Capítulo 20

O que era para ser uma reunião rápida, só para bebermos um chopp e irmos para casa, acabou levanto o resto da tarde, e só nos ligamos que tínhamos que ir embora quando o relógio marcou meia noite.

Moisés: Caramba gente! A minha mulher está me ligando. Tenho que ir.

Adam: Você está em condições de dirigir?

Moisés: Vou ter que estar. Vou devagar, tchau para vocês!

Lucia: É eu também estou indo.

Adam: Quer companhia até a sua casa?

Lucia: Olha só Padre, e se eu aceito? Posso te levar para dentro e só te soltar quando estiver perdido.

Fernando: Eu levo ela Adam, acompanha a Rain.

Adam: Valeu Fernando.

Lucia: Ai Fernando! Sabe que você não tem graça nenhuma! Parece aqueles filhinhos da mamãe. Sabe? Que andam penteadinhos com cabelo lambido... Aha, você não tem graça!

Fernando: Céus! Você bebeu muito mesmo hein. Tchau pessoal! Nos vemos amanhã no trabalho. E mesmo sendo sexta feira, depois de hoje, é melhor esquecer o happy hour.

Adam: Tem toda razão, até eu estou zuado. Vamos Rain?

- Sim, vamos.

Àquela altura, eu não negaria de forma alguma companhia para ir para casa. Mesmo sendo bem perto. Adam, foi caminhando ao meu lado, e no caminho, acreditei ser por conta da caminhada, minha cabeça que estava girando, melhorou.

Adam: Rain, como que é morar em um apartamento?

- É legal.

Adam: É mesmo? Sabe eu sempre tive meio que um preconceito de apartamentos. Ficava pensando nos vizinhos, e que eu nunca poderia voltar para casa sem que algum vizinho notasse a hora que eu chegaria. Além disso, o barulho nas laterais, e em cima. Um quintal compartilhado, não só com as pessoas que você sabe que moram com você, mas com qualquer outro estranho, que é conhecido dos seus vizinhos. Se o plano de um apartamento simbolizar somente um lugar mais seguro para se morar, é bem defeituoso. Muitas vezes, quando não sabem que você existe,não tem porque lhe fazerem mal.

- Você gosta de pensar que as pessoas, não sabem que você existe?

Adam: Sim. Para algumas especialmente.

- Não entendi, mas acredito que tem uma história por trás desse seu pensamento.

Adam: Tem sim. Uma hora eu te conto, porque já chegamos. Se por acaso for subir pelas escadas, vá devagar e tire esses saltos.

Adam sorriu amavelmente e foi embora.

Rain: {Alguma coisa em mim, me faz acreditar que e história do Adam é uma história triste. Vou ficar muito curiosa para saber... Acho que eu fico curiosa com tudo.}

Entrei no elevador, e percebi que ele estava demorando demais para subir.

- Espero que não vá quebrar... Logo agora!

Eu senti o chão tremer, e subir com dificuldade, mas conseguir chegar ao meu andar. Mas como na minha vida, nada era tranquilo, cheguei na porta e percebi, que havia perdido as minhas chaves.

- Essa não! Isso não está acontecendo! Eu não acredito!

Voltei, bufando de raiva na direção do elevador, para refazer os meus passos, na esperança de não ter deixado cair na choperia.

Heitor: Oi!

- Ah, Oi Heitor...

Heitor: Está procurando isso?

Ele levantou a mão com um molho de chaves, com um chaveiro na forma da letra R, todo cheiro de flores.

Heitor: Claro que eu pensei que eram suas.

- Muito obrigada Heitor, eu quase surtei agora.

Heitor: Amanhã eu vou falar com o Anselmo sobre esse elevador...

- Você também percebeu?

Heitor: Ele está travando, balançando. Acho que vai dar pau novamente.

- É pode ser. Bem, eu vou entrar agora. Mais uma vez... Obrigada por encontrar as minhas chaves.

Eu virei na direção do meu apartamento, e ele segurou a minha mão.

Heitor: Você vai ficar fingindo que nada aconteceu? Vai me deixar magoado.

- Heitor, me desculpa. Eu ainda não pensei sobre o assunto. E para ser sincera, nem tive tempo.

Heitor: Nesse caso vamos jantar almoçar no domingo? Sei que você não trabalha. Podemos ir em algum lugar legal, e você aproveita mais esse dia, para pensar se aceita namorar comigo. Por favor...

Ele olhou bem no fundo dos meus olhos.

Heitor: Não rejeite esse humilde pedido.

- Não vou rejeitar. Está marcado, almoço no domingo. Boa noite Heitor!

Me apressei para entrar, antes que ele tentasse mais alguma coisa.

...

No meu quarto, vi uma mensagem do meu tio. Ele havia mandado fazia uma hora, então abri as pressas para ver.

Tio Victor:

" Rain filha, como está? Espero que bem. Gostaria de lhe pedir um favor. Eu descobri sem querer, ao ver um carta aqui, que o Jasper recebeu uma proposta de emprego, em uma fábrica, como gerente de segurança na cidade central. Ele não me disse nada sobre o assunto. Acredito que ele não queria ir, porque não quer me deixar sozinho. Mas eu acho que é uma boa oportunidade para ele. Será que consegue descobrir o que ele vai fazer a respeito? Eu te pago com um almoço especial, quando vir me ver!

... Te amo."

- Uma proposta de emprego... Será que ia me falar sobre isso aquele dia? E eu fui tão rude...

Com o meu celular já em mãos, mandei uma mensagem para ele, sem pensar muito no horário.

Rain:

"Jasper, desculpa por aquele dia. Eu não fui muito legar. Como você está?"

Eu enviei a mensagem, e ele respondeu logo em seguida.

Jasper:

" Tudo bem. Eu estou com saudades. Isso é tudo o que sinto."

Rain:

" Mas a gente sabia que ia ser assim. Uma boa oportunidade de vida, a gente não pode ignorar. E por falar nisso, o nosso elevador aqui, está estranho. Ele fica travando, e tremendo."

Jasper:

" Detesto elevadores, mas isso pode ser a correia. Se estiver velha e mal cuidada, ela range, pelo esforço que faz. E é perigoso pois pode se partir. Temos que cobrar a manutenção urgente, desse homem aí. E esperar que ele vá fazer o trabalho direito."

Rain:

" Você poderia vir me acompanhar para eu falar com ele. Assim você já usa os termos técnicos, e assusta ele como da outra vez."

Jasper:

"Vou com prazer."

Rain:

"Então a gente combina. Mas fora isso, não tem nenhuma novidade? "

Jasper:

"Acho que o meu pai se apaixonou por aquela moça loira, que veio aqui, Ela ficou ao lado dele enquanto tocava piano. Só fala nela."

Rain:

"Ah, a Angel. Bem, eu apoio. Acredito que ela goste de homens maduros."

Percebi, que Jasper não queria contar sobre a oportunidade nem para mim. Precisaria tirar essas informações na marra, e pessoalmente.

Rain:

" Pode vir amanhã na parte da tarde então? Para falarmos com ele sobre o elevador? Se... Se não for te atrapalhar em alguma coisa."

Jasper:

" Você nunca me atrapalha com nada. Eu vou sim."

Rain:

"Ok, então, até amanha"

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