Taro acordou em um lugar que não era lugar nenhum.
O ar era pesado, carregado de uma energia sombria que parecia sufocá-lo.
Ele estava no mundo das sombras, um reino além da vida e da morte, onde as almas perdidas vagavam e as criaturas mais terríveis habitavam.
O céu era uma tapeçaria de cores escuras, com nuvens que se moviam como se estivessem vivas.
O chão era uma mistura de névoa e terra negra, e as árvores ao redor pareciam torcidas, como se estivessem em agonia.
Ele se levantou, sentindo o peso da maldição que agora carregava.
A mordida do zumbi sombra ainda latejava em seu braço, e ele podia sentir a escuridão se espalhando por seu corpo.
A fome insaciável que o consumia era diferente de qualquer coisa que ele já havia experimentado.
Não era apenas fome de carne ou sangue — era fome de algo mais profundo, algo que ele não conseguia nomear.
A Maldição do Zumbi Sombra
Taro olhou para suas mãos, que agora pareciam mais pálidas e frias.
Ele podia sentir a escuridão tentando consumi-lo, mas também sabia que ainda havia uma parte de si mesmo que resistia.
Ele precisava manter o controle, ou a maldição o transformaria em algo que ele não queria ser.
"Você está no mundo das sombras," sussurrou uma voz familiar em sua mente.
Era o Sistema Naobito, ainda ativo, mas agora funcionando de maneira diferente.
"Aqui, as regras são diferentes. Você precisa ter cuidado."
"O que eu faço?" perguntou Taro, olhando em volta, tentando se orientar.
"Explore. Encontre respostas.
Mas lembre-se: cada escolha que você fizer aqui terá consequências," respondeu Naobito.
Exploração do Mundo das Sombras
Taro começou a caminhar, seguindo um caminho que parecia se formar à sua frente.
As árvores torcidas sussurravam em uma língua que ele não conseguia entender, e as sombras ao seu redor pareciam se mover por conta própria.
Ele sentiu que estava sendo observado, mas sempre que olhava para trás, não via nada.
De repente, ele ouviu um gemido baixo e prolongado.
Ele se virou e viu uma figura esguia e desfigurada se arrastando em sua direção.
Era uma alma perdida, com olhos vazios e uma boca distorcida em um grito silencioso.
A alma estendeu uma mão trêmula em direção a Taro, como se estivesse pedindo ajuda.
"O que você quer?" perguntou Taro, cauteloso.
A alma não respondeu, mas continuou a se arrastar em sua direção.
Taro sentiu uma onda de compaixão, mas também de medo.
Ele sabia que não poderia ajudar todas as almas perdidas que encontrasse, mas também não poderia simplesmente ignorá-las.
O Primeiro Desafio
Enquanto Taro tentava decidir o que fazer, ele foi surpreendido por uma criatura sombria que emergiu das sombras.
Era uma criatura grotesca, com garras afiadas e olhos brilhantes.
Ela se moveu em direção a Taro com uma velocidade assustadora, emitindo um som que parecia uma mistura de risada e grito.
Taro reagiu rapidamente, usando a Luz Purificadora que havia desbloqueado.
A luz emanou de suas mãos, atingindo a criatura e fazendo-a recuar.
No entanto, ele percebeu que o poder era menos eficaz aqui.
A criatura não foi destruída, apenas afastada.
"Você precisa encontrar uma nova maneira de lutar," sussurrou Naobito.
"Aqui, a luz é mais fraca, e as sombras são mais fortes."
Taro respirou fundo, tentando se concentrar.
Ele sabia que não poderia depender apenas do sistema.
Ele precisava confiar em sua própria força e inteligência.
A Descoberta
Após afastar a criatura, Taro continuou a explorar o mundo das sombras.
Ele encontrou mais almas perdidas, cada uma com uma história trágica.
Algumas tentaram atacá-lo, enquanto outras apenas olharam para ele com olhos vazios, como se estivessem esperando por algo.
Foi então que ele encontrou algo que o deixou intrigado.
No meio de uma clareira, havia um espelho antigo, cercado por uma aura estranha.
O espelho refletia uma luz fraca, como se mostrasse algo além do que os olhos podiam ver.
Taro se aproximou do espelho e olhou para o reflexo.
Ele viu uma imagem de si mesmo, mas diferente. O reflexo tinha olhos vermelhos e uma aura sombria, como se fosse uma versão corrompida de si mesmo.
"O que isso significa?" perguntou Taro, confuso.
"É o que você pode se tornar," respondeu Naobito. "Aqui, suas escolhas definirão quem você é."
Taro olhou para o reflexo por um momento, sentindo uma onda de medo e dúvida.
Ele sabia que precisava continuar, mas também sabia que o caminho à frente seria cheio de desafios.
O Encontro com a Alma Perdida
Enquanto Taro continuava a explorar, ele encontrou uma alma perdida que parecia reconhecê-lo.
Era uma mulher jovem, com olhos tristes e uma aura de dor. Ela olhou para Taro e sussurrou:
"Você... você pode me ajudar?"
"O que você quer?" perguntou Taro, cauteloso.
"Eu estou presa aqui," respondeu a alma. "Eu não consigo encontrar a paz. Por favor, me ajude."
Taro sentiu uma onda de compaixão.
Ele sabia que não poderia ajudar todas as almas perdidas que encontrasse, mas também não poderia simplesmente ignorá-las.
Ele decidiu ajudar a alma, seguindo-a até o Vale das Lágrimas, um lugar onde as almas mais sofriam.
O Vale das Lágrimas
O Vale das Lágrimas era um lugar de dor e sofrimento.
As almas perdidas vagavam pelo vale, chorando e gemendo, presas em um ciclo de dor e angústia.
Taro sentiu uma onda de tristeza ao ver o sofrimento das almas, mas também sabia que precisava continuar.
"O que eu faço?" perguntou Taro, olhando para Naobito.
"Você precisa ajudá-las a encontrar a paz," respondeu Naobito.
"Mas lembre-se: cada escolha que você fizer aqui terá consequências."
Taro decidiu ajudar as almas, usando a Luz Purificadora para dissipar a dor e a angústia que as prendiam.
No entanto, ele percebeu que cada vez que ajudava uma alma, a escuridão dentro dele crescia um pouco mais.
A Falha do Sistema
Em um momento crítico, o Sistema Naobito falhou, deixando Taro vulnerável.
Ele estava cercado por criaturas sombrias e almas perdidas, e não tinha como se defender.
Ele precisava confiar em sua própria força e inteligência para sobreviver.
"Você está sozinho agora," sussurrou Naobito.
"Mas lembre-se: você é mais forte do que pensa."
Taro respirou fundo, tentando se concentrar.
Ele sabia que não poderia depender apenas do sistema. Ele precisava confiar em si mesmo.
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Atualizado até capítulo 34
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