Capítulo 6

Quando chega a hora do jantar, levanto-me e dirijo-me ao salão de jantar. Escolho um lugar afastado, procurando evitar interações com os outros alunos. Ignoro o burburinho ao meu redor e mergulho em meus pensamentos.

De repente, sinto uma presença ao meu lado e levanto o olhar para encontrar a professora Dovey.

P.Dovey: Está tudo bem, querida? Não te vi na minha aula.

- Não estou me sentindo muito bem hoje\, Professora.

P.Dovey: Se precisar de algo, passe na enfermaria, querida.

- Passarei. Obrigada.

Assim que a professora se afasta, sinto um arrepio na espinha ao perceber a presença da Lady Lesso sentada ao meu lado.

L.Lesso: Essa foi a desculpa mais esfarrapada que eu já ouvi.

Focada em minha refeição, eu escolho não dignar sua provocação com uma resposta imediata. No entanto, seu comentário me faz sentir como se estivesse prestes a explodir de frustração. Decido não dar a ela o prazer de uma reação e continuo a comer em silêncio.

L.Lesso: Eu podia a punir só por me ignorar.

- E porque não faz\, Milady? - Minha resposta é contida\, mas firme. - Acho que aquele ditado sempre esteve certo: "Cão que late não morde".

Sem esperar por uma resposta, levanto-me abruptamente e saio do salão. Porém, mal coloco os pés no corredor, algo me puxa com uma força súbita. Viro-me para ver Lady Lesso me segurando firmemente, seu olhar desafiador fixo em mim enquanto me conduz até a sala da condenação e me prende na cadeira.

Com um sorriso sarcástico nos lábios, eu desafio a Lady Lesso, sabendo muito bem que minhas palavras poderiam inflamar ainda mais sua raiva.

- Isto tudo só para me ter na sua mão\, Milady. Era só ter pedido com jeitinho.-

Minha voz é impertinente, desafiadora.

Lady Lesso não deixa meu comentário sem resposta, lançando-me um olhar cortante cheio de desdém.

L.Lesso: Essas provocações irão ser a sua perdição, princesa.

- Talvez eu já esteja perdida\, Lady Lesso. - Minha resposta é calma\, mas há uma determinação subjacente.

Me ajeito na cadeira da melhor forma possível, tentando manter uma postura confortável apesar da tensão no ar. Observo enquanto Lady Lesso se aproxima das armas alinhadas na parede, escolhendo uma espada com um olhar maligno.

L.Lesso: Se eu acho que li bem, isto irá doer.

- Será que vai\, Lady Lesso? - Minha voz é desafiadora enquanto ela se aproxima cada vez mais\, empunhando a espada.

Então, num movimento rápido e preciso, utilizo meus poderes para trocar de lugar com ela, deixando-a sentada na cadeira enquanto eu permaneço em pé diante dela, agora com a espada no chão. A expressão de choque no rosto da Lady Lesso é impagável.

Com um sorriso de satisfação, eu observo a expressão furiosa da Lady Lesso enquanto me sento em seu colo, desfrutando da sensação de controle sobre a situação.

- Parece que o feitiço virou contra a feiticeira\, Milady. - Minha voz é suave\, mas há um toque de triunfo.

L.Lesso:  Tu vai se arrepender.

Ignorando sua ameaça, eu me inclino para perto dela, sussurrando provocativamente em seu ouvido.

- Milady não tem jeito para conquistar princesas.

Minhas palavras são uma zombaria maliciosa, acompanhadas por um leve selinho na bochecha dela antes de me afastar.

A expressão de raiva na face da Lady Lesso é quase palpável enquanto eu me levanto, pronta para sair dali.

L.Lesso: Maldita.

- Até depois\, Milady.

Minha despedida é cheia de confiança, antes de eu usar meus poderes para me libertar de seu aperto.

Antes que ela pudesse reagir, eu me teletransporto para o meu quarto, onde a tranquilidade me envolve.

Rapidamente, me arrumo e me deito na cama, perdida em pensamentos sobre o que acabara de acontecer, sabendo que as consequências poderiam ser imprevisíveis.

Já na cama, ainda ecoam em minha mente as interações com a Lady Lesso. Algo nela me intriga, uma mistura de desafio e fascínio que me impulsiona a provocá-la mais, a testar os limites de sua paciência. Mas ao mesmo tempo, há uma sensação estranha, uma atração que não consigo explicar, algo que me faz querer ficar perto dela, mesmo sabendo dos perigos que isso poderia acarretar.

No entanto, uma voz interior alerta que isso não pode ser certo. Eu não posso estar me apaixonando por ela. Afinal, somos diametralmente opostas, o bem e o mal, forças que sempre foram destinadas a se opor. A ideia de que nossos caminhos poderiam se entrelaçar de alguma forma parece absurda, impossível.

Tiro aquilo da minha cabeça e logo adormeço.

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