Capítulo 5

- Algum problema com quem vive numa?

Tedros: Não, nenhuma.

Observo Agatha rindo, e não consigo evitar um sorriso diante da interação entre eles. Parece que a aula na floresta promete ser interessante.

Y.Gnomo: Lá vamos nós. Abra. Abra. Que as portas dessa floresta se abram!Seguimos Yuba para dentro da floresta, e eu me sinto instantaneamente em casa entre as árvores e os sons da natureza.

Y.Gnomo: Não vão sobreviver a nenhuma aventura se não sobreviverem à floresta. A Floresta Azul prepara os alunos para qualquer perigo que possam enfrentar.

Permaneço perto de Agatha enquanto ela conversa com outro príncipe, absorvendo as lições que Yuba nos ensina. No entanto, minha atenção é interrompida quando Beatrix se aproxima.

Beatrix: Fique longe do Tedros, sua tonta. Ele é meu. - Ela sai, dando um empurrão em Agatha.

- A única coisa que essa tem é ego e toxicidade. - Comento\, recebendo uma risada de concordância de Agatha\, antes de voltarmos a prestar atenção na aula.

Y.Gnomo: Vamos. Um campo de amores-perfeitos lindos, mas, como sabemos dos contos de fadas, o que é bonito, às vezes, mata.

Yuba cutuca uma flor com sua vara, e a planta reage de forma inesperada, mordendo a vara.

Y.Gnomo: Planta atrevida. É um buquê que não ia gostar de pegar num casamento. Humor gnomo. Pronto.

Fico ali por um momento, apreciando a beleza das flores. Tenho certeza de que minha mãe adoraria estas flores. Depois, continuo a seguir Yuba, ansiosa para aprender mais sobre a floresta.

Y.Gnomo: Rapidinho. Vamos lá. Esta é a parte favorita do Yuba. O Campo de Abóboras. Benigno de dia, mas, de noite, um mundo de terror onde os ceifadores vão caçá-los, beber seu sangue e vender seus braços e pernas em troca

???: Ceifadores? O que são?

Y.Gnomo: Isto aqui.

???: É só um espantalho.

Y.Gnomo: E amores-perfeitos são só flores.

Mal ele fala, as flores começam a tentar morder.

Y.Gnomo: Lembrem-se: só o mal pode se disfarçar de Bem.

O príncipe que estava falando com Agatha se assusta e dá alguns passos para trás, sendo mordido na perna.

Príncipe: Tenho que sair.

Agatha: Ideia ruim.

Príncipe: Solte-me!

Agatha: Gregor, pare! Você já tem duas reprovações.

Ele começa a correr para longe, e Agatha o segue, comigo logo atrás.

- Agatha\, você vai reprovar de novo.

Agatha: Gregor. Gregor. Gregor, você não sabe o que farão com você! Volte!

Gregor: Vou ficar bem!

Logo paramos, e uma nuvem começa a se formar ao redor dele, acompanhada de raios.

Gregor: Socorro! Agatha!

E então ele desaparece.

Agatha: Por que não fizeste nada, utilizaste a tua magia sei lá.

- Eu não podia\, Agatha.

Agatha: Ah, pelo amor, talvez tu que estás na escola errada.

- Só porque eu não ajudei alguém agora sou uma never? Eu não posso ir contra as regras da escola para salvar alguém\, Agatha.

Agatha: Tu és mais que uma never, Rose, tu és igualzinha à tua mãe.

Falando isso, ela sai, me deixando ali, com um turbilhão de emoções e pensamentos na mente. A sensação de impotência e a frustração por não poder ter ajudado Gregor se misturam com a mágoa das palavras de Agatha. É como se uma sombra pairasse sobre mim, questionando quem eu sou e se estou no lugar certo.

Saio da aula sentindo-me abalada e confusa com tudo o que aconteceu. Decido não ir para a próxima aula e me refugio na biblioteca, buscando conforto nos livros. Escolho um volume sobre animais e plantas encantadas, mergulhando na leitura para distrair minha mente.

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