Capítulo 4: Segredos Ocultos

No dia seguinte...

Terça-feira, 23 de maio de 2023. 14h:00 min PM

O clima estava nublado.

Os novos amigos se encontravam no refeitório para discutir sobre o que aconteceu na noite anterior.

— Aquilo foi surreal! — diz Andressa, quebrando o silêncio.

— Foi assustador! — diz Annabel, com o olhar perdido em um ponto aleatório, tremendo os dentes.

— O que devemos fazer agora? — perguntou Jenny, franzindo a testa.

— E os outros? Onde estão o Andrew e o Gustavo? — Ayre perguntou, querendo a opinião dos amigos.

— Do que vocês estão falando? Quem são o Andrew e o Gustavo? — A castanha questionou, levantando a sobrancelha com estranheza.

— Como assim? Você está brincando, Andressa! Isso é sério! — Ayre diz, impaciente.

— É sério? Quem é Andrew, Gustavo? Eu não os conheço. — perguntou Andressa, confusa.

— Aquela coisa que os pegou, fez alguma coisa com eles. — comentou Jenny.

— Você não sabe quem é o Andrew? Você realmente não se lembra? — Ayre perguntou, virando-se para a amiga.

— Sinceramente, vocês estão agindo estranho, Ayre. Eu não entendo nada do que estão falando. E eu não conheço ninguém chamado Andrew! A única coisa que sei é da igreja de ontem. — diz Andressa, olhando diretamente para o amigo.

— Isso está muito estranho... — diz Annabel, pensativa.

— O Andrew, nosso amigo! Ele te emprestou a blusa! Você sabe quem ele é! — Ayre diz confuso, tentando convencê-la.

— EU ENTENDI! Será que Aquela criatura, seja lá o que for, deve haver com isso. Andressa, Lukas e Josy foram os únicos que não assinaram o nome, somente nós, só nós sabemos quem são o Andrew e o Gustavo. — comentou Annabel, entendendo tudo.

— Aliás Onde estão o Lukas e a Josy? — perguntou Jenny, notando que eles não haviam ido para faculdade.

— Eles faltaram hoje. — diz Ross, rispidamente.

— Ok, a criatura que os capturou certo? Ela está fazendo com que ninguém se lembre deles? Será isso? Será que é porquê assinamos naquela parede? — questionou Jenny.

— Isso é mais complicado do que parece. Eu não encontrei nenhum registro dos dois na chamada hoje na aula de e histologia, achei muito estranho os nomes deles terem sumido, é como se eles não existissem... — diz Anna, perplexa.

— Não deveríamos ter ido lá! Isso vai acontecer com a gente também? — Jenny se perguntou, preocupada.

— Temos que resolver isso! Não podemos deixá-los lá... — diz Annabel, enfatizando a importância da situação.

— Isso é sobrenatural, não conhecemos essa coisa e nem sabemos por que ela pegou eles, em teoria ela virá atrás de nós e vai nos fazer desaparecer? Nós assinamos naquela maldita parede, será que ela está com raiva? Será um mistério? — complementou Ayre.

— O Mistério Dos Esquecidos, isso é real? Já ouvi uma história parecida com essa, estamos em apuros, não temos nenhuma chance! Vamos desaparecer e ninguém vai saber que existimos! — diz Annabel, respirando rápido, entrando em pânico.

— Calma, relaxa! — diz Jenny, agitando as mãos para acalmar a amiga.

— Ei, estou aqui! O que vocês estão falando? — diz Andressa, brava, querendo se envolver na conversa.

— Eu notei que essa coisa está capturando com base na ordem em que cada um assinou seu nome. Primeiro foi o Andrew, depois o Gustavo. Quem foi o terceiro? — perguntou Ayre, ligando os pontos, ignorando a amiga.

— Sou eu, eu sou o próximo! Eu fui o terceiro a assinar! — diz Ross, com medo e olhar perdido.

— Ross está em perigo, não vamos voltar lá! Temos que procurar uma autoridade ou um padre! — falou Jenny, com as mãos na cabeça.

