Intan conduzia a moto da Sra. RT, que ainda estava em boas condições, com cuidado, pois temia danificá-la e não ter dinheiro para consertá-la. A estrada para sair da aldeia era um pouco ruim, e a parte mais assustadora era a estrada cercada por um denso bambuzal, onde Intan se sentia como se estivesse sendo observada por alguém com olhos vermelhos. Mas a jovem continuou a rezar e esperar que alguém passasse por ali para que pudessem ir juntos, e parecia que o destino estava ao seu lado, pois ela encontrou alguém de moto também saindo da aldeia, sem saber para onde.
“Senhor!”
“Sim?” O jovem virou-se ao ouvir seu nome.
“O senhor está saindo da aldeia? Posso ir junto? Estou com medo de ir sozinha”, pediu Intan.
“Claro, eu não sou daqui, então não conheço muito bem o caminho”, respondeu o jovem.
“Ah, é mesmo? Eu vou na frente, então”, disse Intan, tomando a dianteira.
E assim, eles saíram da aldeia juntos e passaram pelo portal. Agora, estavam a caminho de uma aldeia muito movimentada, que mais parecia uma cidade, com muitas lojas e minimercados. Era mais fácil para os moradores da aldeia de Intan irem até lá do que para a cidade, que era mais longe.
Biii!
Intan parou porque o jovem buzinou alto, então ela parou a moto, pois devia haver algo que ele queria dizer. Talvez ele estivesse indo para outro lugar ou quisesse ultrapassá-la, por isso buzinou tão alto.
“Vamos continuar”, gritou o jovem, deixando Intan confusa.
Mas como a moto do jovem já havia partido, deixando-a para trás, Intan também acelerou porque aquela aldeia estava muito deserta, com casas abandonadas ainda de pé, especialmente aquelas com pilares de concreto, que ainda tinham alguns restos.
“Ao passar por aquela aldeia, você precisa buzinar”, disse o jovem, diminuindo a velocidade da moto.
“Mas por quê?”, perguntou Intan, sem entender.
“Você não é daqui? Como não sabe?”, perguntou o jovem, surpreso.
“Eu acabei de voltar da cidade, então não sei”, explicou Intan.
“Aquela aldeia teve todos os seus moradores massacrados em uma única noite por um demônio de mortalha negra, por isso precisamos pedir permissão ao passar por lá”, explicou o jovem.
“Ah, entendi. Obrigada por me explicar”, Intan assentiu, compreendendo.
O jovem colocou o visor do capacete de volta, pronto para continuar sua jornada. Intan também acelerou um pouco, pois precisava chegar logo para poder voltar antes do meio-dia, já que ela ainda queria fazer compras e arrumar a casa, que certamente ainda estava uma bagunça.
“Cheguei na minha aldeia. Pode ir sozinha agora? Vai ficar bem?”, perguntou o jovem.
“Até aquela parte ali na frente eu acho que sim, mas na volta que vou ficar com medo! Espero encontrar alguém para ir junto”, disse Intan.
“Para onde você vai?”, perguntou o jovem.
“Para o mercado da aldeia de Purnama”, respondeu Intan.
Purnama era tão famosa naquela região que até a aldeia recebeu o nome dela, dado pelo chefe da aldeia. Quem não conhecia aquela aldeia? Mesmo que Intan nunca tivesse ido lá, ela sempre se mantinha informada pelo celular, mas agora estava sem ele, pois sua sogra o havia tomado.
“Espere, ela vai se encontrar com aquela vidente rabugenta?”, pensou Hendra.
“Vou indo então, antes que fique tarde”, despediu-se Intan.
Hendra assentiu com a cabeça e entrou em sua aldeia. Ele só estava dando uma volta de moto porque estava entediado e acabou encontrando Intan, que estava indo para o mercado e com medo de ir sozinha. Ainda bem que Hendra estava lá para fazer companhia a ela, caso contrário, a moto de Intan certamente teria morrido depois de passar pela aldeia abandonada.
****************
Intan esperava o comerciante calcular o valor do ouro que ela iria vender. Na verdade, ela tinha dois, um de ouro branco e outro maior, de ouro amarelo. Dani havia comprado o de ouro branco para ela, para que a Sra. Lidia pensasse que era de prata e sentisse inveja de sua nora. Agora, Intan estava em dúvida sobre qual deles vender, por isso queria saber qual valia mais.
“Este de ouro branco está valendo vinte e um milhões e este amarelo, oito milhões, Senhora”, explicou o comerciante.
“Vou vender o branco então, Senhor”, disse Intan, com pesar em ter que vender sua aliança.
“Quer tudo em dinheiro ou prefere levar alguma outra coisa?”, ofereceu o comerciante.
“Não, obrigada, quero só o dinheiro”, respondeu Intan.
O comerciante entregou o dinheiro a Intan, que o recebeu com o coração pesado. A joia que ganhou de seu ex-marido, a quem ainda amava, teve que ser vendida para que ela pudesse sobreviver e começar um negócio ou qualquer outra coisa depois. Intan foi comprar crédito para sua conta de luz, que havia acabado, e passou no minimercado para comprar comida para uma semana, apenas macarrão instantâneo, ovos e bebidas açucaradas. Ela também comprou alguns pacotes de pão para a Sra. RT, por ter emprestado a moto, e encheu o tanque da moto.
“Senhora, você se importa se eu passar na sua frente? Minha filha está agitada e quer ir para casa”, pediu um homem que estava na fila para pagar.
“Claro, pode ir”, respondeu Intan gentilmente, olhando para a linda garotinha.
“Me desculpe por passar na sua frente”, disse Arya, envergonhado porque sua filha estava inquieta.
“Sem problemas. Sua filha é muito fofa! Como ela se chama?”, perguntou Intan, encantada com a garotinha.
“Kiara”, respondeu Arya, sorrindo.
“Que nome lindo, como ela”, disse Intan, fascinada por Kiara.
“Obrigado! Vamos indo então”, despediu-se Arya.
“De nada”, Intan acenou para a menina.
Depois disso, ela pagou suas compras, que totalizaram quatrocentos mil rúpias, incluindo o crédito para a conta de luz, e saiu apressada para casa, para arrumar tudo. Ela não queria dormir em uma casa suja, mas por uma noite não teria problema.
“Você passou na frente dela na fila, né?”, perguntou Fatma, que carregava Arka, que estava dormindo.
“O que eu podia fazer? A Kiara estava muito agitada! Mas a moça foi muito gentil, não se importou”, respondeu Arya.
O casal saiu com seu carro. Eles eram moradores locais, então conheciam bem a região.
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Atualizado até capítulo 111
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