Árvore de natal

...Francis ...

Houve um breve silêncio de uns cinco segundos o meu cérebro reiniciou e processou a informação, aquelas palavras: grávida eu quase não consegui reagir, eu só sentia vontade de me ajoelhar e agradecer a Deus pela oportunidade de ser pai novamente dessa vez eu conseguiria participar ativamente de todo o percurso de todo o processo desde os primeiros enjoos até a hora que a nossa criança conhecerá a mundo. Lívia estava com o rosto pálido talvez fazendo as contas de quando não usamos preservativos, tenho certeza que foi após aquele jantar onde fizemos amor no carro, essa foi a única vez que esquecemos de usar, ela olhou para mim e eu lancei um sorriso acolhedor e a abracei e todos na sala vibraram de alegria foi tanto comoção que a médica expulsou a minha família da sala e ficamos apenas eu a Lívia e a médica na sala.

- bom, vou passar algumas vitaminas e uma lista de coisas que você precisa consumir e quanto ao pré-natal já tá tudo organizado, a sua fixa tá pronta iremos te acompanhar de perto.

- ótimo! Quero os melhores médicos cuidando da minha mulher, não poupe recursos e nem meios, não importa o valor.

- agora vou deixar os papais a sós.

- e quanto a alta dela?

- darei entrada na papelada. Ah! mais uma coisa é bom evitar possíveis estresse e não abusar de atividades físicas e quanto atividades sexuais e bom esperar até ela se estabilizar.

- entendido!

Eu anotei tudo que era falado, e já ttopensando em contratar enfermeiras para cuidarem dela ata, um chefe de cozinha especializado, precisamos também contratar uma decoradora para o quarto, falando em quarto qual iremos usar? Tem que ser um do lado do nosso quarto, ou seria melhor o bebê ficar no nosso quarto? Também tenho que pensar em que escola iremos matricular, nos nomes, vai ser menina ou menino? Não tenho preferências. Eu estava alucinando em pensamentos que nem notei quando a Lívia me chamava.

- EI!

- ah! Oi! Que foi meu amor?

- essa é a quinta vez que eu te chamo, no que estava pensando?

- desculpa e que eu estou em choque com a notícia ainda.

- você está feliz com a notícia?

Ela falou um pouco triste, eu fiquei tão animado com a ideia que acabei esquecendo do mais importante, em como a minha mulher estava se sentindo, até porque ela que tá gerando a criança eu não sei se ela queria outro bebê, não tivemos chances de conversar sobre isso. E se ela não quiser o bebê?

- Claro que estou feliz, meu amor, mas aqui o que importa é saber se você está feliz.

- eu não sei como estou, foi tudo tão rápido.

Me sentei do lado dela, na cama e dei todo apoio e acolhimento que ela poderia precisar.

- você não está sozinha, eu estarei todo o tempo ao seu lado, não importa qual seja a sua decisão de ter ou não ter a criança, eu vou te apoiar.

E isso é verdadeiramente verdade, nunca julgar as escolhas dela, sempre vou apoiar mesmo que isso me deixe triste, o que me deixaria mais triste e obrigar ela a fazer algo que ela não quer.

- eu quero e vou ter essa criança, e só que é assustador me fez lembrar em como eu me senti quando eu estava grávida da Liz.

- desculpa eu não estar lá

- isso não é culpa sua.

Ela respirou fundo, colocou a mão sobre a barriga e deu um largo sorriso.

- espero que esse bebê se pareça com você. Seja bem vindo bebê.

O meu coração estava radiante, eu me joguei com todo cuidado sobre a barriga dela e falei com o bebê.

- eu sou o seu papai e estou ansioso para a sua chegada.

- bom, ainda falta um tempo.

Felicidade estava estampado no rosto de cada membro da minha família até a minha mãe já tinha esquecido que ela era contra e estava agarrada a Liz arrumando o seu cabelo, Liz já estava a chamando de vovó o meu pai me abraçou e me deu os parabéns e quanto ao meu irmão um bebê chorão eu sabia o quanto o apoio da família era importante então já mandei o meu avião particular buscar os pais da Lívia amanhã de manhã eles chegaram.

A chegada dos meus sogros me deixou nervoso, mas fui recebido com muito amor e eles ficaram radiantes com a notícia, Lívia estava toda chorona e não parava de agradecer eles já viriam para o natal eu só antecipei uns dias, mas não vou mentir me senti um super herói. Liz estava saltitando pela casa toda orgulhosa que seria irmã mais velha, ficamos com medo dela sentir ciúmes do bebê, mas ela se mostrou muito madura para a sua idade, mas mesmo ela se mostrando uma mini adulta redobramos os cuidados com ela.

- papai quando vamos montar a árvore de natal?

- amanhã.

A casa estava cheia de gente era um clima acolhedor os meus pais e os pais dela estavam de tratando muito bem os enfeites de natal rolavam pelo chão, poderíamos ter contratado uma empresa para montar tudo, mas fazer tudo bem família tornava as coisas ainda melhores e no final tudo vali a pena, a decoração ficou linda.

Ainda tivemos um jantar em família um tanto quanto acolhedor, no final, enquanto todos tomavam chocolate quente na sala, minha mãe me puxou para o canto.

- filho, me desculpe por aquele dia eu agi igual uma boba e vendo todos juntos agora me fez perceber o quão tola eu fui.

- tá tudo bem mãe.

Ela passou a mão na minha cabeça carinhosamente.

- você tá formando uma família maravilhosa, estou muito orgulhosa de você.

- isso é muito significativo vindo de você, mãe.

- quero te dar uma coisa

Ela retirou uma caixinha de dentro da bolsa e me entregou, eu já tinha entendido o que era. A aliança de noivado da família e tive a certeza quando eu abri.

Esse anel foi da minha bisa depois da minha avó depôs da minha mãe e agora vai ser da minha mulher.

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