— A coisa só vai atacar se formos lá será ? — perguntou Annabel.

— Temos que voltar lá, temos que encontrar pistas e descobrir o que está acontecendo e como resolver esse problema! — afirmou Ayre.

— Todos nós estaremos correndo risco. Se a criatura só ataca lá, não devemos enfrentá-la, seria suicídio! — diz Jenny, com precisão.

— Temos que buscar respostas, e elas estão lá, na igreja! Precisamos planejar um plano para evitar ferimentos... — diz Ayre, com confiança, passando a mão na testa.

— Não, não, não! Vocês querem nos matar? Se pisarmos lá, Vamos desaparecer para sempre! Igual Gus e Andrew, os nomes deles sumiram da lista da chamada, Andressa nem sabe quem eles são! Sendo que isso foi ontem.— diz Jenny, furiosa.

— Eu sei que é arriscado, não podemos simplesmente ignorar a situação. Estamos em perigo, eu sei. Você quer salvar seus amigos? — Ayre perguntou, para a morena.

— Que criatura, pessoal? Eu não vou voltar lá depois do que aconteceu! Aqueles barulhos estranhos... Alguém pode, por favor, me explicar o que está acontecendo? — perguntou Andressa novamente, já entediada.

⏰ O grupo de amigos explicou contando tudo o que aconteceu com eles para Andressa, que apenas ouviu atentamente cada palavra, franzindo as sobrancelhas e achando toda a explicação sem sentido.

— Então, ontem à noite uma criatura apareceu na igreja e capturou o Andrew e o Gustavo? E eu tive minha memória apagada? — perguntou Andressa, com o braço direito apoiado no braço esquerdo.

— Mais ou menos. Vamos explicar melhor tudo isso depois, ok? — Ayre abraçou a castanha.

— Depois que as aulas terminarem, hoje à tarde, vamos voltar lá e encontrar respostas, tentar... — Ayre ressaltou para o grupo.

— Esse é o plano? — perguntou Jenny, arqueando uma sobrancelha.

— E você, Ross? Você vai para lá? — Anna se virou para o moreno.

— Eu sei que é arriscado, mas não podemos ignorar isso. Pensei muito e acho que posso servir de isca e distrair aquela coisa, enquanto vocês procuram por algo... Temos que salvar nossos amigos. — Ross diz confiante, mas com receio.

— Eu acho que isso vai dar errado! — suspirou Jenny.

— Temos que arriscar! Um por todos? — A garota de cabelos azulados estendeu a mão.

— E todos por um! — os outros estendem a mão e se abraçam.

— Nos encontramos pontualmente às 17h:30? — O garoto de pintinhas/ belezinha marrons (Ayre) perguntou.

— Claro, vamos acabar com essa criatura! — declarou Annabel, determinada.

Um tempo depois...

⏰ 17h:30 min PM

Os amigos se reuniram novamente no refeitório após o término das aulas. Eles estavam todos nervosos, mas também determinados a salvar seus amigos.

— Vamos lá! — disse Ayre. — Temos que encontrar respostas.

Eles se dirigiram à igreja/ depósito e entraram. A igreja estava escura e silenciosa. Os amigos se olharam e então começaram a procurar.

Eles procuraram por toda a igreja, mas não encontraram nada. E nada da criatura aparecer. Estavam prestes a desistir quando ouviram um barulho.

— O que foi isso? — perguntou Jenny, com medo.

Os amigos se calaram e ouviram. Ouviram o barulho novamente. Era um barulho vindo da sacristia.

— Vamos dar uma olhada. — disse Ayre, guiando o grupo.

Eles se aproximaram da sacristia e abriram a porta. A sacristia estava escura, mas eles podiam ver uma figura na escuridão.

— Quem está aí?— perguntou Ayre sem medo.

— Eu sou o padre da igreja. — disse o homem. — O que vocês estão fazendo aqui?

— Estamos procurando por nossos amigos. — disse Jenny. — Eles desapareceram.

