Capítulo 14

Porém, a voz de Tedros corta o silêncio, trazendo uma nova dinâmica para a conversa.

Tedros: Senhor, se me permite. Escolherei a próxima rainha de Camelot. Não acho que é brincadeira. Sophie é boa. Ela está na escola errada.

Sophie: Ele acredita. Por que vocês não?

Agatha: Além disso, nada separa o amor verdadeiro. Não é a primeira regra dos contos de fadas?

A esperança ressurge em mim com as palavras de Agatha, mas logo é substituída pela incerteza quando o diretor menciona a prova dos contos.

Diretor: Se for amor verdadeiro, de fato, isso seria muito importante. Parece que só há um jeito de ter certeza. Uma prova dos contos.

A tensão aumenta na sala, e meu coração dispara quando Tedros se oferece para participar da prova.

Sophie: Desculpem. O que é uma prova dos contos?

L.Lesso: Cada um entrará na Floresta Azul em lados opostos. Terão que derrotar qualquer perigo e se encontrar antes do amanhecer. É proibido ter ajuda.

O olhar de Lady Lesso encontra o meu novamente, e eu me pergunto o que ela está pensando sobre tudo isso. Enquanto isso, a sensação de incerteza e ansiedade se intensifica dentro de mim, pois agora parece que o destino de todos está prestes a ser decidido por uma única prova.

Vejo ela olhar para mim e para a Agatha e a olho com desdém, afinal o que eu estou a fazer aqui.

Tedros: Sophie, nós conseguimos. Somos bons e fortes o suficiente para nos protegermos.

Sophie: Vamos fazer isso.

P.Dovey: O que?

???: Isso fará com que os dois morram.

Conforme o diretor dá suas instruções, sinto a mão reconfortante de Agatha sobre meu braço, buscando minha segurança em meio ao turbilhão de emoções.

Agatha: Tu vai ficar bem?

- Sim\, podes ir a gente se encontra no salão para a prova. Não faz nada de estúpido\, não sem mim.

Ela sorri e se afasta, deixando-me enfrentar o que está por vir. Observo os outros professores deixando a sala, deixando-me sozinha com o diretor, Lady Lesso e a professora Dovey. Sinto um nó se formar em meu estômago enquanto aguardo para ouvir o que o diretor tem a dizer.

Diretor: Recebi notícias de Moors.

Minha preocupação aumenta instantaneamente. Onde estaria Diaval? Por que ele não estava comigo?

- Aconteceu algo?

Diretor: Não muito, pelo contrário. Sua mãe ficou contente com seu desempenho e pediu autorização para uma visita em casa, na noite do baile.

P.Dovey: Mas o baile e importante ela tem que estar!

Diretor: Acho que a Senhorita Moors não se importará em faltar.

- Por acaso\, Diretor\, eu prometi a Agatha que a acompanharia ao baile.

L.Lesso: Uma princesa não pode acompanhar outra!

A intervenção de Lady Lesso, embora previsível, não deixa de me irritar.

- Só porque nunca aconteceu não quer dizer que não pode acontecer. Tudo tem uma primeira vez. Nunca uma vilã tinha amado de verdade uma pessoa do bem até minha mãe ser a primeira. Isso não significa que\, porque nunca aconteceu\, não possa acontecer. Assim como o amor entre um Never e um Ever nunca aconteceu até agora\, porque não era para acontecer. Mas algum dia irá acontecer\, porque existe uma primeira vez para tudo.

Vejo Lady Lesso e a professora Dovey desviarem o olhar, e um sorriso sutil de satisfação se forma em meus lábios.

Diretor: A visita ainda está liberada, a escolha é sua. Agora pode ir, está liberada.

Caminhando pelo corredor em direção ao salão, sinto o peso das palavras trocadas na biblioteca ainda ecoando em minha mente. Ao entrar no salão, encontro Agatha lá, aguardando minha chegada. Seus olhos perspicazes captam imediatamente minha expressão, e não consigo esconder completamente o turbilhão de sentimentos que me assola.

