...Francis...
Minha mãe me arrastou para o escritório, a ideia de deixar minha mulher sozinha naquele covil de cobras me deixava apavorado, mas tenho certeza que ela não vai baixar a cabeça, e nem deixará ser ofendida, então eu devia era tá preocupado e com os outros, espero que ela não deveria todos eles ela precisa guardar espaço para o jantar. A minha mãe tentava manter a compostura elegante e refinada, mas eu sabia que por dentro ela estava mais para um vulcão em erupção, quase solto uma gargalhada mas me mantenho sério.
- como meu único filho pode fazer isso com a sua pobre mãe doente?
Ela gesticulava com a mão
- em primeiro lugar você não está mais doente e em segundo lugar é minha vida, minha escolha.
Lá vai ela por a mão no peito de novo, mas dessa vez ela só respira fundo tentando não gritar.
- e como fica nossa relação com os Berths? E quanto a palavra que eu dei sobre o seu casamento? A minha reputação vai se arruinar, você não se importa com isso?
- você disse certo, você deu a sua palavra. Eu nunca me comprometi com a Bárbara, isso é coisa da sua cabeça.
- pensa bem meu filho. A Barbara é uma moça de berço, educada, conhecermos as famílias umas das outras, pense em como isso vai ser benéfico para ambos.
Ela está falando das ações da empresa dos Berths, além de amizade as famílias tem histórico de negócios e um casamento manteria a tradição de pé.
- não precisamos do dinheiro deles.
- não é só sobre dinheiro garoto e status essa gata de rua que você trouxe para casa é só um caso passageiro.
- você se arrepender dessas palavras quando se apaixonar por ela também.
- e quanto a essa criança? Porque quer assumir um filho que não é seu?
- a filha é minha.
- não vem com esse papo de que seja porque você vai criar ela vai ser sua. Entenda meu filho quando o pai dessa bastarda aparecer a mãe não vai pensar duas vezes em escolher ele.
- minha filha não é bastarda.
- você ainda vai continuar com isso?
Eu estava me segurando o máximo para não ser desrespeitoso com a minha mãe, mas ela estava tirando a minha paciência de uma forma inimaginável.
- filho, mande esse gata de rua ficar com a cria dela e vamos aproveitar o jantar.
- eu não queria ser rude e falar dessa forma, mas não tem jeito.
- além de tudo ela pode tá usando essa criança para te dar um golpe.
Respirei fundo e então soltei.
- há cinco anos eu trepei com aquela mulher, eu tirei sua virgindade e gozei dentro dela sem nenhuma proteção alguma. Ela criou a criança sozinha até agora e mesmo depois de me reencontrar, ela nunca me pediu nada, nem queria que eu soubesse que a criança era minha, foi eu que corri atrás dela, eu que implorei para ela me aceitar em sua vida foi tudo eu e não me arrependi de nada.
Minha mãe estava em choque.
- eu sou louco por essa mulher desde o primeiro momento que eu a vi, então mãe ou você aceita e participa das nossas vidas ou então e você que vai sair perdendo.
Me levantei e saí do escritório e fui direto para onde todos estavam, mas antes de chegar alguém puxou meu braço, era a Barbara ela estava escutando a conversa esse tempo todo?
- Francis...
- sei que detesta essa ideia de casamento tanto quanto eu, mas agora não precisa se preocupar você tá livre, viva sua vida por conta propria ache alguém que você ame.
Coloquei minhas mãos por cima da dela, afim de me soltar. Ela estava de cabeça baixa, escutei um fungar de nariz e então ela responde.
- eu nunca vi esse casamento como uma preocupação porque eu sou apaixonada por você desde criança, então por favor pense bem vamos nos casar.
Me afasto o mais rápido possível dela, não quero gerar um inconveniente ou mal entendido.
- Bárbara, eu nunca te vi como mulher, para mim você é uma irmã.
- porquê? Eu não sou bonita?
- você e m...
- eu não sou boa o suficiente e isso? Eu não sou inteligente suficiente? Me diz...
Ela já estava exaltada, a voz saia cheia de raiva e ranco.
- não é nada disso, qualquer homem seria sortudo em ter você como esposa.
- então porquê você não me quer?
- Porque você não é ela. Meu coração já tem dona há muito tempo.
Eu saio sem olhar para trás, não queria tornar aquilo mais doloroso para ela, mas eu não me importava suficientemente para ficar e limpar as suas lágrimas, eu queria mesmo era encontrar o meu amor. Quando volto para a sala a encontro em um super bate papo com meu pai, irmão e o pai da Barbara ela os mantinham entretidos em algum assunto político sei lá, mas todos pareciam na palma da sua mão, enquanto a mãe da Barbara a olhava com cara de desdenho no canto da sala mas isso não a intimidava de forma alguma.
- licença pessoal, mas eu preciso roubar minha mulher por um momento.
Agarei na sua mão e a levei até a varanda do cômodo seguinte e assim que constatei que não tinha ninguém eu a abracei.
- foi muito ruim com a sua mãe? Você tá bem?
- nada de mais. Mas tudo vai ficar bem no final.
- então porque você tá assim? Algo aconteceu para você ficar tão abalado, então me fale.
Eu quase a esmaguei dentro do meu abraço. Há como eu quero essa mulher, quero tudo os beijos, os abraços, os sorrisos, tudo.
- só quero recarregar minhas energias
Ficamos abraçados por um tempo, então me senti pronto e soltei.
- eu te amo tanto, tanto que dói, tanto que não cabe no coração, EU TE AMO!
Eu não sei porquê demorei tanto para falar isso para ela, se é algo que venho sentindo a muitos anos e agora que disse em voz alta me pego ainda mais apaixonado por essa mulher
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Atualizado até capítulo 20
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