O padre assentiu. — Eu sei. — disse ele. — Eles foram capturados pela criatura.

— A criatura? — perguntou Ayre. — O que você sabe sobre ela?

— Como sabe sobre os nossos amigos? — questionou Anna, sentindo uma energia estranha vinda do homem.

— É uma entidade maligna. — disse o padre. — Ela reside nesta igreja há tempo.

— O que podemos fazer para salvá-los? — perguntou Anna, semblante.

— Vocês precisam destruir a criatura. — disse o padre. — Mas tenham cuidado, ela é muito poderosa.

Os amigos se olharam. Sabiam que era perigoso, mas também sabiam que tinham que salvar seus amigos.

— Vamos fazer isso! — disse Ayre, com coragem.

— Se nossos amigos foram capturados por essa coisa, todos vocês estão em perigo estando aqui, nós temos que sair deste lugar e procurar alguém mais experiente...— interpôs Andressa.

— Se algo der errado, você será nossa única esperança, você não deve, de forma alguma, assinar a parede, você é imune a ela...— disse Ayre, tocando os ombros da melhor amiga.

— Vamos nos dividir, eu, Jenny e Ross iremos para o sudoeste da igreja, enquanto Ayre e Andressa irão para o leste. Entendido? — disse Anna, determinada.

Eles se viraram e saíram da sacristia. Estavam determinados a destruir a criatura e salvar seus amigos. E assim, o grupo dividido colocou o plano em ação.

⏰ 18h:00 min PM

Annabel, Jenny e Ross reviraram a igreja por um longo tempo, mas não conseguiram encontrar a criatura. Estavam prestes a desistir quando ouviram um barulho.

~Ross, meu amor, siga a minha voz, meu filho!

Sem hesitar, Ross seguiu a voz.

Anna se distraiu vendo o padre andando por ali, decidindo segui-lo, sentia alguma coisa, sua intuição não enganava, enquanto Jenny seguiu atrás de Ross.

Anna seguiu o padre de fininho, o vendo entrar em um cômodo de orações, escutando-o sussurrar.

“Ela precisa se alimentar, não estamos seguros, a sombra te consome e sua luz se apaga, esqueça de mim.” Repetidas vezes.

— Ei, o que você está fazendo? — perguntou Anna, chamando a atenção.

— Me perdoe, garota, mas não posso deixá-la partir! — O padre diz, olhando seriamente para a garota de cabelos azuis.

E no mesmo instante, a porta se fechou, trancando-os ali.

— O que? Me deixe sair!! POR FAVOR, ABRA ESSA PORTA! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO!– gritou Annabel, em desespero.

— Não, esse sacrifício trará equilíbrio, precisamos ser levados por ela! — O homem diz calmamente.

— VOCÊ É MALUCO! JENNY! ONDE VOCÊS ESTÃO?!? — Anna gritava desesperadamente.

⏰ 18h:07 min PM

~ Continue me seguindo, meu amor.

Ross viu sua mãe, que era falecida entrar no depósito, encantado e com os olhos lacrimejando ao vê-la, Ross adentrou.

— Mãe??? O que você está fazendo aqui? — O Moreno perguntou.

Jenny, que estava andando atrás do amigo, vê-o entrar no cômodo à frente.

— Ei, Ross! Não entre, é uma armadilha! — A Morena de óculos gritou, correndo desesperadamente atrás do amigo, mas não conseguindo alcançá-lo, a porta se trancou.

— Ross, saia daí, por favor! Escute a minha voz. É a criatura! — Jenny diz, batendo as mãos na porta.

Alguns segundos depois, a porta se abriu, e a criatura ficou em frente à garota.

Jenny gritou alto.

A criatura lançou seu chicote, agarrando em volta do pescoço da morena, prendendo-a como um touro, apagando-a instantaneamente, sem dar tempo para a morena fugir dali. Se alimentando das identidades, seguindo atrás dos últimos que restavam.

