Pouco antes de chegar em sua casa Liz sentiu-se observada novamente.
Liz — " O que poderia ser aquela sensação"— pensou na hora.
Com receio de ser um mau elemento, ela apressou-se para entrar em sua casa, já com a mão em sua arma de prontidão.
Quando fechou a porta, sentiu a sensação mais forte e mais perto, era claro como água, havia alguém atrás dela.
Um calafrio correu pela sua espinha, enquanto virava-se lentamente com sua arma apostos para se defender. Ao virar se deparou com o Homem Misterioso caindo em sua direção, ele era mais alto e mais pesado que a moça, a deixando em uma situação complicada.
Liz — Não acredito! Você de novo! Eu não deveria ter te esquecido? — Exclamou nervosa.
Liz — E depois nós nunca mais nos veríamos. O que isso agora? Foi saudade é? — Questionou a detetive sem parar com tom de ironia, até notar que o homem ainda estava ferido, com os estilhaços da ação da SWAT em seu corpo.
Liz — Aí, eu sinto muito! É claro que você iria vir ao meu encontro, somente eu posso te ver, que ignorância da minha parte, você ficou ferido todo esse tempo. Me deixe cuidar de você. — Disse ela sentindo-se culpada.
Homem Misterioso — Então? Você vai me ajudar se verdade ou vai ficar só se achando importante? — Retrucou ele rispidamente.
Liz — Ok, é claro que vou, já me disponibilizei para isso, mas temos um probleminha aqui, caso não tenha notado, estou sendo esmagada, você é mais pesado do que eu imaginei, vou precisar que você colabore um pouquinho! — Disse a moça quase que imóvel.
O Homem Misterioso deixou escapar um breve sorriso, enquanto via a dificuldade da moça, mas logo começou a colaborar para que ambos pudessem se levantar. Ele então sentou em uma cadeira e ficou a encarando, o que deixou a detetive constrangida.
Liz — Então o que foi agora? Vai me maltratar ou zombar de mim, por estar recuperando o fôlego? — Disse ela sem jeito.
Homem Misterioso — Não! Na verdade... detesto admitir isso, mas também estou fazendo o mesmo. — Disse ele notavelmente exausto.
Liz — Descul...— Começou.
Homem Misterioso — Não! Para de se desculpar o tempo todo! Isso já está ficando chato! — Cortou ele enquanto tirava a jaqueta e a camisa
Liz corou-se na hora, seu físico era atlético, forte sem parecer exagerado ou de um fisiculturista, os biceps eram grandes mas não inchados, o abdômen era plenamente definido, peitoral forte, suas costas eram largas e definidas sem exageros, ele possuía cabelos no peito e torso, mais não nas costas.
Era visível inúmeras cicatrizes, uma no antebraço direito como se houvesse tido uma amputação temporária ou uma semi amputação, no peito algumas pequenas de tiros e laminas, já nas costas, haviam algumas marcas de garras, tiros, lâminas e claro os estilhaços que ela teria que remover.
Liz — Por mais que seja como eu começaria a frase, não irei me desculpar como pediu. Me conta o seu nome por favor, eu não quero ficar te chamando de o homem misterioso, meu benfeitor ou sei lá. — Disse ela tentando esconder que havia analisado as cicatrizes dele.
Homem Misterioso — Me chama de Viajante então! — Respondeu.
Liz— Mas isso é quase a mesma coisa! — Disse ela revirando os olhos de desaprovação.
Homem Misterioso — Eu já usei vários nomes. Eu até possuo um que guardo e uso com carinho, pois foi uma pessoa querida que me deu.— Explicou.
Homem Misterioso — Mas como esse nome é quase que meu nome oficial, não costumo divulgar ele para qualquer pessoa. — Argumentou.
Homem Misterioso — Pense em mim como um ator que teve que interpretar muitos papéis, cada personagem um nome. Eu poderia te dizer para escolher um para mim nesse mundo. — Analisou.
Liz — Nesse mundo? Existe mesmo um monte de mundos como nos filmes etc.?— Surpreendeu-se.
Homem Misterioso — Sim mas isso é papo para outro momento. — Cortou.
Homem Misterioso — Então senhorita detetive Elisabeth Lee Sanders, quer um nome que eu já tenha usado, ou quer me dar um? Ah propósito falei certinho como seu chefe pediu não foi? — Disse ironicamente.
Liz — Você estava me espiando! Que cara de pau! Deveria te dar o nome de bisbilhoteiro! — Retrucou brava.
Homem Misterioso — Anda logo! — Exclamou com deboche.