Agatha: Tudo bem?

- Sim. Já está tudo preparado?

Minha tentativa de disfarçar a tensão não passa despercebida por Agatha, que me observa com uma mistura de preocupação e curiosidade.

Agatha: Só falta dar a hora. Ei, está tudo bem mesmo? Vi a tua cara quando a Lady Lesso falou aquilo.

Sinto um leve aperto no peito ao ser confrontada com a lembrança da troca de palavras na biblioteca. Decido manter minha resposta simples, sem querer mergulhar nas profundezas dos meus pensamentos naquele momento.

- Está tudo ótimo. Lá era de esperar isso vindo dela.

(Hora da Prova)

No salão, Lady Lesso e a Professora Dovey assumem suas posições, prontas para dar início à Prova dos Contos. O ambiente fica tenso conforme os nomes dos participantes são chamados, ecoando pelo espaço silencioso.

P.Dovey: Tedros de Camelot.

L.Lesso: Sophie de Gavaldon.

Os estudantes permanecem em silêncio, aguardando com expectativa o desenrolar dos acontecimentos. A seriedade na voz das professoras denota a importância e o rigor da prova que está prestes a se desenrolar.

P.Dovey: Uma Prova dos Contos deve ser levada muito a sério.

L.Lesso: O perigo mortal se esconde atrás dos portões da escola. Ainda desejam continuar?

As respostas dos participantes são firmes e determinadas, demonstrando coragem diante do desafio iminente.

Tedros: Aceito.

Sophie: Sim, com certeza.

Com a confirmação dos participantes, o clima se intensifica ainda mais. Os estudantes observam atentamente enquanto Tedros e Sophie se encaminham para fora do salão, seguidos pelos guardas e seus colegas de classe.

Agatha: Tenho que ajudar a Sophie.

- tem cuidado e não te deixes ser apanhada.

Com a saída de Agatha para auxiliar Sophie, o salão pareceu ficar mais vazio e silencioso. Agora, restavam apenas eu, Lady Lesso e a Professora Dovey, que logo se retirou para cumprir suas obrigações antes do término da prova. Fiquei ali, diante da imponente presença de Lady Lesso, sentindo seu olhar penetrante sobre mim.

P.Dovey: Parece que alguém não gosta de provas.

- A prova é deles\, não minha. - Respondi\, dando de ombros\, mantendo meu olhar firme\, apesar da tensão que preenchia o ar.

P.Dovey: Se me dão licença, tenho coisas para fazer antes da prova acabar.

Assim que a Professora Dovey se retirou, uma sensação de quietude se instalou na sala, deixando-me a sós com Lady Lesso. Seus olhos, frios como o gelo, pareciam penetrar fundo em minha alma, estudando-me com uma intensidade incomum. Permaneci imóvel, aguardando para ver o que ela faria ou diria a seguir.

L.Lesso: Não podes ir com a Agatha ao baile.

- De novo essa conversa\, não tou com cabeça para isso.

Ao me levantar, pronta para deixar o local e escapar daquela conversa repetitiva, senti sua mão firme me puxar de volta, trazendo-me de volta ao centro do seu mundo. Nos encontramos cara a cara, tão próximas que pude sentir o calor da respiração dela contra meu rosto.

L.Lesso: Eu falei que tu não vai.

 - Mas eu vo...

Antes que eu pudesse responder ou contestar suas palavras, fui interrompida abruptamente pelo pressionar de seus lábios nos meus. Um beijo surpreendente, intenso e cheio de conflitos. Por um momento, perdi-me na suavidade de seus lábios, no calor do seu toque, enquanto uma mistura de emoções tumultuava dentro de mim.

E então, tão rápido quanto começou, o beijo terminou. Ela se afastou, deixando-me ali, atordoada e confusa, enquanto suas palavras ecoavam em minha mente.

L.Lesso: Sinto muito - foi tudo o que ela disse antes de sair, deixando-me sozinha com minha própria confusão e um turbilhão de pensamentos inquietantes.

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