⏰ 18h:11 min PM

— Você não precisa ter medo, isso será rápido. Você precisa vê-la! — diz o perturbado padre para Anna.

— Por que você está fazendo isso? Foi você quem invocou essa criatura? O que você ganha com isso? Me deixe sair daqui agora! — ressaltou a jovem.

— Porque é lindo! — O homem sorriu

Anna estava prestes a retrucar, mas ouviu uma voz conhecida.

~Annabel!

Ela se virou na direção da voz, vendo sua avó falecida ali em sua frente.

— Vovó Claire? — A Garota ficou sem reação, paralisada no lugar.

~ Me abrace, querida. Sinto sua falta Anna!

Annabel abraçou sua avó sem hesitar, sem perceber que era apenas uma ilusão criada pela criatura.

As duas pessoas que estavam naquele cômodo simplesmente desapareceram sem deixar vestígios.

⏰ 18h:14 min PM

— Você ouviu isso? Foi o grito da Jenny! — disse Ayre indicando para Andressa.

— Eu também ouvi! — afirmou a castanha.

— Temos que sair daqui agora! A criatura deve ter pego eles... — O Jovem segurou a mão da amiga, saindo correndo, totalmente desorientado.

— É a criatura? O que está acontecendo? — perguntou a castanha com medo.

Ayre se deparou com a criatura em sua frente, se aproximando lentamente de si.

— Você está vendo essa coisa? — Ayre se virou, perguntando para a castanha.

— Eu não estou vendo nada! — respondeu Andressa, olhando para frente.

— Amiga, eu quero te pedir uma coisa, prometa para mim? — perguntou Ayre, juntando as mãos com as de Andressa.

— Eu prometo! — Andressa respondeu, apreensiva.

— Pegue meu colar. — Ayre tirou seu colar do pescoço, entregando para a amiga.

— O quê? Por quê? O que vai acontecer? — A Jovem perguntou, sem entender nada.

— Você não vai se lembrar de mim... Eu quero que você não se esqueça de mim. Prometa que vai se lembrar de mim e vai encontrar uma solução? Eu vou ser apagado Andressa, igual os outros, A criatura vai fazer você se esquecer de mim...— disse Ayre, derramando algumas lágrimas.

— Ayre, não estou entendendo! — disse Andressa, começando a lacrimejar.

— A criatura vai me apagar da realidade, e você não vai se lembrar de quem eu sou. Prometa que vai nos salvar! — disse Ayre calmamente.

— Eu prometo! — Andressa pegou o colar do amigo.

— Agora corre! — foi a última coisa que Ayre disse, o jovem foi puxado para trás com uma força, desaparecendo na frente de Andressa como poeira, sendo deletado da existência.

“O último foi capturado.”

Andressa correu desorientada em direção à saída, desesperada. Respirando rápido, com o coração acelerado, ela de repente esbarrou em alguém, assustando-se.

— O que a mocinha está fazendo aqui? Isso é proibido! Saia imediatamente! — diz um homem para a garota. Ele estava usando um uniforme de limpeza da faculdade.

— Me desculpe! — diz a castanha, saindo correndo.

— É proibida a entrada de estudantes aqui! Não entre aqui nunca mais! Me ouviu? Vaze daqui se não eu vou dedurar para a direção! — disse o homem, grosso.

Andressa reparou no crachá do homem. “Edward”, saindo daquele local imediatamente.

seria um nome importante?

~Continua....

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Comments

Astolfildo

Astolfildo

Pqp. MDS, agora eu amo o Ayre. Meu personagem favorito. Amo esse tipo de acontecimentos nas histórias. O fato de só ele lembrar torna o personagem muito importante no desenvolvimento da trama.

2025-01-13

1

Astolfildo

Astolfildo

Um verdadeiro herói coloca-se à disposição para proteger o amor. Ross demonstrou isso muito bem.

2025-01-13

1

Astolfildo

Astolfildo

Eu amo essa adrenalina, adorei o autor ter descrito o local exato da igreja, na sacristia.

2025-01-13

1

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