6. Capítulo

A porta da frente range ao ser aberta, e Adam entrou em casa, carregando consigo o peso da culpa e o cheiro de pó e madeira velha do teatro. Ele se sentia sujo, contaminado pela traição que havia cometido. A imagem de Melissa nua, a intensidade do amor que fizeram, o deixavam em um estado de confusão e desespero.

Alice estava no sofá da sala, com um livro nas mãos, mas seus olhos estavam fixos na televisão, a tela apagada. Ela parecia preocupada, e ao ver Adam, um sorriso fraco se formou em seus lábios.

"Meu amor, você está bem?", perguntou Alice, com um tom de voz preocupado. "Onde você estava? Eu fiquei preocupada."

Adam se sentiu culpado, mas tentou disfarçar seus sentimentos. Ele não conseguia encarar Alice, não conseguia olhar para seus olhos cheios de amor e confiança.

"Eu fiquei corrigindo provas no trabalho", respondeu ele, com a voz tremendo. "Perdi a noção do tempo."

Alice assentiu, mas seus olhos não deixaram de demonstrar sua preocupação. Ela conhecia Adam, sabia que ele não era do tipo que se esquecia do tempo.

"Você está estranho", disse Alice, com um tom de voz mais incisivo. "O que aconteceu? Você está diferente."

Adam se sentiu preso em uma teia de mentiras, e não sabia como se libertar. Ele não conseguia confessar para Alice o que estava acontecendo, não conseguia admitir que estava se envolvendo com Melissa.

"Não é nada, meu bem", respondeu Adam, tentando se esquivar. "Só estou cansado."

Alice, com sua intuição feminina aguçada, percebeu que algo estava errado, mas não insistiu. Ela sabia que Adam precisava de um tempo para si, para se acalmar e processar as novas experiências que estava vivendo.

Ela se levantou do sofá, e, se aproximou de Adam o abraçou com carinho, e o beijou na testa.

"Eu te amo, meu amor", sussurrou ela, com uma voz suave e apaixonada.

Adam se sentiu ainda mais culpado, mas não conseguiu corresponder ao carinho de Alice. Ele se sentia sujo, contaminado pela traição que havia cometido.

Alice o conduziu para o quarto, e tentou fazer amor com ele. Ela se aproximou dele, com um sorriso, mas Adam se afastou.

"Meu amor, eu estou muito cansado", disse ele, com a voz fraca. "Podemos fazer isso amanhã?"

Alice se sentiu decepcionada, mas não insistiu. Ela sabia que Adam estava estranho, e não queria pressioná-lo.

"Tudo bem, meu amor", disse ela, com um tom de voz triste. "Durma bem."

Alice se deitou na cama, com a mente em turbilhão. Ela não conseguia entender o que estava acontecendo com Adam. Ele estava distante, frio, e não conseguia corresponder ao seu amor.

Ela sentiu-se sozinha, abandonada. Ela não sabia o que estava a acontecer, mas sentia que algo estava errado.

O sol da manhã, um tanto tímido, entrava pela janela do quarto de Alice, iluminando a poeira que dançava no ar. Ela se espreguiçou, ainda sonolenta, e tentou afastar os pensamentos que a atormentavam desde a noite anterior. Adam estava estranho. Não era só a frieza repentina, mas um vazio que se instalara entre eles, como se um muro invisível tivesse sido erguido durante a noite.

Alice se levantou tomou um banho é foi para aula de yoga.

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