12 - Confessando Atração

Ao redor de uma fogueira, vários alunos começaram a se reunir. O Professor, se posicionou no centro, e tomou a palavra.

Prof. Ramires: Alunos, por favor prestem atenção aqui! As áreas que podem ir estão marcadas com faixas vermelhas nas árvores. Temos apenas Cinco monitores, então, pedimos que respeitem as regras e não ultrapassem ok? Como perdemos muito tempo montando as barracas, nesse finalzinho de tarde não passaremos atividades. Fiquem a vontade para aproveitar a fogueira, conversar e se divertir. Se precisarem de alguma coisa, podem pedir para os nossos amigos, parados em pé ali: Os monitores Pedro, Elisabete, Augusto, Aguiar e Vinícius.

Após ouvirem as orientações os alunos foram se espalhando.

Inácio, estava ao lado de Lin.

Inácio: Amanhã eu tenho quase toda certeza, que vão fazer uma gincana de grupo. Quero ficar com você.

Lin: Legal. Podemos ganhar com o Ezra no nosso time! Ele é um tanque de guerra.

Inácio: É... Acho que para isso ele serve.

Lin olhou para Inácio, estranhando o comentário.

Lin: Ele serve para muita coisa.

Inácio: Ah, sim. Eu imagino... Lin.

Inácio segurou a mão de Lin

Lin: O que foi?

Inácio: Eu queria falar uma coisa para você. Mas, será que não podemos ir para um canto mais afastado?

Lin: Sim. Vamos! É só não passarmos das áreas marcadas.

Lin se levantou, roubando a atenção de Ezra, que até o momento estava distraído, assando marshmallows na fogueira.

Ezra: Onde você vai? Aqui... Fiz um para você.

O jovem de olhos verdes, estava iluminando pela luz da fogueira. O cabelo loiro, balançava com o vento, enquanto ele estendia a mão, oferecendo o marshmallow. Ao olhar para ele, Lin ficou admirado.

Lin: Ezra... Obrigada.

Ele pegou o espeto de marshmallows, e continuou olhando para Ezra, por alguns minutos, sem reação.

Inácio: Lin! Vamos!

Lin: Ah, sim. Ezra... Eu já volto.

Ezra: Vai sozinho?

Inácio: Não! Ele vai comigo. Fica aí comendo os seus marshmallows, nossa conversa é entre dois.

Ezra: Tá certo.

Inácio puxou o braço de Lin, e ambos foram caminhando.

Ezra: {Eu acho que vou gostar ainda menos desse cara, se continuar puxando o Lin desse jeito...}

...

Inácio: O que foi aquilo? Nunca comeu um marshmallow antes? Você ficou olhando, como se fosse uma coisa nova e misteriosa.

Lin: Eu fiquei? Nem percebi, desculpa.

Lin notou que já estavam bem distantes, e após darem mais três passos à frente, a marcação de fita vermelha apareceu, amarrada em um galho.

Lin: Inácio, agora já deu. Não podemos avançar mais.

Inácio: Calma, não é para tanto né? E depois, acho que é o suficiente. Ninguém pode nos ver.

Lin: Tá bom, então... Pode falar. O que você queria me dizer.

Inácio: Ultimamente, penso em você o tempo todo. Estudamos no mesmo colégio há anos... Eu nunca tinha olhando para você dessa forma, e nem você olhou para mim. Acho que depois que eu soube, que sou Omega, meu instinto está procurando um Alfa... Você não é babaca como varia outros que conheci. E por isso, sinto que temos ficar juntas mesmo.

Lin sorriu.

Lin: Eu também gosto de você

Inácio: Gosta porque sou Ômega não é?

Lin: Sim, e não. Você é responsável pelas doações do colégio, ao que não tem muitas condições. Frequenta o clube do livro. Tem coisas que eu admiro... É bonito. Eu não queria pensar que é só atração de Alfa e Ômega... Porque isso nos leva mais ao desejo, do que outra coisa.

Inácio: Então você não me deseja?

Lin: Ah... Eu não disse isso. É só que...

Inácio avançou em Lin, e o beijou. Um beijo simples, que aos poucos roubava o fôlego de Lin. Por vários minutos, os dois continuaram aoa beijos, até que Inácio, começou a acariciar Lin.

Lin: {O beijo é bom. Mas, não me sinto confortável com ele me tocando. Eu não deveria? Eu tenho que gostar, e tomar a iniciativa... Acho que é o mais certo.}

Lin: Espera... Você não está pensando em continuar a fazer essas coisas, aqui não é?

Inácio: Já entendi. Eu gosto desse seu jeitinho. Você não sente vontades? Podemos aproveitar esse lugar, para vivermos uma experiência emocionante.

Lin: Mas não rem como aproveitar isso, sabendo que à qualquer momento, alguém pode vir atrás da gente.

Inácio: Se a gente demorar muito, sim.

Inácio segurou as mãos de Lin, e as colocou atrás, abaixo de sua cintura.

Inácio: Me toca aqui. Vai Lin, é só um pouquinho.

Lin: ...

Com receio, Lin começou acariciar Inácio, totalmente desajeitado. O que deixou o garoto incomodado.

Inácio: Caramba, você é muito devagar mesmo. Só vou te perdoar porque é óbvio que nunca ficou com ninguém... Então, tenho uma ideia melhor.

Inácio se abaixou, segurando na cintura de Lin.

Lin: O que vai fazer?

Inácio: Relaxa...

O jovem abriu a bermuda de Lin, e sem receio algum, se aproximou para o tocar com os lábios.

Inácio novamente tocou Lin, e dessa vez, sua mão ia para dentro do shorts que ele estava usando.

Lin: Não!

Lin se afastou, e fechou a bermuda.

Inácio: Não estou entendendo você... E nem está animado aqui aí embaixo.

Lin: Eu... Não me sinto bem assim Inácio. Parece que estamos fazendo uma coisa errada.

Inácio: NÃO TEM NADA ERRADO!Ah...Desculpa. Então, podemos oficializar o nosso namoro. E fazer isso na minha casa. Eu estou louco para ficar com você... Vamos?

Lin: Sim. Acho que assim, vai ser melhor. Eu não quero problemas no colégio.

Inácio: Se não quer mesmo, se afasta daquele tropeço do Ezra. Não percebe que é ele que te causa problemas? Os garotos implicam com você de propósito, porque você fica andando com àquele monstro.

Lin: Ele não é um monstro. E é meu melhor amigo, desde criança.

Inácio: Eu entendo. Mas não vai poder ficar com ele do seu lado, como uma bagagem né? Imagina se ele fica com a gente em um momento assim? Quebra todo o clima.

Lin: É... Eu vou pensar nisso.

Inácio: Pensa. Mas, não estou chateado com você não tá? Eu adoro você.

Inácio beijou Lin mais uma vez. Nesse momento, um monitor que os avistou de longe, veio caminhando até eles. A imagem que viu, o incomodou, mas teve que ignorar.

Vinny: Inácio e Lin! Voltem para o acampamento!

Inácio: Eita! Desculpa monitor. Eu quase atrasei ele. A culpa é toda minha.

Vinny: Não importa. Só voltem para lá. E... É melhor já irem dormir.

Vinny olhou nos olhos de Lin.

Vinny: Tudo bem?

Lin: Sim. Tudo ótimo.

Vinny: Nos vemos na barraca então.

Lin:. Tá bom.

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