Liz — Ok, como sou uma detetive e você um bisbilhoteiro. Lupo cairá bem, é como a lupa dos detetives mais em versão masculina. — Explicou.
Lupo — Quer dizer que vai me dar o nome pensando em um objeto? — Indagou.
Liz — Não é bem assim, a sonoridade é boa! — Justificou-se.
Lupo — De acordo! Sabe, esse nome também faz alusão a lobo, meu animal favorito. Meu sobrenome real é Wolf. Acho que está aprovado. Eu até que gostei! — Respondeu ele fingindo pouco caso.
Liz — Agora está justo você sabe o meu e eu sei o seu senhor Lupo Wolf! — Disse otimista
Lupo — Menos, ou chama de um ou de outro! Não faço parte do seu departamento. — Resmungou ele
Lupo — A propósito... Vai só ficar de papo mesmo ou tem alguma pinça por aí? — Indagou esperando o tratamento.
Lupo — Eu estou sujeito a certas regras, quase auto impostas, então não posso me curar sozinho sem equipamentos, mas se você me arrumar eles, eu mesmo arranco essas porcarias e faço os curativos! — Resmungou novamente um tanto sem paciência devido ao tanto de sangue que ainda estava perdendo.
Liz — NÃO! Eu mesma faço, deve ser por isso que você tem essas cicatrizes, não deve ter se cuidado direito por não alcançar as feridas! — Analisou ela.
Liz então tratou as feridas de Lupo, retirando qualquer restigio de vidro, madeira, e alumínio lançados pelos estilhaços das bombas.
Ela então o ofereceu um anti-inflamatório mais sugeriu que ele passasse a noite em sua casa, por garantia, como os ferimentos demoraram para serem tratados poderiam inflamar, causando febre e até alucinações.
Lupo concordou, no entanto no momento em que estava se levantando da cadeira para ir para o sofá, acabou cambaleando novamente.
Liz — Lupo! Espera! Você está bem longe de estar 100%, creio que esteja uns 40% somente. Você precisa repousar agora! — Dizia ela quando ouviu um som um tanto curioso, cômico e quase assustador devido a altura.
— ROOOOUUUUNNNNMMMM...RONNNNCC!— Som estranho
Liz — Céus! O que é isso! Seriam aquelas criaturas novamente? — Questionou assustada
Lupo — Deixa de besteira! Isso é.... Bom isso é... A minha barriga. — Disse ele sem graça
Liz — Ufa! Menos mau então isso consigo resolver, espero que você não seja fresco para comida. — Exclamou rindo.
Liz — Eu sou oriental como da para notar, então gosto de comer um pouco de tudo no jantar.... Aqui um pouco de Kinchi de Acelga, Teoboki, Barriga de porco, Carne assada, arroz,...isso, um pouco daquilo... Pronto vamos comer! — Disse ela após fazer um banquete completo
Lupo olhou perplexo, ele não imaginava que em tão pouco tempo ela teria montado uma mesa tão farta.
Lupo — Obrigado! Parece que você até que é boa em alguma coisa! Tudo está com um cheiro ótimo — Disse tentando não elogiar diretamente.
Liz — Beleza acho que não te ensinaram a elogiar, então vou considerar isso como um elogio. Não precisa ter vergonha, pode comer a vonta...— Dizia Liz, quando foi surpreendida com Lupo já com a boca cheia de carne a olhando com receio de ter comido a antes da hora.
Após a refeição Liz acomodou seu hóspede temporário em um sofá-cama, tomou banho e seguiu para seu quarto pois no dia seguinte entraria cedo no trabalho.
Mas Liz por mais que tentasse não conseguia parar de pensar no que Lupo disse, será realmente que era real, ou talvez apenas algo para engana-la, o que ela sabia era que o manteria perto o máximo que conseguisse, assim poderia ver e tirar conclusões por seus próprios olhos.
Continua...
...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...
Epílogo:
1 hora antes ...
Liz — Puxa vida, será que eu deveria ter aceitado a carona do Oliver, ou melhor do detetive Tucker, rsrs! — Ria sozinha.
Liz — Bom vamos lá! Vou ter que aproveitar o caminho andando para por meus pensamentos em ordem... — Analisou.
Liz — Aquele Homem Misterioso, será que eu o criei na minha mente! Ou foi real, se bem que deve ter sido real, ainda estou com esse perfume distinto, que com certeza não é meu nem do Tucker, fora que esse estilhaço na minha mão, me prova que eu estive lá, e por ter sido apenas atingida na mão... alguém me ajudou... — Analisou.
Liz — Queria ve-lo de novo! Tenho tanto para perguntar... Espero mesmo que tenha sido real... — Suspirou.
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Atualizado até capítulo 31
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