Intan acordou no meio de uma chuva torrencial que caía sobre seu corpo. Ao lado dela, havia uma mala cheia de roupas. Ela estava atordoada, pois ao acordar não estava mais em casa, tendo sido jogada para fora enquanto desmaiada por seu ex-marido e seus sogros cruéis. Intan foi expulsa por não poder dar herdeiros a Dani. Ela ainda se lembrava de ter sido esbofeteada pelo marido até desmaiar. Agora, ela estava acordando em uma estrada deserta, sem nenhum carro passando para pedir carona. Intan finalmente percebeu que aquela era a estrada que levava à sua aldeia.
"Eles me expulsaram, como você pode ser tão cruel, Mas?" Intan soluçou, segurando o peito dolorido.
Se ele realmente não a amava mais e não queria construir uma família com ela, Dani não deveria ter feito isso. Ele deveria tê-la mandado de volta para casa, mesmo que Intan não tivesse mais família. Sua mãe havia morrido um ano atrás e sua morte havia sido bastante estranha. Os agentes funerários encontraram um fio muito longo saindo da boca de Bu Nisa. Muitos disseram que ela havia sido vítima de bruxaria, mas até agora não havia provas, apenas suspeitas sem fundamento.
"Que Deus os faça pagar por suas ações, eu não vou deixar isso passar." Intan soluçou enquanto puxava sua mala.
Ela esperou por muito tempo, quase meia hora caminhando, e ainda não havia passado nenhum carro. Se ao menos houvesse uma caminhonete para levá-la até a aldeia. Caminhar sozinha assim a deixava com medo de ser atacada por animais selvagens na floresta. Como a floresta ainda era densa, certamente ainda haveria ursos ou tigres famintos que não hesitariam em matar ou comer qualquer humano que passasse por ali, especialmente com o tempo chuvoso.
Deus estava sendo misericordioso e, por coincidência, havia um grande caminhão voltando da cidade depois de entregar arroz. Intan criou coragem para pedir carona e, felizmente, o motorista foi gentil o suficiente para ajudá-la, levando-a para a aldeia ainda deserta.
"De onde você vem com essa chuva toda, Nduk?" perguntou o velho motorista.
"Da cidade, Pakde", respondeu Intan com a voz rouca.
O motorista não fez mais perguntas porque viu que Intan não estava bem. Seus olhos estavam inchados de tanto chorar, mas ele não conseguia imaginar o motivo de tanta tristeza.
"Onde você quer descer?" perguntou o motorista, temendo que fosse na direção oposta depois de entrar na aldeia.
"Na casa de Bu Nisa, Pakde", respondeu Intan baixinho.
"Hã?" O motorista pareceu surpreso ao saber o destino de Intan.
"Eu sou filha dela, então vou morar lá", explicou Intan.
"Mas aquela casa está abandonada há muito tempo e parece assustadora", disse Pakde.
"Não tem problema, vou limpá-la. Faz apenas um ano que minha mãe deixou aquela casa", disse Intan.
O motorista olhou para Intan sentada ao lado dele. A mulher parecia calma, como se não tivesse medo. Ele se perguntou se ela não sabia sobre a trágica morte de sua mãe ou se era apenas corajosa. A questão é que, quando Bu Nisa morreu, Intan não pôde voltar para casa porque seu marido e seus sogros a proibiram, então ela não fazia ideia da condição do corpo de sua mãe.
"Tome cuidado", alertou o motorista quando Intan desceu.
"Obrigada pela carona, Pakde." Intan curvou-se em agradecimento.
"De nada. Quando tiver certeza de que vai ficar, avise o chefe da comunidade, ok?" sugeriu o motorista.
"Sim, assim que tudo estiver resolvido, irei até lá", assentiu Intan obedientemente.
Intan entrou na casa, que estava completamente destrancada. Desde a morte de Bu Nisa, ninguém cuidava da casa porque elas não tinham mais parentes. Só restava Intan, e mesmo ela não tinha permissão para voltar para casa. Por isso, a casa estava abandonada.
"Meu Deus, a casa está muito suja", reclamou Intan, olhando ao redor.
Embora houvesse cerca de cinquenta casas em sua aldeia, Intan sentia como se sua casa fosse um lugar assustador. Ela não sabia por quê. Ela imediatamente largou a mala e pegou uma vassoura, levantando muita poeira.
"Vou ficar no meu quarto, é mais confortável ter meu próprio quarto", murmurou Intan, entrando em seu quarto na frente da casa.
O quarto do meio era o de sua mãe, e o dos fundos era o de sua tia. Elas moravam juntas, as três. Intan e sua mãe foram para a cidade em busca de uma vida melhor e, de repente, sua tia, Rina, foi dada como desaparecida. Até agora, o paradeiro de Rina nunca foi encontrado, ninguém sabia se ela ainda estava viva ou morta. Intan nunca mais ouviu falar de sua tia.
"Agora estou realmente sozinha, não tenho mais ninguém com quem conversar", lamentou Intan, sentindo o peso da solidão.
Ela se lembrou de como era próxima de sua tia, mas quando Intan tentava aprender a rezar, Bu Nisa a repreendia. Isso frequentemente causava brigas entre as irmãs. Bu Nisa era uma pessoa que não acreditava em religião e pressionava Intan a se concentrar apenas em ganhar dinheiro. Rezar era uma questão secundária para ela.
Toc Toc.
Intan, que estava prestes a descansar e trocar de roupa, se assustou com alguém batendo na porta. Ela se levantou imediatamente e abriu a porta para ver quem a estava visitando. Apesar da garoa e da brisa leve, a chefe da comunidade chegou com uma jovem, ambas com expressões preocupadas.
"Você é a Intan?" perguntou a chefe da comunidade, abaixando o guarda-chuva.
"Sim, senhora", respondeu Intan, cumprimentando a chefe da comunidade educadamente.
"Você realmente quer morar aqui? Não seria melhor procurar outro lugar?" A chefe da comunidade parecia ansiosa.
"Não tenho outro lugar além desta casa, então vou morar aqui", afirmou Intan.
A chefe da comunidade suspirou profundamente, um sinal de sua preocupação. Intan não entendia por que estavam tão preocupadas com ela morando em sua própria casa.
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Atualizado até capítulo 111
Comments
Cecilia geralda Geralda ramos
será que o fantasma vai voltar
2025-01-07
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