Primeiro Amor

Caminho sem olha para trás mais a curiosidade por ela vence-me e a vejo pelo reflexo da tela do meu celular, quando estou numa certa distância, uma idosa chega até ela a abraçando, a levando no caminho oposto do meu

Chego até o cara que veio me buscar, me identifiquei então fui levado para o campo que seria treinado, era semelhante a uma fazenda afastada da cidade, onde só tinha rapazes na mesma faixa de idade da minha, depois dos treinos íamos para os dormitórios, mais essa rotina só foi respeitada nos primeiros seis meses, pois quando percebemos que os tutores relaxaram na nossa vigilância, começaram as saidinhas clandestina, juntei-me com o Rafael e Douglas que íamos sempre para uma praça que tinha bem na entrada da cidade, nisso começamos a conhecer as meninas, com os treinos deixamos de ser meninos magrelos para jovens robustos chamando cada vez mais as atenções delas, com um ano que estávamos aqui, saímos novamente contudo dessa vez era uma espécie de festa típica da cidade, tinha várias barraquinhas de jogos e um circo estava se apresentando por aqui, em determinado momento separo-me dos meninos, pois eles se arrumaram primeiro do que eu me largando só, estava passando quando sinto novamente a trombada em mim, como desta vez foi de frente pude segurá-la, dando de cara com ela novamente

— Sinto muito, não foi minha intenção esbarrar em você (levanta seu olhar sem me soltar, com um sorriso timido lindo)

— Olha só quem é, se for continuar batendo assim contra mim, vou começar a cobrar (digo rindo tambem, sem me desviar do nosso contato)

— Oi eu já te conheço Grandão (faz cara de confusão, tombando o rosto levemente para o lado, saindo do meu abraço um pouco vermelha)

— Agora vai pagar de doida, Pequena você foi a primeira pessoa que vi quando cheguei aqui no ano passado lembra, na rodoviária descemos do mesmo ônibus

— A Sim o garoto mal educado, lembro agora, (me olha de cima a baixo) não te reconheci, você está meio diferente agora, sei lá mais forte, acho que essa é a palavra (diz me olhando de cima abaixo)

— Não sou mal educado, e pelo que me lembro foi você quem bateu em mim, (faço o mesmo que ela a reparando, ela estava igualmente bonita, com um vestido rodado, justo em cima e largo em baixo, não muito revelador, tinha cortado o cabelo, o que deu um certo destaque para o seu rosto, ela estava com um tipo de batom com gritter rosa, o que deixou a atenção na sua boca)

— Então você também está de férias por aqui, (estrala os dedos para mim, me olhando atentamente como se quisesse descobrir algum segredo profundo da minha alma, saio da minha distração)

— Tipo isso, (não quis entrar em detalhes com ela do por que estava aqui) onde ia com tanta pressa

— Comprar um lanche, estou a aproveitar que a minha avó deu um descanso então fugi (acho graça da forma que ela esta gesticulando enquanto encena como aproveitou a distração da sua avó) sério ela é muito protetora, acredito que pensa que vão engolir-me se não tiver perto dela, e você está sozinho

— Não mais, e aí quer fazer oque (não sei porque mais sentir a necessidade de continuar com ela)

— Sério mesmo que quer passar o seu tempo comigo (diz a olhar para os lados como se procurasse com quem estou a falar)

— E porque não, (dou meu melhor sorriso para ela que por alguma razão fica me encarando, já reparei que ela gosta de me encarar)

— Então vamos jogar, sabe atirar? (literalmente faço isso três vezes por dia, mais não digo isso a ela, apenas confirmo com a cabeça, que pega na minha animada, me levando não sei para onde)

Andamos entre as barracas, e jogamos diversos jogos de tiro ao alvo, e até que ela era boa, um pouco atrapalhada mais levava jeito,

Estávamos num jogo, que ela tinha que acertar a bolinha na boca de um palhaço, e ela já havia errado umas 4 tentativas então resolvo ajudá-la

— Ei deixa eu jogar para você, já estou cansado de ver-te perder

— Tá pensando que sou uma donzela indefesa é (diz rindo, então vou até ela para pegar a bolinha e a abusada não permite fica me dando olhe, então me abaixo a levantando pela cintura a pegando de surpresa)

Nessa distração ela fica cara a cara comigo, olhando bem dentro dos meus olhos, as nossas bocas a centímetros de se encostarem, e então pego a bola da sua mão a colocando no chão novamente

— Agora deixa o profissional, fazer isso, (digo me gabando mais paro o meu movimento ao perceber ela embirrada) o que foi vai ficar com raiva (ela vira o rosto cruzando os braços) sério mesmo Pequena, tá se faz tanta questão toma, (nisso ela vem toda contente pegando a bola, e eu começo a rir desacreditado na birra que essa pessoa consegue fazer, ela fica lá se concentrando para jogar, então paro atrás dela e concerto a sua postura, ela olha-me sobre os ombros e volta para seu alvo)

— Se eu acertar posso pedir o que quiser para você (diz a prestar total atenção ao alvo, abaixo-me um pouco ficando bem ao lado da orelha dela e respondo, praticamente sussurrando e nisso a sinto arrepiar)

— Terá que acertar para descobrir (toda vermelha ela arruma a sua postura e manda a bola acertando precisamente a boca do palhaço)

— Eu acertei, (pula comemorando, e se vira comemorando e eu afasto-me da maluquinha enquanto todos olham para ela) agora vai ter que fazer o que eu quiser