Capítulo 2

(Pov: Rose)

No conforto do quarto, eu me permito afundar na cama, deixando meu corpo relaxar ao som do silêncio. Mas esse silêncio é rapidamente quebrado com a entrada das princesas.

???: Vocês viram aquilo? Por que um Never ajudaria os Evers?

???: Não temos certeza se foi um Never.

???: Aquele tipo de poder só pode ser de um Never.

Um sorriso se desenha em meus lábios enquanto ouço as especulações, minha atenção focada no que está sendo dito. Repentinamente, o som da porta se abre, me fazendo erguer.

E então, entra a mesma garota que insiste ser um Never. Mal ela adentra, as outras meninas se aproximam dela.

???: O bem não se mistura com o mal. Reena, peça às fadas para virem buscar minha bagagem. Vou me mudar.

Garota: Vou sentir sua falta.

???: Tentem não quebrar nada.

Reena: Bons sonhos, Never.

Garota: Ei. Não, vocês não entendem. Preciso encontrar minha amiga.

- Eu acho que posso ajudar nisso.

Me manifesto, erguendo-me e surpreendendo-a com minha presença.

- Desculpe\, não quis assustar. Eu sou Rose Moors.

Agatha: Agatha, prazer.

- Estou indo para a biblioteca. Posso te dar uma carona até lá. Será mais fácil para você sair de lá até a entrada do castelo.

Agatha: Carona?

Ativo meus poderes, deixando minhas asas e chifres visíveis, e vejo sua expressão surpresa.

(Ela transformada)

Agatha: Uau.

- Isso é um aceito? - Perguntei\, olhando para Agatha com um sorriso.

Agatha: Com certeza, mas não me deixes cair.

- Jamais. - Assegurei\, antes de adicionar - E mais uma coisa\, ignore essas princesas de mau carácter. O ego delas é do tamanho deste castelo.

Ela ri, concordando, e caminhamos até a varanda. Subo no parapeito e me jogo para trás, sentindo a liberdade do ar antes de bater as asas e subir até a varanda novamente. Abro os braços, mostrando a Agatha como ela deve fazer, e a seguro enquanto voamos até a biblioteca. Pousamos na varanda, escondendo minhas asas e chifres novamente.

- Vamos\, se nos pegarem\, estamos em apuros.

Murmuro, abrindo a porta com magia e entrando na biblioteca. No entanto, fomos interrompidas pelo som de saltos e a porta se abrindo. Nos abaixamos rapidamente e vemos Lady Lesso e a Professora Dovey.

Lady Lesso: Muito bem, princesa, o que é tão importante para subirmos até aqui? Estou de salto.

P.Dovey: São as leitoras. Elas insistem que foram trocadas. Algo parece errado mesmo.

Lady Lesso: A única coisa que parece errada é a decisão do diretor de trazê-las para cá.

P.Dovey: E se ele se enganou? E se ele as deixou nas escolas erradas e algo acontecer, alguém será despedido.

Lady Lesso: Não há engano. Além disso, achei que estaria feliz. Tenho que aturar mais uma fracassada, Sophie de Gavaldon.

P.Dovey: O quê? Não.

Lady Lesso: Por favor. O mal não vence há mais de 200 anos.

P.Dovey: Chegaram perto algumas vezes.

Lady Lesso: Perto não basta! Tenho que treinar meus alunos duas vezes mais, porque quando o mal não é tão poderoso quanto o bem, o mundo não tem equilíbrio.

Lady Lesso sai, deixando a Professora Dovey furiosa, que a segue.

P.Dovey: Lesso!

Assim que elas saem, me levanto e rio.

- Agora entendo quando dizem que o bem e o mal não se dão - Comento\, e Agatha concorda.

Agatha: Isso aí e como o Tom e Jerry, brigam, mas no final estão unidos.

Rimos, mas somos interrompidas por folhas voando e sangue escorrendo até a mesa central, onde aparece uma pessoa não reconhecida por mim. Ativo meus poderes e coloco Agatha atrás de mim.

???: Fique longe da Sophie, bruxinha. Ela tem um destino a cumprir. Ela pertence a mim agora.

Assim que ele termina de falar, explode e desaparece.

- Quem é Sophie? - Pergunto\, confusa.

Agatha: Minha amiga. Preciso encontrá-la.

- Vá por aquela porta ali. Ninguém te verá.

Agatha: Obrigada. Até depois.

- Até.

Assisto Agatha sair e, em seguida, procuro o livro que tanto quero ler, "Hope is the Thing with Feathers" de Emily Dickinson. Afinal, além de ser uma das maiores poetas de todos os tempos, seus poemas únicos sobre temas como morte e imortalidade sempre me fascinaram.

Sou tirada de meus pensamentos pelo som de algo batendo no chão e me viro, assustada ao ver Lady Lesso me encarando com a sobrancelha erguida. Deixo o livro cair, mas rapidamente o pego.

L.Lesso: Olha só, se não é a filha da Malévola. Uma Ever.

A troca de olhares entre Lady Lesso e eu era intensa, carregada de desafio e tensão. A sobrancelha erguida dela denotava curiosidade e um leve desdém, como se estivesse avaliando minha postura e minhas palavras. Eu, por outro lado, mantinha uma expressão firme, determinada a não me curvar diante dela.

- Não é minha linhagem que determina se sou boa ou má\, mas sim meu carácter e meus princípios - respondo\, enfatizando cada palavra com determinação.

L.Lesso: Talvez, mas eu vi aquilo na apresentação e tenho certeza que foi você.

Minha provocação estava lançada, e eu aguardava a resposta dela com uma mistura de tensão e satisfação. Afinal, estava desafiando uma das figuras mais poderosas da escola do mal, e isso poderia ter consequências.

- Talvez tenha sido eu. Vai me castigar\, Milady? - provoco\, mantendo minha postura firme e desafiadora.

Um sorriso irónico dançou nos lábios de Lady Lesso, e por um momento, pude ver um brilho de admiração em seus olhos.

L.Lesso: Oh, você tem coragem, Rose Moors. Mas lembre-se, a coragem nem sempre é suficiente para escapar das consequências de seus atos.

A resposta dela era enigmática, e eu sabia que provocá-la ainda mais poderia ser perigoso.

- Estarei aguardando ansiosamente por suas medidas disciplinares\, Milady - respondo\, mantendo meu tom desafiador.

Um sorriso irónico dançou nos lábios de Lady Lesso, e por um momento, pude ver um brilho de admiração em seus olhos. No entanto, antes que pudesse responder, eu já estava me transformando. Minhas asas se desdobraram majestosamente e meus chifres surgiram.

Com um olhar de desdém e determinação, eu dou as costas a Lady Lesso e, com um bater de asas, salto pela janela, deixando-a para trás. Enquanto me afastava, podia sentir o olhar de Lady Lesso queimando minhas costas, carregado de surpresa. Mas eu não olhei para trás.

Aterrissei suavemente na varanda do meu quarto, permitindo-me um momento para recuperar o fôlego escondendo os meus chifres e as minhas asas . Adentrei silenciosamente o quarto, evitando qualquer ruído que pudesse acordar as outras princesas que dormiam.

Procurei Agatha com o olhar, esperando encontrá-la se preparando para dormir, mas notei sua ausência. Uma pontada de preocupação atravessou meu peito enquanto varria o quarto com os olhos em busca dela, mas ela não estava lá.

Com um estalar de dedos me preparei para dormir, me joguei na cama macia, sentindo a exaustão pesar em meus membros. Com um suspiro de alívio, fechei os olhos e me entreguei ao sono, deixando para trás as preocupações e incertezas do dia.

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