16 - Más Intenções

Lin entrou na barraca de Inácio.

Inácio: Você demorou muito. Vem, tira a roupa.

Lin: O quê!? Tem que ser assim, agora? Não vamos bem, nos beijar primeiro?

Inácio: Sim, mas vai dar ainda mais vontade, se fizermos isso sem as roupas.

Lin viu Inácio avançando sobre ele e tirando suas roupas.

Lin: {Não estou confortável. Mas eu deveria. E àquela coisa de ômegas, não era para eu sentir o cheiro dele, e avançar nele cheio de desejo?}

Inácio: É melhor você se deitar, vai.

Lin: Não... Acho melhor a gente parar aqui. Eu não estou confortável.

Inácio: Isso é normal porque é a primeira vez. É assim comigo também.

Inácio desceu sua mão, e começou a apertar Lin, em um certo momento, o garoto se afastou, e pegou suas roupas.

Lin: Desculpa Inácio. Isso não está sendo legal para mim. Me sinto pressionando.

Inácio: Quê!? Você está me rejeitando?

Lin: Não foi o que eu disse. Eu gosto de você. Quero namorar você, mais além de estarmos indo depressa demais, eu não consigo me sentir como eu deveria.

Inácio: Então... Vai me deixar assim? Eu preciso fazer isso com você!

Lin: Porque fala assim como se não tivéssemos outras oportunidades? Eu não vou sumir tá bom. Só me dá um tempo.

Inácio: Você é um idiota! Sai da manhã barraca!

Lin: Inácio!?

Inácio empurrou Lin para fora.

Inácio vai lá correr para o seu monitor! Vai ser bem interessante você ver o que ele está fazendo agora. Talvez aprenda alguma coisa.

Lin: Você disse que ia garantir que ele me deixaria sair... O que você fez?

Inácio: Eu só deixei ele nas mãos de alguém, que tem uma certa obsessão pela família Berges. E o Vinícius é um troféu para ela.

Lin: O quê!?

Lin correu na direção da tenda da enfermagem. Ao chegar, viu Vinny saíndo da barraca atordoado, e uma moça atrás dele.

Vinny: Me deixa em paz Elizabete! Isso não é correto. Eu... Vou relatar isso a direção do colégio. Trouxe drogas!? Você... Está encrencada.

Elisabete: Fala... Eu posso ter uma prova que diz que foi você. E ainda digo que tentou me forçar.

Lin: E você acha que alguém vai acreditar?

A monitora olhou para Lin

Elisabete: O que está fazendo fora da... Da sua tenda moleque?

Lin: Como se você não soubesse. Deixa o Vinny em paz. Posso testemunhar a favor dele, já que eu vi tudo. Além de saber o que tem por trás dessa história.

Elisabete: Caramba... O Inácio vai adorar saber que o namoradinho dele, quer dedurar ele. Se quer o meu conselho... Fique quieto.

A mulher empurrou Lin no chão.

Vinny: Lin!

Lin: Eu estou bem. Mas posso gritar e aí? Vai fazer o quê, sua vaca!

A moça foi se afastando.

Elisabete: É melhor manter o bico calado. É só um aviso.

Lin correu até Vinny

Lin: Você está bem.

Vinny: Mais ou menos...

Lin: Vem, vamos voltar para nossa barraca.

Vinny: Porque você saiu Lin?

Lin: Depois eu te conto.

Vinny segurou o rosto de Lin, e o olhou em seus olhos, iluminados pela luz da lua.

Vinny: Você... Bem, me conte agora.

Um sensação de formigamento, foi circulando todo o corpo de Vinny, enquanto sentiu o cheiro de Lin, de uma forma diferente.

Lin: Você não parece bem... Seus olhos estão bem arregalados, e você está suando. Acho que vou chamar um outro monitor.

Vinny: Lin?

Lin: O quê?

Vinny: Você é tão... lindo.

Lin: Ah... É... Você não está nada bem, vam...

Vinny se aproximou mais, e beijou os lábios de Lin, enquanto sua boca salivava, pedido por isso.

No primeiro instante, Lin se assustou, tentou se afastar, mas não venceu a força de Vinny. Após alguns segundos, àquela sensação, parecia muito agradável, e seus lábios, começaram a dar passagem para a língua de Vinny, que ao se unir a dele, arrepiou seu corpo inteiro.

Lin: {Isso é um beijo de verdade. Eu estou sentindo coisas, e é tão... gostoso. Eu estou... perdendo a força totalmente, me sinto meio mole, posso até cair a qualquer momento}

Lin se desequilibrou e caiu de joelhos no chão.

Vinny: Lin! Lin... Desculpa. Você está bem?

Lin: Eu...

O rosto de Lin estava completamente vermelho, e ele não conseguiu olhar nos olhos de Vinny novamente.

Lin: Vamos logo! Você... Consegue? Porque, eu não consigo carregar você.

Vinny: Estou indo...

Os dois chegaram na barraca.

Lin: É... Melhor o Ezra ficar no meio.

Lin pulou para o outro lado, bem estreito deixado por Ezra.

Vinny: Tem certeza que vai ficar bem? Ele vai esmagar você.

Lin: Vou sim. É... Dorme. Temos que resolver a situação com a monitora Elizabete amanhã.

Vinny: Sim... Nós temos.

...

Vinny acordou com um grito de Ezra.

Ezra: LIN!!

Vinny: O que foi?

Ezra olhou ao redor da barraca.

Ezra: Ele está com medo! Cadê ele?

Vinny: Ele estava do seu lado.

Ezra passou bruscamente por cima de Vinícius e saiu da barraca. Ao redor, várias alunos estavam guardando as coisas, e desmontando as barracas. Atormentado, ele olhou aos arredores.

Ezra: LIN!

Logo em seguida, Ezra correu na direção das árvores.

Prof. Ramires: EZRA! Não é hora de correr por aí! Temos que levantar acampamento!

Vinny: Pode deixar professor! Eu vou atrás dele.

Prof. Ramires: Que bom Vinícius. Vá mesmo!

Vinny começou a correr na direção de Ezra.

Vinny: {Ele tem esse poder. Não posso duvidar dele. O Lin está com problemas... E o Ezra, tem essa ligação com ele. Uma ligação que eu invejo, porque a cada dia, eu o quero mais. Agora só me resta torcer pelo Ezra, porque o que mais importa, é o Lin ficar bem.}

...

Uma garoto mais forte, carregava Lin nos braços, em direção ao rio. O garoto chorava e se debatia.

Lin: Inácio... Por favor!

Inácio: Você me fez de idiota! Vai ter que ser castigado. À propósito, esse é o meu tio, Diego. Ele veio nesse acampamento, para limpar as trilhas. Ele parece um aluno não é? Só que tem 29 anos. E ele é mudo.

Lin: Por favor, Diego, me solta. Eu posso me explicar.

Inácio: explicar o que? Eu vi você beijando o seu monitorzinho. Eu perguntei se estava a fim dele, e me disse que não.

Lin: Não estou! Foi ele que me beijou, por causa daquela coisa que deu para ele ontem.

Inácio: E ainda me ameaçou... Você é um babaca, e merece um castigo. Ainda bem que eu sei de uma coisa, que você tem medo.

De repente, Lin viu o rio, e seu coração acelerou desesperado, pouco antes de ser atirado na água.

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