Cap. 10

Mel estava caminhando distraída até o ponto do ônibus que lhe deixava mais perto de onde estava morando. Pensava em como tinha sido o seu dia, o que sentiu ao conhecer Eduardo e se perguntando quem era a mulher com quem ele foi almoçar.

_Esquece, Mel. Isso não é da sua conta… Murmurou para si mesma, tentando afastar aqueles pensamentos.

Enquanto seguia seu caminho, um carro passou sobre uma poça de água na rua, espirrando água em Mel.

Mel sentiu a água fria encharcando suas roupas e parou, surpresa com o que havia acontecido. O carro desacelerou ao dobrar a esquina, e Mel pôde ver, no banco do carona, a amante de Alexandre rindo dela. A visão fez a raiva borbulhar dentro de Mel, que tinha certeza que o motorista passou sobre a poça de agua apenas para jogar água nela.

_ Idiota! Falou furiosa, sem ver quem estava dirigindo o carro.

Eduardo, que vinha logo atrás em seu carro, viu a cena e parou imediatamente. Observou Mel tentando torcer a roupa para seguir seu caminho. Preocupado, Eduardo desceu do carro e se aproximou.

_Mel, você está bem? Perguntou, notando a expressão de raiva e desconforto no rosto dela.

Mel olhou para Eduardo, surpresa e um pouco envergonhada por ele tê-la visto naquele estado, e sua camisa branca estava quase transparente. .

_Eu... sim, estou bem. Respondeu, tentando manter a compostura. _Apenas um contratempo desagradável, pelo menos é água, e não esgoto..

Eduardo notou o estado de Mel e percebeu que ela estava visivelmente abalada. Por isso, decidiu oferecer ajuda.

_Aqui, pegue meu lenço. Eduardo estendeu o lenço para Mel e retirou o paletó colocando sobre os ombros de dela. _E use meu paletó para se cobrir. Não posso deixar você assim.

Mel hesitou por um momento, mas sabia que seria difícil pegar o ônibus naquele estado. Com o lenço, ela conseguiu secar o rosto  e o paletó protegeu o seu corpo a deixando um pouco mais confortável. Mel olhou para Eduardo, surpresa pela empatia que ele demonstrava depois do encontro frio que tiveram pela manhã.

— Obrigada, Senhor Bittencourt. Agradeceu com um sorriso.

_Não foi nada… Eduardo tentava  disfarçar a sensação de satisfação que sentiu ao ver o sorriso de Mel. _ Posso te deixar em casa se…

_ Não, não quero dar trabalho... O senhor já fez muito, parando para me ajudar. Mel pensava que Eduardo era comprometido e não aceitou a carona, sabia como era se sentir traída e tinha receio de que a namorada pensasse que ela poderia dar em cima de Eduardo e não queria causar nenhum mal entendido.

_ Está bem… Se cuide. Eduardo voltou para o carro, e meu seguiu seu caminho. Mel caminhou até o ponto de ônibus, que não demorou a passar. Durante o trajeto, o cheiro do paletó de Eduardo a envolvia, proporcionando uma sensação de conforto em meio ao meio ao que aconteceu.

Eduardo chegou em casa pensando em Mel. O sorriso dela era encantador. Lembrou-se que boate, sempre que a via sorrir conversando com uma amiga, ele se sentia da mesma forma. No entanto, o medo do que sentia o fazia ele tentar afastar os pensamentos dela.

Sentado no sofá, Eduardo tentava se concentrar em qualquer outra coisa. Pegou um livro, ligou a televisão, mas nada parecia distrair sua mente da lembrança daquele sorriso. Eduardo sabia que havia algo especial em Mel, algo que o atraía de uma maneira que ele não conseguia explicar.

_Por que ela mexe tanto comigo? Perguntou para si mesmo, frustrado com seus próprios sentimentos. _O que está acontecendo comigo? Eduardo passou a mão pelos cabelos. Ele sempre foi cauteloso com seus sentimentos, especialmente após a decepção com Júlia. Tinha medo de se abrir novamente, de se permitir sentir algo mais profundo.

Ele se levantou e foi até a cozinha, tentando encontrar algo para fazer. Preparou um café, mas ao levar a xícara aos lábios, a lembrança do encontro com Mel no elevador voltou à sua mente. Eduardo fechou os olhos, tentando afastar a imagem dela, mas o rosto de Mel parecia estar gravado em sua memória.

_Isso é ridículo! Disse em voz alta, tentando se convencer de que era apenas uma atração passageira. A última coisa que queria era se envolver novamente e correr o risco de se machucar.

_ Ela será a minha nova secretária. Preciso manter a nossa relação estritamente profissional, nada de amizade, nada de envolvimento sentimental. Eu não devia ter ajudado ela hoje. Disse para si mesmo, tentando se convencer. Mas cada vez que pensava no sorriso dela, sentia o coração acelerar.

Eduardo decidiu tomar um banho quente, esperando que isso ajudasse a clarear seus pensamentos, e o que não aconteceu.

Depois do banho, Eduardo se sentiu um pouco mais calmo. Sentou-se na sala de estar com um livro na mão, mas sua mente continuava a vagar. Por mais que tentasse se concentrar na leitura, o sorriso de Mel continuava na suamentr.

Ao entrar em casa, Mel dobrou o paletó de Eduardo cuidadosamente  e o deixou sobre o encosto do sofá jubtamente com o lenco. O cheiro marcante e agradável do perfume de Eduardo ainda estava presente na peça de roupa e ela não pôde deixar de se sentir tocada pela gentileza de Eduardo.

 Mel tomou um banho quente, tentando relaxar após um dia intenso e inesperado. A água quente ajudou a aliviar o cansaço, e ela se sentiu um pouco mais tranquila. Quando saiu do banho, preparou um lanche rápido, pois estava sem muita fome, mas precisava comer algo antes de descansar.

Após o lanche, Mel sentou-se no sofá, olhando para o paletó e o lenço de Eduardo sobre o encosto. Ela planejou lavá-los antes de devolver, como um gesto de agradecimento. Olhando para o paletó, Mel não pôde evitar pensar nele outra vez.

Mel não pode deixar de notar o quanto Eduardo era um homem bonito. Seus olhos, seus traços fortes e sua postura confiante eram difíceis de ignorar. No entanto, Mel tinha prometido a si mesma que não iria se apaixonar tão cedo, especialmente por alguém do trabalho. Após a traição e decepção com Alexandre, ela não queria arriscar seu coração novamente.

_ É melhor eu dormir… não posso ficar assim por alguém que acabei de conhecer… tentava

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Comments

Cristina Santos

Cristina Santos

A mulher do ex da Mel é uma 🐍 e logo vai fazer com ele , o que a Mel não féz .

2025-03-09

0

Maria Aparecida Nascimento

Maria Aparecida Nascimento

Era Alexandre ao volante do carro que otário

2025-02-04

0

Bernadete Barros Rocha

Bernadete Barros Rocha

Com certeza era Alexandre ao volante cretino

2025-01-29

0

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