Capitulo 14

— Esse homem deixou alguém com muita raiva.

— É também acho.

Fala Derek observando ao redor do carro ele encontra um palito de fósforo, logo à frente um galão de gasolina.

— É alguém querida ele morto.

O veículo está fora da estrada perto de uma mata quase saindo da cidade, foi encontrado por um casal que estava a entrar na cidade assim que eles viram o veículo em chamas, ligaram para os bombeiros e depois a polícia.

Já na autópsia o senhor Roberto da um diagnóstico completo da causa da morte:

— Esse homem teve muitas fraturas no corpo, notasse que ele foi espancado antes de queimá-lo. Vou fazer um laudo detalhado e mandar pra vocês.

— Ok! Mas a causa da morte já sabe?

Perguntou o Derek.

— Sim! Ele morreu por fratura craniano. Ele levou uma pancada bem forte na cabeça o levando a óbito imediatamente.

Respondeu o senhor Roberto.

— Então ele já estava morto quando tocaram fogo no veículo.

Concluiu Zalina.

Os dois saiem da sala da autópsia. Diz Zalina:

— Eu vou voltar para o veículo, quem sabe encontro algo útil lá.

— Vamos juntos o Matheus ainda não terminou os exames que pedi, o laboratório tá cheio hoje.

Eles vão para onde o veículo foi levado, do lado de fora do prédio tem uma área só para cenas de crimes móveis, como um carro.

Após averiguar todo o veículo nada foi encontrado.

— A vítima estava no banco do carona. O que indica que ele foi morto em um lugar e desovado em outro. Esse veículo não é a nossa cena do crime é apenas o local da desova.

Declarou Derek. O celular dele toca e o mesmo atende fica uns minutos em ligação depois desliga. Ele fala:

— Era o policial Amorim eles encontraram o dono do veículo.

A Zalina o olha e diz:

— Vamos lá ouvi o depoimento dele.

Eles saiem do prédio e atravessam a rua, a delegacia de polícia é logo à frente do laboratório criminalista.

Na sala do interrogatório os dois não entram na sala, apenas escutam do lado de fora a conversar do homem com o policial. O homem fala que o veículo dele foi roubado há dois dias atrás por dois rapazes, um estava com uma lâmina nas mãos e o outro um taco de baseball, ele deu queixa a polícia.

— Um taco de baseball. Talvez seja a nossa arma do crime.

Falou Zalina.

— Sim! Agora o que aconteceu para o "amigo" matar o outro?

— Quando acharmos o culpado você pergunta para ele.

Disse-lhe Zalina ao olhar para o Derek.

Eles saiem da delegacia. Já era seis e meia da manhã, eles estão a entrar no prédio do laboratório quando o Derek convida a Zalina para um café, ela ao escutar o convite olha para o homem que está parado frente ao prédio a espera da resposta.

— Antes que eu responda, me diz por que essa mudança?

Perguntou Zalina curiosa para ouvir à resposta que Derek vai lhe falar:

— Porque decidi mudar, ser gentil principalmente contigo. Zalina, você foi a primeira a aguentar meu jeito por tanto tempo, ninguém aguentou trabalhar comigo uma semana, mas você sim. Depois da...

Ele para um pouco, fica em silêncio por alguns segundos e volta a falar:

— Da Márcia nem uma outra aguentou trabalhar comigo, apenas você. E eu tô percebendo que esse meu jeito... ranzinza! Atrapalha nossa comunicação como dupla de trabalho e também de sermos amigos. Se você permitir, eu gostaria de ser seu amigo! E eu li no Facebook que uma amizade começa por um convite para comer ou passear numa praça, então, aceita tomar um café da manhã comigo?

Zalina gostou da atitude dele, ela queria distância daquele homem, mas após aquela pequena declaração de amizade deixou o coração da moça aquecido. Ela nunca imaginou que sucederia a ver o Derek Aubinet lhe convidar para algo, mesmo que seja só um café, mas foi surpreendente para a moça.

— Eu aceito o convite, mas quero um pão com queijo bem quentinho e um bolo de cenora, e você vai pagar!

