Pegando a manhã do negócio

Mais um ano se passou, e infelizmente não consegui ver ela novamente, tive que voltar um pouco antes da época de férias, ou seja ela não estava lá, ate pensei em voltar, só para tentar a sorte porém como não sabia o endereço dela nem mesmo seu nome eu tinha, então resolvi guardá-la no meu coração como uma doce história de amor na adolescência,

Quando voltei comecei a pegar as manhãs de liderança junto do meu pai, Davi e Dante foram para o campo de treinamento assim que cheguei então não ficamos muito juntos, a pequena Denise quase deixou todos doidos aqui surtando por causa do Dante, com quatro anos já era autoritária e não aceitou fácil ficar sem ele, que teve autorização para ligar para ela quase todos os dias, deixando o Davi morrendo de raiva e ciúmes

Um ano depois que voltei, o meu pai mandou-me em missão para o morro do Norte, onde tiramos o dono de lá do comando, ele estava nas ideias erradas, abusando do poder, e forçando meninas um pouco mais velhas que minha pequena a praticas sexuais, e trabalhos forçados, consegui eliminar o pilantra mais um de seus parceiros fugiu, meu pai pois seu pessoal atras dele e eu assumir o posto no ano seguinte, tornando o lugar lucrativo para a facção

Encontrei o Rafael, por lá, nisso retomamos a nossa parceria, ele é Douglas continuaram juntos, só foram separados de mim pelo visto eu que era o problema,

Eles se tornaram meus aliados na linha de frente, Douglas tinha assumido seu próprio morro, e Rafa virou meu sub, praticamente dono também pois sempre estou em missões o que me deixa bastante tempo fora do morro

tudo estava caminhando como tinha que ser, até que faltando três meses para o retorno dos meninos meu pai viajou para o campo, e foi um Deus nos acuda, minha mãe foi para lá também, não entendi direito o que rolou, só que na conclusão o Dante voltou com eles e Davi foi estudar no exterior

Um ano depois que o Dante voltou agora com o vulgo de Cobra, que ganhou na sua formatura assim podemos dizer, ele se envolveu com uma mina, que de longe se via que era treta, no início era até de boa, mais dois anos depois quando a peguei entrando na casa de um parceiro meu, no dia que vim passar o relatório para o Coroa, depois o questionei e ele contou que ela era a vadia do morro, tentei abri o olho do Dante mais o moleque estava pior que burro empacado

Passei a visão, para nosso pai, que também deu seu jeito de avisar, e o cara ainda saiu a favor da maluca, então meu pai mandou ficarem de vigilha na cola dela, e quando ela estava num encontro com tipo assim vários caras na casa que morava com meu irmão, dei meu jeito dele brotar por lá e para de ser trouxa, meu pai pediu para ele voltar para casa, e assim que ele saiu fulo da vida fomos atrás

Chegamos na frente da casa dele quando o tiroteio estava rolando solto, os vizinhos tudo de butuca querendo assuntar o que estava acontecendo,

os tiros param por um momento, e depois de uns cinco a dez minutos aproximadamente outro tiro é disparado, logo Dante sai de lá em silêncio total, vou até ele

— Você tinha que saber cara, essa mulher não te merecia, tu ainda vai encontrar sua de fé, (digo o abraçando, porém ele fica imóvel, não diz nada nem expressa nenhuma reação, ele olha ao redor e chama o cabelinho que estava entre a multidão)

— Pode queimar não quero que reste nada deste lugar e quando acabar tudo manda demolir e construir uma praça pra molecada

Cabelinho olha para meu pai, como se esperasse que ele negasse essa ordem, como meu pai não diz nada, ele confirma

— Sem problemas chefe

Cabelinho entrou, com quatro galões de gasolina e saiu com eles vazios, entregou um esqueiro para o Dante que acendeu o seu cigarro, e ficamos ali os três lado a lado sem dizer uma palavra sequer, aliás não havia o que ser dito, meu irmão tinha os planos de se casar e criar família, infelizmente a mina não tinha os mesmo planos, quando o cigarro ficou praticamente na guimba ele o mandou pela janela, encendiando a casa, ficamos ali com ele até o fim em um silêncio que dizia tudo, ele ia passando as ordens e nada foi dito ao contrário, quando não restou mais nada inteiro do lugar já era noite, então ele se foi em silêncio,

— Cabelinho, apaga o que restou do fogo, e isola a área, quando for possível faz o que ele pediu, (ele acente chamando seus parceiros e logo apareceram com baldes apagando o fogo

Exatamente uma semana depois a praça havia sido construída, e ele mesmo fez questão de comprar todos os materiais e brinquedos para o lugar, e geral chama o lugar de "Praça do Cobra"

Cabelinho contou para os moleques o massacre que estava lá dentro e ninguém nunca mais tocou no assunto, ficaram na deles, todos estavam com medo do Cobra agir novamente, pois tenho certeza que havia mais deles que participaram das safadezas daquela mulher,

Mais um mês se passou e meu pai mandou o Cobra de missão para outro morro, para evitar que ele ficasse pensando besteiras por aqui, e não o vejo já tem um ano ocasionalmente conversamos por telefone, principalmente quando me meto em confusões femininas