12

P O V ALEMÃO

SEXTA FEIRA

09:45 AM

RIO DE JANEIRO 📍

O mais foda de tudo era que aquele maldito dia sempre se repetia nos meus sonhos, mais sempre em uma versão diferente.

Lembro que não época eu era tachado como louco, os cochicho, olhos olhares tortos era como uma tortura para mim, escutar me chamando de demônio era uma de eu ganhasse um tiro no peito toda vez que escutava aquilo.

Foi difícil mais com o tempo aquilo já não estava mais me afetando, hoje em dias esses comentários já nem são mais ouvidos, claro que alguns ainda lembra mais ninguém tinha coragem de comentar nesse assunto.

MK: a encomenda das armas estão chegando, as encomendas das drogas chega amanhã a noite juntos com aquele novo produtos que encomendamos - ele falava fumando um baseado

Concordei com um balançar de cabeça e continuei prestando atenção no computador, a minha paciência era quase invisível hoje era o dia que eu estava completamente estressado.

A minha vontade era de sair matando todo mundo porém não era assim que as coisas funcionavam, eu não podia descontar a minha raiva em pessoas inocentes.

Eu tinha meu lado obscuro, porém jamais machucaria alguém inocente.

As vezes a tristeza me faz refletir muito, é uma insegurança que só me faz sofrer, a vontade que pareça um sinal pra valer que me tome as incertezas, dizer o que fazer.

Não vivo o presente pensando no futuro, tenho medo do fracasso e do que pode acontecer futuramente, claro não sou do tipo que demonstra ter medo mais se tem algo que me assuste e pensar no amanhã.

E por isso que sinto falta socorro que nunca veio me socorrer, qunatas vezes sozinho num quarto eu chorei implorando pra Deus me socorrer, pedi ajuda e nunca nada chegou em mim, ninguém me ajudou.

Depois de um tempo ficar sozinho se tornou meu melhor refúgio, enfiava a cara nas drogas sem ter ninguém pra me perturbar, ninguém enchendo a porra do meu saco ou me contando algo.

Mais eu sentia falta das cobranças da minha mãe, quando eu deixava a toalha jogada no chão, ou quando eu simplesmente esquecia o chovendo pingando.

Ela gritando meu nome pela rua pra mim entrar e jantar ou até mesmo almoçar, no meu bairro antigo era cheio de amigos brincava com todo mundo, chegava da escola as vezes nem almoçava e passava o resto do dia na rua.

E ela reclamava quando eu entrava pra jantar, as sujeiras das roubas e até mesmo do meu corpo, isso quando eu não chegava machucado em casa por brigar na rua aí eu apanhava duas vezes.

As vezes são os pequenos detalhes que nos faz feliz, antes tudo aquilo me irritava, hoje a gente sente falta dos pequenos gesto, ah se ela soubesse o quanto eu sentia sua falta!

Eu nem ao menos pude sentir seu braço, seus beijos, minha mãe era dona dos melhores sorrisos, dona das melhores comida também, se tinha algo que dona Angélica sabia fazer era cozinhar.

Ela era morena, seus cabelos cacheados, seus dentes bem alinhados e branquinho, gordinha mais imagina uma mulher linda?

A única coisa que eu tinha dela era o sorriso, olhos e a boca, meu tom de pele claro já era mais pro lado do meu pai, assim como a mamãe gostava de falar eu era a cópia perfeito do velho.

Eu não lembro muito do meu pai, sei que ele se chamava João, trabalhava como segurança numa boate de rico, ganhava bem ajudava sempre a minha mãe e nunca deixou falta nada pra gente.

Até que aconteceu um acidente na boate e com isso ele veio a óbito, eu tinha 7 anos na época, a única coisa que eu lembro era que eu era completamente grudado nele, onde ele ia eu estava junto.

O mesmo corte de cabelo, e as vezes até aqueles conjuntos de pais a gente usava, alguns pode até achar brega mais eu achava isso da hora.

Minha mãe sempre falava que o senhor João era um cara foda, sempre a respeitava era poucas vezes que eles brigava e nessas brigas ele nunca jamais levantou a mão pra ela.

Coisas que aconteceu muito com Wemerson, o relacionamento dos meus pais era o relacionamento de causar inveja em todos, a forma como eles se amavam, se respeitavam e a forma como se olhavam.

A pergunta que eu me faço e como seria se meu pai não tivesse morrido, me pergunto se eles hoje estão juntos mesmo que no céu, eu acredito que as vezes nem a morte e capaz de separar aqueles que são feitos um prós outros!

Eu sou seco, até de mais porém acreditava nesses bagulho de amor, mesmo acreditando que eu jamais teria um, porém eu admirava quem tinha todo esse privilégio.

O amor pra mim morreu no dia que vi a minha rainha ali morta, com o corpo cheio de sangue e toda marcada por aquele desgraçado, ali foi que a esperança de amar alguém havia sumido.

Como eu iria encontrar a mulher da minha vida sendo que eu não iria poder apresentar pra minha mãe? Como eu iria falar pra minha mãe que havia encontrado a mulher da minha vida?

Eu: terminou?- perguntei pro MK que falava um assunto que não era do meu interesse - se você já terminou de me falar sobre o carregamento e as coisas que são do meu interesse já pode ir embora, não estou com paciência pra conversa fiada - falei curto e grosso

MK: cada dia que passa você fica mais rabugento - ele falou se levantando e saindo balançando sua chave da moto pelo ar

Ignorei totalmente sua fala e voltei a prestar atenção no computador ou tentando né!

Minha mente estava uma completa bagunça, os nervos a flor da pele, a minha vontade de usar todos os tipos de drogas pra me acalmar estava falando muito alto porém eu não podia perder o meu foco.

Eu estava mais perto do que nunca do meu objetivo, eu não iria deixar meu nervosismo falar mais alto que qualquer outra coisa...

......

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***