Caminhando pela calçada, com minhas sandálias, não mais apertadas, como antes. Eu seguia o caminho de volta para casa, e ia devagar, enquanto os meus pensamentos estavam acelerados. Eu tinha um poder, e ele realmente funcionava, não havia mais dúvidas disso. Então, se eu realmente tinha esse poder, eu não poderia resolver a minha vida toda em um piscar de olhos? Ao mesmo tempo que me senti eufórica, veio um medo repentino. E se isso tivesse um efeito colateral? Ou se tivesse um limite? Eu precisava saber mais, então, coloquei isso como prioridade na minha mente. Assim que chegasse em casa, ia procurar informações na internet.
Descendo da calçada, eu parei bem em frente a faixa de pedestres, e ia dar o primeiro passo, quando de repente,senti minha mão sendo puxada para trás. Eu assimilava o fato de ter alguém me puxando, quando um carro passou quase encostando na calçada, bem perto de mim. Por conta disso, eu entendi perfeitamente porque me puxaram; salvaram a minha vida. Finalmente, aliviada, eu olhei para o rosto do meu salvador.
Fernando: Você está bem Rain?
Ele era já era um homem bonito, mas, ao ver ele daquela forma, meio atrapalhado e bagunçado, achei ainda mais interessante.
Fernando: Fala alguma coisa, por favor, estou começando a ficar preocupado.
Rain: Desculpa... Eu estou bem agora, obrigada.
Fernando: Hoje em dia, até a faixa de pedestres não é mais segura. Nunca deixe de olhar os dois lados sempre.
Rain: Obrigada, com certeza levarei essa lição comigo.
Dei um passo para trás, e me afastei um pouco dele. Me recompuz; passando as mãos nos cabelos, para arrumar.
Fernando: Posso te acompanhar até em casa? Já que estou aparentemente no caminho mesmo?
Rain: Ah, é bem pertinho, não precisa...
Fernando: Por favor, é só uma gentileza que quer gostaria de fazer, se não se importar.
Rain: Certo. Então está bem. Pode me acompanhar. Mas só porque ainda está claro, e tem muitas pessoas na rua!
Sem dar muita atenção as minhas palavras, acabei passando a impressão, de que Fernando, poderia ser uma pessoa suspeita. Ele ficou em silencio, e evitou me olhar.
Rain: Ai Fernando, me desculpa. Eu não queria dizer, que você pode ser perigoso, embora, eu também não o conheça a tanto tempo...
Fernando: Tudo bem. Você está certa. E eu dei motivos, chegando assim do nada, e querendo me aproximar. A verdade... É que eu já estava te seguindo. Por esse motivo, consegui evitar que você parasse na frente do carro.
Nesse momento, fiquei um pouco apreensiva. Continuamos caminhando em silencio, até chegar na entrada do prédio.
Rain: Bem... Obrigada por me acompanhar e...
Fernando: Espera um pouco Rain, você não vai me perguntar porque eu estava te seguindo?
Rain: Eu até pensei em perguntar, mas fiquei com receio da resposta.
Fernando: A resposta não é maliciosa da minha parte. Estou mesmo preocupado, com o Senhor Roberto. Pensei que ele pudesse aparecer, para lhe dar uma carona.
Rain: O que? Está falando sério? Desse jeito, com essas coisas que você e o Adam me falaram, eu vou acreditar que ele é um tarado!
Fernando: Não seria ruim pensar dessa forma.
Rain: Céus, se ele é assim... Porque ninguém disse nada até agora?
Fernando: OIha... Tem uma história por trás disso. Eu tenho certeza.
Heitor: Rain?
Heitor se aproximou de mim, enquando estava entrando no prédio, vestido com suas calças de corrida, e sempre com o magnifico peitoral em exposição. Eu olhei por alguns segundos, e depois voltei a minha atenção, para Fernando.
Rain: Como vai Heitor? Boa tarde.
Heitor: Estou bem, acabei de chegar da corrida... E esse aí? Quem é?
A frase de Heitor me doeu os ouvidos. Ele se referiu ao Fernando com desdém, e não disfarçou a cara de incomodo.
Rain: Esse é...
Fernando deu um passo à minha frente e estendeu a mão, com um sorriso simpático, mas sem aparecerem os dentes.
Fernando: Eu sou o Fernando, amigo da Rain, como vai Heitor?
Heitor: Ah, estou ótimo como pode ver.
Fernando: No meu ver, para estar ótimo, precisa de um banho.
E o aparentemente quieto e pacífico colega de trabalho, mostrou naquele momento, que era bom de briga. A resposta dada para Heitor, o deixou sem palavras, e visivelmente desconfortável.
Heitor: Aha... É... Eu vou entrando, prazer em conhecer. Até mais Rain.
Rain: Ah sim. Até mais!
Quando Heitor entrou, Fernando sorriu de verdade para mim.
Fernando: Esse homem não é confiável! Tome cuidado com ele!
Rain: Quê?
Fernando: Nos vemos na empresa amanhã! Tenha uma ótima noite!
Rain: Obrigada, para você também.
III
Quando entrei no apartamendo, Alisson estava sentada no sofá, assinstindo um filme.
Alisson: Oi! Você não veio almoçar hoje, eu fiz macarrão.
Rain: Não consegui. Obrigada, mas não precisa se preocupar em almoço se for para mim. Agora eu não sei quando venho, ou quando não.
Alisson: De qualquer forma, fica na geladeira e pode pegar depois, se quiser, tipo agora, para jantar.
Rain: É.. Acho que é uma boa idéia. Vou tomar um banho, e já venho.
Entrei no quarto, separei o pijama que ia usar, e já deixei o computador ligado. Após o banho, peguei um prato do macarrão na cozinha, mas Alisson já tinha ido para o quarto dela. Voltei para o meu quarto com a comida, e um copo de chá; fui digitando e comendo ao mesmo tempo.
Na minha busca, escrevi a frase: Exite poderes mágicos de desejar coisas?
Os tópicos foram vários:
Categoria de poderes mágicos - Magia por meio de palavras - Realização de desejos. Uma das 3 regras de um genio que você não pode desejar.
Rain: Droga! Isso parece muito aleatório. Eu preciso especificar...
Um pessoa adquiriu o poder de desejar.
Rain: Nada... Isso está muito vago... Bem, como é que acontece? Deixa eu pensar.... Uh, já sei! Eu queria uma caixa de bombons agora!
...
Rain: Ué? Não aconteceu nada? Mas eu fiz isso antes, encheu todo o pacote de cereal... " Quero uma nota de cem!"
Indignada, fiquei pedindo várias coisas aleatórias, porém nada apareceu.
Rain: Então... Será que eu já perdi os poderes? Logo agora que eu queria explorar mais isso?
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Atualizado até capítulo 35
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