta. Nem que eu tenha que explodir metade desse maldito mundo pra isso.
Os olhos de Izuku se arregalaram.
O toque de Bakugou era quente, sua proximidade intoxicante. O coração do esverdeado acelerou.
Por que Bakugou fazia isso com ele?
Por que, mesmo em meio ao perigo, ele só conseguia pensar na forma como os dedos do loiro seguravam seu rosto, na forma como seus lábios estavam perto demais?
Era sufocante.
Era enlouquecedor.
E Izuku queria mais.
Ele se moveu sem pensar, seus dedos roçando contra a pele exposta do peito de Bakugou.
O loiro endureceu.
Katsuki Bakugou
— O que você tá fazendo?
Izuku engoliu em seco.
Izuku Midoriya
— Eu… eu só queria ter certeza de que você era real.
Bakugou respirou fundo, claramente lutando contra algo dentro de si.
Katsuki Bakugou
— Você é um idiota, Deku.
Mas ele não se afastou.
E Izuku soube que estava perdido.
As Sombras Crescem
Durante a madrugada, Izuku acordou suando.
Ele não se lembrava do que sonhou, mas seu coração estava disparado.
Foi só quando se sentou que percebeu.
Sua mão estava coberta por uma névoa escura, sombras pulsando suavemente entre seus dedos.
Seu estômago se revirou.
A magia maligna estava crescendo.
Ele sentiu um pânico subir em sua garganta, mas antes que pudesse reagir, Bakugou se mexeu ao seu lado.
O loiro dormia profundamente, sua respiração calma, um leve franzir de testa em seu rosto.
Izuku o observou por um momento.
Bakugou parecia tão tranquilo, tão seguro de si mesmo.
Comments
Baixinha2.6
que declaração magnífica digna do bakugou 👏👏 até me fez derrama uma lágrima brincadeirinha 😂😂😂
2025-03-27
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