Capítulo 10

 Heitor demorou um pouco para responder, mas, sentiu que deveria me dar a resposta que eu esperava.

Heitor: Não. Nossas idades não combinam. Assim como nossas mentes e gostos. Por isso, não deu certo nós dois.

Rain: Então você e ela já foram namorados?

Heitor: Casados. Feliz ou Infelizmente. Como ela preferir. Para mim, tudo é um longo aprendizado.

Rain: Entendi... Bem, acho melhor nós irmos agora. Angel?

Percebi que tinha que chamar Angel, por dois motivos, um era o som do piano, e o outro; Ela estar apreciando a presença do meu tio.

Rain: Angel! Temos que ir. Você pode...

Angel: Claro. Me perdoe. Senhor Victor, foi um prazer te conhecer, e principalmente escutar essa melodia adorável.

Victor: Imagine, por favor, voltem quando quiserem.

Saímos da casa de volta ao carro. No caminho, eu só conseguia pensar em como os meus desejos foram ouvidos. Poderia ser uma semana de sorte, mas isso era um fato. Como foram mais de um desejo, não seria uma coincidência? A única solução que encontrei para a minha grande dúvida, foi testar novamente.

Fiquei olhando para o lado de fora da janela, procurando alguma situação, em que eu pudesse usar o meu pedido. Então, ela veio. Na calçada de uma casa grande, um simples pintor, estava trabalhando no muro. Uma textura lisa, muito bonito ia sendo aplicada na parede. A cor, era creme. Tão claro, que quase se confundia com um branco. O telhado da casa, era cinza. Eu pensei que a junção dessas duas cores, deixaram a casa apagada. Se ele usasse um tom mais forte, o contraste do telhado daria uma elegância. Então, eu pensei na cor.

Rain: "Queria que essa tinta fosse verde!"

Eu não desgrudei os olhos do muro, e de repente, a tinta ficou na cor que desejei. Tanto na parte que ele havia pintado, como no balde de tinta. O pintor não pareceu notar a diferença, ele apenas continuou pintando como se nada tivesse acontecido.

Rain: Céus! Isso é real mesmo!

Angel e Heitor olharam para mim.

Rain: Ah, eu me refiro a casa nova, e tudo isso. Tipo... Será que é real mesmo? Sabe?

Não poderia contar isso para ninguém, não estava a salvo de ser somente uma coisa da minha cabeça.

Angel: Sei como é essa sensação Rain. Eu tive ela também.

Rain: É sim. É como eu me sinto.

||

De volta ao apartamento, eu estava maravilhada com a descoberta que havia feito. Mas como todo ser humano, dúvida muito de si mesmo, fiquei pensando novamente que poderia ser uma coincidência. Porque o pintor não percebeu a mudança da cor? Àquilo poderia ser ainda, só uma coisa da minha cabeça.

Olhei para a caixa de cereal em cima da mesa, estava praticamente vazia!

Rain: "Queria que o pacote estivesse cheio de novo!"

Esse momento, foi certeiro para eu entender que era real. O pacote foi se inflando novamente, até parecer recém comprado. Eu peguei o pacote e enchi uma tijela de vidro, em seguida coloquei o leite.

Rain: Ual!!! Isso é uma maravilha! Agora vou me preparar para o primeiro dia de trabalho, amanhã. Estou bem mais confiante!

Todas as coisas que eu precisava, deixei separado. Roupas, sapatos, bolsa, tudo ao alcance. Até porque, minhas coisas não estavam totalmente fora das caixas. Fui dormir ansiosa, pelo dia seguinte.

||

O celular despertou as 6:30. Levantei e fui tomar um banho. A água não esquentava, e passei dez minutos esperando. Quando conclui que o problema era mesmo o chuveiro, terminei meu banho, mais rápido, porque já havia perdido muito tempo.

Fui colocar umas fatias de pão na geladeira, e a campainha tocou.

Rain: Ai Essa não! Quem é?

Angel: Rain! Sou eu! Angel! Vim trazer a Alisson.

Rain: °Droga! Logo agora!?°

Corri para a porta e abri.

Angel: Bom dia Rain! Essa é a minha irmã, Alisson.

A moça de cabelos cor de cobre, olhou para mim. Ela tinha olhos verdes, e o rosto, era praticamente idêntico ao da Angel.

Rain: {Será que elas são gêmeas?}

Alisson: Bom dia.

A moça, respondeu e passou direto para dentro da casa, segurando uma bolsa grande.

Angel: Alisson, seja mais educada!

Angel pegou as demais bagagens, e entrou.

Rain: Bem, eu não tenho uma cópia da chave ainda. Vou levar, e tiro no caminho do trabalho, ok? Vou deixar vocês se arrumarem, o quarto é a direita. Preciso ir agora, se não vou me atrasar.

Angel: Então ele vai ficar aqui, e não vai poder trancar a porta!?

Rain: É só até o horário do almoço. E depois estamos em um condomínio. É seguro aqui.

Alisson: Ficarei bem Angel. Deixa ela ir trabalhar.

Angel: Você não vai ficar segura. Nesse caso eu fico aqui também, até a Rain voltar.

Alisson: Não tem necessidade. Pode ir.

Angel: Nem pensar! Eu fico e pronto.

Rain: {Céus, elas que lutem! Eu tenho que ir agora, se não perco o meu emprego.}

Rain: Até mais tarde.

Sai rapidamente. No corredor, à caminho do elevador, ainda podia escutar as duas discutindo.

Rain: Céus! Espero não me atrasar.

Não havia necessidade de pegar uma condução para o meu trabalho, eram dois quarteirões a frente, e eu poderia ir caminhando tranquilamente. Conforme eu apressava os meus passos. Acabei ficando cansada, e suei um pouco. A camisa que escolhi para suas, foi infelizmente uma branca, bem social. E já estava ficando com manchas de molhado.

Rain: °Queria estar seca agora!°

Eu falei sem pensar, e novamente, o meu desejo se realizou, e minha camisa, ficou como eu tinha acabando de passar. Respirei aliviada. Entrei no prédio, e encontrei a minha primeira dificuldade, haviam muitas portas, e elevadores, e eu não tinha ideia de onde estava indo.

Rain: Com licença, por gentileza poderia me dar uma informação?

A moça da recepção, estava mexendo no celular. Ela ergueu a cabeça, e me encarou por alguns minutos.

Recepcionista: Bom dia! O Atendimento ao público é a partir das oito e meia.

Rain: Eu sou funcionária nova. Quero saber para onde devo ir.

Recepcionista: Qual é o seu nome?

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