Falou a moça ao se aproximar de Derek. Ele dá um leve sorriso e olha para a Zalina com ternura.

— Tá bom! Eu concordo em pagar. Vamos no meu carro.

Eles caminham até o veículo e Derek abre à porta do lado do carona para a moça após ela entra no veículo ele fechou à porta deu meia volta e entrou no veículo também, ligou o automóvel e seguiu para uma cafeteira próxima do local de trabalho deles. Dez minutos depois eles chegam no estabelecimento, o Derek estaciona o veículo e desce, Zalina também desce do veículo e ambos entram juntos na cafeteira. Após os pedidos feitos ambos sentam numa mesa perto da parede de vidro que dá uma vista da movimentação da cidade pela manhã.

— Só é você e seu irmão que mora aqui na cidade?

Perguntou Derek. Ele não sabia como puxar assunto, já fazia muito tempo que ele não conversava assim com ninguém.

— Sim! É só nós dois.

— É cadê os seus pais?

Zalina não gosta de falar muito dessa parte da vida dela:

— Eu não gosto de falar muito sobre isso. Mas a minha mãe morreu quando eu tinha quatorze anos e meu pai foi embora quando eu tinha dez anos. E os seus pais?

Derek também não gosta de falar sobre isso, mas como ela respondeu a sua pergunta e justo que ele responda a dela:

— A minha mãe morreu quando eu tinha seis anos e meu pai me abandonou quando eu tinha sete, pelo jeito não somos tão diferentes assim.

— É! A diferença que eu não virei uma ranzinza.

Fala a Zalina num tom gozador. O Derek faz cara de tedioso para ela e pergunta:

— Não cansa de ser monótona? Sempre falando que sou ranzinza.

— Você é ranzinza. É um apelido carinhoso que coloquei em você.

Disse-lhe Zalina num tom alegre na voz. Derek nada mais disse. O café deles chega com bolo e pão com queijo.

— A sua colega de trabalho, aquela que aguentou você, a Márcia. O que aconteceu com ela?

A Zalina sempre teve curiosidade em saber dessa mulher, na época que ela perguntou para o Matheus, logo quando ela foi trabalhar no laboratório, que ficou uma semana a trabalhar à noite ele não quis falar, apenas disse que é algo que eles não gostam de tocar no assunto. Desde então ela tem curiosidade para saber e como o Derek está dando uma brecha para eles se conhecerem melhor ela tem esperança de saber esse mistério.

Derek parou de comer na hora e olhou para a moça a sua frente, ele ficou mudo e com um olhar perdido. O Derek não gosta que toquem nesse assunto, por esse motivo que ninguém no trabalho fala sobre isso, é um caso ainda doloroso para o homem.

— Eu não vou falar sobre isso. Pode perguntar qualquer coisa menos isso é, só o que eu peço.

Ele falou sério, mas com um olhar calmo. A Zalina notou que era um assunto delicado para ele, ela não perguntou mais nada e nem fez esforço, Zalina sabia muito bem o que era uma ferida aberta.

— Me fala da sua infância, como você era? Sempre foi ranzinza?

— Para de me chamar assim.

— Não vou ranzinza, se acostume.

Ela fala e rir logo em seguida. Aquele riso doce da moça deixou Derek imperturbável, ele fica admirando ela que está sorrindo alegre. Toda vez que o Derek olha constantemente para Zalina, deixa a moça com arrepios no corpo não aquele arrepio de medo, mas um arrepio inexplicável que dava-lhe sensações boas a moça não entendia o que se passava com ela, e se perguntava por que sentia isso? Logo ela lembrou do sonho que teve com ele e sentiu-se a intimidade dela pulsar, isso a deixou totalmente desconfortável.

— Vam... vamos indo? Já estou cansada.

Disse-lhe nervosa.

— Claro vamos, você precisa descansar nós precisamos.

