Após se acalmar, Mel saiu. Estava determinada a encontrar pelo menos um colchão para dormir. No bairro, encontrou uma pequena loja de móveis. Os preços eram acessíveis, e ela decidiu usar o último limite do cartão de crédito para comprar uma cama, mas ao olhar para o móvel, foi como se Mel revivesse a noite anterior, quando encontrou o marido com outra mulher na cama do casal.
_Quanto custa o sofá? Perguntou ao vendedor apontando para o sofá que estava ao lado da cama.
_Este sofá está na promoção, Ele e cama estão sendo vendidos pelo mesmo preço. Vai levar os dois moça? Perguntou vendedor com um sorriso.
_ Eu só tem dinheiro para um dos dois… Mel ponderou por um momento. A lembrança da traição era forte demais para permitir que ela se sentisse confortável comprando uma cama naquele momento. _ Vou levar o sofá. Escolheu Mel, decidida.
O vendedor concordou e rapidamente preparou a compra. Mel sabia que estava tomando uma decisão prática e emocionalmente mais fácil de lidar. Enquanto o vendedor cuidava dos detalhes finais, Mel respirou fundo, tentando manter a calma.
Além do sofá, Mel comprou alguns utensílios de cozinha, roupas de cama e um travesseiro. Era tudo que ela poderia comprar naquele momento, mas sabia que isso já seria um grande alívio para começar a organizar sua nova vida.
O sofá foi entregue na tarde naquele dia, e Mel o arrumou o pequeno quarto, sentindo-se um pouco mais confortável. Era um novo começo, embora humilde, e cada pequeno passo era importante.
Já Eduardo estava em casa imerso na leitura de um livro, e isso o ajudava a esquecer, ao menos temporariamente, os problemas do dia a dia. O ruido do celular vibrando sobre a mesa ao lado da poltrona que ele estava sentando interrompeu a sua concentração. Ele pegou o aparelho ao ver o nome de sua mãe piscando na tela.
_Oi, mãe, tudo bem? Eduardo Atendeu a ligação tentando soar animado.
_Oi, filho! Tudo ótimo. Estou ligando para te convidar para o almoçar aqui, amanha. Sabe como gosto de ter todos reunidos para o almoço no domingo. Convidou a mãe, com um tom caloroso.
Eduardo hesitou, já prevendo onde essa conversa o levaria.
_ Eu sei, mãe, mas quem a senhora convidou para o almoço? Perguntou sondando quem estaria presente.
_Eu convidei os seus tios, o Rodrigo e a Julia, a Ellen e o noivo… A voz da mãe transbordava de entusiasmo. _ e por falar na sua irmã, ela e o Rafael estão ansiosos para contar os planos do casamento, falta pouco para eles se casarem.
Eduardo sentiu um aperto no peito ao ouvir as palavras da mãe. A presença do irmão e da esposa era algo que preferia evitar a todo custo, especialmente agora que Julia estava grávida. A ideia de vê-la grávida só tornava a situação mais insuportável. E, embora amasse a irmã, a felicidade dela e do noivo também era um lembrete doloroso de como sua própria vida amorosa estava desmoronada.
_Sabe, mãe, acho que não vou poder ir dessa vez. Tenho muito trabalho acumulado e preciso aproveitar o fim de semana para colocar tudo em dia. Eduardo tentou inventar uma desculpa rápida.
_Ah, Eduardo, você sempre trabalhando tanto... Falou a mãe desapontada. _Eu realmente quero que você venha ao almoço filho, especialmente porque a sua irmã convidou algumas amigas, pode encontrar alguém especial amanhã.
_ A senhora continua tentando encontrar uma namorada para mim, mas eu não quero...
_ As amigas da sua irmã são lindas, educadas, de boa família, pode se apaixonar facilmente por uma delas. Então você vem?
_Desculpa, mãe, mas amanhã realmente eu não posso almoçar com vocês. Prometo que compenso em outro domingo.
_ Ah filho, tem tanto tempo que não nos vemos filho…
_Podemos almoçar durante a semana. Sugeriu, tentando amenizar o desapontamento dela.
_Está bem, querido. Eu ligo para combinar um dia, então. Cuide-se.
_Pode deixar, mãe. Te amo! Dá um abraço no papai e na Ellen por mim. Eduardo encerrou a chamada sentindo algo estranho no peito.
Ele se recostou na poltrona, tentando retomar a leitura, mas não conseguiu. A traição do passado ainda doía, e a visão de vidas felizes construídas sobre suas ruínas era um lembrete constante dessa dor.
Estava determinado a manter distância dessa situação, pelo menos até se sentir forte o suficiente para enfrentar tudo isso sem ser afetado. Ele sabia que essa escolha o afastava da família, mas no momento, parecia a única maneira de proteger seu coração.
No final da tarde, enquanto Eduardo tentava voltar a leitura do livro, a mensagem Henry, amigo de longa data, chegou chamando sua atenção.
"_Ei, Eduardo! Que tal sair hoje à noite? Vamos dar uma relaxada, tomar uns drinks, paquerar, rever alguns amigo, vai ser bom! Já convidei alguns amigos."
Convidava Henry
"_ Parece uma boa ideia. Onde vocês estão pensando em ir? Naquela boate onde trabalha a bartender ruiva?"
Henry sorriu ao ler a mensagem, lembrando-se de como Eduardo tinha ficado interessado na bartender na última vez que foram a boate. No entanto, sabia que tinha uma notícia ruim para dar.
"_Cara, aquela boate fechou. O dono estava envolvido em tráfico de drogas, prostituição e lavagem de dinheiro. Foi um escândalo, você não ficou sabendo?" Perguntou Henry
"_ Não, eu tenho trabalhado bastante. Ontem sai da empresa nove da noite."
_ Em plena sexta-feira? Credo! Tô fora...Hoje estamos indo para um barzinho novo que abriu perto da minha casa, ouvi dizer que é bom em todos os sentidos.
Eduardo hesitou por um momento, pensando na semana cansativa que tivera e no estresse acumulado.
"_Henry, acho que vou passar essa noite. Estou realmente cansado. Vou ficar em casa e descansar. Fica para a próxima !"
" _ Está bem. Cuide-se e descanse, tem que trabalhar menos e se divertir mais. Qualquer coisa, é só chamar.
" _ Eu sei, Henry. Boa noite."
Eduardo suspirou deixando o celular e o livro de lado, olhando ao seu redor. Ele sentiu como se o silencio da casa o incomodasse. Sentia-se exausto não só fisicamente, mas emocionalmente também. Pegou seu livro novamente, determinado a se perder nas páginas e esquecer, pelo menos por um tempo, o que o incomodava.
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Atualizado até capítulo 55
Comments
Valdercina Rodrigues
Tomara que Eduardo e Mel se encontra,e se apaixone um pelo outro eles merecem ser feliz de verdade.
2024-09-01
79
Maria Aparecida Nascimento
Tomara que o Eduardo é a Mel se encontrar logo
2025-02-03
0
Maria Helena Macedo e Silva
hum, vai contratar a ruiva só porque se interessou por ela enquanto era bartender.../Tongue/
2024-12-18
1