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P.O.V Yasmin Bitencourt

28.1

12:10 PM

RIO DE JANEIRO 📍

Estava sentada naquela cadeira de espera do hospital apenas esperando o horário pra fazer os exames que eu tinha que fazer.

A dias eu estava passando mal, dores muito forte no pé da barriga, relevei até porque poderia ser uma dor de barriga qualquer, mais os dias foi passando e a dor não passava.

E agora aqui estou eu ao lado da minha irmã esperando ser chamada pra começar os exames, era nítido ver o quão nervosa ela estava, a preocupação dela era evidente e eu odiava ser o motivo de preocupação.

Isso era a parte ruim de ser filha e irmã mais nova, qualquer coisinhas era aquela preocupação, era como se uma tempestade tivesse passado naquele momento!

Minha irmã tem seus 24 anos anos, casada a 2 anos é e tão lindo ver o amor que ela e meu cunhado tinha mesmo com poucos anos juntos .

Tenho meus 18 anos, estou no último ano da escola, aliás eu praticamente já estou formada, não vou dizer que adoro estudar isso não, eu odiava e odeio ir a escola porém sempre me esforçava pra ter boas notas e terminar logo a escola.

Eu acreditava que quanto mais eu enrolasse mais demoraria pra mim terminar o colegial , então preferia me esforçar e dar o meu melhor pra terminar logo o ano e nunca mais ter que olhar pra cara daquelas pessoas...

A única coisa que ainda me motivava a ir pra escola era meus amigos, aqueles momentos que tirávamos pra falar mal da vida dos outros, debochar das outras pessoas, essas com certeza era a melhor parte.

Eu sempre fui muito quieta na minha, gostava de ter meu tempo pra ficar horas e horas lendo um romance qualquer que chamasse a minha atenção, gostava de ter aquele momentos com meus pais.

E com os meus amigos, não sou de sair, gosto da minha casa do meu aconchego, gosto da minha casinha e o que ela pode me proporcionar, internet, Netflix e comida de graça!

Qualquer oportunidade de ficar no meu mudinho eu estava abraçando e não soltava tão fácil assim, porém quando se tem os amigos que eu tenho era quase difícil está sempre agarrando a oportunidade de ficar em casa.

Alice: isso está demorando tanto - falou a minha irmã agoniada, ela levantou e começou a andar de um lado para o outro como se aquilo fosse ajudar o atendimento ser mais rápido

Eu: calma Alice, só está alguns minutos atrasado- falei, o exame era pra ser meio dia porém por algum motivo eles estavam atrasados

Eu estava nervosa, estava com medo, e sinceramente eu não sabia de agradecia a demora do atendimento ou se eu ficava irritada e fosse fazer uma reclamação, ao mesmo tempo que tinha medo do resultado eu tinha ansiedade pra saber logo o que estava acontecendo.

Depois de uns dias minutos o meu nome foi chamado, me levantei junto com a minha irmã fomos caminhando pra sala do médico, nos sentamos e na nossa frente estava um senhor de meia idade, com seus cabelos grisalhos e com umas gordurinhas a mais na barriga.

Sua pele preta muito bem cuidada, seus olhos estava cheios de olheiras profundas, era nítido sua cara de cansaço e eu entendia bem imaginava que não era fácil trabalhar em um hospital.

Talvez seja por isso que eu revia a minha decisão de ser uma médica um dia, mesmo cansado ele abriu um sorriso lindo mostrando seus dentes branquinhos totalmente alinhados, eu tinha que admitir o senhor na minha frente estava muito bem cuidado era raro ver um senhor dessa idade tão bem cuidado!

Médico: então me diz o que sente- falou olhando pra fixa e logo depois olhando pra mim e pra minha mãe

Logo Alice explicou mais ou menos e eu fiquei calada apenas me encolhendo na cadeira, sentia seus olhos castanhos claros pesar sobre mim enquanto me observava sério apenas escutando a minha irmã falar.

(.....)

04:45 PM

Chegamos em casa cansada, eu me sentia fraca de tanto sangue que eu havia tirado, apesar de ter comido um pouco depois que sair do hospital eu ainda me sentia com fome, acho que era isso que estava me deixando com fraqueza.

Meu pai havia acabado de chegar, praticamente chegamos juntos, ele me abraçou forte e ainda abraçado comigo ele deu um beijo na minha irmã me deixando ali no meio dos dois.

Ele me ajudou a andar e me colocou sentada no sofá, Alice foi na cozinha pegar alguma coisa pra mim comer e eu fiquei ali sendo mimada pelo meu pai.

Ele estava preocupado, esteve o tempo todo mando mensagem pra mim ou pra Alice, ele queria ter ido porém o seu trabalho não deixava, mais ele havia garantiu que no dia que fosse buscar os exames ele iria estar presente já até havia falado com seu chefe.

Meu pai tinha seus 41 anos, moreno, forte, seus olhos castanhos escuros, tinha um corpo malhado porém nem era de academia, sortuda era a minha mãe de ter tido esse homem só dela e claro que ela.

Já tinha escutado casos de filha que se envolvia com o pai, Deus me livre isso acontecer, acho meu pai um gato óbvio mais nunca ficaria com ele, imaginar a cena me revirava o estômago.

Acho isso tudo errado, porém nem todos mundo tem esse bom senso, aqui mesmo onde eu moro já vi uns 4 caso de filha tendo um relacionamento com o pai, de chegar até engravidar. O nojo que eu senti ao escutar isso foi tão grande que mal conseguia comer só de lembrar...

Leo: o que o médico falou minha princesa?- ele perguntou me puxando pra deitar em seu peito assim como eu fazia quando era pequena, a única parte que eu gostava de ser filha mais nova era os mimos que eu recebia do meu pai

Igual agora, um cafuné e o colo do pai que tanto amo eu não precisaria de mais nada...

Eu: ele fez algumas perguntas, perguntou quando começou as dores e se eu sentia mais alguma coisa, fez os exames e falou que entre 3/4 dias o exames estaria pronto- falei o que o médico havia falado

Ele perguntou se eu estava sentindo alguma dor, e eu neguei falando que apenas estava cansada e um pouco sonolenta, até porque eu acordei cedo e ainda estava de jejum...

.......

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