Acompanhei aquele homem com um certo receio. Primeiramente, por tudo o que Adam e Fernando me disseram, e depois, porque a feição dele, realmente me deixava desconfortável.
Gerente Roberto: Esse é o setor 1, aqui como você já viu fica a recepção, o depósito de materiais de escritório e o refeitório. Você quer dar uma olhadinha no refeitório?
Rain: Ah, sim.
Entramos no refeitório juntos, e o local era muito limpo. As mesas eram como mesas de restaurante, e onde ficavam as bandejas de comida, eram tudo em metal, e vidro brilhante. As cozinheiras, vestidas com uma uniforme branco com um detalhe laranja, todas com toca e luvas.
Gerente Roberto: Servem a melhor comida que você já provou aqui. Até mesmo os donos da empresa comem aqui de vez em quando.
Rain: Nossa, isso é bem interessante.
Do Refeitório voltamos para o elevador, duas pessoas subiram com a gente, e graças a elas, não precisei ficar sozinha com o Gerente.
Gerente Roberto: Esse aqui é o setor 2. Todos esse espaço, faz parte dos envios, correspondências, produtos enfim, almoxarifado.
Rain: Então a empresa também compra e revende?
Gerente Roberto: Exatamente. Os nossos produtos são todos relacionados com escritórios, informática e eletroportateis. Ali no final, temos esse outro elevador, vem dar uma olhada!
Ele foi na frente, enquando eu caminhava devagar. Percebi que a minha sandália estava me incomodando, apertando demais o meu tornozelo.
Gerente Roberto: Por ele, os nossos produtos sobem da entrada traseira do setor 1.
Era um elevador muito grande, do tamanho do meu quarto, ou até maior. Dois carros, subiriam tranquilamente por ele. Todo revestido de grades, e correntes grossas nas laterais.
Rain: Interessante. Mas ele deve ter um limite de peso, não?
Gerente Roberto: Olha só você! Já pensando em segurança não? Gosto disso! Sim, ele tem limite para uma tonelada. Pode parecer que até cabem mais coisas, mas não pode passar isso.
Rain: Entendi.
Voltamos ao elevador comum, e dessa vez, subi sozinha com ele. A minha tensão, estava maior, até porque o incomodo do meu tornozelo, estava ficando pior. Eu queria abaixar para abrir o fecho da sandália, mas não poderia fazer isso de forma alguma, perto dele.
Gerente Roberto: Aqui chegamos ao setor 3. Aqui fica a contabilidade e escrituração de notas. São quatro salas, e dezoito funcionários.
Rain: Que interessante, vocês mesmos fazem a própria contabilidade da empresa?
Gerente Roberto: Exatamente, temos um contador contratado, o Karlos, que no momento está de férias.
Rain: Cada vez mais impressionante.
Eu estava realmente admirada com o porte da empresa que eu pude ter a honra de ser contratada. Comecei a pensar, que aquela oportunidade era incrível, e que eu não poderia perder de forma alguma. Nosso tour, continuou;
Gerente Roberto: Bem aqui, Fica o setor 4 e o 5. O setor financeiro. Fica dividido dessa forma...
Ele apontou para a direita, onde no corredor, eu podia ver duas portas.
Gerente Roberto: Desse lado, o 4 é o setor da tesouraria. Aqui cuidam da parte que entra dinheiro vivo. Fazem a conferência, e enviam para o setor 5 a parte de transações. Eles enviam o dinheiro as contas bancárias, fazem transferências, e sei lá mais o que. Resumindo, o setor 4 e 5, são responsáveis por receber, e enviar os valores da empresa.
Rain: Entendi... Por isso essas portas parecem tão diferentes das outras?
Gerente Roberto: Notou até os detalhes hein? Gostei mesmo de você. Parece muito inteligente. É isso mesmo. Essas portas são revestidas, e travadas com senha. Como pode ver, nunca podem ficar abertas.
Rain: Entendi.
Gerente Roberto: Agora vamos para o setor 6 e 7.
Rain: Também são juntos?
Gerente Roberto: Exatamente.
De volta ao elevador, eu afastei-me um pouco do Gerente. Novamente, entramos sozinhos, e parecia que ele ficou mais perto. Quando a porta abriu, eu pisei em falso, e senti uma dor forte. Ele segurou o meu braço tão rapidamente, que não pude o rejeitar, até porque, cairia de cara no chão.
Gerente Roberto: Opa! Tudo bem aí?
Eu queria responder que sim, mas não estava. Senti que não conseguia apoiar o meu pé no chão. A dor era insuportável.
Gerente Roberto: Julgo que você torceu, deixa eu dar uma olhada?
Rain: Não! Está tudo bem... Vamos continuar?
Soltei a mão dele e me coloquei de pé.
Gerente Roberto: Então tá bom, vamos lá.
Ele foi na frente. E eu, ensaiando para tentar dar um passo.
Rain: "Queria não sentir essa dor"
Falei baixinho, sem me lembrar, que ultimamente, todos os meus desejos, estavam mesmo se realizando. Coloquei o pé com cuidado para frente, e não senti mais nada. Forcei a pisada, e nada.
Rain: {Não acredito! Estou curada?}
Gerente Roberto: Ei! Vamos? Se quiser parar um pouco?
Rain: Não! Estou indo.
Apertei o passo e o acompanhei. Ele falou sobre o setor de vendas, o numero 6, e o setor 7 eram as salas individuas, dos vendedores de destaque. Subimos novamente para o setor 8. Era recursos humanos e departamento pessoal da empresa. Passamos reto pelo meu setor 9, Setor de compras e pedidos.
Gerente Roberto: Nós caminhamos até aqui, embora temos o setor 11 também. Como é o setor dos donos da empresa, não temos autorização para entrar. Aqui no 10, é a gerência!
Notei que o lugar tinha várias portas, e do lado de fora, sofás, café e biscoitos. Até uma estante de livros.
Gerente Roberto: Aqui, todos os gerentes ficam. Cada um com a sua sala. Atualmente, somos nove gerentes. Cada um de nós responsável por um setor. O décimo, como você já deve ter percebido, é o gerente geral, que comanda todos.
Rain: Entendi. Aqui é bem aconchegante.
Gerente Roberto: Exatamente. Isso porque, alguns de nós, ficamos praticamente o dia todo nessa empresa. Alguns tem que trabalhar a noite, para acompanhar o recebimento do setor 2. Então claro que tem que ser praticamente a nossa casa, não acha?
Rain: Sim, com certeza.
Ele caminhou até uma porta, e eu fui até uma parte do caminho com ele.
Gerente Roberto: Essa, é a minha sala, vamos entrar?
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Atualizado até capítulo 35
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