Tomar Juízo

DIAS ATUAIS

Estou de boa fumando o meu cigarro quando um vapor passa a visão que o meu pai me quer na sala dele,

Passo sem dar muita ideia para esses moleques e quando entro na sua sala ele está, olhando pela janela totalmente alheio do que se passa ao seu redor

— Mandou chamar-me Coroa

— O seu irmão acabou de sair daqui, passei a favela do Sul para o comando dele, amanhã cedo ele se apresenta e tira o verme do Vitor de lá

— E pela tua cara, vocês desentenderam-se qual foi o b.o da vez, não conseguem ficar juntos de boa não

— O de sempre, ele fica remoendo o passado, e não entende ser meu filho tanto quanto você e os outros

— Tenta entender o lado dele Coroa, afinal você também não foi muito presente na vida dele, se fosse comigo tu nem teria coragem de dormir no mesmo teto que eu

— Sinceramente, não sei a quem vocês puxaram, não pode ser possível que tenha sido a mim

— Lamento informar-te mais somos a sua imagem e semelhança, principalmente o Dante, tu não pode o culpar por amar a lazarenta da mãe dele, que independente do que ela fez tu não pode negar que ela lutou até o fim pelo, o que ela queria

Ele pensa por um instante, mais não diz mais nada apenas muda de assunto, querendo o relatório sobre os assuntos do meu morro

Passo o relatório, de tudo, e a reunião segue até o fim da tarde

— Vai rolar a despedida do Dante mais tarde na quadra, vê se não pega pesado, (diz se levantando e trancando as suas gavetas da mesa)

— Fica tranquilão aí Pai, sempre estou de boa, sorrio de lado (o que faz ele olhar-me em desaprovação)

— Daniel, você tem que tomar juízo tu já tem vinte e sete anos, e não tem nem família ainda, como julga que vai seguir o seu caminho, essas marmitas querem nada com a vida não só estão atrás de vida mansa e um otário para banca, (já começa com o seu discurso, parece até disco arranhado cismou que tenho que constituir família para me tornar direito)

— Fica tranquilo que quando a mina, que prender a minha atenção aparecer eu a apresento para dona Stela, até lá, vou me afundando nas erradas, (saio voado da sua sala antes que ele comece novamente)

O meu Pai ficou pilhado desde que o Davi se casou, serio ele não sai do nosso pé, o Dante já ligou o fod@-se a muitos anos para ele, mais eu apenas desvio do assunto, afinal não sou totalmente contra a ideia de amarrar-me a alguém ela só não atravessou o meu caminho ainda

Falando no Davi, esse moleque foi esperto, quando terminamos o nosso treinamento ele logo meteu o pé para o exterior, no início era apenas para estudar, logo já deu o papo, que não queria ser envolvido com os negócios da família e iria criar o seu próprio caminho, o nosso pai até que deu o seu surto no início, porém dona Stela mostrou quem manda na família e logo deu o seu veredito,

Dois anos depois que ele estava por lá ele conheceu a Eva pensa numa mina maneira, no início foi difícil de entender a gringa mais não deu outra ela conquistou não só o Davi mais toda a família, o nascimento das gêmeas Melinda e Belinda foi a sensação, do momento tinham até nome combinado, o Coroa só sabia falar das netas, quando a Denise fez dez anos ela foi para um internato no pais onde o Davi mora, e lá ele é responsável pela maluca que vive dando problemas por lá, por falar em problemas o meu único nisso tudo é que meu pai começou a pesar a minha mente para que eu de um jeito na minha vida

Chego em casa e dona Stela, vulgo minha mãe já me manda logo um pano de prato na cabeça eita veia da mão pesada Deus me livre da raiva dela

— Aí mãe, está maluca, me bateu porque o doida

— Você me respeita se não lhe quebro todo garoto, tô querendo entender como você tem coragem de chegar no morro e não vir da nenhum beijo na tua mãe, até o Dante já veio aqui, o Davi já me ligou e tu seu ingrato nem uma mensagem mandou e está aqui no morro desde cedo

— Calma mulher, estava resolvendo uns b.os com o seu marido, tá ligada que ele não sabe esperar,

— E agora você só está aqui para ir para suas gandaias, não para ver a tua mãe (faz bico)

— Para com isso meu amor, claro que estou aqui para curtir sua ilustre companhia (a abraço beijando sua cabeça) só que primeiro vou no baile do Cobra, e serei seu i resto da semana

— Não falei, você é um sem vergonha, diz me dando tapas no braço, mesmo não doendo tanto saio correndo do seu alcance, subindo a escada vuado rindo atoa)