Falou o Derek calmo e levantou-se, ele pagou a conta e ambos caminharam para fora do estabelecimento direto para o veículo. No caminho para o laboratório criminal Zalina está a pensar nas sensações que está acontecendo com ela, a mesma nunca sentiu essas coisas e agora começou a sentir. A Zalina nunca foi tocada por homem algum, ela pegou trauma dessas coisas desde o dia que pegou o ex-cunhado quase estrupando a irmã e agora simplesmente ela começou a sentir desejos de querer sentir como é o toque de um homem, assim como no sonho dela.

Ela sai dos seus pensamentos ao sentir o veículo parar. Ambos descem do carro e entra no prédio para pegar as suas coisas. Eles encontra com o Matheus no corredor, ele exclamou:

— Olha só vocês aqui, e eu procurando ambos.

Os dois olham para ele apenas o Derek fala:

— Estamos aqui, o que foi?

— Já tenho os resultados que vocês queriam, está na sala de vocês. Encontrei dois tipos sanguíneo e o nome dos dois indivíduos tá na pasta, eu já vou para casa precisa dormir ou eu explodo. Bom dia para vocês!

Ele passa entre os dois acenando (tchau) com a mão direita. Claramente o Matheus esta exausto. Pergunta Derek a Zalina:

— Você quer acabar logo com esse caso?

— Quanto mais rápido melhor né! Vamos logo.

Após a resposta da moça eles vão terminar o caso.

Meia hora depois ambos estão frente a casa do suspeito um rapaz de dezoito anos. Um policial acompanha os dois. Quem abre à porta é uma menina de uns quatorze a quinze anos.

— Somos peritos criminalista podemos entrar?

Falou Zalina com toda simpatia com a menina que deixou eles passarem. Pergunta Zalina a menina:

— Está sozinha em casa?

— Não! Meu irmão está no quarto dele.

— Pode nos levar até lá?

A menina leva eles até o quarto do irmão e bate na porta. Zalina e Derek já estão de luvas. Assim que o rapaz abre à porta ele faz cara de assustado e pergunta:

— O que querem aqui?

Derek então fala sério:

— Somos da criminalista e estamos investigando o assassinato do seu amigo. Podemos entrar? Só queremos fazer umas perguntas.

O rapaz incitasse a deixar eles entrarem. Derek e Zalina entram no quarto, era um quarto normal de jovem. O Derek começa as perguntas enquanto Zalina procura algo suspeito:

— Quando foi a última vez que viu o seu amigo?

— Dois dias atrás, por quê?

— Quem faz as perguntas sou eu. Vocês tiveram alguma briga?

— Não! Tá... tivemos sim, dei uns socos nele, foi só isso.

Zalina encontrar a arma do crime escondida de baixo da cama, um taco de baseball sujo de sangue:

— Que tal nos contar sobre isso na delegacia.

Fala Zali, o policial logo prende o rapaz. A irmã dele ficou assustada ao ver toda aquela cena.

Na delegacia o rapaz contou os motivos que levou ele a matar o amigo:

— Ele abusou da minha irmã e eu não podia deixar aquilo barato, no começo foi só socos, eu já tinha parado quando ele falou que a minha irmã chamou por mim e eu não estava lá, então... a minha raiva aumentou fiquei possesso e peguei o taco de baseball e bati com toda minha força nele, até o mesmo para de se mexer. Quando percebi que matei ele só queria me livrar do corpo por isso queimei o carro com ele dentro.

— Você sabia que isso te levaria para a cadeia se descobrissem, por isso queimou o corpo para tentar cobrir qualquer rastro. No entanto, esqueceu um detalhe. Você se machucou na briga e o seu sangue se misturou com o dele, quando deixou o galão de gasolina perto do carro, você se entregou.

Disse Derek deixando a foto do galão de gasolina na mesa para o rapaz ver.

— Não ligo de ficar preso, pelo menos o vagabundo que desonrou a minha irmã levou o que mereceu.

Após saírem da sala do interrogatório Zalina fala:

— Ele fez por uma causa nobre, mas fez tudo errado.

— Sim. Isso que é triste.

— Até mais tarde ranzinza.

Disse Zali para descontrai, ela está com um ar de cansaço isso é notável. Derek também está cansado, ambos despende-se e vão para suas respectivas casas.

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